O FUTURO DA VITIVINICULTURA NA REGIÃO DEMARCADA DO DOURO

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Transcrição:

O FUTURO DA VITIVINICULTURA NA REGIÃO DEMARCADA DO DOURO Documento apresentado pelos autarcas ao Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Eng. Daniel Campelo, no dia 08 de março de 2012. www.dodouropress.pt www.dodouro.com Os Sites da Região do Douro

Região Demarcada do Douro (RDD) Criada em 1756; Património Mundial da Humanidade desde 2001; Composta por: 4 distritos; 21 concelhos; 169 freguesias; 141 644 habitantes, dos quais 40 000 são viticultores; 250 000 hectares, dos quais 45 000 são vinha. 2

Vitivinicultura RDD Turismo Paisagem Cultura Região Demarcada do Douro Grave crise económico-social desde 2001: Quebra de rendimento na ordem dos 50%; Diminuição do poder de compra; Abandono massivo de propriedades; Declínio populacional; Destruição da paisagem. 3

Bases de intervenção para a resolução da crise 1. Exclusividade na produção de Aguardente Vínica (ADV) na RDD (questão base); 2. Questão Institucional; 3. Situação das Adegas Cooperativas; 4. Reestruturação da vinha; 5. Localização do entreposto. 1. Exclusividade na produção de ADV ADV produzida exclusivamente na RDD contribuindo para a solução de grande parte dos problemas da região: Escoamento de excedentes e de subprodutos; Garantia de escoamento da produção anual e normalização dos seus preços; Garantia de escoamento da produção menos qualificada; Subvidouro; Questão institucional; Adegas Cooperativas; Qualidade do produto; Aumento dos preços com maiores proveitos para a produção; Dinamização do sector vitivinícola; Importante incremento à dinâmica económica da RDD; Introdução no mercado da produção não declarada. 4

A região é autossustentável? Exemplo 1 45 000 ha = produção máx. 450 000 pipas Para uma produção de 7 pipas/ha 315 000 pipas Capacidade legal para produzir ainda mais 135 000 pipas 110 500 pipas de Vinho do Porto 51 500 pipas de DOC, Moscatel, Espumante, Regional e Mesa 85 000 pipas de Mosto 178 500 pipas de Vinho destinado a destilação 25 500 pipas de Aguardente Vínica A região é autossustentável? Exemplo 2 45 000 ha = produção máx. 450 000 pipas Para uma produção de 8 pipas/ha 360 000 pipas Capacidade legal para produzir ainda mais 90 000 pipas 110 500 pipas de Vinho do Porto 96 500 pipas de DOC, Moscatel, Espumante, Regional e Mesa 85 000 pipas de Mosto 178 500 pipas de Vinho destinado a destilação 25 500 pipas de Aguardente Vínica 5

Mediante o esquema anterior, verifica-se que a RDD poderá ser autossustentável, devendo ainda criar stocks de aguardente vínica de ano para ano, salvaguardando desta forma eventuais anos em que a produção seja escassa. Para que se garanta a autossustentação da RDD, será necessário acrescentar às prestações vínicas um quantitativo obrigatório (a regulamentar) de mosto destinado a destilação, tendo assim cada produtor que contribuir para a produção de ADV. O quantitativo em questão deverá ser proporcional à quantidade de mosto generoso de cada produtor, tendo sempre em conta as localizações, a área de vinha, a qualidade e a quantidade de produção de cada um. Este mosto terá um preço regulado conforme se explicará adiante. Desta forma, garante-se ainda que todos tenham conhecimento prévio das quantidades mínimas a entregar para cada fim. Para que se garanta que o Vinho do Porto seja produzido com as uvas de melhor qualidade (mais graduadas), deverá o comunicado de vindima referir-se à quantidade total de Vinho do Porto a produzir em vez da quantidade de mosto a beneficiar. Esta solução permitirá consumos de ADV menores, promovendo simultaneamente o aumento da qualidade do produto e a diminuição do custo da sua produção. 6

Qual o local para a produção de Aguardente Vínica? Subvidouro: Resolver a questão dos credores; Novo modelo de gestão. As atuais instalações têm capacidade para transformar a produção de uma campanha. No entanto, é de todo o interesse que esta estrutura continue a reutilizar os produtos secundários de vinificação (prestações vínicas). Para que o seguinte planeamento seja possível, será necessário fazer um investimento não muito avultado para o resultado final (mais uma coluna de destilação e aumento da capacidade da ETAR com eventual recurso a Fundos Comunitários). JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ D D D D D D D D AS AS AS M Legenda: D Destilação (para produção de ADV) AS Aproveitamento de subprodutos M Manutenção O aproveitamento dos subprodutos resultantes da vinificação, permite a produção de determinados produtos finais que, colocados no mercado, permitem um elevado encaixe financeiro, o que possibilita o funcionamento desta estrutura, baixando assim o preço do produto final ( ADV). 7

Produção de ADV Subvidouro Aproveitamento de produtos secundários da vinificação Bagaço Borras líquidas Grainhas Álcool Extração de óleos para fins alimentares e cosméticos Aguardente Bagaceira e Bioetanol 8 Borras Secas Tartarato de Cálcio Acido Tartárico

Análise económica da reutilização dos subprodutos da vinificação CUSTOS Subproduto Quant. (ton) Custo Aquisição e Transporte Custos de produção Custo Total Bagaço 20 000 600.000 750.000 1.350.000 Borras liquidas 8 000 300.000 400.000 700.000 Borras secas 2 500 50.000 0 50.000 2.100.000 PROVEITOS Subproduto Quant. (ton) Produtos obtidos Quant. Unid. Preço Unitário Total Bagaço 20 000 Álcool 850 000 litros 1,65 1.402.500,00 Tartarato de Cálcio 200 000 kg 1,50 300.000,00 Graínhas 3 000 ton 150,00 450.000,00 Borras Liquidas 8 000 Álcool 800 000 litros 1,05 840.000,00 Tartarato de Cálcio 550 000 kg 1,50 825.000,00 Borras Secas 2 500 Tartarato de Cálcio 300 000 Kg 1,50 450.000,00 4.267.500,00 Proveitos 4.267.500,00 Custos 2.100.000,00 Saldo 2.167.500,00 Nota: Dados referentes à campanha de 2010 e preços da campanha de 2011 Mediante esta análise, verifica-se que com o lucro obtido com a reutilização dos subprodutos da vinificação poderá o mesmo ser direcionado para os custos globais de funcionamento desta estrutura. Logo, para o custo final da ADV só contribui o custo de aquisição e transporte do vinho para destilação. Nota-se também que um possível investimento nas instalações poderá ser rentabilizado com alguma facilidade. 9

Proveitos para a produção (Viticultores) Anos Média últimos 10 anos Previsão 2011 Mosto Vinhos do Porto (pipas - 550 lts) ADV Vinho p/ Total VP Vendas destilação DOC/Mesa (pipas) Total RDD (pipas) Preço Mosto ( ) Preço vinho destilação ( ) Preço DOC/Mesa ( ) CUSTO TOTAL MOSTO ( ) CUSTO TOTAL VINHO DESTILAÇÃO ( ) CUSTO TOTAL DOC/Mesa ( ) CUSTO TOTAL PRODUÇÃO ( ) 123.922 34.020 157.942 164.985 133.373 257.295 979,42 150,00 121.371.685,24 20.005.950,00 141.377.635,24 85.000 25.500 110.500 145.000 230.000 925,00 150,00 78.625.000,00 21.750.000,00 100.375.000,00 Proposta 85.000 25.500 178.500 110.500 51.500 315.000 1.200,00 300,00 600,00 102.000.000,00 53.550.000,00 30.900.000,00 186.450.000,00 Aumento de produção da região relativamente à média dos últimos 10 anos: + 57 705 pipas Introdução no mercado da produção não declarada; Aumento da produção da região devido à garantia de escoamento e preço do produto. Diminuição da produção de DOC/Mesa relativamente à média dos últimos 10 anos: - 81 873 pipas Vinhos de menor qualidade que se destinam à destilação, sendo pagos a melhor preço. Aumento do preço do DOC/Mesa relativamente à média dos últimos 10 anos: + 450 /pipa Toda a produção de DOC/Mesa de qualidade. Aumento do preço do mosto para generoso relativamente à média dos últimos 10 anos: + 220 /pipa Capacidade de negociação da produção relativamente à comercialização. Novo proveito para a produção a partir do vinho destinado à ADV 300 /pipa: + 53 550 000 ; Aumento dos proveitos da produção relativamente à média dos últimos 10 anos: + 45 072 365 + 32% ; Aumento dos proveitos da produção relativamente à previsão para 2011: + 86 075 000 + 86%. 10

N Os preços que constam na proposta serão atingidos através de um modelo evolutivo que permita, durante os primeiros anos de funcionamento do novo modelo, criar condições de autonomia à entidade gestora do processo de ADV. O pagamento do mosto destinado a vinhos para a produção da ADV deverá ser realizado tendo em conta a unidade grau*kilo. Esta medida vai de encontro ao princípio de sustentação da RDD que terá por base a produção de ADV própria. Assim, os mostos com maior graduação serão naturalmente mais valorizados. 350000 250000000 300000 250000 200000 º 150000 100000 50000 0 Pipas 200000000 150000000 100000000 50000000 0 Custo total produção ( ) Total produção RDD (pipas) 11

Valores prováveis do custo do vinho para destilação e ADV Pagamento ao produtor/pipa 300,00 Custo de Vinificação/Pipa 30,00 Custo total/pipa 330,00 Venda para destilador/pipa 395,00 Para uma produção (pipas) 110500 Mosto (pipas) 85000 Aguardente Vinica (pipas) 25500 Vinho para destilação (pipas) 178500 Custo da compra do Vinho para destilação 70.507.500,00 Custo da Aguardente Vinica após produção/pipa 2.765,00 Custo da Aguardente Vinica após produção/litro 5,03 Estes quantitativos dizem respeito à produção tendo por base vinhos de 11% Vol Notas: O aumento do preço da ADV conduz a um aumento de 0,65 /litro na produção de Vinho do Porto; A região já pagou ADV a preços à época equivalentes aos 5,03 /litro propostos. Dados sobre produção e comercialização ANO Qtd. caixas vendidas Litros/caixa Total litros vendidos Total pipas vendidas /litro Total Custo pipa COMERCIALIZAÇÃO DE VINHO DO PORTO 2006 10.179.000 9 91.611.000 166.565,45 4,32 395.759.520 2.376,00 2007 10.472.000 9 94.248.000 171.360,00 4,29 404.323.920 2.359,50 2008 9.913.000 9 89.217.000 162.212,73 4,21 375.603.570 2.315,50 2009 9.290.000 9 83.610.000 152.018,18 4,21 351.998.100 2.315,50 2010 9.583.000 9 86.247.000 156.812,73 4,30 370.862.100 2.365,00 COMERCIALIZAÇÃO DE DOC DOURO 2009 2.260.000 9 20.340.000 36.981,82 3,75 76.275.000 2.062,50 2010 2.373.000 9 21.357.000 38.830,91 3,99 85.214.430 2.194,50 COMERCIALIZAÇÃO DE REGIONAL DURIENSE 2009 683.000 9 6.147.000 11.176,36 1,15 7.069.050 632,50 2010 499.500 9 4.495.500 8.173,64 1,24 5.574.420 682,00 COMERCIALIZAÇÃO DE MOSCATEL 2009 386.500 9 3.478.500 6.324,55 3,04 10.574.640 1.672,00 2010 417.800 9 3.760.200 6.836,73 3,08 11.581.416 1.694,00 12

Qual a capacidade de armazenamento para a ADV? Subvidouro; Adegas Cooperativas, pois ganham capacidade de armazenamento com o escoamento da produção para destilação; Instalações propriedade da Casa do Douro. Qual o modelo de gestão e controlo do processo? Criação de uma associação que tenha competência para gerir todo o processo ou então resolver o problema institucional que a RDD atravessa com a situação da Casa do Douro, atribuindo-lhe novas competências e aproveitando as instalações, sede equipada e ativos, ou seja, a estrutura montada que possui. Esta instituição terá um modelo de gestão de carácter associativo. 13

Como pode esta solução potenciar o plantio de novas vinhas? Poderá ser autorizada a plantação de novas vinhas, em que se obtenha produção considerável, destinada exclusivamente à produção de vinho para posterior destilação. Esta situação permitirá ao produtor um retorno financeiro de outra dimensão, pois os custos de granjeio serão menores, existindo um pagamento superior ao atual pela venda de matéria prima, potenciando desta forma zonas onde atualmente a produção não tem grande significado. Aumento do custo do produto final (Vinho do Porto)? Com esta solução o Vinho do Porto será totalmente produzido com matéria prima da região, valorizando assim o produto. Certos que o custo da ADV será superior ao atual, é importante referir que o ciclo económico ocorre todo dentro da RDD, permitindo assim uma maior rentabilidade em todos os setores. Relativamente à média dos últimos 10 anos onde o preço de produção de Vinho do Porto é de 1000 /pipa, a sua evolução poderá levar-nos até um valor na ordem dos1500 /pipa. 14

2. Questão Institucional Necessidade da existência de uma instituição que defenda os interesses da produção, podendo passar por um novo modelo de gestão para a Casa do Douro, aproveitando todos os seus recursos já instalados. Casa do Douro Gestão da produção e distribuição da ADV Representação dos viticultores (produção) Regulação da atividade das Adegas Cooperativas Alteração do estatuto do IVDP: Maior flexibilização e simplificação de procedimentos, com um retorno absoluto do seu funcionamento em prol da RDD, nomeadamente na questão das taxas que a região pague; Aumento da capacidade promocional da marca Vinho do Porto e da marca Douro para expansão comercial, permitindo nomeadamente numa primeira fase compensar uma possível perda nas vendas em função de um aumento de preços associado ao modelo em questão. 15

3. Situação das Adegas Cooperativas Entidade externa (Casa do Douro) Fiscalização/supervisão Novo modelo de gestão Reestruturação de créditos Valorização do produto Adega Cooperativa Retorno dos associados Manutenção das unidades de produção e armazenamento e rentabilização das mesmas Produção de vinho para destilação Produção de vinho generoso Produção de vinho de consumo Garantia de escoamento Novo modelo de comercialização Criação de entidade responsável por toda a comercialização das Adegas Cooperativas 16

4. Reestruturação da vinha Manutenção de paisagem Transferência de plantio Novos plantios Reestruturação da vinha Fundos Comunitários Grupo de propriedades contínuas ou descontínuas Associações, Cooperativas Compatibilização e uniformização dos diversos modelos de gestão territorial ao nível das propriedades 17

5. Localização do entreposto Entreposto em Vila Nova de Gaia Cumprimento da regulamentação comunitária Entreposto localizado na RDD Proximidade dos locais de produção; Gestão de recursos; Aproveitamento das novas acessibilidades; Redução dos impactos ambientais; Menores custos em transportes. Criação de emprego; Investimento na região; Dinamização da economia. Atribuição de um benefício fiscal para a deslocalização das empresas para o interior; Engarrafamento obrigatório dentro da RDD; Acesso das empresas a financiamentos comunitários em articulação com as autarquias para a instalação na RDD. 18

Medidas a tomar Garantir exclusividade da RDD na produção de ADV para Vinho do Porto; Definir novas atribuições e competência para a Casa do Douro; Alterar o estatuto do IVDP e incrementar a questão promocional da marca Vinho do Porto e Douro; Definir um novo modelo de gestão e funcionamento para a Subvidouro; Definir um novo modelo de gestão para as Adegas Cooperativas; Criar uma estrutura para a comercialização de Vinho do Porto e DOCs produzidos nas Adegas Cooperativas; Redefinir um modelo de regulação para a RDD em relação a quantitativos e preços de mostos, vinhos e ADV; Garantir um modelo de financiamento e reestruturação de créditos para o passivo da RDD; Regulamentar uma reestruturação da sustentabilidade da vinha; Localizar o entreposto de Vila Nova de Gaia na RDD. 19

Foi impresso na Este suplemento é oferta do Notícias do Douro www.dodouropress.pt www.dodouro.com Os Sites da Região do Douro O FUTURO DA VITIVINICULTURA NA REGIÃO DEMARCADA DO DOURO Março 2012