DETERMINAÇÃO DO CRESCIMENTO DE MUDAS DE MAMONA DAS VARIEDADES BRS 149 NORDESTINA E BRS 188 PARAGUAÇU EM FUNÇÃO DO VOLUME DO RECIPIENTE

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Transcrição:

DETERMINAÇÃO DO CRESCIMENTO DE MUDAS DE MAMONA DAS VARIEDADES BRS 149 NORDESTINA E BRS 188 PARAGUAÇU EM FUNÇÃO DO VOLUME DO RECIPIENTE Djair Felix da Silva 1, Roseane Cristina Prédes Trindade 2, Mauro Wagner de Oliveira 3, José Harlisson de Araujo Ferro 4, Sihélio Júlio Silva Cruz 5 e Silvia Sanielle costa de Oliveira 6 Universidade Federal de Alagoas 1djair_felix@yahoo.com.br, 2 roseane.predes@uol.com.br, 3 mwagner@ceca.ufal.br, 4 harlissonferro@hotmail.com, 5 sihelio-cruz@universia.com.br, 6 cindizinha@bol.com.br. RESUMO - O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do volume do recipiente na determinação do crescimento de mudas de mamona das variedades Nordestina e Paraguaçu, em casa-de-vegetação. O experimento foi conduzido no Centro de ciências agrárias, da Universidade Federal de alagoas durante os meses de outubro a novembro de 2005. Aplicou-se o delineamento em blocos casualizados com cinco tratamentos, cada um com quatro repetições. A parcela experimental foi constituída de cinco sacos plásticos, contendo apenas uma planta em cada. Os tratamentos consistiram do uso de sacos plásticos com os volumes: (14 x 25 cm) e (20 x 30 cm). Os recipientes foram preenchidos com uma mistura de solo + húmus de minhoca, na proporção de 1:1 (m/m). A semeadura foi realizada colocando-se três sementes em cada recipiente, desbastando-se 15 dias após, deixando apenas uma planta. Semanalmente registraram-se os valores de altura e diâmetro caulinar, durante o período de 30 dias após o plantio, e no fim das avaliações mediu-se a área foliar e o acúmulo de matéria seca da parte aérea e do sistema radicular. O recipiente de maior volume proporcionou mudas de maior diâmetro, altura, área foliar e peso seco do sistema radicular e da parte aérea. INTRODUÇÃO A mamona (Ricinus communis L.), cuja origem possivelmente seja da antiga Abissínia, hoje Etiópia, no continente africano, pertence à família Euphorbiaceae, que engloba vasto número de tipos de plantas nativas da região tropical. No Brasil, conhece-se a mamona sob as denominações de mamoneira, rícino, carrapateira, palma-crísti e enxerida (FORNAZIER JUNIOR, 1986). Uma das vantagens da produção de mudas de mamona no semi-árido é caracterizada por essa região apresentar a estação chuvosa curta e irregular, e com isso o seu emprego aproveitará melhor à disponibilidade de água no solo e diminuirá o período de convivência com as plantas daninhas, garantindo assim, a implantação das plantas no campo e aprimorando o estande. Os volumes dos recipientes influenciam a disponibilidade de nutrientes e água (BÖHM, 1979), devendo ser ressaltado que o maior volume promove a melhor arquitetura do sistema radicular, à semelhança do sistema radicular de mudas por semeadura direta no campo (PARVIAINEN,1976), apesar de grandes dimensões acarretarem maiores custos de produção, de transporte, de distribuição

e de plantio (GONZALEZ, 1988). No entanto, deve-se utilizar o recipiente de tamanho adequado, ou seja, aquele que promova o melhor desenvolvimento da parte aérea e não ocasione o enovelamento do sistema radicular. O tamanho do recipiente tem influência direta no custo final de produção, pois resulta na quantidade do substrato a ser utilizado, no espaço que irá ocupar no viveiro, na mão-de-obra utilizada no transporte, na remoção para aclimatação e entrega ao produtor, além da influência na quantidade de insumos demandada (QUEIROZ et al., 2001). Esse estudo teve como objetivo avaliar o efeito do tamanho do recipiente no diâmetro e na altura de plantas, além do acúmulo de matéria seca e da área foliar na produção de mudas de mamona das variedades BRS 149 Nordestina e BRS 188 Paraguaçu, semeadas com substrato composto da mistura solo + húmus de minhoca. MATERIAL DE MÉTODOS O experimento foi conduzido no Centro de Ciências Agrárias (CECA), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), durante os meses de outubro a novembro de 2005, em condições de casa-devegetação. Registraram-se dados médios de temperatura e umidade relativa do ar, tendo-se obtido os valores de 34 ± 2 C e 40 ± 15 %, respectivamente. Aplicou-se o delineamento experimental em blocos inteiramente casualisados com 2 tratamentos, cada um com cinco repetições. A parcela experimental foi constituída de cinco sacos plásticos, contendo apenas uma planta em cada. Os tratamentos consistiram do uso de sacos plásticos de polietileno com dois diferentes volumes de recipiente: o menor com 14 cm de largura e 25 cm de comprimento (14 x 25 cm), e um maior com 20 cm de largura e 30 cm de comprimento (20 x 30 cm). Os recipientes foram preenchidos com uma mistura de solo + húmus de minhoca, na proporção de 1:1 (m/m), onde em seguida, retirou-se amostra do substrato para análise química. Após a obtenção das sementes das variedades BRS 149 Nordestina e BRS 188 Paraguaçu, realizou-se a semeadura colocando-se três sementes em cada recipiente, desbastando-se 15 dias após, deixando-se apenas uma planta por recipiente. Diariamente era realizada a irrigação através de regadores, adicionando-se, aproximadamente, 25 mm dia -1 de água.

Para a determinação do crescimento das plantas, semanalmente registrou-se os valores de altura e diâmetro caulinar, durante o período de 30 dias após o plantio, e no fim das avaliações mediuse a área foliar e o acúmulo de matéria seca da parte aérea e do sistema radicular. Os dados de altura, diâmetro e acúmulo de matéria seca foram obtidos através da média de duas plantas em cada repetição. A área foliar foi obtida com o auxilio da equação S = 0,6119 x C x L, desenvolvida por Severino et al. (2005), onde C é a medida de comprimento da nervura principal da folha em cm e L é a largura foliar em cm, medindo-se duas plantas por repetição. RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com a análise de variação (Tab. 1), observa-se que o diâmetro e a altura apresentaram diferença estatística no tratamento composto do recipiente, pelo teste F ao nível de 5 % de probabilidade de erro. Dessa forma, aplicou-se o teste de Tukey, e verificou que as mudas semeadas nos recipientes de maior tamanho (20 x 30 cm) produziram plantas de maior diâmetro e altura (Tab. 2), com médias de valores 7,66 cm 2 e 27,85 cm, respectivamente. Além dos recipientes, as variedades apresentaram diferença de altura, sendo a BRS 188 Paraguaçu a que proporcionou plantas de maior tamanho (Fig. 1). Para as variáveis da área foliar e acúmulo de matéria seca da parte aérea e do sistema radicular, verificou-se que os mesmos foram influenciados apenas pelo volume dos sacos plásticos, quando se aplicou o teste F ao nível de 5 % de probabilidade de erro (Tabela 1). Segundo a Figura 2, pode ser observado que as mudas semeadas nos recipientes 20 x 30 cm proporcionaram plantas de maior área foliar, com média de 890,6 cm, enquanto que o saco plástico de dimensão 14 x 25 cm apresentou valores de 325,00 cm, mostrando que o recipiente de maior volume produziu plantas mais do que o dobro de área foliar. Da mesma forma que a área foliar foi influenciada pelo recipiente, o acúmulo de matéria seca do sistema radicular e de toda planta foi beneficiada pelo uso do saco plástico de maior tamanho (Tabela 3), apresentando valores com o dobro do peso, quando comparadas com o recipiente 14 x 25 cm. Esses resultados mostram que os recipientes de maior volume são responsáveis pelo aumento do diâmetro, da altura, da área foliar e do acúmulo de matéria seca, por conter uma maior quantidade de substrato, onde por sua vez, há também uma maior disponibilidade de nutrientes e água, como afirma Böhm (1979).

Lima (2004) analisando o efeito do volume do recipiente na determinação do crescimento, como diâmetro, altura, área foliar e peso seco do sistema radicular e da parte aérea, de mudas de mamona, também verificou que os recipientes de maiores volumes mostraram-se apropriados, do que os de menor tamanho. CONCLUSÕES O recipiente 20 x 30 cm proporcionou mudas de maior diâmetro, altura, área foliar e peso seco do sistema radicular e da parte aérea, do que aquelas semeadas em sacos plásticos de 14 x 25 cm, sendo as mudas produzidas em substrato composto da combinação solo + húmus de minhoca. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÖHM, W. Methods of studying root systems. Berlin: SpringerVeriag, 1979. p.188. FORNAZIER JUNIOR, A. Mamona: uma rica fonte de óleo e de divisas. São Paulo: Ícone, 1986. 71p. GONZALES, R. A. Estudio sobre el comportamiento en vivero de Pinus caribaea var. caribaea cultivado en envases de polietileno de 12 dimensiones diferentes. Revista Forestal Baracoa, v. 18, n. 1, p. 39-51, 1988. LIMA, R.L.S.; SEVERINO, L.S.; SILVA, M.I.; VALE, L.S.; BELTRÃO, N.E.M. Tamanho de recipientes e substratos para produção de mudas de mamona 1 casca de amendoim. Congresso Brasileiro de Mamona, 1, Campina Grande PB, 2004. PARVIAINEN, J. V. Initial development of root systems of various types of nursery stock for scots pine. Folia Forestalia, v. 268, p. 2-21, 1976. QUEIROZ, J.A.; MELÉM JÚNIOR, N.J. Efeito do tamanho do recipiente sobre o desenvolvimento de mudas de açaí (Euterpe olaracea Mart.). Revista Brasileira de Fruticultura, v.21, n.1, p.460-462, ago. 2001. SEVERINO, L.S.; VALE, L.S.; CARDOSO, G.D.; BELTRÃO, N.E.M.; SANTOS, J.W. Método para determinação da área foliar da mamoneira. Campina Grande PB: Embrapa CNPA, 2005. 20p. (Boletim de Pesquisa e desenvolvimento, 55). Tabela 1. Quadrado médio da análise de variância do diâmetro caulinar (cm 2 ), da altura de plantas (cm), da área foliar (cm 2 ) e da matéria seca do sistema radicular e da parte aérea (g). F.V. G.L. Q.M.

Diâmetro Altura Área foliar M. S. sistema M. S. parte radicular aérea Bloco 4 0,8170 ns 1,8242 ns 42827,0500 ns 0,0820 ns 0,2423 ns RECIPIENTE (R) 1 15,3475 * 339,4880 * 1599516,8000 * 7,0686 * 501,9018 * VARIEDADE (V) 1 0,6125 ns 81,6080 * 45505,8000 ns 0,0018 ns 0,3406 ns R x V 1 0,3075 ns 6,9620 ns 34777,8000 ns 0,0076 ns 0,5152 ns Resíduo 12 0,2571 4,1372 15045,2166 0,6916 2,4221 CV (%) 7,47 8,57 20,18 15,11 12,68 * Significativo pelo teste F, a 5% de probabilidade; ns - não significativo. Tabela 2: Valores médios do diâmetro e da altura influenciados pelo o tamanho do recipiente. Rio Largo, AL, 2005. Recipientes Diâmetro Altura cm 2 cm 14 x 25 cm 5,91 a 19,61 a 20 x 30 cm 7,66 b 27,85 b Médias seguidas de letras diferentes na coluna diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Tabela 3. Medidas do acúmulo de matéria seca do sistema radicular e da parte aérea de mudas de mamona influenciadas pelo volume do recipiente. Rio Largo 2005. Recipientes Matéria seca Sistema radicular Parte aérea g 14 x 25 cm 4,91 a 7,26 a 20 x 30 cm 6,10 b 17,28 b Médias seguidas de letras maiúsculas e minúsculas, diferentes na linha e na coluna, respectivamente, diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Altura cm 27 26 25 24 23 22 21 20 19 21,71 a Nordestina 25,75 b Paraguaçu Variedades Figura 1: Altura das duas variedades de mamona em ambos os recipientes Área foliar cm2 1000 800 600 400 200 0 325 a 890,6 b 14 x 25 cm 20 x 30 cm Recipientes Figura 2: Determinação da área foliar influenciada pelo o tamanho do recipiente