HISTÓRICO DA AMAMENTAÇÃO EM PUÉRPERAS MULTIPARAS

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Transcrição:

14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA HISTÓRICO DA AMAMENTAÇÃO EM PUÉRPERAS MULTIPARAS Gleicy Lais Ribeiro (gleicy_k3@hotmail.com) Drieli Gonçalves (driquinha_pg@hotmail.com) Aline Domingues (alinedom93@hotmail.com) Eva Aparecida De Almeida (evabioenf@hotmail.com) Ana Paula Xavier Ravelli (anapxr@hotmail.com) RESUMO Sabe se que é incontestável os inúmeros benefícios que o aleitamento materno geram a puérpera e ao recém nascido. Muitos fatores contribuem para que a amamentação tenha um tempo menor do que o preconizado. Os primeiros dias após o parto são fundamentais para o sucesso da amamentação. Objetivou, conhecer o histórico de amamentação das puérperas atendidas no Projeto Consulta de Enfermagem no Pré-Natal e Pós-Parto (CEPP) no ano de 2013 e 2014. Estudo de caráter quantitativo-descritivo, com entrevista estruturada e análise por percentuais, realizado com a puérperas na cidade de Ponta Grossa, no qual participaram 252 puérperas. Resultados obtidos: Das 252 (100%) puérperas 137(54,36%) eram multigestas, destas apenas 35,7% (52) amamentaram um período igual o superior a 6 meses e em relação a amamentação na gestação anterior 17% (23) relataram não amamentar. Dessa forma, conclui-se que, o período de amamentação mínimo até 6 meses esta abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para tentar evitar o desmame precoce, ações educativas durante a gravidez e puerpério são fundamentais. PALAVRAS-CHAVE Enfermagem. Histórico. Amamentação. Introdução Sabe se que é incontestável os inúmeros benefícios que o aleitamento materno geram a puérpera e ao recém nascido. Muitos fatores contribuem para que a amamentação tenha um tempo menor do que o preconizado. Cabe ao profissional da saúde prestar as orientações necessárias para que o aleitamento materno tenha bons resultados. Os primeiros dias após o parto são fundamentais para o sucesso da amamentação. (BRASIL,2009,p.29). O aconselhamento, promoção e proteção ao aleitamento materno é um fator importante hoje no setor da saúde em todo o mundo, para melhorar as condições das crianças em relação à saúde. (SOUZA,2013).

14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 2 O leite materno é insubstituível, proporciona inúmeros benefícios ao recém nascido como o desenvolvimento do sistema neuromuscular, ósseo, motor e cognitivo. Para a mãe há benefícios como a redução do risco de câncer de mama, útero e ovário. Além da sucção do bebê proporcionar um alívio nos seios que estão cheios de leite. Embora os benefícios da amamentação sejam conhecidos e a OMS recomende aleitamento exclusivo até 6 meses sendo posteriormente complementado, estudos revelam que que esta prática no Brasil ainda não atingiu o preconizado. (RODRIGUES,2014; VAZ,2014). Estudos realizados em diversos países apontam que um aumento positivo nos indicadores de aleitamento materno são possíveis com ações efetivas que enfatizem o inicio precoce da amamentação nas maternidades e através de uma educação continuada por meio de capacitações para os profissionais da saúde sobre o aconselhamento acerca do aleitamento materno. (SOUZA, 2013). A partir do exposto, em agosto de 2006, através da percepção desta e de outras problemáticas na cidade de Ponta Grossa, foi estruturado e implementado, por uma docente da Universidade Estadual de Ponta Grossa, o projeto de extensão CEPP (Consulta de Enfermagem no Pré-Natal e Pós-Parto), que tem parceria com o Hospital Evangélico de Ponta Grossa (HE) e Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HURCG). O fluxograma de atendimento do projeto tem como caminho metodológico a atuação de acadêmicas do 4 anos do Curso de Bacharelado em Enfermagem, que inicialmente realizam no Hospital Evangélico de Ponta Grossa, educação em saúde no período puerperal, esclarecendo dúvidas sobre o pós-parto e aleitamento materno, bem como, oferecendo folder explicativo as mulheres que estiverem vivenciando o período pós-parto (puérperas). Após, todas as puérperas são convidadas a participar de uma pesquisa, por meio de entrevista estruturada, assinando o termo de consentimento livre e esclarecido, para obtenção de alguns dados. A cada questionamento, o acadêmico, concomitantemente, esclarece as dúvidas, utilizando materiais didáticos ilustrativos nas orientações realizadas. Paralelo ao atendimento puerperal, o projeto realiza consulta de enfermagem no Pré- Natal, com educação em saúde sobre as modificações corporais na gestação, esclarecendo dúvidas numa linguagem clara às futuras mães. Objetivos Conhecer o histórico de amamentação das puérperas atendidas no Projeto Consulta de Enfermagem no Pré-Natal e Pós-Parto (CEPP) no ano de 2013 e 2014.

14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 3 Referencial teórico-metodológico O presente estudo é de caráter quantitativo-descritivo. Participaram 252 puérperas internadas nas enfermarias da obstetrícia do Hospital Evangélico de Ponta Grossa-PR. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista estruturada, de forma individual e a análise realizada frequência simples, percentuais, durante o período de março de 2013 a novembro de 2014. A pesquisa encontra-se sobre o parecer da COEP 1.055.927 de 08 de maio de 2015 no qual respeitou a resolução 196/96. Resultados As 252 puérperas apresentaram idades variadas: sendo 29% (79) menores de 20 anos, 47,3% (120) entre 21 a 30 anos e 23,7% (59) com mais de 30 anos. Em sua maioria 38,7 % (7) eram casadas, 37% (94) mantinham uma relação estável e 24.3% (61) eram solteiras. Em relação à escolaridade, 49,5% (124) possuíam o ensino médio completo, 41,4% (104) o ensino fundamental completo e apenas 9,1% (24) o ensino superior completo. Constatou-se que 45,8 % (115) puérperas estavam grávidas pela primeira vez (primigestas) e 54,2% (137) tiveram mais de uma gestação (multigestas). Das 252 (100%) puérperas 137 (54,36%) eram multigestas, destas 50,2% (69) foram orientadas sobre o aleitamento materno pelo enfermeiro, 42,7% (58) por médicos e 7% (25) outros profissionais; 83% (114) das nutrizes declararam amamentar na gestação anterior e 17% (23) não conseguiram amamentar seus filhos. Determinados fatores podem influenciar de forma positiva ou negativa a decisão de continuar ou não amamentando. Alguns desses fatores são relacionamos a nutriz como a idade, apoio familiar, nível de escolaridade, trabalho materno, renda familiar e as condições habituais de vida. (MOURA,2015). Apenas 35,7% amamentaram por um período igual ou superior a 6 meses e 64,3% amamentaram tempo inferior a 6 meses.a interrupção precoce da amamentação pode desencadear conseqüências que interferem de forma negativa na saúde da criança, aumentando a exposição a infecções, diminuindo a assimilação de elementos nutritivos e prejuízo na digestão de alimentos. (BECHE,2009). Para tentar evitar o desmame precoce, ações educativas durante a gravidez e puerpério são fundamentais. É durante o pré-natal que as orientações devem ser passadas ás gestantes para que diminuam as dificuldades na amamentação, o profissional de saúde deve realizar o aconselhamento, esclarecendo dúvidas e prestando a assistência necessária,

14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 4 buscando o histórico da amamentação das multigestas e interferindo para obter sucesso na amamentação. (VISITIN,2015). Diante do exposto, fica claro a importância de proporcionar esclarecimentos à puérpera; realizando a educação em saúde, aliada ao aconselhamento em aleitamento materno. As nutrizes devem ser ouvidas e orientadas em relação as suas duvidas e dificuldades. É fundamental que a mulher receba orientações sobre o aleitamento materno ainda no pré natal, nas unidades de saúde próximas à sua residência. Considerações Finais Como pôde ser evidenciado neste estudo, o projeto CEP é de grande relevância para a formação dos acadêmicos de Enfermagem, praticarem a educação em saúde, ferramenta de uso diário no trabalho do profissional enfermeiro. Além de promover a saúde do binômio mãe-bebê. Portanto, a implantação e a implementação da CPE na cidade de Ponta Grossa possibilitou o atendimento às puérperas da rede pública de saúde, esclarecendo dúvidas e minimizando medos, bem como, aproximou Universidade e comunidade, abrindo um canal de comunicação e cuidado entre puérperas e acadêmicas, visando uma formação holística e científica. Referências BECHE, N. et al. Prevalência do aleitamento materno exclusivo em um município serrano do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, v. 53 n.4 p.345-353, out.-dez, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica.Saúde da criança: nutrição infantil aleitamento materno e alimentação complementar. Cadernos de Atenção Básica nº 32.Brasília,2009. MOURA, E. R. B. B. et al. Investigação dos fatores sociais que interferem na duração do aleitamento materno exclusivo. Revista Intertox-EcoAdvisor de Toxicologia Risco Ambiental e Sociedade. Piauí, v.8 n.2 p. 94-116, junho, 2015.

14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 5 RODRIGUES, B. C. et al. Aleitamento materno e desmame: um olhar sobre as vivências de mães enfermeiras. Rev. Rene. Maringá (PR), v.15 n.5. p. 832-41, setembro-outubro, 2014. SOUZA, S. N. D. H. et al. O aleitamento materno na perspectiva da vulnerabilidade programática e do cuidado. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, v.28 n.6, junho, 2013. VAZ, D. C. et al. Concepção materna sobre a amamentação em lactentes de um programa do método mão canguru. Revista Baiana de saúde pública. Salvador (BA), v.38 n.2 p.225-242, abril-junho, 2014. VISINTIN, A. B. et al. Avaliação do conhecimento da puérpera acerca da amamentação. Rev. Enfermagem Foco. Espirito Santo, v. 6,n. (1/4), p. 12-16, dezembro, 2015.