ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL PERFUROCORTANTE ENVOLVENDO PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE UNIDADE DE EMERGÊNCIA HOSPITALAR

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Transcrição:

ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAL PERFUROCORTANTE ENVOLVENDO PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE UNIDADE DE EMERGÊNCIA HOSPITALAR LABOUR ACCIDENTS WITH PIERCING AND CUTTING MATERIALS INVOLVING NURSING STAFF IN A HOSPITAL EMERGENCY DEPARTMENT ACCIDENTES DE TRABAJO CON MATERIAL PERFOROCORTANTE ABARCANDO PROFESIONALES DE ENFERMERÍA DE UNIDAD DE EMERGENCIA HOSPITALARIA Suzana de Almeida Fráguas Simão I Cátia Regina Garcia Soares II Vanessa de Souza III Rhiva Alves Amaral Borges IV Elaine Antunes Cortez V RESUMO: O objetivo do presente estudo foi identificar e analisar a ocorrência de acidentes de trabalho com material perfurocortante entre a equipe de enfermagem. Estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa, realizado em 2008. A população do estudo foi composta por 101 trabalhadores da unidade de emergência de um hospital público no município de Niterói RJ. Verificou-se 44(43,6%) profissionais envolvidos nesse tipo de acidente, sendo a agulha oca o objeto mais frequentemente associado (68,2%) e o reencape de agulhas o responsável por 38,6% dos acidentes ocorridos. Em conclusão, os resultados fornecem dados importantes que poderão subsidiar programas de prevenção de riscos ocupacionais. Palavras-Chave: Acidentes de trabalho; ferimentos perfurantes; enfermagem; assistência hospitalar. ABSTRACT: The aim of this study was to identify and analyse the occurrence of labour accidents with sharp material among nursing staff. Conducted in 2008, it was descriptive, quantitative and exploratory. The study population consisted of 101 employees of a public hospital in Niteroi (Rio de Janeiro State). This type of accident involved 44 (43.6%) nurses and most frequently hollow needles (68.2%); needle recapping was responsible for 38.6% of accidents. In conclusion, the results provide important data that could support programs to prevent occupational hazards. Keywords: occupational accidents; stab wounds; nursing; hospital care. RESUMEN: El objetivo de este estudio fue identificar y analizar la ocurrencia de accidentes de trabajo con material perforocortante entre el personal de enfermería. Estudio descriptivo y exploratorio, con abordaje cuantitativo, cumplido en 2008. La población del estudio consistió de 101 trabajadores de la unidad de emergencia de un hospital público en Niterói RJ Brasil. Hubo 44 (43,6%) profesionales involucrados en ese tipo de accidente, siendo la aguja hueca el objeto más frecuentemente asociado (68,2%) y el reencapar de agujas lo responsable por 38,6% de los accidentes acaecidos. En conclusión, los resultados proporcionan datos importantes que podrán apoyar los programas de prevención de riesgos laborales. Palabras Clave: Accidentes de trabajo; heridas punzantes; enfermería; atención hospitalaria. INTRODUÇÃO O profissional de saúde está exposto a um risco maior de adquirir determinadas infecções, imunologicamente preveníveis, do que a população em geral. Sendo o risco de adquirir infecções sanguíneas por lesões perfurocortantes a grande causa da preocupação entre os trabalhadores de saúde e a administração dos hospitais em todo o mundo. I Enfermeira do Trabalho. Mestranda em Ciências do Cuidado em Saúde e Discente do Curso de Especialização em Controle de Infecção em Assistência à Saúde da Universidade Federal Fluminense. Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: sfraguas@ig.com.br. II Janeiro, Brasil. E-mail: catia_reg@pop.com.br. III Janeiro, Brasil. E-mail: vanessascaramel@hotmail.com. IV Janeiro, Brasil. E-mail: rhivaborges@hotmail.com. V Doutoranda em enfermagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Brasil e orientadora do trabalho. E-mail: nanicortez@hotmail.com. p.400 Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jul/set; 18(3):400-4.

O contingente de trabalhadores de enfermagem, particularmente os que estão inseridos no contexto hospitalar, permanecem 24 horas junto ao paciente, executando o cuidar dentro da perspectiva do fazer e, consequentemente, expondo-se a vários riscos, podendo adquirir doenças ocupacionais, além de lesões em decorrência dos acidentes de trabalho 1. Diante da importância dessas questões na rotina dos profissionais de enfermagem, o tema desta pesquisa se refere aos acidentes de trabalho causados por material biológico, uma vez que há uma grande quantidade de resíduos infectantes, materiais perfurocortantes, entre outros agravos que são encontrados no ambiente do setor de emergência de um hospital. Os trabalhadores de enfermagem, durante a assistência ao paciente, estão expostos a inúmeros riscos ocupacionais causados por fatores químicos, físicos, mecânicos, biológicos (os principais causadores), ergonômicos e psicossociais que podem ocasionar doenças ocupacionais e acidentes de trabalho 2,3. É válido retratar que a intensa rotina nas emergências hospitalares aumenta ainda mais o risco de um acidente pela sobrecarga de trabalho, visto que o profissional necessita realizar um grande número de tarefas em um curto espaço de tempo e ainda, associado ao estresse pela própria natureza de seu ofício, pode acarretar diminuição da capacidade de concentração do mesmo, aumentando assim as chances de acidente de trabalho. Para agravar ainda mais os riscos que acometem os profissionais de enfermagem, existe o fato de que nem sempre o trabalhador que atua em unidades complexas adota as medidas de biossegurança necessárias para sua proteção durante a assistência prestada, o que pode provocar agravos a sua própria saúde e acarretar maiores danos ao cliente que recebe seus cuidados 4-6. Portanto, é necessário atentar para os índices de ocorrência de acidentes envolvendo material perfurocortante por essa categoria profissional, bem como o grau de adesão às normas de biossegurança. Em razão do potencial desconhecimento dessa realidade nas instituições de saúde brasileiras, faz-se necessário estabelecer novas políticas de saúde e de segurança para aqueles que cuidam da saúde da população. Ademais, outro agravante do risco para a saúde desses profissionais corresponde ao contato direto com os micro-organismos transmitidos a partir de fontes de infecção não identificadas, como pacientes com diagnósticos não definidos ou ainda problemas estruturais, que, frequentemente, são encontrados nas unidades hospitalares 7. Portanto, o contato com os micro-organismos patológicos oriundos dos acidentes ocasionados pela manipulação de material perfurocortante ocorre, com frequência, na execução do trabalho de enfermagem. Simão SAF, Soares CRG, Souza V, Borges RAA, Cortez EA A exposição ocupacional por material biológico é entendida como a possibilidade de contato com sangue e fluidos orgânicos no ambiente de trabalho 2,8,9. Os acidentes ocasionados por picada de agulhas são responsáveis por 80 a 90% das transmissões de doenças infecciosas entre trabalhadores de saúde 9,10. Desse modo, o problema da presente pesquisa é: qual é o índice de ocorrência de acidentes de trabalho relacionado aos objetos perfurocortantes em trabalhadores de enfermagem que atuam na emergência e de que forma estes ocorrem? Assim, esta pesquisa teve como objetivo identificar e analisar a ocorrência de acidentes de trabalho com material perfurocortante, entre a equipe de enfermagem, na emergência hospitalar. Este trabalho é relevante para os profissionais de enfermagem, uma vez que poderá promover uma análise crítica dos riscos ocupacionais à sua saúde, bem como permitirá reflexões quanto à necessária melhoria das condições e processos de trabalho e conscientização da importância das medidas de proteção individual em prol da segurança e bem-estar do trabalhador. REFERENCIAL TEÓRICO As doenças ocupacionais e os acidentes de trabalho constituem um importante problema de saúde pública em todo o mundo. Nesse sentido, a maior frequência de acidentes de trabalho na área da saúde é ocasionada por materiais perfurocortantes, sendo a picada de agulha um dos maiores responsáveis pela transmissão de doenças infecciosas entre os trabalhadores de saúde. É preciso direcionar a atenção para a prevenção desses acidentes e o acompanhamento pós-exposição ocupacional 6,7,11,12. Portanto, a análise das condições de trabalho desses profissionais se reveste de características específicas, pois, além do relacionamento direto com a doença e com a morte, eles fazem parte de um sistema que assegura a continuidade da produção e determina a quebra da continuidade no trabalho realizado individualmente. É o que define o trabalho por turnos. Historicamente, os profissionais de saúde não eram considerados uma categoria profissional de alto risco para acidentes de trabalho. A preocupação com os riscos biológicos surgiu a partir da constatação dos agravos à saúde dos profissionais que exerciam atividades em laboratórios, onde se dava a manipulação dos microorganismos e de material clínico desde o início dos anos 40 13. Maior importância foi dada ao tema, a partir da década de 80, com o aparecimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), quando estudos detectaram que esses trabalhadores estavam, constantemente, sob risco de sofrerem acidentes através de ex- Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jul/set; 18(3):400-4. p.401

posições percutânea ou mucosa e, consequentemente, expostos aos agentes patológicos veiculados pelo sangue como o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e os Vírus da Hepatite B e C 12,13. Assim, os profissionais da equipe de enfermagem inseridos na dinâmica da assistência hospitalar estão particularmente expostos à ocorrência de acidentes ocupacionais com material biológico, os quais são decorrentes das condições do ambiente de trabalho, de objetos ou organismos que possam ser nocivos à saúde do trabalhador, tais como parasitas, bactérias, vírus e outros. O contato íntimo e frequente com materiais humanos (sangue, secreções e excreções), provocados pelo manuseio de objetos perfurocortantes (agulhas, bisturis) e por respingos em mucosas, pode levar à doença ocupacional aguda, crônica ou até mesmo à morte 8. METODOLOGIA O presente estudo teve como base uma pesquisa epidemiológica de natureza descritiva exploratória, com abordagem quantitativa. Foi utilizada a pesquisa de campo para identificar os profissionais envolvidos em acidente biológico na emergência de um hospital público do município de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. O citado hospital é uma unidade de saúde do tipo hospital geral, que realiza atendimentos contínuos de 24 horas, ambulatoriais, de emergência, de internação, cirurgias de pequeno porte, sendo, também, um centro de referência municipal para profissionais de saúde vítimas de acidente de trabalho com material biológico. O setor onde foi realizado o estudo foi a emergência que, na ocasião em que os dados foram coletados, contava com 128 colaboradores na área de enfermagem. Desse modo, a população deste estudo foi composta pelos profissionais de enfermagem que atuam diretamente no serviço de emergência da unidade. Fizeram parte da amostra 101 sujeitos, sendo 60 auxiliares de enfermagem, 16 técnicos de enfermagem e 25 enfermeiros que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: atuavam no setor de emergência no mínimo há 6 meses consecutivos; estavam de plantão no momento da entrevista; e concordaram em participar do estudo após tomarem conhecimento, concordarem e assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para a coleta destes dados o instrumento utilizado foi um questionário semiestruturado, contendo dados de identificação e questões referentes ao acidente de trabalho tais como: agentes causadores; o procedimento executado no momento do acidente; imunização dos profissionais; utilização de medidas de segurança em procedimentos que oferecem riscos de respingo, formação de aerossóis, secreção e fluídos corpóreos. Portanto, para avaliar a validade do conteúdo, o questionário foi submetido à apreciação de um docente da área de enfermagem do trabalho e um da área de metodologia científica. Torna-se importante ressaltar que foi solicitada a autorização por escrito das divisões/chefias de enfermagem e da direção do Hospital para a coleta de dados nos arquivos de registros referentes aos acidentes de trabalho junto à equipe de enfermagem. Entre os aspectos éticos observados, inclui-se a aprovação do projeto pelo Parecer n 057-A/08, em 22/07/2008, do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina / Hospital Universitário Antônio Pedro. A coleta de dados ocorreu no período de 22 de julho a 22 de setembro de 2008, tendo sido realizada pelas autoras através da solicitação de preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e questionário por parte dos profissionais, de ambos os sexos, no próprio local de trabalho, nos turnos diurno e noturno. Os itens coletados através dos questionários foram digitados e armazenados em banco de dados, através da utilização da planilha eletrônica Excel 2000 e, posteriormente, analisados no programa Epi info versão 3.4.3. Em seguida foram organizados em tabelas e analisados através da estatística descritiva, a fim de facilitar a visualização e interpretação dos mesmos. RESULTADOS E DISCUSSÃO A população estudada abrangeu 101 trabalhadores (auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem e enfermeiros), quantidade equivalente a 78,9% do quadro contratual do pessoal de enfermagem e integrante da unidade de emergência de um hospital público, localizado na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. Os resultados desta investigação evidenciaram o envolvimento de 44(43,6%) funcionários em acidentes de trabalho com materiais perfurocortantes, sendo a agulha oca (68,2%) o objeto mais frequentemente associado, seguido pelo scalp/jelco (22,7%) e pela lâmina de bisturi (4,5%). Estudo realizado em um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, em Londrina, constatou que 92,5% dos acidentes com material biológico envolviam materiais perfurocortantes 6. Enquanto num hospital-escola, também, foi identificado um alto índice, em que 67,8% dos acidentes abrangiam agulha oca e cerca de 5,4% lancetas/lâmina de bisturi 14. Estes dados diferem do estudo em um hospital de ensino que apresentou índice de acidente por scalp (39,7%) superior ao de agulha oca (18,1%) 13. p.402 Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jul/set; 18(3):400-4.

Simão SAF, Soares CRG, Souza V, Borges RAA, Cortez EA É importante ressaltar que os acidentes envolvendo agulhas são os principais responsáveis pela exposição dos profissionais de saúde quanto aos riscos de adquirir infecções graves como a AIDS e as Hepatites B e C. Assim, procedimento de risco, como o reencape de agulhas, ainda é uma prática rotineira, sendo responsável por 38,6% dos acidentes ocorridos. Esse resultado é superior ao encontrado em outros estudos 9. Acrescente-se que os altos índices de acidentes com objetos perfurocortantes no setor hospitalar se somam ao significante contingente profissional que aí trabalha sem a proteção do esquema vacinal de hepatite completo (comumente passa de 10%) ou não tem a comprovação sorológica (em média 70%). É relevante lembrar que cerca de 5 a 10% dos adultos vacinados não desenvolvem a resposta imunológica, permanecendo, assim, susceptíveis à infecção da hepatite. Dessa forma, a vacinação e a comprovação sorológica dos profissionais da saúde são medidas imprescindíveis para a prevenção da transmissão ocupacional dessa patologia 15,16. Quanto aos fluidos orgânicos envolvidos, foi possível verificar que o sangue esteve presente em 82,6% dos acidentes, seguido da urina em 8,7% e de outros fluidos em 8,7%. Tais resultados condizem com outros estudos. Pesquisa realizada na rede básica de saúde, em Ribeirão Preto SP, identificou índice de 82,3% de acidentados ocupacionais em contato com sangue e 99 profissionais de saúde infectados pelo HIV devido às inoculações acidentais 8. Em outra investigação, 80,5% de profissionais do atendimento pré-hospitalar móvel apresentaram exposição ao sangue 5. Estes índices alarmantes se devem, em parte, à resistência dos profissionais à adoção de medidas preventivas e ao uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) 6,17, uma vez que estes podem reduzir em até 75% a quantidade de sangue/secreção inoculados e, consequentemente, o risco de infecção 4. É notório que o descarte inadequado de objetos perfurocortantes caracteriza uma importante fonte de risco para os acidentes ocupacionais, tanto para a equipe de enfermagem, que chega a proporções expressivas de 66,7%, quanto para outros grupos de profissionais (como o pessoal de apoio, entre outros) que não estão em contato direto com o paciente. Quanto à prática de reencape de agulhas, ela é responsável por 10% desses acidentes 10. Em outro estudo, o índice de acidentes relacionado a esse procedimento foi de 8,9% 14. O presente estudo obteve resultados diferentes das referidas investigações, pois constatou que na equipe de enfermagem o reencape de agulhas predominou entre acidentes ocorridos (38,6%), seguido por movimentação do paciente (29,5%), pelos acidentes ocasionados por terceiros (22,7%), pelo descarte inadequado (4,7%) e pela ausência ou uso inadequado de EPI (4,5%). É relevante retratar que o descarte inadequado de objetos perfurocortantes foi responsável por apenas 4,7% dos acidentes, possivelmente devido à introdução de recipientes padronizados para desprezar esses objetos, incentivando, assim, o descarte apropriado. Tal achado confirma outros estudos que observaram a diminuição dos índices de acidentes relacionados a essa prática 2,15. Entretanto, essa questão ocupacional persiste. Um estudo que identificou a ocorrência de acidentes ocupacionais com perfurocortantes, de 1997 a 2003, em hospital privado na Bahia apontou 24,6% dos acidentes relacionados ao descarte inadequado 2. Sobretudo no município do Rio de Janeiro, apenas cerca de 60% das unidades hospitalares dispõem de recipientes apropriados, rígidos e resistentes a vazamento, para descarte adequado de materiais perfurocortantes 16. Dessa forma, cabe ressaltar que ainda é insuficiente a disponibilidade de caixas coletoras utilizadas para este fim, sendo necessária, muitas vezes, a adaptação de embalagens como caixas de remédios e produtos de limpeza para o descarte inadequado deste tipo de material 6. Outro fato importante é que os acidentes biológicos não estão relacionados apenas à qualificação profissional, mas também aos cuidados diretos com o paciente, que exigem a adoção dos EPI. Os resultados obtidos nesta pesquisa ressaltam que parte significativa do pessoal de enfermagem da unidade de emergência do hospital pesquisado já foi vítima de acidentes de trabalho envolvendo materiais perfurocortantes. Torna-se imprescindível oferecer condições ocupacionais seguras e reforçar as informações aos profissionais sobre a importância da adoção de medidas de proteção no trabalho. No que se refere aos fatores de contribuição para a ocorrência desses acidentes, segundo relatos dos próprios profissionais, o mais prevalente foi a necessidade de agilidade na execução das atividades rotineiras (57,7%), seguido pelo cansaço físico e mental (23,1%), pela ausência de EPI(11,5%) e pouca experiência profissional (7,7%). Desse modo, os riscos a que estão expostos os trabalhadores inseridos na equipe de enfermagem são maiores ou menores de acordo com a atividade exercida pelos mesmos 6,13. É notório que o ambiente de atuação do pessoal de enfermagem é, muitas vezes, nocivo à saúde, por suas condições desfavoráveis ao bem-estar e à satisfação pessoal. A precarização do trabalho, originada pelo excesso de atividade física e mental, pelo sistema de vínculo empregatício, pelo acúmulo de horas trabalhadas ou mesmo pela má remuneração ocupacional no sistema de saúde, tem sido o fator determinante dos acidentes e doenças ocupacionais 3,17. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jul/set; 18(3):400-4. p.403

CONCLUSÃO A análise dos resultados obtidos permite concluir que parte expressiva do quadro de enfermagem da unidade de emergência do hospital já foi vítima de acidentes de trabalho envolvendo objetos perfurocortantes. Notou-se, ainda, que a necessidade de maior agilidade de realização das atividades de rotina de um setor de emergência associada à extensa carga horária diária de trabalho e à prática inadequada de reencape de agulhas são fatores que contribuem para o alto índice desse tipo de acidente entre a equipe de enfermagem. Os resultados encontrados na presente pesquisa revelaram aspectos importantes dos riscos a que estão expostos os trabalhadores de enfermagem referentes à manipulação dos materiais perfurocortantes e ao contato com o material biológico, oferecendo, assim, subsídios para a implementação de programas de orientação e atualização dos funcionários nesse contexto. Espera-se que o estudo favoreça reflexões sobre as práticas de ensino e de prevenção de acidentes ocupacionais à medida em que os resultados forem sendo divulgados. É preciso ressaltar a função do enfermeiro como educador que é de extrema relevância para a mudança no paradigma das práticas de saúde dos trabalhadores. REFERÊNCIAS 1.Bulhões I. Riscos do trabalho de enfermagem. Rio de Janeiro: Folha Carioca; 1998. 2.Amaral AS, Sousa AFS, Ribeiro SO, Oliveira MAN. Acidentes com material perfurocortante entre profissionais de saúde em hospital privado de Vitória da Conquista-BA. Sitientibus, Feira de Santana. 2005; 33:101-14. 3.Giomo DB, Freitas FCT, Alves LA, Robazzi MLCC. Acidentes de trabalho, riscos ocupacionais e absenteísmo entre trabalhadores de enfermagem hospitalar. Rev enferm UERJ. 2009; 17:24-9. 4.Correa CF, Donato M. Biossegurança em uma unidade de terapia intensiva: a percepção da equipe de enfermagem. Esc Anna Nery. 2007; 11(2):197-204. 5.Soerensen AA, Moriya TM, Hayashida M, Robazzi MLCC. Acidentes com material biológico em profissionais do atendimento pré-hospitalar móvel. Rev enferm UERJ. 2009; 17:234-9. 6.Spagnuolo RS, Baldo RCS, Guerrini IA. Análise epidemiológica dos acidentes com material biológico registrados no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador Londrina PR. Rev Bras Epidemiol. 2008; 11:315-23. 7.Benatti MCC. Acidente do trabalho em um hospital universitário: um estudo sobre a ocorrência e os fatores de risco entre trabalhadores de enfermagem [dissertação de mestrado]. Ribeirão Preto (SP): Universidade de São Paulo; 1997. 8.Secco IAO. Acidentes e cargas de trabalho dos trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário do norte de Paraná [tese do doutorado]. Ribeirão Preto (SP): Universidade de São Paulo, 2006. 9.Chiodi MB, Marziale MHP, Robazzi MLCC. Occupational accidents involving biological material among public health workers. Rev Latino-Am Enfermagem. 2007; 15:632-8. 10.Brevidelli MM, Cianciarullo TI. Análise dos acidentes com agulhas em um hospital universitário: situações de ocorrência e tendências. Rev Latino-Am Enfermagem. 2002; 10:780-6. 11.Santos IF. O enfermeiro e a infecção hospitalar: um estudo sobre sua formação e atuação [dissertação de mestrado]. Ribeirão Preto (SP): Universidade de São Paulo, 1997. 12.Nishide VM, Benatti MCC, Alexandre NMC. Ocorrência de acidente do trabalho em uma unidade de terapia intensiva. Rev Latino-Am Enfermagem. 2004; 12:204-11. 13.Barboza DB, Soler ZASG, Ciorlia LAS. Acidentes de trabalho com pérfuro-cortante envolvendo a equipe de enfermagem de um hospital de ensino. Arq Ciênc Saúde. 2004; 11(2):2-8. 14.Gomes AC, Agy LL, Malaguti SE, Canini SRMS, Cruz EDA, Gir E. Acidentes ocupacionais com material biológico e equipe de enfermagem de um hospital-escola. Rev enferm UERJ. 2009; 17:220-3. 15.Toledo AD, Oliveira AC. Situação vacinal e sorológica para hepatite B entre trabalhadores de uma unidade de emergência. Rev enferm UERJ. 2008; 16:95-100. 16.Scheidt KLS, Rosa LRS, Lima EFA. As ações de biossegurança implementadas pelas comissões de controle de infecções hospitalares. Rev enferm UERJ. 2006; 14:372-7. 17.Mauro MYC, Veiga AR. Problemas de saúde e riscos ocupacionais: percepções dos trabalhadores de enfermagem de unidade materna infantil. Rev enferm UERJ. 2008; 16:64-9. p.404 Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jul/set; 18(3):400-4.