INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 04/2015

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Transcrição:

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 04/2015 Regulamentação do descarte de vidros oriundos das diversas atividades acadêmicas e serviços do Centro de Ciências da Saúde. 1. Objetivo e aplicação Conforme as resoluções vigentes, os estabelecimentos de serviços de saúde são responsáveis pelo correto gerenciamento de todos os resíduos por eles gerados. Assim, em respeito à Lei Nº 12.305/10 de Política Nacional de Resíduos Sólidos a Decania do Centro de Ciências da Saúde CCS estabelece procedimentos para a correta destinação final de vidros descartados no prédio do CCS, com o objetivo de proteger a saúde pública e o meio ambiente. 2. Siglas e definições CNEN: Comissão Nacional de Energia Nuclear SISNAMA: Sistema Nacional do Meio Ambiente SNVS: Sistema Nacional de Vigilância Sanitária SUASA: Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária Reciclagem: A Lei 12.305/10 dispõe que reciclagem é o processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físicoquímicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do SISNAMA e, se couber, do SNVS e do SUASA.

Vidro: Vidro é um composto inorgânico, impermeável, inerte e biologicamente inativo, obtido pela fusão de seus componentes.. Contém areia (sílica), barrilha (carbonato de cálcio), calcário (óxido de cálcio), alumina (óxido de alumínio) e aditivos com função de promover coloração ao vidro (por ex.: selênio, óxido de ferro e cobalto). Tipos de Vidro: Vidro borossilicato (contém óxido de boro) exemplo: Pyrex. Vidro de chumbo (contém óxido de chumbo) exemplo: cristal. Vidro soda-cal: a maioria dos vidros fabricados. Resíduos de vidro: são resíduos compostos de vidro, na sua forma íntegra ou fragmentada (cacos), gerados nas diversas atividades humanas. Resíduos de vidro recicláveis: Alguns exemplos: garrafas de bebidas, frascos de medicamentos limpos e descaracterizados, frascos de perfumes e de produtos de limpeza, potes de produtos alimentícios, cacos de recipientes, dentre outros. Resíduos de vidro não recicláveis: Alguns exemplos: espelhos, vidros de janela, lâmpadas, cristal, utensílios de vidro temperado, tubos de televisão, ampolas de medicamentos ainda que vazias, dentre outros. 3. Procedimentos 3.1. Cabe aos geradores a obrigação de segregar os resíduos de vidro dos demais resíduos no momento de sua geração; e realizar o processo de limpeza nas peças íntegras, quando couber. 3.2. Resíduos íntegros de vidro e cacos de vidro contaminados com material infectante devem ser acondicionados e descartados conforme os procedimentos descritos na Instrução Normativa nº 03/2015 que trata do descarte de resíduos infectantes e perfurocortantes. 3.3. Em casos de resíduos de vidro (cacos ou peças íntegras) que tiveram contato com produtos químicos perigosos, deve-se realizar o acondicionamento em recipientes rígidos com tampa, resistentes à ruptura, perfuração e vazamento. Esses materiais serão posteriormente encaminhados para o devido descarte de resíduos químicos organizado pela Coordenação de Biossegurança do CCS, e deverão ser identificados com o nome do produto químico perigoso.

3.4. Os resíduos íntegros de vidro e cacos de vidro contaminados com radionuclídeos deverão ser segregados e encaminhados ao descarte previsto para essa categoria, segundo as normas preconizadas pelo CNEN (NE- 6.05/dez1985). 3.5. Os resíduos de vidro que não se incluem nos itens 3.2, 3.3 e 3.4 devem ser segregados no momento da sua geração quanto à classificação: resíduos recicláveis ou não recicláveis. 3.6. Os resíduos de vidros íntegros devem ser acondicionados e descartados diferentemente dos cacos de vidro. 3.6.1. Os resíduos íntegros de vidro que passaram por processos adequados de limpeza e que não ofereçam risco ao serem manuseados devem ser colocados em caixas de papelão rígido para suportarem o peso, que serão devidamente lacradas. 3.6.2. Os cacos de vidro devem ser armazenados em caixas de papelão rígido, que suportem o peso do material, e resistentes à perfuração para não colocar em risco os manipuladores desses resíduos. As caixas devem estar lacradas com a devida identificação nos campos da etiqueta. 3.6.3. As caixas de resíduos de vidro deverão ser identificadas com a etiqueta disponibilizada no Anexo I da presente Instrução Normativa quanto à procedência (nome do local gerador; nome do responsável; coordenadas para contato). Confirmar no campo previsto da etiqueta o estado de limpeza dos resíduos e se os mesmos se destinam à reciclagem. 3.7. Os resíduos de vidro recicláveis devidamente segregados, identificados e acondicionados devem ser transportados para as caçambas de armazenamento provisório específicas para esse tipo de resíduo, de cor verde e identificadas com o pictograma de reciclagem (Anexo II da presente Instrução Normativa). As caçambas para esses resíduos estão localizadas no subsolo do prédio. 3.8. Resíduos de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio, de mercúrio e de luz mista serão destinados conforme o artigo 33 da Lei 12.305/10, portanto não estão incluídos na presente Instrução Normativa, devendo ser adotados os procedimentos descritos na Instrução Normativa nº 001/2015. Resíduos de cerâmica e porcelana não se enquadram como recicláveis. 3.9. Os casos omissos na presente Instrução Normativa deverão ser apreciados pelo Conselho de Coordenação do Centro de Ciências da Saúde. 3.10. Essa Instrução Normativa passa a vigorar a partir da data de sua publicação.

ANEXO I Modelo de etiqueta para descarte. DESCARTE DE RESÍDUOS VÍTREOS Procedência: Responsável: Contato: Utilização prévia: Reciclável? SIM NÃO Recipientes limpos? SIM NÃO Vidros quebrados? SIM NÃO

ANEXO II Pictograma de reciclagem.