AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO NO PERÍODO DE ENTRESSAFRA, EM CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL: RESULTADOS DO ANO 2008

Documentos relacionados
Gessi Ceccon, Giovani Rossi, Marianne Sales Abrão, (3) (4) Rodrigo Neuhaus e Oscar Pereira Colman

l«x Seminário Nacional

153 ISSN Sete Lagoas, MG Dezembro, 2007

Avaliação da performance agronômica do híbrido de milho BRS 1001 no RS

RESULTADOS DO ENSAIO NACIONAL DE MILHO EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA, EM MATO GROSSO DO SUL, 2008

l«x Seminário Nacional

Avaliação de variedades sintéticas de milho em três ambientes do Rio Grande do Sul. Introdução

Desempenho de cultivares de milho indicadas para cultivo no Rio Grande do Sul na safra

Comunicado Técnico. Avaliação de Variedades de Milho, Introduzidas do Cimmyt - Safras 2005/2006 e 2006/2007

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE MILHO NO ESTADO DA BAHIA NO ANO AGRÍCOLA DE 1999/2000

Produtividade de Variedades de Milho em Sistema Orgânico de Produção

Avaliação de Cultivares de Milho na Safra 2009/2010, em Dourados, MS

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

li!x Seminário Nacional

Adaptabilidade e Estabilidade de Cultivares de Milho na Região Norte Fluminense

Recomendação de Variedades de Polinização Aberta de Milho para a região de Viçosa- MG

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO DE BAIXO CUSTO DE SEMENTES NA SAFRINHA 2016

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO EM FUNÇÃO DA DENSIDADE DE SEMEADURA, NO MUNÍCIPIO DE SINOP-MT

Avaliação de Cultivares de Milho na Região Central de Minas Geraisp. Palavras-chave: Zea mays, rendimento de grãos, produção de matéria seca, silagem

Desempenho de Híbridos de Milho Comerciais e Pré-Comerciais de Ciclo Superprecoce no Município de Guarapuava - PR

Avaliação Preliminar de Híbridos Triplos de Milho Visando Consumo Verde.

VIABILIDADE DO TRIGO CULTIVADO NO VERÃO DO BRASIL CENTRAL

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE HÍBRIDOS DE MILHO SAFRINHA EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA EM AQUIDAUANA, MS.

TÍTULO: AVALIAÇÃO REGIONAL DE CULTIVARES DE FEIJÃO NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

Composição Bromatológica de Partes da Planta de Cultivares de Milho para Silagem

RESPOSTA DE HÍBRIDOS DE MILHO AO NITROGÊNIO EM COBERTURA

DESEMPENHO DE MILHO SAFRINHA EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA E POPULAÇÕES DE PLANTAS, EM DOURADOS, MS

Comunicado 04 Técnico ISSN

DESEMPENHO DE NOVAS CULTIVARES DE CICLO PRECOCE DE MILHO EM SANTA MARIA 1

Híbridos de Milho Pipoca: Características Agronômicas e Qualidade de Grãos na Safrinha de 2011 na Região de Rio Verde-GO

INTERAÇÃO ENTRE NICOSULFURON E ATRAZINE NO CONTROLE DE SOJA TIGUERA EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIA

Resposta de Cultivares de Milho a Variação de Espaçamento Entrelinhas.

INOCULAÇÃO DE SEMENTES COM Azospirillum E NITROGÊNIO EM COBERTURA NO MILHO SAFRINHA

Avaliação de Cultivares de Milho na Região de Sete Lagoas, MG

431 - AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO EM SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO

DESEMPENHO AGRONOMICO DE PROGÊNIES DE MILHO PARCIALMENTE ENDOGÂMICAS

Avaliação de Híbridos Simples, Triplo e Duplos e Suas Respectivas Gerações Endogâmicas.

Resultados da Avaliação de Cultivares de Milho IAC/APTA/CATI/Empresas Safra de Verão 2015/16. Aildson Pereira Duarte Programa Milho IAC/APTA

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

Palavras-chave: cultivares de milho, efeito residual de adubos.

Resultados da Avaliação de Cultivares de Milho IAC/APTA/CATI/Empresas Safra de Verão 2014/15. Aildson Pereira Duarte Programa Milho IAC/APTA

Arranjo espacial de plantas em diferentes cultivares de milho

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO MG

ANÁLISE DE PRODUTIVIDADE EM HÍBRIDOS COMERCIAIS E EXPERIMENTAIS DE MILHO NOS MUNICÍPIOS DE MUZAMBINHO/MG, NOVA PONTE/MG E RIO VERDE/GO

PRODUTIVIDADE E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DE ALGODOEIRO EM FUNÇÃO DO CULTIVAR EM CHAPADÃO DO SUL - MS 1. Priscila Maria Silva Francisco

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Resultados de Pesquisa dos Ensaios de Melhoramento de Soja Safra 2008/09

DOSES E FONTES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO MILHO SAFRINHA

Reunião Técnica Sobre a Cultura do Milho

COMPETIÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONEIRA NO PERÍODO OUTONO-INVERNO EM ITAOCARA, RJ*

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE FEIJÃO DO GRUPO COMERCIAL CARIOCA NO ESTADO DE SERGIPE NO ANO AGRÍCOLA 2001.

Influência da Safrinha na Eficiência de Produção do Milho no Brasil

CARACTERIZAÇÃO DE GRUPOS DE GENÓTIPOS DE MILHO SAFRINHA AVALIADOS EM DOURADOS, MS

Influência do espaçamento entre linhas e da densidade populacional no desempenho do híbrido de milho 30F53 RESUMO

EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

INTERFERÊNCIA DA INFESTAÇÃO DE PLANTAS VOLUNTÁRIAS NO SISTEMA DE PRODUÇÃO COM A SUCESSÃO SOJA E MILHO SAFRINHA

Performance de Híbridos e Análise Dialélica de Linhagens de Sorgo Granífero 1

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO SAFRINHA NO MUNICÍPIO DE SINOP-MT

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE PORTE BAIXO DE MAMONA (Ricinus communis L.) EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA EM TRÊS MUNICÍPIOS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Cultivares comerciais de milho não transgenico de instituições publicas

Introdução. A temperatura constitui-se um dos elementos do clima mais decisivo para o bom desenvolvimento

VARIABILIDADE GENÉTICA EM LINHAGENS S 5 DE MILHO

Instituto de Ensino Tecnológico, Centec.

Produtividade e heterose de híbridos experimentais de milho em dialelo parcial

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS MORFOLÓGICAS E DE PRODUÇÃO NA CULTURA DO MILHO

COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE PLANTAS DE MILHO COM DIFERENTES EVENTOS DE BIOTECNOLOGIA

SEMEADORA-ADUBADORA. Prof. Dr. Carlos Eduardo Angeli Furlani RESULTADOS DE PESQUISAS

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE FEIJÃO VERMELHO EM SANTA CATARINA: Safras 2009/2010 e 2010/11 1 INTRODUÇÃO

DESEMPENHO AGRONÔMICO E ANÁLISE ECONÔMICA DE GENÓTIPOS DE MILHO SAFRINHA EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA

Efeito da população de plantas sobre características agronômicas de milho em Vitória da Conquista-BA 1

Avaliação de Híbridos de Milho do Programa de Melhoramento Genético do DBI/UFLA

Performance de Híbridos e Análise Dialélica de Linhagens de Sorgo Granífero

Resultados da Avaliação de Cultivares de Milho IAC/APTA/CATI/Empresas Safra de Verão 2017/18. Aildson Pereira Duarte Programa Milho IAC/APTA

Produção e Composição Bromatológica de Cultivares de Milho para Silagem

ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE DE CULTIVARES DE MILHO NO ESTADO DO MARANHÃO NO ANO DE 2002

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS PARCIALMENTE ENDOGÂMICAS VISANDO A PRODUÇÃO DE HÍBRIDOS DE MILHO

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE GIRASSOL EM SAFRINHA DE 2005 NO CERRADO NO PLANALTO CENTRAL

PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA DO MILHO HÍBRIDO AG7088 VT PRO3 CULTIVADO SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO

CULTIVARES DE SOJA NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

ÍNDICE DE ESPIGAS DE DOIS HÍBRIDOS DE MILHO EM QUATRO POPULAÇÕES DE PLANTAS E TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NA SAFRINHA

CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

Circular. Técnica. Avaliação de Variedades de Milho no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina - Safras 2012/13 e 2013/14. Introdução.

ÉPOCAS DE SEMEADURA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA *

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE ARROZ DE SEQUEIRO 2012/13 1

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Avaliação de Doses e Fontes de Nitrogênio e Enxofre em Cobertura na Cultura do Milho em Plantio Direto

ANÁLISE CONJUNTA DO ENSAIO BRASILEIRO DE LINHAGENS DE AVEIA BRANCA CONDUZIDO EM 2011

Avaliação da adaptabilidade e estabilidade de 20 híbridos de milho no município de Muzambinho/MG

Resultados da Avaliação de Cultivares de Milho Safrinha em IAC/APTA/CATI/Empresas

Sumário. Ensaio Nacional de Cultivares de Milho Centro Precoce

GOTAS SALVADORAS. Irrigashow reúne cadeia para discutir o correto manejo da irrigação. O Campo é o Nosso Escritório

MILHO SAFRINHA SOLTEIRO E CONSORCIADO COM POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIA EM SEMEADURA TARDIA

HISTÓRICO E PERSPECTIVAS DA ÁREA, CUSTO E MERCADO DO MILHO SAFRINHA

Transcrição:

AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO NO PERÍODO DE ENTRESSAFRA, EM CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL: RESULTADOS DO ANO 2008 Hércules Arce 1, Rômulo Darós 2, Cátia Cristina Braga Rodrigues 3 1. Introdução Atualmente, no Mato Grosso do Sul, o milho de entressafra é responsável por 77% da produção estadual, denominada de plantio extemporâneo ou safrinha, realizada após as semeaduras tradicionais (COGO,l992). O milho safrinha é conceituado como a cultura de sequeiro realizada extemporaneamente (fora do período normal), de janeiro a abril, em sucessão a uma cultura de primavera-verão (GERAGE et al.,1990). Ressalta-se que a época de safrinha está consagrada e, assim, todos os esforços devem ser direcionados para a maximização da eficiência produtiva (FANCELLI, 2001). Segundo Brunini (1997), as semeaduras realizadas no período da safrinha, após o mês de fevereiro, fazem com que a planta de milho desenvolva a maior parte de seu ciclo em meses cuja taxa de acúmulo térmico de desenvolvimento diário é muito baixa, resultando em alongamento do ciclo. Face à grande quantidade de variedades comerciais de milho, da rapidez da substituição desses materiais no mercado pelas empresas produtoras e da variabilidade de suas características agronômicas, técnicos e agricultores necessitam informações que os auxiliem na escolha correta de genótipos mais adequados às condições edafoclimáticas da sua região. Nesse aspecto, os programas de melhoramento devem 1 Eng. Agr. Mestre Pesquisador, AGRAER, Rodovia MS 080 Km 10, Campo Grande, MS, CEP: 79114-000, E mail: arceagraer@gmail.com 2 Eng. Agr. Mestre Pesquisador, AGRAER, Rodovia MS 080 Km 10, Campo Grande, MS, CEP: 79114-000,. E mail: romulodaros@yahoo.com.br 3 Meteorologista Pesquisadora, CEMTEC/AGRAER, Rodovia MS 080 Km 10, Campo Grande, MS, CEP: 79114-000,E mail: catcrisrodrigues@gmail.com 256

procurar selecionar materiais para as condições prevalecentes nesse período de cultivo (GERAGE et al., 2001). De acordo com Duarte e Paterniani (1998), a adaptação de cultivares a uma determinada região produtora varia com a época de semeadura, de maneira que, em cultivos extemporâneos, as cultivares mais bem adaptadas não estão associadas com as da safra de verão. Darós et al. (1995) analisando o comportamento de cultivares de ciclos superprecoce, precoce e normal em diferentes épocas de semeadura em Mato Grosso do Sul, constataram que os materiais mais produtivos foram os de ciclos superprecoce e precoce, e que a melhor época para a semeadura do milho safrinha no estado é de início de fevereiro a 10 de março. Entretanto, os materiais apresentaram diferentes comportamentos nos diferentes locais nos quais foram avaliados, indicando a importância de testar-se o comportamento de novos materiais nas regiões de cultivo. Desta forma, este trabalho teve por objetivo avaliar a produtividade e outras características agronômicas de variedades de milho nas condições de safrinha. 2. Material e Métodos O experimento foi conduzido no município de Campo Grande, MS. O delineamento experimental utilizado foi o látice simples 6x6, com trinta e seis tratamentos e duas repetições. As parcelas experimentais foram constituídas de duas linhas de 4,0 m de comprimento, com espaçamento entre linhas de 0,90 m, e 0,20 m entre plantas. O ensaio foi implantado em área com ph superior a 5,0. A adubação de manutenção foi realizada manualmente no sulco de semeadura, na proporção de 12 a 15 kg/ha de N, 75 kg/ha de P 2 O 5 e 60 kg/ha de K 2 O. A adubação de cobertura foi realizada quando as plantas encontravam-se na fase de seis a oito folhas, sendo utilizado 60 kg/ha de N, na forma de sulfato de amônio. Quando as plantas apresentavam altura média de 20 cm e antes da adubação de cobertura, foi realizado o desbaste, normalmente após uma chuva, deixando-se em média cinco plantas por metro de linha de semeadura. A cultura foi mantida livre de competição com plantas daninhas, sendo para isso utilizados herbicidas em pré e/ou pós-emergência e capinas manuais durante o ciclo da cultura. As pragas foram controladas eficientemente todas as vezes que se fez necessário. O ensaio foi implantado em 04 de março de 2008. A data de emergência foi 10 de março. A adubação de cobertura foi feita em 03 de abril. A colheita foi realizada em 31 de julho de 2008. No período de condução do experimento (março a julho) a estação meteorológica do INMET localizada a 5 km do ensaio registrou um total de 494,16 mm de chuva. 257

A colheita foi realizada de forma manual quando os grãos atingiram teores de umidade entre 16 e 18%, tendo sido ajustados os dados de produtividade para 13%. Visando selecionar variedades com boa adaptabilidade e estabilidade de produção, foram avaliadas as seguintes variáveis: florescimento masculino(fl); altura de plantas (ap) e de espigas (ae); plantas acamadas (pac) e plantas quebradas (pqu); população final de plantas (sth) e produção grãos (prod) por hectare. Os resultados foram analisados por Análise de Variância e as médias foram comparadas por meio do teste de Duncan a 5% de probabilidade. 3. Resultados e Discussões Os resultados da análise de variância (Tabela 2) revelaram diferenças significativas entre os dezoito tratamentos que formam o grupo de rendimento acima da média obtida no ensaio, em relação aos demais, indicando a importância das diferenças genotípicas. O coeficiente de variação (cv) obtido foi de 19,3 % para rendimento de grãos, cuja produtividade média foi de 4.659 kg/ha. Ressalta-se que a média obtida de 4.659 kg/ha, em se tratando de variedades, é um resultado expressivo, pois os últimos registros de ensaios de híbridos duplos e simples modificado neste mesmo local, na safrinha de 2003, assinalaram média de 3.577 kg/ha e o experimento com híbridos simples e triplo alcançou a média de 4.802 kg/ha. Os resultados obtidos foram auspiciosos porque foi seguida a recomendação de plantio até 10 de março, conforme constatação de pesquisa (DARÓS et al., 1995). Observou-se um número expressivo de plantas acamadas e quebradas (Tabela 1), para as seguintes variedades: AL 30/40, AL Alvorada, AL Bandeirante, Sol da manhã, BRS Eldorado, MC 60, Missões, SC154 Fortuna, Fundacep 35, Fundacep 49, BR5011 Sertanejo e CMS 106. TABELA 1. Relação das variedades com as médias das variáveis avaliadas. AGRAER, 2008. Variedades(tr) fl (dias) ap (cm) ae (cm) pqa. + pqu sth (mil pl./ha) AL 30/40 (1) 53 167 80 13 45,14 3804 prod (kg/ha) AL Piratininga(2) 58 167 80 0 52,08 4346 AL Ipiranga(3) 60 163 81 0 47,92 3898 Al Alvorada(4) 55 166 82 15 51,38 4809 AL Bandeirante(5) 60 179 100 13 50,69 4097 Sol da manhã(6) 55 138 62 22 37,5 2767...continua 258

BRS Eldorado(7) 57 167 85 13 49,31 3037 MC 20(8) 57 155 76 11 45,83 3260 MC 60(9) 58 190 95 33 52,78 4505 UFV 8(10) 56 161 75 0 50,70 4613 UFV 7(11) 57 175 86 3 50,70 4716 UFV 6(12) 60 163 70 4 56,94 4692 SHS 3031(13) 52 169 91 6 56,25 5288 SHS 3035(14) 59 179 96 0 52,08 4904 BRS Planalto(15) 54 177 79 9 47,22 3780 Missões(16) 55 185 94 26 55,56 4441 SC154 Fortuna(17) 52 177 93 15 54,86 5636 CEPAF 2(18) 54 167 87 4 53,47 5453 Fundacep 34(19) 59 171 84 8 53,42 3887 Fundacep 35(20) 54 164 74 13 53,47 5476 Fundacep 49(21) 56 180 91 12 52,78 5578 PC 0402(22) 56 161 79 4 51,39 4875 IPR 114(23) 56 178 91 2 50,00 5447 CPATC 4(24) 61 170 76 1 53,47 4359 BR5011Sertanejo(25) 60 170 77 32 44,44 2538 CMS 108(26) 61 155 72 0 54,16 4844 BRS 2020(27) 55 183 86 1 55,56 6953 CMS 109(28) 54 156 66 1 52,78 5167 CMS 106(29) 60 147 67 16 41,67 3683 BRS 4103(30) 52 167 81 2 52,78 5816 CMS 101(31) 54 160 72 10 54,17 5009 CMS Caimbé(32) 59 156 69 1 53,47 4515 BR 473(33) 54 173 88 2 52,78 4485 Bio 2(34) 60 178 90 4 56,25 6130 CMS 111(35) 57 167 90 4 55,56 5478 CMS 105(36) 51 157 74 5 54,17 5446 Média 4.659 C.V.(%) 19,3 Obs: tr= tratamento 259

TABELA 2. Análise de variância da produtividade, do ensaio avaliação de variedades, conduzido em Campo Grande- MS, safrinha 2008. Tratamento Variedade Produtividade (kg/ha) Grupo 27 BRS 2020 6.953 a 34 Bio 2 6.130 a b 30 BRS 4103 5.816 a b c 17 SC 154 Fortuna 5.636 a b c 21 Fundacep 49 5.578 a b c 35 CMS 111 5.478 a b c 20 Fundacep 35 5.476 a b c 18 CEPAF 2 5.453 a b c d 23 IPR 114 5.447 a b c d 36 CMS 105 5.446 a b c d 13 SHS 3031 5.288 a b c d 28 CMS 109 5.167 a b c d e 31 CMS 101 5.009 a b c d e 14 SHS 3035 4.904 a b c d e f 22 PC 0402 4.875 a b c d e f 26 CMS 108 4.844 a b c d e f 4 AL alvorada 4.809 a b c d e f 11 UFV 7 4.716 b c d e f g 12 UFV 6 4.692 b c d e f g 10 UFV 8 4.613 b c d e f g 32 CMS Caimbé 4.515 b c d e f g 9 MC 60 4.505 b c d e f g 33 BR 473 4.485 b c d e f g 16 Missões 4.441 b c d e f g 24 CPATC 4 4.359 b c d e f g 2 AL Piratininga 4.346 b c d e f g 5 AL Bandeirante 4.097 b c d e f g 3 AL Ipiranga 3.898 c d e f g 19 Fundacep 34 3.877 c d e f g 1 Al 30/40 3.804 c d e f g 15 BRS Planalto 3.780 c d e f g 29 CMS 106 3.683 c d e f g 8 MC 20 3.260 d e f g 7 BRS Eldorado 3.037 e f g 6 Sol da Manhã 2.767 f g 25 BR5011 Sertanejo 2.538 g Obs: médias ligadas com uma mesma letra não são significativamente diferentes. 260

4. Conclusões As variedades com maiores produções de grãos foram: Bio 2 (6.130Kg/ha), BRS 4103 (5.816 kg/ha), SC 154 Fortuna (5.636 kg/ha), Fundacep 49 (5.578 kg/ha), CMS 111 (5.478 kg/ha), Fundacep 35 (5.476 kg/ha), CEPAF 2 (5.453 kg/ha), IPR 114 (5.447 kg/ha), CMS 105 (5.446 kg/ha), SHS 3031 (5.288 kg/ha), CMS 109 (5.167 kg/ha), CMS 101 (5.009 kg/ha), SHS 3035 (4.904 kg/ha), PC 0402 (4.875 kg/ha), CMS 108 (4.844 kg/ha), AL Alvorada (4.809 kg/ha), UFV 7 (4.716 kg/ha) e UFV 6 (4.692 kg/ha), indicando adaptabilidade específica para as condições ambientais observadas. 5. Referências BRUNINI, O. Probabilidade de cultivo do milho safrinha no Estado de São Paulo. In: SEMINÁRIO SOBRE A CULTURA DO MILHO SAFRINHA, 4., 1997, Assis. Resumos... Campinas: IAC/Centro de Desenvolvimento Agropecuário do Médio Vale do Paranapanema, 1997. p. 37-53. COGO, C. H. Perspectivas e tendências para o milho na região Sul e no Brasil. In: CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO, 19., 1992, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: SAA SCT ABMS, l992. DARÓS, R; OLIVEIRA, M.D.X.; ARIAS, E.R.A. Milho Safrinha - Época de Semeadura e Ciclo de Cultivares. Comunicado Técnico, 21. Campo Grande-MS: EMPAER-MS, 1996. 6p. DUARTE, A.P.; PATERNIANI, M.E.A.G.Z. (Coord.) Cultivares de milho no Estado de São Paulo: resultados das avaliações regionais IAC/CATI/EMPRESAS 1997/98. Documentos IAC, 62. Campinas: Instituto Agronômico, 1998. 81p. FANCELLI, A.L. A cultura do milho safrinha. Fisiologia das plantas de milho em condições de safrinha. In: Seminário Nacional de Milho Safrinha, 6., 2001, Londrina. Anais... Londrina: IAPAR, 2001. FORNASIERI FILHO, D. A cultura do milho. Jaboticabal, FUNEP, 1992. 273p. GERAGE, A.C.; BIANCO, R. A. A produção de milho na safrinha. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.14, p.39-44, 1990. GERAGE, A.C. et al. A cultura do milho safrinha. Cultivares. In: Seminário Nacional de Milho Safrinha, 6., 2001, Londrina. Anais... Londrina : IAPAR, 2001. p.32-44. IBGE. Milho 2a safra. Campo Grande, DIPEQ-MS. GCEA-MS, LSPA. 2008. 2p. INMET. Normais Climatológicas 1961 a 1990. INMET. Brasília, 1992. 261