Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade
Eficácia Jurídica e Eficácia Social Eficácia Social: efetividade Eficácia Jurídica: aptidão para a produção de efeitos
Classificação de José Afonso da Silva Adotada pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
Normas Constitucionais de Eficácia Plena De aplicabilidade direta, imediata e integral Independe de norma integrativa infraconstitucional Em regra criam órgãos ou atribuem competências aos entes federativos
Normas Constitucionais de Eficácia Plena Normas autoaplicáveis (doutrina norteamericana) Exemplo: Gratuidade do Transporte coletivo aos maiores de 65 anos Exemplo: Autonomia das Defensorias Públicas
Normas Constitucionais de Eficácia Contida ( Prospectivas ) Possuem aplicabilidade imediata e direta mas não integral Admitem redução de sua abrangência Podem sofrer restrições da lei infraconstitucional e de normas da própria Constituição
Normas Constitucionais de Eficácia Contida Podem sofrer restrições por motivos de ordem pública, bons costumes e paz social Exemplo: Art. 5, XIII, CF Estatuto da OAB
Normas Constitucionais de Eficácia Contida Enquanto não materializado o fator de restrição a lei tem eficácia plena Normas Constitucionais de eficácia redutível ou restringível (Michel Temer)
Normas Constitucionais de Eficácia Limitada Não possuem o condão de gerar todos os seus efeitos Dependem de uma lei integrativa infraconstitucional São de aplicabilidade indireta, mediata e reduzida Aplicabilidade diferida
Normas Constitucionais de Eficácia Limitada (exemplos) Juros legais de 12% ao ano Teto do funcionalismo público Direito de greve do servidor público
Normas Constitucionais de Eficácia Limitada (duas espécies) Normas de Princípio Institutivo(ou organizativo): contém esquemas gerais de estruturação de instituições e órgãos ou entidades Normas de Princípio Programático: veiculam programas a serem implementados pelo Estado (proteção à criança, direito à alimentação, direito à moradia)
Normas Constitucionais de Eficácia Limitada Diante da omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, a CF trouxe duas novidades: ADO Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Mandado de Injunção
Normas Constitucionais de Eficácia Exaurida De aplicabilidade esgotada ou esvaída (Uadi Lammego Bulos) São aquelas que já extinguiram a produção dos seus efeitos, por isso estão esgotadas, dissipadas ou desvanecidas
DO ESTADO DE DEFESA O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. O decreto que instituir o estado de defesa deve determinar o tempo de sua duração, especificar as áreas abrangidas e indicar as medidas coercitivas.
Restrições no Estado de Defesa reunião, ainda que exercida no seio das associações sigilo de correspondência sigilo de comunicação telegráfica e telefônica ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
Estado de Defesa Tempo de duração: não superior a 30 dias, admitida uma prorrogação, por igual período se presentes as razões justificadoras. A prisão por crime contra o Estado deve ser comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se ilegal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial A comunicação deve ser acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação A prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a 10 dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário Veda-se a incomunicabilidade do preso
ESTADO DE SÍTIO O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio. Hipóteses: Comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa. Declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
Estado de Sítio Tempo de duração: não mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior pode ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
Medidas do Estado de Sítio Obrigação de permanência em localidade determinada Detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns Restrições à correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão Suspensão da liberdade de reunião Busca e apreensão em domicílio Intervenção nas empresas de serviços públicos Requisição de bens
FORÇAS ARMADAS As FFAA (Marinha Exército Aeronáutica): instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. Não cabe HC em relação a punições disciplinares militares. Os membros das FFAA são denominados militares
Forças Armadas Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve. O militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos. O oficial só perde o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra.
Serviço Militar O serviço militar é obrigatório nos termos da lei. Às FFAA Armadas compete atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. As mulheres e os eclesiásticos são isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
SEGURANÇA PÚBLICA A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
Órgãos da Segurança Pública Polícia Federal Polícia Rodoviária Federal Polícia Ferroviária Federal Polícias Civis Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares
Polícia Federal Órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira. Finalidade: Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União Apurar infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme
Polícia Federal Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho Exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União
Polícia Rodoviária Federal PRF: órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
Polícia Ferroviária Federal Órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
Polícia Civil Estadual As polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
Polícia Militar e Corpo de Bombeiro Militar PM: polícia ostensiva e a preservação da ordem pública CBM: atividades de defesa civil. PM e CBM: forças auxiliares e reserva do Exército
Guardas Municipais Os Municípios podem constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações.