CASA DA RAZÃO HUMANA. Marcelo Ferrari. 1 f i c i n a. 2ª edição - 24 de julho de w w w. 1 f i c i n a. c o m. b r

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Transcrição:

CASA DA RAZÃO HUMANA Marcelo Ferrari 1 f i c i n a 2ª edição - 24 de julho de 2015 w w w. 1 f i c i n a. c o m. b r

CASA DA RAZÃO HUMANA Na Casa da Razão Humana moram quatro moradores: um bicho, uma criança, uma mãe e um pai. Cada um pensa diferente do outro. Quem tem razão? É isto que você irá descobrir lendo este livro. Boa leitura! 01 RAZÃO CASADA Razão não é apenas raciocínio. Em cada um de nós moram quatro razões diferentes que convivem e funcionam de forma interdependente, ou seja, casada. Temos quatro cérebros, quatro inteligências, quatro razões, quatro humanidades, quatro lógicas, quatro formas de pensar: BICHO Razão Física Cérebro Reptiliano Sistema Fisiológico CRIANÇA Razão Sensorial Cérebro Límbico Sistema Sensorial PAI Razão Racional Córtex Esquerdo Sistema Quantitativo MÃE Razão Afetiva Córtex Direito Sistema Qualitativo A seguir, cada uma das razões humanas, irão se apresentar para você. 02 BICHO Eu sou você bicho. Eu sou você enquanto sistema fisiológico. Eu sei que por você ser analítico e qualitativo, você não se considera bicho, mas o fato é que a experiência humana é quaternária, então, você é bicho sim, diferente dos bichos não-humanos, mas é bicho. Você tem um corpo como todo bicho e deve cuidar bem desse corpo como todo bicho. Bicho come, bebe, caga, mija e peida. Aqui e agora. Para mim não existe tempo. Não sei o que é segunda-feira, terça, quarta, nem domingo. Sou bicho, para mim, tudo é urgente, tudo é para já. Quando estou cansado, dizer que faltam dois dias para o domingo, não me faz descansar, quando estou com fome, dizer que faltam duas horas para o almoço não me alimenta. Eu não vivo de abstrações. Quando quero peidar, não é me dizendo que peidar no elevador 02

é deselegante, que faz com que me alivie do desconforto. Quando sinto calor, não é me dizendo que é proibido andar pelado em ambientes sociais, que faz com que me refresque. Ser humano inclui ser bicho. Tentar me excluir da casa ou me ignorar, em nada ajuda no viver bem, só atrapalha. Primeiro porque é impossível. Depois, porque sou a inteligência fisiológica da casa, sou eu que cuido do bem-estar dela. Assim como todos os moradores desta casa, meu desejo é felicidade. Só que felicidade para mim = benefício. Então, eu funciono sempre objetivando o Bem e evitando o Mal. Bem = tudo que ACREDITO que é benéfico para casa. Mal = tudo que ACREDITO que é prejudicial para casa. Ficou claro quem sou eu nesta casa? Eu sou as paredes, o encanamento, a mobília, enfim, tudo que dá suporte físico e possibilita o resto que acontece dentro da casa. E sendo que o bem viver da casa depende do bem viver dos seus quatro moradores, isso me inclui. 03 CRIANÇA Eu sou você criança. Eu sou você enquanto sistema sensorial. Sim, eu sou seu prazer de viver. Sou eu que carpe diem. Afinal, assim como o bicho, também não tenho a menor ideia do que é passado e futuro. Os adultos vivem me falando sobre passado e futuro. Tenho dó deles. Quanto esforço mal usado. Eles não entendem por que toda vez que me mostram imagens do futuro ou do passado, vejo como se fosse fato. Claro! Para mim é sempre sempre, eternamente eterno. Passado e futuro são abstrações. Coisa de adulto. Eu sou criança. A experiência humana, para mim, é um playground. O que sei, quero e entendo é de brincar, me divertir e ter prazer. Sou criança, toda e qualquer abstração é incompreensível. A linguagem que eu falo é a linguagem do gostoso e do ruim, do agradável e do desagradável, do prazeroso e do repulsivo. Se é bom, eu quero. Se é ruim, não quero. Tudo muito simples, direto e sem abstrações. Minha língua não sabe se o sorvete foi feito hoje, ou ontem, se foi feito na suíça ou na china. A única coisa que minha língua sabe é que o sorvete é gostoso e tem sabor de chocolate. Só isso! Minha língua só sabe de paladar. Paladar é um dos meus brinquedos na experiência humana, assim como olfato, tato, audição e visão. É por isso que quando os adultos me dizem, Agora não, depois! ou Isto não pode porque é errado!, eu choro, berro, esperneio e faço birra. Eu não sei o que é depois. Eu não entendo abstrações conceituais e 03

éticas. Quando choro, é isto que estou dizendo aos adultos: Não entendo abstrações. Mas nossas conversas são conversas de surdo-mudo. Os adultos não entendem meu choro e eu não entendo suas abstrações. Inapropriado, para mim, é tudo que é ruim. Errado é desprazer. Outra coisa que quero deixar claro. Util é coisa de bicho! Para mim, tudo é inútil e sem objetivo. Esta coisa de que tal coisa é saudável, de que é benéfica, de que é para o meu bem, e principalmente, de que vai resultar em uma outra coisa, nada disso faz sentido para mim. Para mim, tudo tem uma única utilidade: prazer. Meu objetivo na experiência humana é curtir. Felicidade para mim = gostoso. Eu funciono sempre objetivando o Bom e evitando o Ruim. Bom = tudo que ACREDITO que é prazeroso para a casa. Mal = tudo que ACREDITO que é desagradável para a casa. Ficou claro quem sou eu nesta casa? Eu sou o jogo, a festa, a brincadeira, a conversa, a música, o banquete, o vinho, a dança, o teatro, a poesia, o humor, tudo que dá motivação e prazer de viver. E sendo que o bem viver da casa depende do bem viver dos seus quatro moradores, isso me inclui. 04 PAI Eu sou você pai. Eu sou você enquanto sistema quantitativo. Sou eu que defino onde começa e termina tudo, todo os objetos concretos e abstratos. Em outras palavras, sou eu que delimito cada objeto diferenciando um do outro, sou eu que dou unidade quantitativa aos objetos. Sou eu que defino o que é cadeira e o que não é cadeira, por exemplo. Sou eu que digo qual é a diferença entre cadeira e panela. Tratando-se de objetos abstratos, sou eu que defino o que é sábado e não é sábado, por exemplo. Sou eu que digo qual é a diferença entre futebol e natação. Eu sou o definidor das diferenças, o discriminador, o rotulador da experiência humana. Toda vez que o bicho, ou a criança, 06 ou a mãe, precisam saber o que é isto ou aquilo, toda vez que precisam saber do que se trata, só ficam sabendo com meu discernimento. Sou eu que explico o que é e não é cada coisa. Sem minha diferenciação sobre cada coisa da experiência humana, todas as coisas seriam a mesma coisa: a experiência humana. Sendo que defino tudo, sou eu que defino EU também. Sou eu que me digo o que sou. Quando eu me pergunto Quem sou eu?, posso me definir de várias maneiras. Por exemplo: Sou João, brasileiro, casado, dentista, RG 7070, CPF 9090, morador da Rua da Gema, 67, Belo Horizonte, MG. Mas posso me definir com outros critérios também, por exemplo: Sou corintiano, ou sou 04

uma pessoa que luta pelos seus sonhos, ou sou o punk da periferia, ou sou medroso, ou sou um espírito encarnado, ou etc. Enfim, posso me autodefinir de muitas maneiras. Todas essas maneiras dão um livro. Na capa desse livro está escrito: EU. Viver, para mim, é separar o joio do trigo, definir o que é joio e o que é trigo, diferenciar o que é joio e o que é trigo. Felicidade para mim = verdadeiro. Por isso, eu funciono sempre objetivando o Vero e evitando o Falso. Vero = tudo que ACREDITO que é. Falso = tudo que ACREDITO que não é. Ficou claro quem sou eu nesta casa? Eu sou o dicionário humano, o que dá definição, o que dá diferenciação, o que dá unidade quantitativa aos objetos concretos e abstratos. E sendo que o bem viver da casa depende do bem viver dos seus quatro moradores, isso me inclui. 05 MÃE Eu sou você mãe. Eu sou você enquanto sistema qualitativo. Sou eu que defino os critérios de valorização de tudo, de todos os objetos concretos e abstratos. O Pai define os objetos em si, diz o que são, quantifica um objeto como um diferenciando-o do outro, eu, Mãe, dou valor a cada objeto em escala. Pai é unidade, Mãe é régua. Por exemplo: O Pai define o que é cadeira, eu, Mãe, defino o critério do que é uma ótima, boa, regular, ou péssima cadeira. Eu sou régua para medir o valor da cadeira. O Pai define o que é laranja, eu, Mãe, defino o critério do que é uma ótima, boa, regular, ou péssima laranja. Eu sou régua para medir o valor da laranja. 07 O Pai define o que é amor, eu, Mãe, defino o critério do que é nenhum, pouco, médio ou muito amor. Eu sou régua para medir o valor do amor. O Pai define o que é positivo, eu, Mãe, defino o critério do que é nenhum, pouco, médio ou muito positivo. Eu sou régua para medir o valor do positivo. O Pai define o que é limpeza, eu, Mãe, defino o critério do que é uma ótima, boa, regular, ou péssima limpeza. Eu sou régua para medir o valor da limpeza. O Pai define o que é beleza, eu, Mãe, defino o critério do que é uma ótima, 05

boa, regular, ou péssima beleza. Eu sou régua para medir o valor da beleza. O Pai define o que é saúde, eu, Mãe, defino o critério do que é uma ótima, boa, regular, ou péssima saúde. Eu sou régua para medir o valor da saúde. O Pai define o que é música, eu, Mãe, defino o critério do que é uma ótima, boa, regular, ou péssima música. Eu sou régua para medir o valor da música. O Pai define o que é justiça, eu, Mãe, defino o critério do que é nenhuma, pouca, média ou muita justiça. Eu sou régua para medir o valor da justiça. O Pai define o que é sucesso, eu, Mãe, defino o critério do que é nenhum, pouco, médio ou muito sucesso. Eu sou régua para medir o valor do sucesso. O Pai define o que é útil, eu, Mãe, defino o critério do que é nenhum, pouco, médio ou muito útil. Eu sou régua para medir o valor do útil. O Pai define o que é viver, eu, Mãe, defino o critério do que é um ótimo, bom, regular, ou péssimo viver. Eu sou régua para medir o valor do viver. O Pai define o que é EU, eu, Mãe, defino o critério do que é um ótimo, bom, regular, ou péssimo EU. Eu sou régua para medir o valor de mim mesmo. Viver, para mim, é separar o bom joio do mal joio e o bom trigo do mal trigo. Felicidade para mim = valoroso. Por isso eu funciono sempre objetivando o Caro e evitando o Nulo. Caro = tudo que ACREDITO que é valoroso. Nulo = tudo que ACREDITO que é sem valor. Ficou claro quem sou eu nessa casa? Eu sou a régua humana que mede e diz o valor dos objetos. E sendo que o bem viver da casa depende do bem viver dos seus quatro moradores, isso me inclui. 06 QUEM TEM RAZÃO? Entendeu quem tem razão? Todos! Cada um dos quatro moradores da Casa da Razão Humana têm sua própria razão. Cada um é um aspecto da razão humana. Ignorar qualquer uma das quatro razões humanas, impor uma sobre a outra, ou submeter uma pela outra, não é uma forma lúcida e nem sábia de viver a experiência humana, consequentemente, resulta em viver mal. Considerar o que cada razão tem a dizer, dialogar, e viver em democracia familiar, é uma forma lúcida e sábia de viver a experiência humana, consequentemente, resulta em viver bem. Faz quatro sentidos? 06

DECLARAÇÃO DE UNIVERSALIDADE Eu honro e celebro eu. Eu honro e celebro você. Eu honro e celebro nós. Eu honro e celebro minha diferença. Eu honro e celebro sua diferença. Eu honro e celebro nossa diferença. Eu sou outro você. Você sou outro eu. Nós somos todos e cada um. Toda exclusão e desrespeito que em mim chega de mim não passa. Eu sou por minha unicidade. Eu sou por sua unicidade. Eu sou por nossa unicidade. Que meu viver confirme minhas palavras e assim seja! O QUE É 1FICINA? 1ficina é uma prestação de serviço consciencial a disposição do ser humano. A prestação de serviço da 1ficina é diferente, autônoma, inspirada, voluntária, universalista, prática e gratuita. A função da 1ficina é ajudar cada 1 em seu processo de auto-realização. A estratégia que a 1ficina utiliza para isto é o despertar da consciência. A ferramenta que a 1ficina utiliza é a comunicação. A 1ficina é praticante da ciência do óbvio e da autociência. www.1ficina.com.br MARCELO FERRARI Sou autor e coordenador da 1ficina. Tenho 45 anos e moro em Uberlândia, MG. Sou curioso, inventivo e teimoso desde que nasci. Não tenho formação acadêmica em filosofia, nem psicologia. Minha escola para entender a experiência humana é minha própria experiência humana. Se você tem internet, estamos a um click de distância. Disponha. email: ferrari@1ficina.com.br 07