TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO DA TUTELA JURISDICIONAL EXECUTIVA. Prof. Luis Fernando Alves

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Transcrição:

1 TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO DA TUTELA JURISDICIONAL EXECUTIVA Prof. Luis Fernando Alves www.professorluisfernando.jur.adv.br

2 1. DA TUTELA JURISDICIONAL EXECUTIVA

1.1. O QUE É EXECUÇÃO 3 Função típica do Poder Judiciário (jurisdicional) -> solucionar conflito de interesses em regra. Há vários tipos de conflitos e a solução do Poder Judiciário vai depender da pretensão do Autor (Pedidos: Meramente Declaratório, Constitutivo e Condenatório). Há conflitos que:

1.1. O QUE É EXECUÇÃO 4 Conflitos -> advêm da incerteza quanto à existência ou não de determinada relação jurídica -> sentença de natureza declaratória (se resolvem pelo simples pronunciamento judicial, sem necessidade, para a satisfação do titular do direito, de algum tipo de comportamento do obrigado) Art. 4 CPC. Ex:Investigação de paternidade. A pesa que B é seu pai, mas este não reconhece essa qualidade. A então propõe em face de B ação de investigação de paternidade, para que a dúvida seja sanada. O juiz colhe as provas e, ao final, profere sentença que, transitada em julgado, terá o condão de afastar a dúvida, sem a necessidade de qualquer conduta ou comportamento do réu. O efeito almejado advém da sentença em si.

1.1. O QUE É EXECUÇÃO 5 Conflitos -> solução depende da constituição ou desconstituição de uma relação jurídica -> sentença de natureza constitutiva ou desconstitutiva. Ex: Rescisão Contratual. A celebra com B um contrato, porque foi coagido, bastará que postule judicialmente a sua anulação. Se o juiz acolher a pretensão, em definitivo, o contrato estará anulado, independente de qualquer conduta do réu. A satisfação advém do pronunciamento judicial.

1.1. O QUE É EXECUÇÃO 6 Conflitos -> solução depende de um comportamento, de uma ação ou omissão do réu. O titular da obrigação só se satisfará se o réu cumprir uma prestação, de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar -> sentença de natureza condenatória -> GERA A EXECUÇÃO. E SE O DEVEDOR DA OBRIGAÇÃO NÃO A CUMPRE, O QUE FAZER? O Estado, por meio da lei, mune o Poder Judiciário de poderes para impor o cumprimento, ainda que contra a vontade do devedor, no intuito de satisfazer o credor. Não fosse assim o litígio só seria solucionado por meio de autotutela, o que não se admite no Estado Moderno.

1.1. O QUE É EXECUÇÃO 7 O QUE LEGITIMA O ESTADO-JUIZ A DESENCADEAR A SANÇÃO EXECUTIVA FAZENDO USO DOS MECANISMOS PREVISTOS EM LEI PARA A SATISFAÇÃO DA OBRIGAÇÃO? É preciso que a obrigação esteja dotada de um grau de CERTEZA, afinal isso implicará que o Estado tome medidas que podem ser drásticas contra o devedor. O QUE CONSUBSTANCIA O GRAU DE CERTEZA? O grau de certeza é dado pelo título executivo, que pode ser:

1.1. O QUE É EXECUÇÃO 8 Extrajudicial: Produzido sem a intervenção do Judiciário, mas a lei reconhece o grau de certeza. ART. 585 CPC Judicial: Produzido com a intervenção do Judiciário ou equivalente jurisdicional (Arbitragem). No caso de titulo executivo judicial o titular da obrigação deve ingressar em juízo com um processo de conhecimento para que o Judiciário reconheça-lhe o direito de fazer cumprir a obrigação. ART. 475N.

9 1.2. DISTINÇÃO ENTRE O PROCESSO (OU FASE) DE CONHECIMENTO DO PROCESSO (OU FASE) DE EXECUÇÃO Finalidades: Processo de Conhecimento: se busca uma sentença, em que o juiz diga o direito, sendo que o juiz resolve a dúvida, a incerteza, a respeito da pretensão do autor (meramente declaratória; constitutiva; condenatória) Processo de Execução: se busca uma solução concreta para satisfação de um direito, consubstanciado em um titulo executivo.

10 1.3. PANORAMA DAS AÇÕES EXECUTIVAS NO CPC APÓS REFORMAS LEGISLATIVAS (Leis 8.952/94; 10.144/02; 11.232/05 e 11.382/06) Ações de execução de títulos extrajudiciais (CPC, art. 585), cujo procedimento encontra-se disciplinado no Livro II do CPC; Ações de execução de sentenças e de outros títulos judiciais, que se processam, nos termos do art. 475-J ss. do CPC, e que têm por fundamento não só as sentenças proferidas em ações de conhecimento condenatórias, mas também outros títulos considerados pela norma jurídica como judiciais (CPC, art. 475-N); e Ações de execução em que a própria sentença é executiva. Ações de obrigação de fazer ou não fazer (Art. 461 CPC) e Entrega de Coisa (Art. 461- A).

11 1.3. PANORAMA DAS AÇÕES EXECUTIVAS NO CPC APÓS REFORMAS LEGISLATIVAS (Leis 8.952/94; 10.144/02; 11.232/05 e 11.382/06) ATENÇÃO: Livro II aplica-se em regra ao processo de execução por titulo extrajudicial, além da execução por titulo judicial contra a fazenda pública. Trata-se ainda de execução especial de alimentos. Livro II se aplica supletivamente ao cumprimento de sentença se não forem incompatíveis, nem contrariarem algum dos dispositivos acima.

12 1.4. O QUE É O SINCRETISMO PROCESSUAL? Antes da Lei 11.232/05, o processo de conhecimento de cunho condenatório e o de execução que lhe seguia eram considerados dois processos distintos, com funções diferentes. Isso exigia que o devedor fosse citado para o processo de conhecimento e depois para o de execução. Após a lei, os dois processos passaram a constituir duas fases distintas de um processo único. Agora temos fase cognitiva e fase executiva (cumprimento de sentença). BASTA QUE O DEVEDOR SEJA CITADO UMA ÚNICA VEZ, NA FASE INICIAL DO PROCESSO.

1.5. HÁ EXCEÇÕES AO PROCESSO SINCRÉTICO? 13 Sim, pode-se dizer que: São processos autônomos: Execuções fundadas em titulo executivo extrajudiciais, e as execuções fundadas em titulo judicial, quando de sentença arbitral, penal condenatória, estrangeira ou contra a Fazenda Pública. São Sincréticos: as execuções fundadas em titulo judicial, com as seguintes exceções: sentença arbitral; penal condenatória, estrangeira ou contra a fazenda pública

1.6. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DAS AÇÕES EXECUTIVAS 14 VISÃO GERAL NA TGP Existência Demanda Jurisdição Positivos Citação Petição Apta Desenvolvimento Competência e imparcialidade Citação Válida Capacidade postulatória Legitimidade processual

15 1.6. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DAS AÇÕES EXECUTIVAS VISÃO GERAL NA TGP Perempção Negativos Litispendência Coisa Julgada Compromisso arbitral

1.6. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DAS AÇÕES EXECUTIVAS 16 Além disso, a execução forçada exige alguns pressupostos e condições específicas. São duas para o processo de execução: 1. O formal: que é a existência do título executivo, pelo qual se extrai o atestado de certeza e liquidez da dívida ( art. 586 CPC) 2. O prático: que é a atitude ilícita do devedor consistente no inadimplemento da obrigação, que comprova a exigibilidade da dívida ( art. 580, CPC)

1.7. CONDIÇÕES DA AÇÃO 17 As condições da ação, prevalecem as mesmas condições genéricas de todas as ações: 1. Possibilidade jurídica do pedido 2. Legitimidade de partes ( ad causam ) 3. Interesse processual

18 2. REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A EXECUÇÃO

2.1. INADIMPLEMENTO DO DEVEDOR 19 Haverá inadimplemento quando o devedor não cumpre a obrigação, no tempo, local e forma convencionados. Art. 581 do CPC: O credor não poderá iniciar a execução, ou nela prosseguir, se o devedor cumprir a obrigação; mas poderá recusar o recebimento da prestação, estabelecida no título executivo, se ela não corresponder ao direito ou à obrigação; caso em que requererá ao juiz da execução, ressalvado ao devedor o direito de embarga la.

2.2. TÍTULO EXECUTIVO 20 Natureza Jurídica para a maior parte da doutrina: Ato e documento, simultaneamente. Ato e documento: Vê o título como autônomo, já que basta para que desencadeie a execução; mas não afasta a possibilidade de que, no seu curso, o devedor consiga eximir se comprovando que, apesar do título ou crédito não existe ou está extinto.

2.2. TÍTULO EXECUTIVO 21 Requisitos: Art. 586 do CPC. 1. Certeza: É preciso que o título aponte, em abstrato, a existência do débito e indique o credor e devedor, e, ainda a obrigação ( esta deve ao menos ser identificável). 2. Liquidez: Diz respeito à quantidade de bens que constitui o objeto da obrigação do devedor. 3. Exigibilidade: Faltará interesse ao credor se o título ainda não estiver vencido, ou se a condição suspensiva não tiver se verificado.

2.2.1 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS ART. 475-N DO CPC 22 I Sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer,entregar coisa ou pagar quantia; E necessário o Trânsito em julgado? Serão cumpridas nos mesmos processos em que foram formadas. Não há mais menção a condenação. Mas o título executivo judicial por excelência é a sentença condenatória.

23 2.2.1 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS ART. 475-N DO CPC II Sentença penal condenatória transitada em julgado. Efeito civil da sentença penal condenatória; E necessário o Trânsito em julgado? (Principio da Presunção de Inocência ); Liquidação por artigos; Só e titulo contra o réu (condenado); Pólo ativo: vitima - herdeiros e sucessores Processo autônomo com a citação do devedor artigo 475 N, parágrafo único, do CPC.

2.2.1 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS ART. 475-N DO CPC 24 Art. 110 CPC permite ao juiz que suspenda o curso do processo cível enquanto o fato estiver sendo apurado na esfera criminal. O que ocorre se, no curso da ação de indenização civil, sobrevém sentença penal condenatória? E se a sentença no processo criminal for absolutória? Sentença penal e civil conflitantes

25 2.2.1 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS ART. 475-N DO CPC III Sentença homologatória de conciliação ou transação, AINDA QUE INCLUA MATERIA NÃO POSTA EM JUIZO. Sentenças de mérito artigo 269, III do CPC juiz analisa apenas aspectos formais; IV Sentença arbitral. Titulo não criado por juiz. Não há necessidade de homologação pelo Poder Judiciário; Lei n. 9.307/96 (artigo 23 e seguintes); Processo autônomo com a citação do devedor artigo 475 N, parágrafo único, do CPC.

26 2.2.1 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS ART. 475-N DO CPC V - Acordo extrajudicial de qualquer natureza, homologado judicialmente. (Artigo 57 da Lei n. 9.099/95). VI Sentença estrangeira, homologada pelo STJ. Artigo 483/484 do CPC (Resolução n. 9/2005 do STJ); Execução perante a Justiça Federal art. 109, X, da CF; Processo autônomo com a citação do devedor art. 475 N, parágrafo único, do CPC; Artigo 105, I, i, da CF.

2.2.1 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS ART. 475-N DO CPC 27 VII - Formal/Certidao de partilha (artigo 1.027 do CPC). Vale exclusivamente: inventariante, herdeiros e sucessores. VIII - Outros títulos executivos judiciais. Ex: decisão que concede tutela antecipada de cunho condenatório ( pagar, fazer ou não fazer e entrega der coisa)

28 2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC) São aqueles que, pela forma com que são constituídos e pelas garantias de que se revestem, gozam, segundo o legislador, de um grau de certeza tal que permite a instauração da execução, sem prévia fase cognitiva.

29 2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC) I Letra de cambio, nota promissória, duplicata, debênture e o cheque. Títulos de créditos que possuem força executiva; Regulados por lei especificas. Duplicata: Lei n. 5.474/68. Depende de aceite. Se não aceita para ter força executiva: 1. deve ser protestada; 2. acompanhada do comprovante de entrega do produto/efetiva prestação de serviço 3. não poderá ter recusa de aceite art. 15;

30 2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC) I Letra de cambio, nota promissória, duplicata, debênture e o cheque. Títulos de créditos que possuem força executiva; Regulados por lei especificas. Duplicata: Lei n. 5.474/68. Depende de aceite. Se não aceita para ter força executiva: 1. deve ser protestada; 2. acompanhada do comprovante de entrega do produto/efetiva prestação de serviço 3. não poderá ter recusa de aceite art. 15;

2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC) 31 Letra de cambio: Lei Uniforme de Genebra (Decreto 57.663/66 art. 43 e seguintes). Não depende de aceite; Nota promissória: Lei Uniforme de Genebra arts. 75 a 78; Cheque: Lei n. 7.357/85 art. 47, inciso I; Debênture: Arts. 52 a 74 da Lei n. 6.404/76.

32 2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC) II Escritura publica ou outro documento público assinado pelo devedor, o documento particular assinado pelo devedor e duas testemunhas, o instrumento de transação referendado pelo Ministério Publico, pela Defensoria Publica ou pelos advogados dos transatores.

2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC) 33 III - Os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como o seguro de vida. Direitos reais de garantia; Contrato de seguro de vida apólice e prova do óbito.

2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC) 34 IV Credito decorrente de foro e laudêmio. Relacionados a enfiteuse (CC/1916, art. 678 e seguintes) proprietário faculta o uso do domínio útil de um bem imóvel mediante o pagamento de um valor anual; CC/02, art. 2.038 proibiu a constituição de enfiteuses, mas reconheceu as já existentes;

35 2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC) FORO verba anual que o enfiteuta paga ao proprietário do imóvel como contrapartida pelo uso do domínio útil do imóvel; LAUDÊMIO quantia paga ao senhorio direto toda vez que o domínio útil for transferido por venda ou dação em pagamento (CC/1916, art. 686)

2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC) 36 V Crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio. No contrato não ha necessidade da assinatura de duas testemunhas; Despesas acessórias: inclui água e esgoto, energia elétrica e IPTU. ( STJ/5ª turma) despesas de condomínio titulo do condômino locador X locatário.

37 2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC) VI - Credito de auxiliares da justiça (serventuário, perito, interprete, tradutor), quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial.

2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC) 38 VII Certidão de divida ativa da Fazenda Publica da União, Estados, Distrito Federal e dos Municípios, correspondentes aos créditos inscritos na forma da lei. execução regulada pela Lei n. 6.830/80.

2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC) 39 VIII Todos os demais títulos a que a lei atribua forca executiva. Lei federal art. 22, I, da CF; Cédula de Credito Rural, Cédula de Credito Industrial, Cédula de Credito Comercial, Cédula de Credito Bancário, Decisões do Tribunal de Contas da União, Contrato de honorários advocatícios, etc.

40 3. LEGITIMAÇÃO AS PARTES NA EXECUÇÃO

3. LEGITIMAÇÃO AS PARTES NA EXECUÇÃO 41 Das partes na execução as partes ativas e passivas são tradicionalmente no processo de execução de exequente ( credor) e executado ( devedor). O CPC, no entanto, prefere denominá-las simplesmente de credor e devedor, o que, todavia, não importa banir da linguagem doutrinária e forense as expressões tradicionais de exequente e executado, mesmo porque mais significativas do que aquelas eleitas pela nomenclatura legal.

3.1. SUJEITOS ATIVOS Art. 566 e 567 42 A) Legitimação ativa originária do credor: No art. 566, I do CPC, tem-se a legitimação originária, ou seja, aquele que decorre do conteúdo do próprio título executivo e compreende o credor a quem a lei confere titulo executivo. Assim, no título judicial, credor ou exequente será o vencedor da causa, como tal apontado na sentença. E, no título extrajudicial, será a pessoa em favor de quem contraiu a obrigação.

3.1. SUJEITOS ATIVOS Art. 566 e 567 43 B) Legitimação extraordinária do Ministério Público (art. 566, II do CPC) para os casos prescritos em lei. Atente se que o MP ora funciona como órgão agente (art. 81 do CPC), ora como órgão interveniente ( art. 82 do CPC). No processo executivo, sua legitimação ativa ocorrerá em regra nas hipóteses em que figure como órgão agente ( art. 81 do CPC).

3.1. SUJEITOS ATIVOS Art. 566 e 567 44 C) Legitimação derivada( superveniente): o art. 567 do CPC completa o elenco das pessoas legitimadas ativamente para a execução forçada, arrolando os casos em que estranhos à formação do título executivo tornaram se, posteriormente, sucessores do credor, assumindo, por isso, a posição que lhe competia no vinculo obrigacional primitivo. Assim, a legitimação derivada ou superveniente compreende: C.1) O espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;

3.1. SUJEITOS ATIVOS Art. 566 e 567 45 É possível as situações massa falida, condomínio e herança jacente ou vacante promover a execução? Sim, apesar da omissão, a doutrina entende pela possibilidade. A massa falida será representada pelo Administrador Judicial ( CPC, art. 12, III c/c Lei 11.101/2005); o condomínio pelo administrador ou sindico ( CPC, art. 12, IX); e a herança jacente ou vacante pelo curador ( CPC, art. 12, IV).

3.1. SUJEITOS ATIVOS Art. 566 e 567 46 É possível as situações massa falida, condomínio e herança jacente ou vacante promover a execução? Sim, apesar da omissão, a doutrina entende pela possibilidade. A massa falida será representada pelo Administrador Judicial ( CPC, art. 12, III c/c Lei 11.101/2005); o condomínio pelo administrador ou sindico ( CPC, art. 12, IX); e a herança jacente ou vacante pelo curador ( CPC, art. 12, IV). C.2) O cessionário quando o direito resultante do titulo executivo lhe foi transferido por ato entre vivos:

3.1. SUJEITOS ATIVOS Art. 566 e 567 47 Considera se cessionário o beneficiário da transferência negocial de um crédito por ato inter vivos, oneroso ou gratuito, na forma do art. 286 do CC. Feita antes de haver a lide executiva, ela transfere desde logo ao cessionário a legitimidade ativa. Se a cessão é feita após a citação no processo de execução por titulo executivo extrajudicial, o cessionário assumirá o pólo ativo, não havendo necessidade de obedecer o disposto no art. 42, 1º do CPC ( posição do STF RE 97.4610)

3.1. SUJEITOS ATIVOS Art. 566 e 567 48 C.3) O subrogado, nos casos de subrogação legal ou convencional: Diz se credor subrogado aquele que paga a divida de outrem, assumindo todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo credor contra o devedor principal e seus fiadores ( art. 349, CC).

49 3.2. SUJEITOS PASSIVOS ART. 568 DO CPC Sujeitos passivos: Dentro da sistemática do art. 568 do CPC, a legitimação passiva pode ser dividida em: devedores originários; sucessores do devedor originário; e os apenas responsáveis. A) Devedor originário: o devedor, reconhecido como tal no título executivo. Caso trate de cumprimento de sentença, o executado será o vencido no processo de conhecimento e sua identificação é feita pela simples leitura da sentença. OBS: Convém lembrar que não apenas o réu pode ser vencido, pois também o autor, quando decai de seu pedido, é condenado aos efeitos da sucumbência ( custas e honorários advocatícios), assumindo a posição de vencido e sujeitando se à execução forçada.

3.2. SUJEITOS PASSIVOS ART. 568 DO CPC 50 Necessário diferenciar o devedor ( quem deve) e o responsável ( quem tem apenas a responsabilidade). Lembrando que a relação obrigacional é composta pela dívida ( caráter pessoal), e pela responsabilidade (caráter de sujeição patrimonial). Normalmente esses dois elementos estão presentes no pólo passivo da atividade executiva ( quando o executado é o próprio devedor), mas poderá ocorrer de apenas o segundo elemento se fazer presente ( quando o executado for apenas um garante e não aquele que contraiu a dívida)

3.2. SUJEITOS PASSIVOS ART. 568 DO CPC 51 B) Sucessores do devedor originário: b.1) o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor: Enquanto não ultimar a partilha,, o espólio deverá ser demandado. Feita a partilha, cada herdeiro responderá na proporção da parte que lhe coube na herança ( CPC, art. 597). b.2) o novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo. OBS: Tratase de hipótese de cessão de débito, o que no ordenamento brasileiro só é aceito com expressa anuência do credor.

3.2. SUJEITOS PASSIVOS ART. 568 DO CPC 52 C) Apenas responsáveis: Nessas hipóteses, figuram no pólo passivo da execução não os devedores originários, mas as pessoas que se responsabilizaram pelo adimplemento da dívida que não contraíram. São as hipóteses de: c.1) Fiador Judicial: é aquele que assume, por termo nos autos, a responsabilidade por determinada obrigação, nos casos em que a lei exige algum tipo de caução ou garantia ( v.g., art. 273, 3º, art. 804, CPC)

3.2. SUJEITOS PASSIVOS ART. 568 DO CPC 53 Solvendo a dívida o fiador terá ação regressiva contra o devedor,subrogandose nos direitos do credor e leitimandose ao manejo da execução forçada contra afiançado ( CC, art. 832) que poderá se dar nos mesmos autos ( CPC, art. 595, parágrafo único). Seja convencional ou judicial, é assegurado o benefício da ordem, isto é, a faculdade de nomear a penhora bens livres e desembaraçados do devedor ( CPC, art. 595). Assim, a execução incidirá, primeiro, sobre bens do afiançado, e só se estes não forem suficientes é que recairá sobre o patrimônio do fiador.

3.2. SUJEITOS PASSIVOS ART. 568 DO CPC 54 c.2) o fiador extrajudicial: caso esse figure no título executivo extrajudicial ( e a este nada se oponha), será parte legitima passiva da execução. c.3) o responsável tributário, assim definido na legislação própria: conforme legislação própria ( Lei nº 5.172/66 CTN) considerase responsável tributário a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniária ( CTN, art. 121, caput)

55 4. COMPETÊNCIA

4. COMPETÊNCIA 56 A) Competência para a execução de título judicial: Assim dispõe o art. 475 P e 575 do CPC. A execução de titulo extrajudicial processar se a perante: a.1) os tribunais, nas causas de sua competência originária; a.2) o juízo que processou a causa no primeiro grau; a.3) o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira.

4. COMPETÊNCIA 57 Exceções: Execução de alimentos: Competência é estipulada no domicilio ou residência do alimentando ( art. 100, II, do CPC. Parágrafo único do art. 475 P: Concede ao credor a faculdade de promover a execução ( cumprimento de sentença) no foro onde se encontram os bens do devedor ou no domicilio atual do devedor executado. A remessa dos autos será solicitada ao juízo de origem.

4. COMPETÊNCIA 58 B) Competência para a execução de títulos extrajudiciais: A competência é territorial e relativa já que a competência aqui é determinada pelas regras comuns do processo de conhecimento, conforme determina o art. 576 do CPC ( remete aos arts. 88 a 124 CPC). Há de observar a seguinte ordem de preferência: 1º) foro de eleição; 2º) lugar do pagamento; 3º) domicílio do devedor.

4. COMPETÊNCIA 59 C) Competência para a execução fiscal: a competência para processar e julgar a execução da Divida Ativa da Fazenda Publica exclui a de qualquer outro juízo,inclusive o da falência, da Recuperação Judicial, da liquidação, da insolvência ou do inventario.

4. COMPETÊNCIA 60 O art. 578, do CPC diz que a execução fiscal (Art. 585,VII, do CPC), será proposta: 1)no foro do domicilio do réu e se não o tiver, no de sua residência ou no lugar onde for encontrado. 2)Quando houver mais de um devedor, a Fazenda Publica pode escolher o foro competente de qualquer um deles. 3)Quando o devedor tiver mais de um domicilio, também poderá escolher quaisquer deles. 4) Poderá, também, a seu critério, a Fazenda Publica propor a execução no foro do lugar em que se praticou o ato ou ocorreu o fato que deu origem a divida, mesmo que nele não mais resida o devedor ou, ainda, no foro da situação dos bens, quando a divida deles se originar (CPC, Art. 578, Parágrafo Único).

BIBLIOGRAFIA 61 ASSIS, Araken de. Manual da execução. 9. ed. rev., amp. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de direito processual civil. 2.ed. rev. atual. São Paulo: Malheiros Editores, 2004. v. 4. THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil: processo de execução e processo cautelar. 38. ed. São Paulo: Forense, 2005. v. 2. MEDINA, José Miguel Garcia. Processo Civil Moderno: Execução. 2ª ed. rev. Atual. São Paulo> RT, 2012. v.3