O frio é também responsável pelo agravamento de doenças, particularmente, cardíacas e respiratórias.

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Transcrição:

RECOMENDAÇÕES SOBRE O FRIO 1) ASPECTOS GERAIS A exposição ao frio pode ter consequências graves para a saúde. Os problemas de saúde directamente associados ao frio mais comuns são o enregelamento e a hipotermia. O frio é também responsável pelo agravamento de doenças, particularmente, cardíacas e respiratórias. Os grupos mais vulneráveis ao frio são os bebés e pessoas idosas porque são muito susceptíveis: não têm grande percepção das alterações de temperatura, isto é, não sentem muito frio no Inverno, tal como não sentem muito calor no Verão. Estão também particularmente em risco as pessoas que: Têm doenças crónicas, em especial cardíacas, vasculares, respiratórias, reumáticas, diabetes e doenças da tiróide; Têm perturbações da memória, problemas de saúde mental, alcoolismo, ou demência; Tomam certos medicamentos como psicotrópicos ou anti-inflamatórios; Têm redução da mobilidade; Têm dificuldades na realização das actividades da vida diária; Estão mais isoladas; Estão em situação de exclusão social. Deverão ser tidas em conta as recomendações gerais para o frio mesmo que se inclua num dos grupos vulneráveis. 2) ENREGELAMENTO O enregelamento é uma situação resultante da exposição excessiva ao frio, causando uma sensação de formigueiro e adormecimento dos pés, mãos e orelhas. Pode provocar danos permanentes no corpo humano, conduzindo, nos casos mais graves, à amputação. O risco de enregelamento é maior nas pessoas com problemas de circulação sanguínea ou que não usam o vestuário adequado. Sinais e Sintomas O enregelamento pode manifestar-se por: Arrepios; Torpor (sensação de formigueiro e adormecimento dos pés, mãos e orelhas); Pele branca ou cinzento-amarelada; Baixa progressiva da temperatura com extremidades geladas; Insensibilidade às lesões; Dor intensa nas zonas enregeladas que vai diminuindo devido ao efeito anestésico do frio; 3

Cãibras; Estado de choque. O que fazer: Deve: Aos primeiros sinais de palidez da pele, torpor ou dor numa zona específica da pele, abrigue-se e proteja a pele exposta; Se encontrar alguém com algum dos sinais ou sintomas acima descritos, ligue 112. Desapertar os sapatos e pedir à vítima que bata com os pés no chão e as mãos uma na outra para reactivar a circulação; Envolver a vítima em cobertores; Cobrir a parte atingida com a mão ou com roupas quentes; Se a lesão for nos dedos ou nas mãos, colocá-los nas axilas para aquecerem; Cobrir a parte atingida com a mão ou com roupas quentes; Logo que haja aquecimento na área lesionada, encorajar ao exercício dos dedos (mãos e pés); Dar bebidas quentes e açucaradas. Não deve: Mexer nas zonas do corpo congeladas; Iniciar o aquecimento por um banho quente; Dar a beber bebidas alcoólicas. 3) HIPOTERMIA Quando exposto às temperaturas frias, o corpo começa a perder mais rapidamente calor do que aquele que pode ser produzido, resultando na hipotermia. A temperatura de corpo que é demasiado baixa, afecta o cérebro, fazendo com que a pessoa seja incapaz de pensar claramente ou movimentar-se. Sinais e Sintomas Adultos: Tiritar/exaustão; Perda da memória/discurso confuso; Sonolência. Crianças: Pele muito vermelha e fria; Pouca energia. O que fazer: Avaliar a temperatura do corpo; 4

Deve: Se estiver abaixo de 35º C ou a pessoa estiver inconsciente, parecer que não tem pulso ou que não respira ligue 112. Remover qualquer peça de roupa molhada; Aquecer a pessoa: peito, pescoço, cabeça e tronco da vítima, envolvendo-a em cobertores; Dar bebidas quentes, excepto se a pessoa estiver inconsciente; Assim que a temperatura do corpo aumentar, mantenha a pessoa seca e envolvida em cobertores, incluindo a cabeça e o pescoço. 4) RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA A POPULAÇÃO No domicílio Antes do Inverno, verifique os equipamentos de aquecimento da sua casa; Se tiver lareira mande limpar a chaminé, se necessário; Mantenha a casa arejada, abrindo um pouco a janela/porta para evitar acumulação de gases; Calafete janelas e portas para evitar a entrada de ar frio e a saída do calor acumulado; NÃO use fogareiro a carvão; Mantenha a temperatura da sua casa entre os 19 ºC e os 22ºC: instale um termómetro em local visível; No caso de prever-se a aproximação de um período de grande frio ou neve forte, faça as suas compras alimentares e outras que cheguem para um período de 2 a 3 dias para evitar ter de sair de casa; Verifique ainda a necessidade de botijas de gás suplementares; Verifique se tem medicamentos suficientes; Evite dormir/descansar muito perto do aquecimento; Não fique descalço no chão frio ou molhado por muito tempo; Promova boa circulação de ar, principalmente durante a noite, não fechando completamente os aposentos mas evitando correntes de ar frio; Poupe energia: desligue os aparelhos eléctricos quando não estiver em casa; Utilize-os de forma criteriosa devido ao risco de sobrecarga do quadro; A utilização de botijas de água quente deve ser feita sempre sob vigilância para evitar o risco de queimadura. Vestuário Cubra as extremidades (mãos, pés, cabeça); Use roupas folgadas e calçado adequados à temperatura ambiente, protegendo as extremidades; Não use roupas justas: dificultam a circulação sanguínea; Use várias camadas de roupa em vez de uma única muito grossa; Use roupas de algodão e fibras naturais. Cuidados de higiene Mantenha a higiene pessoal; 5

Tome banho com água morna: água muito quente remove a camada protectora natural da pele; Mantenha a pele hidratada: hidrate todo o corpo não esquecendo mãos, pés, cara e lábios; Quando tomar banho, embrulhe-se na toalha e/ou tenha a sala aquecida; Aumente a capacidade de enfrentar o frio, através da exposição controlada ao frio, utilizando duches frios inicialmente rápidos, após o banho quente. Depois aumente o tempo de banho frio, à medida que for se acostumando. Alimentação Coma com mais frequência: encurte as horas entre as refeições; Coma mesmo que não sinta muita fome, em especial sopas e bebidas quentes (leite, chá); Se a sua saúde o permitir, inclua na sua alimentação alimentos calóricos como chocolates, azeite, frutos secos; Evite bebidas alcoólicas - causam aquecimento mas provocam vasodilatação com perda de calor e arrefecimento do corpo; Comer alimentos ricos em vitaminas e sais que protegem contra infecções; Abstenha-se de produtos nocivos como o cigarro, bebidas alcoólicas e drogas. Exercício físico Deve manter a prática de exercício físico: aumenta a produção de calor e a circulação de sangue; Não fazer exercício físico intenso ou ao ar livre e evite arrefecer com a roupa transpirada no corpo; Faça pequenos movimentos com os dedos, os braços e as pernas: evitam o arrefecimento do corpo; Continue a beber água durante a actividade física para evitar a desidratação. Pessoas sós/isoladas Os familiares, amigos e vizinhos têm um papel importante: faça um telefonema ou contacte pelo menos uma vez por dia com pessoas sós/isoladas; Certifique-se que eles se encontram de boa saúde e em condições de conforto. Precauções ao ar livre Quando a temperatura baixa muito e se há muito vento, procure um local baixo e abrigado; Se tiver que sair, faça-o de forma breve, protegendo-se com roupa adequada não apertada; Procure manter-se seco dado que o corpo arrefece rapidamente com a humidade; Se tiver que realizar trabalho com muito esforço, proteja-se com roupa adequada e vá doseando o esforço; Evite caminhar sobre o gelo devido ao risco de lesões por queda. 6

Se vai viajar de automóvel No caso de andar de carro tenha em conta que pode ficar bloqueado; Previna-se: leve roupas quentes, mantas e roupa para troca bem como comida e bebidas quentes num termo; Tenha um mapa à mão; Evite viajar sozinho de automóvel; Ligue o aquecimento do veículo 10 minutos em cada hora e baixe os vidros uns milímetros para arejar; Observe o tubo de escape para ver se não está tapado, evitando o risco de envenenamento por monóxido de carbono; Se o carro bloquear, coloque uma manta brilhante na antena do veículo para chamar a atenção, cubra o corpo com mantas e mantenha-se desperto. Outras recomendações Evite entrar e permanecer em locais fechados e com grande concentração de pessoas, onde se transmitem os vírus, em particular, a gripe; Evite o contacto com outras pessoas doentes. Para mais informações ligue 808 24 24 24 Para situações de emergência ligue 112 5) RECOMENDAÇÕES PARA OS GRUPOS VULNERÁVEIS Bebés ou recém-nascidos Os bebés e os recém nascidos são particularmente sensíveis às baixas temperaturas e podem desenvolver hipotermia rapidamente; Não deve sair de casa com o bebé ou recém-nascido nos dias frios. No caso de ter de sair de casa: Agasalhe o bebé, principalmente a cabeça e as extremidades (mãos, orelhas e pés); Evite transportar o bebé num porta-bébés, tipo mochila, que poderá comprimir as pernas e causar enregelamento; Transporte o bebé num carrinho que permita ao bebé movimentar-se para se aquecer e verifique se está bem protegido do frio; Utilize várias camadas de roupa em vez de uma única peça grossa; Dê de beber regularmente ao bebé. Crianças asmáticas Evite actividades físicas no exterior; Deve ter por perto o tratamento para situações de crise: broncodilatador inalável; Informe o professor/educador destas recomendações. 7

Pessoas idosas Os familiares, amigos e vizinhos têm um papel importante devendo visitar ou telefonar às pessoas idosas para prestar ajuda e verificar o seu estado de saúde e conforto; No caso de se prever a aproximação de um período de grande frio ou neve forte, faça as suas compras alimentares e outras que cheguem para um período de 2 a 3 dias para evitar ter de sair de casa; Verifique se tem medicamentos suficientes; Coma mesmo que não sinta muita fome, em especial sopas e bebidas quentes (leite, chá); Beba líquidos mornos; Durante os períodos de grande frio, permaneça em casa; Se tiver de sair de casa: use roupas quentes, sapatos impermeáveis e antiderrapantes, chapéu, luvas e cachecol; Não durma muito perto do aquecimento; Faça pequenos movimentos com os dedos, os braços e as pernas: evitam o arrefecimento do corpo. Doentes cardíacos, vasculares, com insuficiência respiratória, reumáticos e diabéticos Siga as recomendações gerais e, se necessário, aconselhe-se com o seu médico. Certifique-se também que tem sempre consigo os medicamentos necessários. 6) OUTRAS RECOMENDAÇÕES RELATIVAS A CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS ADVERSAS Face a condições meteorológicas adversas a Direcção-Geral da Saúde reforça as recomendações para a população em geral para que se tomem medidas de protecção, tais como: Mantenha o vestuário seco; Use calçado adequado que evite o risco de queda. Evite molhar os pés e, consequentemente, o seu arrefecimento; Na condução tenha em atenção o estado do piso molhado e escorregadio por forma a evitar acidentes; Apesar da chuva tenha em atenção que, o interior da sua habitação deve estar bem ventilado, sobretudo quem utilize aparelhos de queima. Cuidado com o Monóxido de Carbono produzido na queima de madeira nas lareiras; Tenha cuidado com as infiltrações e humidades, as quais favorecem o desenvolvimento de microorganismos (bolores, fungos, leveduras e ácaros) que podem originar alergias e infecções respiratórias; Após as chuvas providencie a eliminação de acumulações de água com detritos orgânicos. Tenha redobrada atenção com os idosos, as crianças e doentes crónicos (grupos estes mais vulneráveis às variações meteorológicas). Mantenha-se atento aos avisos das Autoridades de Saúde, do Instituto de Meteorologia e da Autoridade Nacional de Protecção Civil, em particular: 8

Aos avisos e recomendações das autoridades competentes, mantendo-se atento à situação; Desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, nomeadamente dos quintais e varandas e retirada de inertes que possam ser arrastados; Limpeza dos bueiros, algerozes e caleiras dos telhados das habitações; Fecho de portas e janelas assim como à arrumação de equipamento solto, caixotes de lixo ou outros objectos, em virtude do vento forte; Redução da velocidade de condução de veículos tendo especial cuidado com os congestionamentos de trânsito e a possível formação de lençóis de água nas vias ou redução da visibilidade, que poderão aumentar o perigo de acidente rodoviário; A não utilização de veículos em zonas inundadas, precavendo o seu arrastamento para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; Afectação por ventos mais fortes, de estruturas montadas (andaimes, tendas, toldos, telhados) e árvores, podendo provocar a sua queda; À evacuação de animais para locais seguros. 9