",. Estado da Paraíba Assembleia Legislativa Casa de Epitácio Pessoa 183 Legislatura 13 Sessão Legislativa Projeto de Lei n ~q /2015 Altera o art. 4, da Lei n" 7611/2004, para garantir paridade entre entes públicos e sociedade civil na composição do Conselho Gestor do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza no Estado da Parruba. Art. r. O art. 4, da Lei n" 7611, de 30 de junho de 2004, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 4. O FUNCEP-PB será gerido por um conselho constituído por representantes de entidades públicas e da sociedade civil, com a seguinte composição: 1. 1 (um) representante de cada uma das seguintes Secretarias de Estado: Educação, Saúde, Desenvolvimento Humano, Turismo e do Desenvolvimento Econômico, Receita e Finanças; II. 1 (um) representante de cada uma das seguintes instituições de ensino: Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e IFPB (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia); III. 1 (um) representante da Arquidiocese da Paraíba e 1(um) representante do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (Cimeb-PB) IV. 1 (um) representante do Centro de Apoio à Criança e ao Adolescente (Cendac); v. 3 (três) representantes do movimento sindical, sendo 1(um) representante da CUT-PB - Central Única dos Trabalhadores, 1(um) representante da UGT-PB União Geral dos Trabalhadores e 1(um) representante da Força Sindical da Paraíba;
VI. 1 (um) representante de cada uma das seguintes instituições: Ordem dos Advogados do Brasil (SeccionalParaíba), Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, Assembléia Legislativado Estado da Paraíba e Ministério Público do Estado da Paralba. VII. 3 (três)representantesde ONG's (organizaçõesda sociedadecivil)." Art. 2Q Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3. Revogam-se as disposições em contrário. Estadual PT-PB JUSTIFICATIVA A paridade entre representantes governamentais e sociedade civil em Conselhos consultivos e deliberativos é um princípio inerente à natureza e propósito destes órgãos. Propor que entes governamentais tenham esmagadora maioria, enquanto a sociedade civil disponha de representação apenas simbólica é legitimar um desequilibrio que certamente não vai aproveitar aos interesses da sociedade. Assim, resta clara a necessidade de se corrigir tão grave erro. Saladas Sessões,2 stadual PT-PB
. ".Jf.t '~"t. 'ri.~ ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA CASA DE EPITÁCIO PESSOA LEGISLA TIV A ---"'_~tõe~"1 RE~ O DA TRAMITAÇÃO PROCESSUAL LESGISLATIVA DAS MATÉRIAS SUJEITAS À APRECIAÇÃO DA COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO, JUSTiÇA E REDAÇÃO E DEMAIS COMISSÕES PERMANENTES E/OU TEMPORÁRIAS Registro no Livro de PI~n_~io Às fls. sob o no 06' 2 Em 2'~/j U /2015 IV. de Assessoria ao Plenário Remetido ao Departamento de Assistência e Controle do Processo Legislativo Em, / /2015. Constou no Expediente da Sessão Ordinária do dia a.9 1jQ_;2015, ~o_ Assessoria ao Plenário Diretor Remetido à Secretaria Legislativa No dia 1_/2015 Departamento de Assistência e Controle do Processo Legislativo Dir. da Divisão de Assessoria ao Plenário À Comissão de Constituição, Justiça e Redação para indicação do Relator Em / /2015. Publicado no Diário do Poder Legislativo no dia _/ /2015 Secretaria Legislativa Secretário Secretaria Legislativa Secretário Assessoramento Legislativo Técnico Em 1 /2015 Secretaria Legislativa Secretário Apreciado pela Comissão No dia 1 12015 Parecer ------- Em I 1 Secretaria Leaislativa Aprovado cm ( -" Turno Em / '-- I 2015. Funcionário No ato de sua entrada na Assessoria de Plenário a Presente Propositura consta ( Pagina (s) c (._---' Docum~l~~o(s) cm a~o. Em ~. -6 /,}O / ~015. ~~ \\ _A.\ \~nário
SECRETARIA LEGISLATIVA do Processo Legislativo Divisão de Assessoria ao Plenário CERTIDÃO DE DISTRIBUiÇÃO Propositura: Projeto de Lei nº 569 Ementa: Altera o art. 4º, da Lei nº 7.611/2004, para garantir paridade entre entes públicos e sociedade civil na composição do Conselho Gestor do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza no Estado da Paraíba. Examinando o acervo das leis estaduais, não foi identificada norma vigente com matéria idêntica ao da propositura em epígrafe, bem como, não foi localizado nenhuma propositura análoga ou conexa (seja em tramitação ordinária ou recursal, seja em tramitação de autógrafo/veto), nos termos do art. 141, inc. I, c/c art. 144 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba. Sala do DACPL.~..ee,. 28 de Outubrode 2015. 4;j WilIamy ~~~gue Fi..uere.dojie Melo Assiste~~/ ~,gis,~o,. "r/' _.- I' --rt-7b;;...:::~-/-_: Diretorda Div~ã~:pe:f~~'i ~~~~~oos Legislativos ///. / Franc~sc< ( Dir
SECRETARIA LEGISLATIVA DACPL - Departamento de Acompanhamen do Processo Legislativo Divisão de Assessoria ao Plenário CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO II Propositura: Projeto de Lei nº 569/2015. Ementa: ALTERA O ART. 4º, DA LEI Nº 7.611/2004, PARA GARANTIR PARIDADE ENTRE ENTES PÚBLICOS E SOCIEDADE CIVIL NA COMPOSIÇÃO DO CONSELHO GESTOR DO FUNDO DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA NO ESTADO DA PARAÍBA. Constata-se para os devidos fins, em atenção ao que dispõe o art. 139, 1º, do Regimento Interno, que a presente proposição foi publicada no Diário do Poder Legislativo nº 7.080, página 02, na data de 04 de novembro de 2015. João Pessoa, 04 de novembro de 2015. Diretor da Divisão de Pesquisa e Estudos Legislativos
ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA "Comissão de Constituição, Justiça e Redação" PROJETO DE LEI N 569/2015 Altera o art. 4, da Lei n 7.611/2004, para garantir paridade entre entes públicos e sociedade civil na composição do Conselho Gestor do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza no Estado da Paraíba. EXARA SE PARECER PELA INCONSTITUCIONALIDADE DA MATÉRIA. AUTOR: DEP. ANÍSIO MAIA RELATOR: DEP. JANDUHY CARNEIRO (Substituído na relatoria pelo Dep. Branco Mendes no dia 19/02/16) P A R E C E R N 6.qtl/2016 I-RELATÓRIO A Comissão de Constituição, Justiça e Redação recebe para análise e parecer o Projeto de Lei n? 569/2015, de iniciativa do ilustre Deputado Anísio Maia, o qual "altera o art. 4, da Lei n? 7.611/2004, para garantir paridade entre entes públicos e sociedade civil na composição do Conselho Gestor do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza no Estado da Paraíba". A matéria constou no expediente do dia 29 de outubro de 2015. Instrução processual em termos e tramitação dentro dos preceitos regimentais. Breve relatório.
II - VOTO DO RELATOR ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA "Comissão de Constituição, Justiça e Redação" o projeto de lei em apreço visa alterar o art. 4, da Lei n 7.611/2004, que instituiu o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza no Estado da Paraíba - FUNCEP, para garantir paridade entre entes públicos e sociedade civil na composição do Conselho Gestor do referido Fundo. Em sua justificativa, o autor do projeto destaca que a paridade entre representantes governamentais e sociedade civil em Conselhos consultivos e deliberativos é um princípio inerente à natureza e propósito destes órgãos. Justifica ainda, que propor que entes governamentais tenham esmagadora maioria, enquanto a sociedade civil disponha de representação apenas simbólica é legitimar um desequilíbrio que certamente não vai aproveitar aos interesses da sociedade. Cabe a esta Douta Comissão de Justiça analisar os aspectos de constitucionalidade e juridicidade da propositura, além de adequá-la a melhor técnica legislativa. Em que pese a grande importância da proposição que é garantir a paridade entre entes públicos e sociedade civil na composição do Conselho Gestor do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza no Estado da Paraíba, a mesma não merece prosperar, pois padece de vício formal de inconstitucionalidade, por afrontar a previsão constante no arte 166, inciso III, combinado com o arte 167, inciso I, e arte 63, 1, II, "b", da Constituição Estadual, na medida em que visa alterar artigo da lei que institui o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza - FUNCEP para estabelecer a composição do Conselho gestor do FUNCEP. Nesse sentido, como o parlamentar estadual não dispõe de competência legislativa para dispor sobre instituição de fundo, também não pode, portanto, alterá-lo. Vejam-se as redações dos mencionados dispositivos: "Art. 166. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: (..) III - os orçamentos anuais do Estado. "
ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA "Comissão de Constituição, Justiça e Redação" "Art. 167. O orçamento será uno e a lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;(...) " "Art. 63. (...) 10 - São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que: (...) II - Disponham sobre: (...) b) organização administrativa, matéria orçamentária e serviços públicos. " De outro lado, um fundo orçamentário ou especial consiste parte da estrutura do Executivo, representa uma reserva de recursos públicos afetada a um fim específico, fundamentando-se no art. 71, da Lei Federal n 4.320/1964, que "Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal". Sendo destinado a um fim determinado, sua gestão é consignada a um ponto nodal específico dentro da estrutura da administração, ele existe para que uma função estatal seja desenvolvida de forma contínua e segregada. o entendimento supra encontra ressonância no Supremo Tribunal Federal, sendo que, sobre o tema, assim se pronunciou o Ministro Celso de Mello na ADIN n? 352 - DF: "Ora restado vedado ao legislador iniciar processo legislativo que importe na alteração do orçamento, indiscutível que também lhe resta proibido legislar sobre qualquer matéria que implique na necessidade de efetivação da dita alteração".(rtj 133/1.044)
ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA "Comissão de Constituição, Justiça e Redação" Fica evidente, assim, que a norma que visa alterar a composição do Conselho Gestor do FUNCEP, sendo este um fundo orçamentário, é norma de estrutura do Poder Executivo, dado que cria novas atribuições para um órgão público (administrar e manter o fundo). Desse modo, também é norma de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo, em virtude do disposto no art. 63, 10, inciso II, alínea "e",da Constituição Estadual. Ante o exposto, por tratar de matéria de iniciativa privativa do Governador do Estado, opino pela declaração de inconstitucionalidade do Projeto de Lei n 569/2015. Ressalte-se que os parlamentares estaduais dispõem do instrumento da "Indicação", prevista no artigo 111, inciso I do Regimento Interno desta Casa, para sugerir a outro Poder a adoção de projeto sobre matéria de sua iniciativa exclusiva, instrumento que se mostra adequado à nobre intenção do parlamentar demonstrada na propositura em análise. É como voto. Sala das Comissões, em 22 de fevereiro de 2016. DEP. B 'omendes ~tor
I I ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA "Comissão de Constituição, Justiça e Redação" III - PARECER DA COMISSÃO A Comissão de Constituição, Justiça e Redação adota e recomenda o parecer do Sr. Relator, pela INCONSTITUCIONALIDADE do Projeto de Lei n 569/2015. É o parecer. Sala das Comissões, em 22 de fevereiro de 2016. D DEP. ~CO Membro MENDES / DEP. JEOVÁ CAMPOS Membro oh r:~, Ll DEP. Membro MARANHÃO DEP. MANOEL LUDGÉRIO Membro DEP.~O Membro
., SECRETARIA LEGISLATIVA CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO Propositura: Projeto de Lei nº 569/2015. Parecer nº 694/2016 da Comissão de Constituição, Justiça e Redação. Autoria: Dep. Anísio Maia. Relator(a): Dep. [anduhy Carneiro (Substituído na relatoria pelo Dep. Branco Mendes no dia 19/02/16). Ementa: ALTERA o ART. 4º, DA LEI Nº 7.611/2004, PARA GARANTIR PARIDADE ENTRE ENTES PÚBLICOS E SOCIEDADE CIVIL NA COMPOSIÇÃO DO CONSELHO GESTOR DO FUNDO DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA NO ESTADO DA PARAÍBA. Constata-se para os devidos fins, em atenção ao que dispõe o art. 139, 1º, do Regimento Interno, que o parecer nº 694/2016 da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, referente à proposição em epígrafe, foi publicado no Diário do Poder Legislativo nº 7.173, página lo, na data de 11 de maio de 2016. João Pessoa, 11 de maio de 2016.