FINANCIAMENTO À INOVAÇÃO PROPOSTAS E RECOMENDAÇÕES

Documentos relacionados
INOVAÇÃO COMO ESTRATÉGIA AO CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA

Análise da Evolução Recente do Financiamento Federal à Inovação e Propostas de Aprimoramento

Agenda da MEI Pedro Wongtschowski Presidente do Conselho de Administração da Ultrapar e Líder da MEI

Agenda da MEI :

Lei do Bem. Oportunidades de melhoria. 13 de junho de Pedro Passos Presidente do Conselho da Natura e Líder da MEI

Finep Inovação e Pesquisa. Abifina, RJ, 19/07/2017

Avanço do Marco Institucional da Inovação no Brasil

INDICADORES COMO SUBSIDIOS À GESTÃO E À POLÍTICA DA CT&I

Plano de Ação Financiamento a Pesquisa e Inovação. Fórum Permanente de Associações Científicas Afiliadas à SBPC

Desafios da inovação no contexto brasileiro. Carlos Arruda Núcleo de Inovação

Promover e financiar a inovação e a pesquisa científica e tecnológica em empresas, universidades, centros de pesquisa e outras entidades públicas ou

CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO SÉCULO XXI Seminário Nacional de C&T do ANDES-SN

EMBRAPII Reunião da MEI/CNI

O FNDCT e a Reforma do Financiamento de CT&I

Inovação e suas Repercussões nas Empresas

1º Simpósio de Inovação Tecnológica - UNESP

Apresentação Finep. APIMEC Seminário Sobre Petróleo e Gás. Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2015

ENCTI. Reunião do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Fiesp. Ministro Marco Antonio Raupp. 19 de abril de 2013

MEI 10 anos atuando para o fortalecimento do ecossistema de inovação do Brasil

Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação do Setor de Mineração e Transformação Mineral

Título da Apresentação

Brasil: Produtividade baixa e estagnada

Veículos Elétricos e Híbridos

CAPES : FINEP

Informe para o Conselho Consultivo. 3ª Reunião Conselho Consultivo - 14/09/2017

Estratégias do governo federal de incentivo à inovação

FONTES DE FINANCIAMENTO DA UNIVERSIDADE. Eduardo M. Krieger Unidade de Hipertensão InCor-HC.USP

Proposta de Transformação da FINEP

FINANCIAMENTO PÚBLICO DE PROJETOS DE PESQUISA. COMANDANTE SANTIAGO Tel: (61) / 4067

Agenda. Inovação. A Finep. Instrumentos de Apoio (Reembolsável, Não-Reembolsável, Fundos) Números da FINEP (Liberações)

Conselho Empresarial de Tecnologia do Sistema FIRJAN

8 º D i á l o g o s d a M E I Inserção Global via Inovação: a perspectiva empresarial em relação à parceria BRA-EUA

Tendências Mundiais no Apoio à C,T&I e o Papel da Finep

O Futuro da Indústria e a Empregabilidade em Engenharia

Estruturas de Fomento a Projetos de Inovação

Tema: Politica Governamental para Inovação e Competitividade. 08 de março de 2014

Sobre a FINEP. Escritórios da FINEP: Brasilia São Paulo Rio de Janeiro

O papel do governo na promoção de CT&I no Brasil A importância do FNDCT para o desenvolvimento da Pesquisa e Inovação. Luiz Antonio Rodrigues Elias

O ESTADO DA INOVAÇÃO NO BRASIL Financiamento à Inovação 1

Inovação como prioridade estratégica do BNDES

Financiadora de Estudos e Projetos

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Instrumentos de Financiamento. 27 e 28 de Junho NATAL-RN

10º Encontro Anual PRH / ANP. Painel: A contribuição do CT-PETRO na formação de Recursos Humanos para o setor de Petróleo e Gás

Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo

Título da Apresentação

Prioridades da Agenda de Pequenas e Médias Empresas Inovadoras

Seminário Meios de Financiamento para a Pesca e Aquicultura COMPESCA/FIESP. São Paulo, 15/08/2014

Luciano Coutinho Presidente

ORÇAMENTO DE C&T cortes e consequências para o desenvolvimento do País

Reunião do Comitê de Líderes da MEI

Programas e Ações Finep de Estímulo à Inovação e ao Setor de TI

Smart Grid Fórum 2013

Equipamentos Médicos e Tecnologias para a Saúde Fiesp, 02 de maio de 2013

Os desafios do desenvolvimento brasileiro e a inovação

Prioridades da Agenda de Marco Institucional da MEI

Infraestrutura e competitividade da economia

Agenda. Inovação. A Finep. Instrumentos de Apoio (Reembolsável, Não-Reembolsável, Renda Variável) Números da FINEP (Liberações) Inova Empresa

Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação

A EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO BRASIL E A INCORPORAÇÃO DA INOVAÇÃO

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES

OPORTUNIDADES PARA INOVAÇÃO NO BRASIL

A importância dos Núcleos de Inovação Tecnológica na interação com o Setor Produtivo

Proposições para a Retomada da Competitividade

A Indústria Química em 2020 Um novo Rumo é possível. Marilane Oliveira Teixeira

A FINEP e o Apoio ao Desenvolvimento da Inovação nas Empresas

Marco Legal de CT&I PARA FORTALECER O ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO NO BRASIL. Zil Miranda Diretoria de Inovação. Agosto 2018

O RESULTADO DOS INVESTIMENTOS EM INOVAÇÃO NO BRASIL

O Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional PACTI

Plano Brasil Maior 2011/2014. Inovar para competir. Competir para crescer.

O PAPEL DO MCTIC NA CONEXÃO ENTRE CIÊNCIA E INOVAÇÃO NO BRASIL

O BNDES e o apoio à inovação. Agosto / 2017

O PAPEL DA ENGENHARIA e AGRONOMIA PARA A INOVAÇÃO. BENEDITO G. AGUIAR NETO Reitor da UPM Presidente do CRUB

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Secretaria de Inovação. Nelson Akio Fujimoto Secretário de Inovação

O BNDES e o apoio à inovação

POLÍTICA DE INOVAÇÃO NO BRASIL: NOVOS RUMOS E DESAFIOS

Bernardo Hauch Ribeiro de Castro Gerente AI/DEPIP Agosto 2012

Nos últimos anos, a rentabilidade da indústria esteve muito próxima das rentabilidades mínimas, e livres de risco, do mercado financeiro.

Inovação Tecnológica e Política Públicas para Saúde: o Papel do BNDES

PROGRAMAS MOBILIZADORES EM ÁREAS ESTRATÉGICAS BIOTECNOLOGIA

(FINEP/MCT) Financiadora de Estudos e Projetos

P&D para Grandes Projetos Frederico Curado. Agradecimentos à Embraer pela cessão de parte desta apresentação

FINEP Financiadora de Estudos e Projetos. Agência Brasileira de Inovação

A transformação da Finep

Panorama Recente da Inovação no Brasil

Inovação em química Edital de inovação da Indústria e Embrapii

FINANCIAMENTO DA PESQUISA

ABINEETEC CONFERÊNCIA 4: INOVAÇÃO e NEGÓCIOS TECNOLÓGICOS. TEMÁTICA: FOMENTO À PESQUISA. DESENVOLVIMENTO e INOVAÇÃO

Agenda. A Finep. Modalidades de Apoio. Histórico/Portfólio de Projetos - Energia

Educação Profissional, Competitividade e Inovação

Plano Brasil Maior 2011/2014. Inovar para competir. Competir para crescer.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA INOVAÇÃO NO BRASIL. Alvaro T. Prata. Secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação MCTIC Governo Federal

Financiadora de Estudos e Projetos. Agência Brasileira de Inovação

Banda Larga O que o Brasil precisa?

O Complexo Industrial da Saúde na Inovação. "Políticas Públicas e Desenvolvimento Industrial do Setor Saúde BRITCHAM

Mineração e Metais. Inova Mineral. Desafios e oportunidades. R$ 1,2 bi. SIMEXMIN - VII Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral

Experiência MAHLE com Fomento André Ferrarese

Parceria para Projetos de Inovação na Cadeia de Petróleo & Gás. abril de 2014

Estratégias da FINEP e seus Instrumentos de Apoio à Inovação. Prof. Oswaldo Massambani Titular da Superintendência Regional de São Paulo

O apoio à inovação em saúde o papel do BNDES: como avançar?

Transcrição:

4ª REUNIÃO DO COMITÊ DE LÍDERES DA MEI DE 2016 30 DE SETEMBRO DE 2016 FINANCIAMENTO À INOVAÇÃO PROPOSTAS E RECOMENDAÇÕES Bernardo Gradin GranBio

A economia brasileira está perdendo competitividade Índice Global de Competitividade 2016/17 Primeiros colocados 1º Suíça 2º Singapura 3º Estados Unidos 4º Países Baixos 5º Alemanha BRICS 28º China 39º Índia 43º Rússia 47º África do Sul 81º Brasil Brasil caiu mais 6 posições no Ranking Global de Competitividade 2016/2017 Totalizando uma queda de 33 posições desde 2012 É urgente dar prioridade à agenda de inovação, sob pena da indústria retroceder em seus esforços de inovar e sair ainda mais fragilizada da atual crise econômica Fonte: Global Competitiveness Report, WEF (2016).

Contexto do Sistema de Financiamento no Brasil Nos últimos 15 anos, o Brasil fortaleceu o arcabouço regulatório das políticas de inovação e direcionou um volume crescente de recursos para essa finalidade Apesar dos avanços observados no período, o sistema de financiamento precisa ser fortalecido, e isso implica enfrentar alguns grandes obstáculos, como a instabilidade e ausência de estratégia na alocação de recursos Além desses desafios, a tendência à redução dos valores disponibilizados para PD&I a partir de 2016 sinaliza retrocessos na política de inovação Esse quadro coloca o Brasil na contramão de outros países, como EUA e China, que ampliaram investimentos em PD&I mesmo em cenários de desaceleração econômica A MEI traz alguns dados recentes e apresenta propostas para o fortalecimento do sistema de financiamento à inovação, para alavancar também o investimento privado

BNDES: apoio à PD&I Entre 2010 e 2015, o apoio direto à inovação cresceu 4 x Mas a participação desses recursos nos desembolsos totais do BNDES permaneceu inferior a 5% O volume dispendido até junho, indica menor dinamismo da atividade inovadora 7 6 5 4 3 2 1 0 1,0 1,4 0,8% 1,6 Desembolsos do BNDES para inovação, 2010-2016 (em R$ bilhões) 1,9% 1,1 2,2 2,1% *Participação dos recursos para inovação nos desembolsos totais do BNDES inclui os repasses à Finep. 1,9 3,3 2,7% 2,0 1,5 3,2% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 (até junho) Desembolsos do BNDES com Inovação Repasses à Finep % sobre o total de investimento do Banco Fonte: BNDES, 2016. 4,0 4,5 4,4% 3,5% 0,4 1,0 5,0% 4,5% 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 0,0%

BNDES: apoio reembolsável x não reembolsável 5,0 Desembolsos do BNDES para inovação, 2014-2016 (em R$ bilhões) Recursos 4,0 3,0 2,0 1,0 não reembolsáveis, mais utilizados pelas empresas para inovações de maior risco tecnológico, representam cerca de 5% dos valores desembolsados pelo Banco 0,0 2014 2015 2016 (até junho) *Não inclui repasses para Finep. Reembolsável Não-Reembolsável Fonte: BNDES, 2016.

BNDES: crédito com custo menor Desembolsos para inovação, 2014-2016 (em R$ bilhões) 2016 (até junho) 0,8 0,2 2015 2,2 2,3 2014 1,5 2,4 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 Programas diversos Recursos PSI Mais da metade dos desembolsos saiu com custo mais baixo nos últimos dois anos. O acesso a recursos com juros menores do que aqueles cobrados no mercado Fonte: BNDES, 2016. faz a diferença no estímulo à inovação

FNDCT: cortes e contingenciamentos Recursos do FNDCT x Orçamento executado, 2006-2016 (em R$ bilhões valores constantes) Corte: R$ 13,2 bi Em 10 anos, 30% dos recursos do FNDCT não foram executados Fonte: FINEP, 2016. Nota: Valores Constantes Média Anual IGP DI Dez/2015.(1) Primeiro ano sem royalties do petróleo; (2) Arrecadação projetada.

Finep: apoio à PD&I 6,0 Desembolsos da Finep, segundo modalidade de apoio, 2006-2015 (em R$ milhões) 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Crédito Não Reembolável (ICT s) Subvenção Investimento Total Dispêndios da Finep triplicaram entre 2006 e 2015 Mas houve queda superior a R$ 2 bilhões entre 2014 e 2015 Fonte: FINEP, 2016.

Finep: esgotamento dos recursos para pesquisa e inovação 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Desembolsos da Finep, segundo modalidade de apoio - 2006-2015 (em %) 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Crédito Não Reembolável (ICT s) Subvenção Investimento Ao longo do período, houve expansão do crédito e redução dos recursos para pesquisa, que somaram apenas 15%, em 2015 A subvenção econômica, que em 2010 atingiu 12% dos dispêndios, também sofreu forte redução, representando apenas 3% dos desembolsos em 2015 Os recursos não-reembolsáveis, já em queda, passaram a cobrir despesas do programa Ciência Sem Fronteiras e das OS Em síntese, muito pouco foi direcionado à pesquisa, indicando o esgotamento do sistema de apoio à pesquisa no país Fonte: FINEP, 2016.

Finep: crédito para inovação 10,0 Crédito para inovação nas empresas (em R$ bilhões) 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Liberações Anuais Fonte: FINEP, 2016. Contratações Anuais 2015: queda nas contratações e liberações 2016: repete 2015 Contratações = aprox. R$ 1,5 bi Projetos = aprox. 50 Número de projetos contratados, 2006-2015 104 108 159 77 74 67 73 78 65 52 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Resultados da ação de fomento Inova Empresa Áreas Carteira por área estratégica dez/2014 Orçamento (2013-2014) Contratado Total* A Contratar Total* (Finep + BNDES) (Finep + BNDES) Energia 5,7 7,66 2,9 Petróleo e Gás 4,1 2,23 0,4 Complexo da Saúde 3,6 4,93 0,85 Complexo Aeroespacial e Defesa 2,9 3,58 1,81 TICs 2,1 5,04 1,71 Sustentabilidade Socioambiental 2,1 2,3 2,54 Cadeia Agropecuária 3 2,34 1,81 Ações Transversais 5 8,71 3,09 Parceiros 4,4 Total 32,9 36,79 15,11 Fonte: BNDES, 2015. *Valor total do projeto em média 26% correspondem a contrapartida das empresas/icts.

MCTIC: orçamento (LOA) Evolução do orçamento do MCTIC, 2010-2016 6,14 6,96 7,85 7,59 7,29 2,74 5,11 2,17 2,88 3,74 3,62 3,01 4,66 1,00 3,40 2,94 4,08 4,11 3,97 4,28 3,66 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 MCTI FNDCT Retração do orçamento do MCTI em 2016, que sofre o impacto do encolhimento do FNDCT Fonte: MCTIC, 2016.

AVANÇOS

Embrapii: aumento contínuo dos projetos apoiados 300 250 200 150 100 50 0 Evolução do número de projetos contratados - relação projeto/valor, 2014-2016 46 136 30 17 72 9 46 10 18 4o/2014 1o/2015 2o/2015 3o/2015 4o/2015 1o/2016 2o/2016 3o/2016 Valor Acum. Projetos 79 110 183 Num. Acum. Projetos 125 226 137 240 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Número de projetos contratados: 137 (dez 2014 até julho 2016) Valor total dos projetos contratados : R$ 240 milhões (dez 2014 até julho 2016) Fonte: Embrapii, 2016.

Modelo Embrapii alavanca investimento privado 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Composição de recursos no valor total dos projetos (2014-2016) em % 63% 44% 47% 43% 47% 45% 48% 45% 36% 31% 32% 29% 31% 33% 34% 36% 20% 20% 24% 18% 23% 23% 23% 6% 4o/2014 1o/2015 2o/2015 3o/2015 4o/2015 1o/2016 2o/2016 3o/2016 % EMBRAPII % Empresa % UE Aporte nos projetos contratados (aprox.): EMBRAPII: 32% Unidade EMBRAPII: 23% Empresas :45% Fonte: Embrapii, 2016.

Inova Empresa Plano de Desenvolvimento e Inovação da Indústria Química PADIQ (FINEP-BNDES) - R$ 2,2 bilhões (2016 a 2017) 62 planos de negócio apresentados R$ 2,9 bi de investimento 27 planos de negócio selecionados R$ 2,4 bi 66% recursos reembolsáveis 4% recursos não reembolsáveis 30% recursos próprios Programa de Títulos Híbridos de Apoio à Inovação BNDES THAI Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação do Setor de Mineração e Transformação Mineral Inova Empresa Mineral (BNDES/Finep) - R$ 1,18 bilhão (2017 a 2018) Fonte: BNDES, 2016

Projetos de lei para criação de Fundos Patrimoniais PLS 16/2015 - Dispõe sobre a criação e o funcionamento de fundos patrimoniais vinculados ao financiamento de instituições públicas de ensino superior Art. 1º - As instituições públicas de ensino superior poderão instituir fundos patrimoniais vinculados, com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, para receber e administrar recursos provenientes de doações de pessoas físicas e jurídicas PLC 4643/2012 - Autoriza a criação de Fundo Patrimonial nas instituições federais de ensino superior Art. 1º - Esta Lei autoriza a criação de um Fundo Patrimonial (endowment fund) em cada instituição federal de ensino superior, com o propósito de fomentar a pesquisa no âmbito destas instituições em todo o País

Brasil: investimento em P&D/PIB Aumentamos os investimentos em P&D, mas permanecemos atrás de outros países É urgente reconstituir o sistema de financiamento à PD&I no Brasil 4,50 em % 4,29 4,00 3,50 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 Coreia Japão Alemanha EUA França China Reino Unido Brasil 2010 2011 2012 2013 2014 2,73 3,59 2,90 2,26 2,05 1,70 1,38 Fonte: Banco Mundial, OCDE, MCTIC, 2015.

CONSIDERAÇÕES E PROPOSTAS

Considerações O Brasil faz uso intenso do crédito para financiar a inovação. Por isso, o custo do capital e as garantias exigidas das empresas são aspectos críticos para que os recursos sejam efetivamente acessados para financiar atividades de PD&I É preciso considerar também outros mecanismos amplamente usados pelas economias avançadas no fomento à inovação nas empresas: Subvenção econômica para estimular projetos de maior risco tecnológico Recursos não-reembolsáveis para fortalecer a colaboração ICT empresa Compras públicas e encomendas do Estado, que no Brasil podem ser viabilizadas no âmbito do MS, MEC, MD, MCTIC (tecnologias de comunicação), pelo potencial desses ministérios em operar como demandantes de inovação Esses mecanismos, já previstos no Brasil, poderiam ter sua aplicação vinculada ao atendimento de grandes desafios nacionais, como fazem as economias mais avançadas, que usam o apoio à inovação para atender demandas da sociedade

Propostas da MEI para reconstituir o Sistema de Financiamento à PD&I Assegurar recursos para CT&I: Fundo Social Recomposição do CT-Petro Inova Empresa Novo programa em substituição ao PSI Subvenção econômica Reorganizar os Comitês Gestores dos Fundos Setoriais para alavancar o investimento privado em inovação Garantir recursos para projetos de PD&I orientados por desafios Utilizar de forma estratégica o poder de compra do Estado Flexibilizar as garantias para a tomada de crédito Estimular o estabelecimento de mercado de Venture Capital no Brasil, por meio do fortalecimento dos marcos regulatório e institucional: Maior segurança jurídica em contratos e investimentos Propriedade Intelectual Maior integração universidade-empresa Revisar o modelo de apropriação da titularidade da invenção, de forma a remover entraves aos investimentos