Estudo do Emprego Formal nas MPE Maranhenses Agosto de 215 Mercado de Trabalho 1 Setor de Serviços lidera demissões, com mais de 33 mil cortes em setembro Em setembro de 215, o saldo entre admissões e demissões no país foi mais uma vez negativo (-95,6 mil). Comparado ao mês imediatamente anterior (-86,5 mil), o número de demissões foi ampliado, e quando comparado a setembro de 214 (+123,7 mil), a deterioração foi ainda maior. Nos últimos doze meses (encerrados em setembro de 215), o mercado de trabalho formal brasileiro fechou 1,229 milhão de vagas, sendo 649,5 mil neste ano. A Indústria, com 11 mil cortes em setembro, acumulou sete meses consecutivos com mais demissões que admissões. No ano, o setor já desmobilizou 287,4 mil trabalhadores. Em pior situação está a Construção Civil, que completou doze meses seguidos com mais demissões que admissões. Nesse período, 425,3 mil postos de trabalho foram fechados no setor, sendo 26 mil somente em 215. Em setembro, o setor de Serviços fez 33,5 mil cortes. Os segmentos desse setor que mais desmobilizaram mãode-obra foram o de Serviços Técnicos e Profissionais (-19,9 mil) e o de Alojamento e Alimentação (-12,3 mil). Restritas antes à Indústria e a Construção, as demissões começaram a se avolumar também no setor mais pujante da economia brasileira. Movimentação líquida de empregos formais, segundo o setor de atividade Brasil e Maranhão (à direita) Setores de Atividade 214* 215* Setores de atividade 214* 215* Total 954.779-657.761 Extrativa mineral 1.637-9.536 Ind. de Transformação 61.5-287.472 SIUP¹ 6.219-3.73 Construção civil 16.862-24.852 Comércio 5.94-238.482 Serviços 584.269-32.55 Administração pública 29.31 12.375 Agropecuária 114.537 16.459 Total 12.94-2.632 Extrativa mineral 145-578 Ind.de Transformação 818 1.147 SIUP¹ -673 871 Construçao civil 3.876 299 Comércio 1.717-1.699 Serviços 3.952-2.737 Administração pública 31 136 Agropecuária 1.949-71 ¹Serviços Industriais de Utilidade Pública *Janeiro a Setembro No Maranhão, em setembro, o saldo entre admissões e demissões foi positivo (+221). A Construção Civil (+388), o Comércio (+184) e a Indústria de Transformação (+133) garantiram o resultado positivo, uma vez que o setor de Serviços (-296) e a Indústria Extrativa Mineral (-11) fizeram cortes. No acumulado de 215 até setembro, o CAGED apontou o fechamento líquido de 2,6 mil vagas formais, com forte reversão em relação ao mesmo período do ano passado. O ano deve terminar com quase 1 mil vagas formais encerradas no Estado. 1 Nota Metodológica: Edição de novembro, com dados referentes ao mês de setembro. 1
Taxa de desemprego (%) nas seis principais regiões metropolitanas brasileiras: set/6 a 12, 1, 8, 6, 4, 2, Fonte: PME/IBGE Taxa de desemprego 7,6% Em setembro, a taxa de desocupação nas seis principais regiões metropolitanas do país, estimada pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ficou estável em 7,6%. Na comparação com setembro do ano passado, quando esta taxa estava em 4,9%, houve forte alta. Nos últimos doze meses, 67 mil pessoas passaram a integrar o contingente sem emprego nessas regiões metropolitanas. MPE Brasil: micro e pequenas empresas de Serviços registraram saldo positivo em setembro Em setembro de 215, as micro e pequenas empresas brasileiras fecharam 18,1 mil vagas formais. O saldo negativo mostrou uma queda expressiva em relação ao mesmo mês de 214, quando as micro e pequenas empresas abriram 12,7 mil vagas. Movimentação líquida de empregos formais nas MPE, segundo o setor de atividade: Brasil Setembro 6. 52.368 Em setembro de 215, somente as micro e pequenas empresas do setor de Serviços tiveram bom resultado (+1,9 mil), ainda que abaixo do registrado no mesmo mês de 214 (+52,3 mil). Nos demais setores, as micro e pequenas empresas desmobilizaram trabalhadores. 45. 3. 15. -15. 14.88-14.758 35.39 18.17-6.332-7.89 1.889-3. 2
Movimentação líquida de empregos formais nas MPE, segundo o setor de atividade: Brasil Acumulado (Jan-Set) No acumulado de janeiro a setembro de 215, o saldo entre admissões e demissões nas micro e pequenas empresas brasileiras continuou positivo (3,9 mil), graças ao bom desempenho dos pequenos negócios do setor de Serviços. O saldo acumulado no ano é negativo entre as MPE dos demais setores selecionados. Somente no Comércio, as micro e pequenas empresas acumularam 1 mil cortes. 5. 443.455 214 215 4. 3. 235.916 2. 17.67 1. 88.686 84.691-23.42-1. -8.617-1.981-2. O cenário continua muito ruim, não somente para as micro e pequenas empresas. A derrocada da economia brasileira em 215 está associada a um violento choque de oferta forte desvalorização cambial e reajuste de preços administrados que provocaram a aceleração da taxa de inflação seguido de um choque de demanda queda de salários reais, aumento da taxa de desemprego e redução da massa salarial, com grande impacto recessivo sobre o consumo. Não se pode também desprezar os efeitos negativos da Operação Lava-Jato, relacionados à paralisia dos investimentos da Petrobras. O recuo do PIB brasileiro deve ser de 3,% em 215, o pior resultado em 25 anos. E as sondagens de confiança dos empresários e de consumidores continuam no piso histórico, fato que não sugere retomada da atividade econômica no curto prazo. MPE Maranhão: desempenho na Construção surpreende positivamente Em setembro, o desempenho das MPE maranhenses destoou do observado a nível nacional. Em todos os setores, as micro e pequenas empresas abriram vagas. Movimentação líquida de empregos formais nas MPE, segundo o setor de atividade: Maranhão Setembro 3
1.2 8 4 92 132 253 1.34 52 289 635 75 Em set/215, o saldo entre admissões e demissões nas micro e pequenas empresas maranhenses foi positivo (1,5 mil), igualando o registrado no mesmo mês ano passado (1,5 mil). A geração de empregos por parte dos pequenos negócios no Comércio e principalmente nos Serviços foi fraca. Na Construção, porém, o desempenho foi surpreendente, com a abertura de mais de 1, mil postos de trabalho. Movimentação líquida de empregos formais nas MPE, segundo o setor de atividade: Maranhão Acumulado (Jan-Set) 4.5 214 215 4.255 3.785 3.5 2.734 2.5 2.347 2.14 1.5 777 5 52 13-5 No acumulado de janeiro a setembro de 215, as micro e pequenas empresas maranhenses abriram um total de 7,8 mil postos formais de trabalho. Na Construção e nos Serviços, a geração de empregos pelos pequenos negócios superou o registrado no mesmo período de 214. O desempenho é fraco entre as MPE da Indústria e do Comércio. O mês de setembro já indicou uma desaceleração no ritmo de geração de empregos no Maranhão, que foi bastante razoável no trimestre junho-julho-agosto, quando diferentemente dos cortes observados em nível nacional, foram abertas 5, mil vagas no Estado. Sobretudo a Construção Civil parece ter sido dinamizada pelo início/retomada de obras do Governo do Estado e que haviam sido paralisadas no início deste ano. Entretanto, tais investimentos, cujo montante não é alto, são incapazes de recuperar as perdas do setor observadas entre outubro/214 e abril/215. O setor privado, por sua vez, sentiu o baque do encarecimento dos financiamentos para compra de imóveis e dos cortes no programa Minha Casa Minha Vida. A correção de preços administrados reduziu a renda disponível e a taxa de juros em alta encareceu o crédito, o que em conjunto atuam no sentido de frear as vendas no Comércio bem como o desempenho do setor de Serviços, setores onde a participação das micro e pequenas empresas é expressiva. 4
Unidades Regionais SEBRAE: destaque fica por conta da UR São Luís, da UR Santa Inês e da UR Açailândia. No tocante à geração de empregos pelas micro e pequenas empresas, o melhor resultado mensal foi registrado na UR São Luís. Na região que tem como polo a capital do Estado, houve a abertura de 78 vagas formais em setembro, resultado quase idêntico ao registrado no mesmo mês do ano passado. Nessa mesma base de comparação, a geração de empregos na UR Santa Inês, na UR Açailândia e na UR Bacabal também apresentou melhor resultado. No acumulado do ano, registrou-se desmobilização de trabalhadores apenas entre as micro e pequenas empresas da UR Balsas e da UR Lençóis-Munin. Os melhores números foram registrados na UR Santa Inês e na UR Açailândia, com destaque para o setor da Construção Civil. Movimentação líquida de empregos formais nas micro e pequenas empresas, por unidade regional SEBRAE- MA: Acumulado (Jan-Set) e Mensal (à direita) UR São Luís UR Santa Inês -156 UR Presid. Dutra UR Pinheiro UR Lençóis-Munim UR Imperatriz UR Grajaú UR Chapadinha UR Caxias UR Balsas UR Bacabal -68-95 UR Açailândia -153 54 244 1 175 67 273 14 95 98 88 555 45 54 1.658 615 428 1.59 1.87 3.273 4.919 215 214 UR São Luís UR Santa Inês UR Presid. Dutra UR Pinheiro UR Lençóis-Munim UR Imperatriz UR Grajaú UR Chapadinha UR Caxias UR Balsas UR Bacabal UR Açailândia 51 153 24 17 128 123 93 297 17-1. 1. 3. 5. -1. 1. Fonte: MONITORAMENTO CAGED/MTE DO MERCADO DE TRABALHO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO MARANHÃO Publicação mensal do SEBRAE MA www.sebrae.com.br/uf/maranhao Diretoria Executiva: João Batista Martins (Diretor Superintendente); José de Ribamar da Silva Morais (Diretor Técnico) Unidade de Gestão Estratégica: Antônio Paixão Garcês (Gerente); Teresinha Drummond Gonçalves Moreira (Coordenadora de Pesquisa) Cenário Econômico Consultoria Ltda. Felipe de Holanda (Coordenador); Daniele Amorim, Dionatan Silva Carvalho e Talita Sousa Nascimento (Pesquisadores); Rafael Thalysson; Vicente Anchieta Jr (Auxiliares de Pesquisa). Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. -55-15 -11-47 -96 22 18 15 129 15 55 29 271 78 774 5