ESTÁGIO EM ENSINO DE ANÁLISE LINGUÍSTICA

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Transcrição:

ESTÁGIO EM ENSINO DE ANÁLISE LINGUÍSTICA AULA 04: PROPOSTAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DE ANÁLISE LINGUÍSTICA LIÇÃO 1 REGÊNCIA (Adaptada de uma atividade elaborada para alunos do 9º ano de uma escola particular de Fortaleza (CE)) A regência é o fenômeno pelo qual certas palavras exigem esta ou aquela preposição. Por exemplo, nenhum falante de português dirá Eu gosto bolo de chocolate ; todos vão dizer normalmente Eu gosto DE bolo de chocolate. Isso ocorre porque o verbo gostar, no sentido de ter afeição por algo ou alguém, exige a preposição de. Pela regência, implicamos COM alguém, precisamos DE alguma coisa, ansiamos POR felicidade, fazemos referência A alguém, telefonamos PARA ou A ele, pensamos EM alguém etc. Como falantes da língua, nunca perdemos o sono por causa da regência: dominar a linguagem cotidiana, desde os primeiros anos de vida, é também dominar sua regência. Nesse sentido a regência está na alma da língua. Contudo, alguns problemas podem ocorrer quando se leva em conta alguns casos de regência na língua escrita formal que são pouco utilizados no dia-adia. Vejamos por que isso ocorre. Normalmente, o vocabulário da linguagem informal (que utilizamos nas nossas conversas diárias) é mais restrito que o vocabulário da linguagem formal (especialmente o do texto escrito formal); ao conversar, usamos palavras de uso mais frequente, cuja regência já está, por assim dizer, "automatizada" pelo uso comum. Na escrita formal, o emprego de palavras menos comuns muitas vezes "tropeça" no desconhecimento de sua regência. Muitas regências já universalizadas pela fala comum das pessoas (assistir um filme, obedecer alguém) não são aceitas pela gramática normativa (assistir A um filme, obedecer A alguém), o que exige uma atenção especial de quem escreve. Talvez seja esta a área da língua em que se observa uma distância maior entre o uso informal e o formal. A regência não tem muita "lógica"; daí a dificuldade de sistematizála em regras ou sistemas. Na maioria das vezes, é preciso DECORAR mesmo, de tal modo que a memorização também passe a ser automatizada. Naturalmente, ninguém vai deixar de escrever só pelo fantasma da regência... A prática constante de produção de textos vai revelar as dúvidas mais frequentes, que, com um pouco de atenção, logo deixam de ser dúvidas. E a leitura é fundamental nesse processo: quem lê bastante se familiariza

com a regência padrão de um grande número de palavras, no seu uso concreto. Além desses recursos, um bom dicionário ajuda a tirar dúvidas sobre regência, apresentando exemplos de uso. Por exemplo, veja como o Aurélio define o verbo compartilhar : CONTRIBUIÇÃO Compartilhar. V.t. d. e t.d. e i. 1. Ter ou tomar parte em; participar de; partilhar, compartir: Compartilhando a sorte do marido, com ele partiu para o degredo; Compartilha sua riqueza com os amigos. T. i.2. Ter ou tomar parte: participar; compartir: Compartilhar da alegria de alguém. As abreviaturas significam: (CLIQUE AQUI PARA ABRIR) Em 1, verbo transitivo direto e verbo transitivo direto e indireto; em 2, transitivo indireto. Os exemplos são claros: no padrão escrito, podemos compartilhar algo ("Compartilhando a sorte...") compartilhar alguma coisa com alguém ("Compartilha sua riqueza com os amigos") ou compartilhar de algo ("Compartilhar da alegria"). Muitas vezes somos surpreendidos, ao consultar o dicionário, por uma regência padrão diferente da que normalmente se usa na linguagem informal. Veja alguns casos frequentes: EXEMPLO 1: IMPLICAR Um exemplo comum é o verbo implicar, no sentido de ser causa de. Muita gente letrada pensa que se trata de um verbo transitivo indireto, isto é, que exige preposição. Na verdade, segundo a norma padrão, é transitivo direto, como no exemplo: Problemas sociais implicam aumento de criminalidade. Como é muito frequente o uso de implicar em, mesmo em textos escritos de boa qualidade, podemos inferir que está havendo uma mudança linguística. No caso, uma mudança tão forte que não sentimos mais essa estrutura como erro, embora a norma padrão ainda não a aceite. EXEMPLO 2: ASSISTIR A mesma coisa acontece com o popularíssimo "assistir", no sentido de ver. Naturalmente ninguém vai implicar com você se você disser "Assisti um filme genial". Seu amigo pode implicar com a sua opinião, mas não com a regência! Mas os gramáticos implicam com ela: o padrão seria "Assisti A um filme genial". No caso do verbo assistir, o seu uso sem preposição já está de tal forma disseminado que a mudança já se consagrou. Mesmo assim, em textos mais formais (ou que valem nota, como um exame de vestibular, por

exemplo), o melhor é você mostrar que domina as variedades da língua e usar a preposição. EXEMPLO 3: IR Último exemplo muito comum: ir. Normalmente as pessoas dizem "Fui na casa de Fulano", mas o padrão exige outra regência:" Fui à casa de Fulano". Segundo a gramática normativa, quem vai, vai a algum lugar, e não em algum lugar. Quando é importante dominar a regência padrão? Pelo que foi mostrado até aqui, você já deve ter percebido que o domínio da regência padrão é essencial em situações de comunicação formal (principalmente, as que envolvem a escrita). Em textos que escrevemos para sujeitos que dominam a norma culta, o ideal é que utilizemos as regras de regência como recomenda a gramática. Isso vale, por exemplo, quando escrevemos algum texto para ser publicado em jornal; ou quando escrevemos representando um grupo (um aluno que escreve em nome da sua escola); ou, ainda, em avaliações de produção textual que solicitam um texto formal. Como exercício, escreva sentenças empregando as palavras e expressões que seguem. Observe que, em muitos casos, permite-se mais de uma preposição. Depois, com um bom dicionário, confira os seus acertos de regência, de acordo com o padrão. a) simpatizar b) compartilhar c) conviver d) apavorar-se e) identificar-se f) adequar-se g) ter acesso h) ter horror i) ter confiança j) ser contrário k) dar contribuição l) estar certo Há uma estrutura especial de sentença que exige uma atenção maior quanto à regência. Observe esses dois exemplos: 1. Sempre gostei desse tipo de festa.

2. Esse é o tipo de festa que sempre gostei. Eis aí duas estruturas muito comuns na linguagem oral: em 1, a ordem direta conserva a regência natural do verbo "gostar": gostei de...; em 2, o "de" desaparece, "engolido" pelo "que". Apesar de seu uso praticamente universal nas situações informais, essa estrutura não é aceita pela gramática normativa, que exige a presença da preposição, mesmo quando distante do verbo. Ainda que o apagamento da preposição antes do pronome relativo seja um fato normal mesmo na variedade culta informal, a gramática assim recomenda escrever: Esse é o tipo de festa DE que sempre gostei. (gostar de) VEJA OUTROS EXEMPLOS: Há coisas de que até Deus duvida. (duvidar de) Essa é a opinião com que concordo. (concordar com) São poucos os recursos de que dispõe. (dispor de) Ninguém leu o livro a que ele fez referência. (fazer referência a) Renato Russo é um cantor com quem simpatizo. (simpatizar com) Chegou a carta pela qual ele estava ansioso. (ansioso por) Como exercício, passe para o registro formal as sentenças seguintes, comuns em situações informais. a) Ele fez afirmações que ninguém concordou. b) Isso é o tipo de coisa que ninguém discorda. c) O filme que ele assistiu foi Superman. d) Essa regra ninguém obedece. e) A pessoa que ele tem confiança é o pai. f) O professor que ele implicou é aquele. g) Não sei quem ele se identificou mais. h) Eles se queixaram que não houve ajuda.

DÚVIDA Uma outra coisa deve ser observada em relação à regência: o acento indicativo da crase. O que isso significa? Quando um verbo pede a preposição A e a palavra seguinte, complemento desse verbo, é um substantivo feminino, que vem antecedido do artigo feminino A, temos a junção do A (preposição) + A (artigo feminino). Para indicar essa junção, usamos um acento específico. Veja os exemplos a seguir: 1. Assisti à peça que está em cartaz. (assistir A + A peça) 2. Solicitei informações à funcionária. (solicitar informações A + A funcionária) Observando a regência do verbo e a necessidade do acento indicativo da crase, reescreva os enunciados abaixo de forma a atender a variedade culta da língua. a) Em seu discurso, o deputado se referiu a parcela da população marginalizada. b) O réu se apresentou a juíza para receber a pena. c) Cristina precisa ir a aula. d) Paulo dedica-se as artes marciais. e) Os responsáveis devem se adequar as regras impostas pela Prefeitura. EXERCÍCIO Clique aqui (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.) para abrir arquivo com os exercícios Para voltar à aula, clique aqui FONTES DAS IMAGENS Responsável: Profª. Ana Célia Clementino Moura Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual