SEROEPIDEMIOLOGICAL STUDY OF LEISHMANIASIS AND CHAGAS DISEASE IN A RURAL COMMUNITY IN THE SOUTH OF MATO GROSSO DO SUL BRAZIL

Documentos relacionados
SOROEPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGAS NO PORTO FIGUEIRA DISTRITO DE ALTO PARAÍSO - PARANÁ

do Vale do Araguaia UNIVAR - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA HUMANA NO MUNICÍPIO DE GENERAL CARNEIRO MATO GROSSO

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

Trypanosoma cruzi Doença de Chagas

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NA PARAÍBA: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA

Palavras-chave: canino, tripanossomíase, Doença de Chagas Key-words: canine, trypanosomiasis, chagas disease

Palavras- chave: Leishmaniose; qpcr; cães. Keywords: Leishmaniases; qpcr; dogs.

Levantamento das espécies de triatomíneos envolvidos na transmissão da Doença de Chagas no município de Arapiraca-AL

Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana no estado do Rio de Janeiro 01/01/2007 a 07/11/2017

Nota Técnica nº 13 LEISHIMANIOSE VICERAL

CISTICERCOSE BOVINA EM PROPRIEDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA-MG: INVESTIGAÇÃO E FATORES DE RISCO

Agente etiológico. Leishmania brasiliensis

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Leishmaniose visceral canina no município de São Vicente Férrer, Estado de Pernambuco, Brasil

NOVO CONCEITO. Nova proposta para a prevenção da Leishmaniose Visceral Canina UMA DUPLA PROTEÇÃO PARA OS CÃES. CONTRA O VETOR E O PATÓGENO!

Soroprevalência da doença de Chagas em crianças em idade escolar do Estado do Espírito Santo, Brasil, em

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA HUMANA NOS MUNICÍPIOS DE CAMPINÁPOLIS, GENERAL CARNEIRO, NOVA XAVANTINA E NOVO SÃO JOAQUIM EM MATO GROSSO

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

Simone Baldini Lucheis

CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NA PARAÍBA

Aprimorando em Medicina Veterinária, Fundação Educacional de Ituverava Faculdade Dr. Francisco Maeda (FAFRAM),

29º Seminário de Extensão Universitária da Região Sul A LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA EM PACIENTES DA 13ª REGIONAL DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ

Módulo: Nível Superior Dezembro/2014 GVDATA

Inquérito domiciliar de basepopulacional. infecção pelo vírus do dengue em três áreas do Recife.

AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO DA POLPA DE AÇAÍ E DO CALDO DE CANA-DE-AÇÚCAR PELO Trypanosoma cruzi EM PALMAS TO

RESUMOS DE PROJETOS

PADRÃO ESPACIAL DE RISCO PARA DOENÇA DE CHAGAS EM ÁREA RURAL DO MUNICÍPIO DE RUSSAS- CEARÁ, 2007.

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Disponível em: <

OCORRÊNCIA DE DOENÇA DE CHAGAS AGUDA NAS DIFERENTES MACRORREGIÕES DO BRASIL: AINDA UMA REALIDADE APÓS CENTENARIO DE SUA DESCRIÇÃO

PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA MEDICINA VETERINÁRIA

Leishmaniose Tegumentar Americana no Estado de São Paulo: Situação Epidemiológica

DISTRIBUIÇÃO DA HEPATITE B NA PARAÍBA: ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS PELO SINAN

Transmissão vetorial da doença de Chagas em Mulungu do Morro, Nordeste do Brasil

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HEPATITE A NOTIFICADOS EM UM ESTADO NORDESTINO

Palavras-chaves: Doença cutânea, mosquito-palha, doenças tropicais, Leishmania.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INDIVÍDUOS COM MALÁRIA NA CIDADE ESPIGÃO DO OESTE/RO NO PERÍODO DE 2007 A 2016

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE LEISHMANIOSE EM HUMANOS E CÃES NO MUNICÍPIO DE MINEIROS GOIÁS

Maria Paula Scipioni Capiotti 2, Jaqueline Urban Moura 3, Renata Pereira 3, Juliana Fleck 4 e Daniela Bitencourt Rosa Leal 5 RESUMO

Relações Parasitas e Hospedeiros. Aula 06 Profº Ricardo Dalla Zanna

Doença de Chagas no Brasil. Chagas disease in Brazil

Semi-Árido (UFERSA). 2 Farmacêutico bioquímico, Mestre em Ciência Animal. UFERSA 3

INVESTIGAÇÃO SOROEPIDEMIOLÓGICA SOBRE A LARVA MIGRANS VISCERAL POR TOXOCARA CANIS EM USUÁRIOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE GOIÂNIA GO

Gênero Leishmania. século XIX a febre negra ou Kala-azar era temida na Índia. doença semelhante matava crianças no Mediterrâneo

Leishmanioses. Zoonoses e Administração em Saúde Pública Universidade Federal de Pelotas. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn

Levantamento epidemiológico da leishmaniose tegumentar na região Nordeste, Brasil, de 2001 a 2010

RESUMOS COM RESULTADOS ARTIGOS COMPLETOS (RESUMOS)

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE EM CÃES ERRANTES NO MUNICÍPIO DE IJUÍ RIO GRANDE DO SUL 1

ARS VETERINARIA,Jaboticabal,SP,v.24, n.3, , ISSN

Eficiência da PCR convencional na detecção de Leishmania spp em sangue, pele e tecidos linfoides

Vigilância Epidemiológica das Doenças Negligenciadas e das Doenças relacionadas à pobreza 2018

ASSOCIAÇÃO DA CARGA PARASITÁRIA NO EXAME CITOLÓGICO DE PUNÇÃO BIÓPSIA ASPIRATIVA DE LINFONODO COM O PERFIL CLÍNICO DE CÃES COM LEISHMANIOSE VISCERAL.

INFECÇÃO SIMULTÂNEA POR Leishmania chagasi E Ehrlichia canis EM CÃES NATURALMENTE INFECTADOS EM SÃO LUÍS, MARANHÃO, BRASIL

NÍVEL DE CONHECIMENTOS SOBRE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA) EM COMUNIDADE ACADÊMICA. - Brasil

Vigilância entomológica da doença de Chagas no Estado de São Paulo*

Comparação entre imunofluorescência indireta e aglutinação direta para o diagnóstico sorológico da leishmaniose tegumentar americana em cães errantes

Leishmaniose visceral: Complexidade na relação Homemanimal-vetor-ambiente

Leishmaniose. Família: Trypanosomatidae (da mesma família que o Trypanosoma cruzi, causador de Chagas).

Estudo do perfil clínico e epidemiológico da hanseníase no estado do Tocantins, no período de 2004 até os dias atuais

INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS NO BRASIL INCIDENCE AND PREVALENCE OF CHAGAS DISEASE IN BRAZIL

XI Encontro de Iniciação à Docência

CONHECIMENTO DOS MORADORES DA ÁREA DE INVASÃO MONTE DAS OLIVEIRAS (BOA VISTA-RR) SOBRE AS FORMAS DE TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO DA MALÁRIA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICÍPIO DE BARBALHA, CE

ANÁLISE DA SOROPREVALÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS EM UMA CIDADE DO NORTE DE MINAS GERAIS DURANTE O PERÍODO DE 2012 A 2014

Avaliação da Ocorrência de Anticorpos Anti-Brucella abortus em Caprinos da Região Semiárida do Estado de Pernambuco

O RISCO DA INFESTAÇÃO EM ASSENTAMENTOS E REASSENTAMENTOS DO PONTAL DO PARANAPANEMA-SP POR VETORES DA DOENÇA DE CHAGAS

Audiência Pública 17/08/2015. Projeto de Lei 1.738/2011

CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS

ESTUDO DE COMPARAÇÃO DA TENDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL, REGIÕES E ESTADOS, DE 1990 A 2012, POR SEXO E FAIXA ETÁRIA

TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES

Complexo Leishmania donovani Forte tendência a visceralização (baço, fígado, medula óssea e órgãos linfóides).

MORTALIDADE E LETALIDADE POR LEISHMANIOSE VISCERAL NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL

Anexo Parecer IEC

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C EM CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS EM GOIÂNIA, GOIÁS

Lucas B. S. De Oliveira¹; Pâmela K. F. De Souza¹; Sayd K. Silva¹; Vitor M. Ribeiro¹

Casos de FHD Óbitos e Taxa de letalidade

Resumo. Introdução. Raquel Martins LUCIANO 1 Simone Baldini LUCHEIS 1 Marcella Zampoli TRONCARELLI 1 Daniela Martins LUCIANO 1 Hélio LANGONI 1

14/06/12. Esta palestra não poderá ser reproduzida sem a referência do autor

ANEXO I DEMOSTRATIVO DE VAGAS POR CARGO, ÁREA DE ATUAÇÃO, PERFIL, ESCOLARIDADE EXIGIDA E LOCALIZAÇÃO

Laboratório de Parasitologia Veterinária, Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS- Campus Realeza- Paraná

INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 51 SEMANA EPIDEMIOLÓGICA (SE) 44/2016 (30/10/2016 A 05/11/2016) MONITORAMENTO DOS CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA EXPERIMENTAL - PGBIOEXP. [Autor] [Título]

Concepções e Formação continuada de Professores de ciências de Escolas Públicas de Dourados-MS sobre Educação Sanitária

Leishmaniose, controle e educação em saúde

PREVALÊNCIA E CONTROLE DE VETORES DA DOENÇA DE CHAGAS NA PARAÍBA

AVANÇOS NO COMBATE À LEISHMANIOSE EM CAMPO GRANDE, MS. Senhoras e senhores deputados,

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA: UMA ANÁLISE NO TERRITÓRIO DO RECÔNCAVO DA BAHIA

ANÁLISE ESPACIAL DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA (LVC) EM URUGUAIANA, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL ( ).

ESTUDO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL NA REGIÃO NORDESTE

Toxoplasma gondii em Tamanduá Bandeira (Myrmecophaga tridactyla, Linnaeus 1758) da região Noroeste do Estado de São Paulo

SITUAÇÃO ATUAL DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO DO CEARÁ

Risco da transmissão da Doença de Chagas por via oral

INFORME EPIDEMIOLÓGICO Nº 56 SEMANA EPIDEMIOLÓGICA (SE) 50/2016 (11/12/2016 A 17/12/2016) MONITORAMENTO DOS CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL

COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DOS MÉTODOS DE IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA E ELISA INDIRETO NO DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DA LEISHMANIOSE FELINA

RELAÇÃO ENTRE A FAIXA ETÁRIA DE TUTORES DE CÃES E GATOS E A PERCEPÇÃO DE ZOONOSES, EM BELÉM, PARÁ

PLANO DE DISCIPLINA SEMESTRE/ANO 2 /2016 PRÉ-REQUISITO(S) Alunos que estiverem trabalhando com leishmanioses terão prioridade.

AVALIAÇÃO EPIDEMIOLOGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NA CIDADE DE IMPERATRIZ, MARANHÃO. Natã Silva dos Santos 1 Graduando em Enfermagem

UTILIZAÇÃO DO ML FLOW PARA AUXÍLIO DIAGNÓSTICO E CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE HANSENÍASE NO RIO GRANDE DO SUL. UM ESTUDO DE CUSTO-EFETIVIDADE

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

was positive in 37 (55.2%) of 67 dogs. The results showed that human and canine ACL occur simultaneously

Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais IPEPATRO/FIOCRUZ. Ferida Brava (Leishmaniose): Conheça e Aprenda a se proteger

Transcrição:

LEVANTAMENTO SOROEPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR E DOENÇA DE CHAGAS EM UMA COMUNIDADE RURAL DA REGIÃO SUL DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL - BRASIL Nelton Anderson Bespalez Corrêa 1 Leonardo Garcia Velásquez 2 Joil Moreira Marques 3 Aristeu Vieira da Silva 4 CORRÊA, N. A. B.; VELÁSQUEZ, L. G.; MARQUES, J. M.; SILVA, A. V. Levantamento soroepidemiológico da Leishmaniose tegumentar e doença de chagas em uma comunidade rural da região sul do Estado do Mato Grosso do Sul - Brasil. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 15, n. 1, p. 23-28, jan./abr. 2011. RESUMO: A leishmaniose e a doença de chagas são zoonoses causadas por parasitas do gênero Leishmania e Tripanossomatidae, respectivamente. Dados da Organização Mundial da Saúde estimam que, para a leishmaniose, aproximadamente 12 milhões de pessoas estão infectadas e 350 milhões delas residem em áreas de risco, e para chagas 16 a 18 milhões os indivíduos infectados, e de aproximadamente 80 milhões a população em risco de contaminação da América Latina. Assim, o presente trabalho teve como objetivo verificar o perfil sorológico de indivíduos residentes em comunidade rural no município de Eldorado MS Brasil no ano de 2007. Para a pesquisa, foi empregada a reação de Imunofluorescência Indireta (IFI) para leishmaniose e IFI e ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay) para chagas em 73 amostras de soro humano. Os resultados obtidos demonstraram que não houve sorologia positiva nas amostras testadas. Portanto, é importante que trabalhos como este sejam realizados em áreas rurais, principalmente aquelas próximas à matas nativas e com populações oriundas de diferentes regiões do Brasil. PALAVRAS CHAVE: Leishmaniose tegumentar; Doença de chagas; Imunofluorescência indireta; ELISA. SEROEPIDEMIOLOGICAL STUDY OF LEISHMANIASIS AND CHAGAS DISEASE IN A RURAL COMMUNITY IN THE SOUTH OF MATO GROSSO DO SUL BRAZIL ABSTRACT: The leishmaniasis and the Chagas disease are zoonoses caused by Leishmania species and Tripanossomatidae respectively. Data from the World Health Organization estimate that, for leishmaniasis, about 12 million people are infected and 350 million of them live in risk areas, and for Chagas disease 16 million to 18 million infected individuals and about 80 million people at risk of contamination in Latin America. This study aimed to determine the serological profile of individuals that live in a rural community in Eldorado - MS - Brazil in 2007. In this research it was used the Indirect Immunofluorescence Assay (IFA) for leishmania and IFA and ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay) for Chagas disease in 73 human serum samples. The results showed no positive serology in the tested samples. It is important that these studies be conducted specifically in rural areas, especially those close to the native forests, and populations from different regions of Brazil. KEYWORDS: Cutaneous leishmaniasis; Chagas disease; Indirect immunofluorescence; ELISA. Introdução A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania, parasitas de células do sistema retículo endotelial, os quais, dependendo da espécie e da resposta imune do hospedeiro, podem agredir a pele, mucosa oral e respiratória. A transmissão ao hospedeiro deve-se à picada de várias espécies do inseto do gênero Lutzomya infectado. Além do homem, o cão também é hospedeiro dessa doença, principalmente em áreas endêmicas onde os flebotomíneos estão presentes no peridomicílio. Esta doença pode apresentar-se sob a forma visceral, quando causada pelas espécies L. chagasi e L. donovani, e também sob a forma tegumentar, quando as espécies infectantes forem: L. braziliensis, L. panamensis, L. guyanensis, L. amazonensis, entre outras (DEDET et al., 1999; FUNASA, 2000; GONTIJO; CARVALHO, 2003; HEPBURN, 2000; REY, 2001). Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), está distribuída em 88 países do mundo, dos quais 76 estão em desenvolvimento. Assim, percebe-se que esta enfermidade é um problema de Saúde Pública nos países pobres. Estima-se que existam aproximadamente 12 milhões de indivíduos infectados pela doença e que 350 milhões de pessoas vivam em áreas ditas de alto risco de contaminação e que a cada ano mais de um milhão de novos casos são notificados, dos quais aproximadamente 500 mil são relativos à forma visceral (MEDEIROS et al., 2005). Os principais focos da doença estão em países 1 Professor Adjunto do Curso de Farmácia da Universidade Paranaense UNIPAR Umuarama. Praça Mascarenhas de Moraes s/n. CEP. 87502-210. Umuarama PR. Tel. (44) 3621-2828. nelton@unipar.br 2 Professor Adjunto do Curso de Farmácia da Universidade Paranaense UNIPAR, Av.: Júlio Assis Cavalheiro, 2000 CEP: 85601-000 Francisco Beltrão PR. leo@unipar.br 3 Discente do Curso de Mestrado em Ciência Animal da Universidade Paranaense UNIPAR Umuarama. Praça Mascarenhas de Moraes s/n. CEP. 87502-210. Umuarama PR. Tel. (44) 3621-2828. joilmarques@gmail.com 4 Coordenador do Mestrado em Ciência Animal da Universidade Paranaense UNIPAR Umuarama. Praça Mascarenhas de Moraes s/n. CEP. 87502-210. Umuarama PR. Tel. (44) 3621-2828. aristeuvsilva@gmail.com Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 15, n. 1, p. 23-28, jan./abr. 2011 23

CORRÊA et al. da América do Sul, com destaque ao Brasil, Países do Oriente Médio e Índia (HEPBURN, 2003). A doença de chagas, causada pelo parasito Trypanosoma cruzi e transmitida por insetos das espécies Triatoma infestans, Panstrongylus megistus, Rhodnius prolixus, Triatoma dimidiata e Triatoma brasilienses conhecido popularmente no Brasil como barbeiro foi descoberta em 1909, na cidade mineira de Lassance, por Carlos Chagas, médico e pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz, que não só identificou uma nova enfermidade como caracterizou a doença e seu agente causador (ROSENBERG; GOLDEN, 1992; KROPF, 2005). Ainda é considerada uma endemia preocupante, uma vez que, 16 a 18 milhões de indivíduos podem estar acometidos na América Latina e de aproximadamente 8 milhões de pessoas sob risco de contaminação sendo que no Brasil estimam-se entre 1,8 a 2,4 milhões de indivíduos na fase crônica da doença (AKHAVAN, 1997; WHO, 1999; SCHMUNIS; DIAS, 2000). Entre as formas de diagnóstico da leishmaniose empregadas, tem-se a reação de IFI como uma importante ferramenta, já que métodos de pesquisa direta do parasita, como a visualização de formas amastigotas provenientes de materiais obtidos de lesão, apresentam baixa sensibilidade. (BADARÓ; REED, 2001). Na doença de chagas os testes sorológicos são amplamente utilizados, sendo os testes de referência a IFI e ELISA (FERREIRA; ÁVILA, 1994). Assim, buscou-se com este trabalho realizar um levantamento soroepidemiológico da leishmaniose tegumentar e doença de chagas em um assentamento rural localizado no município de Eldorado MS Brasil, para que se possa traçar a real situação da doença na região e assim estabelecer medidas de controle da mesma, caso sejam necessárias. Materiais e Métodos 1) Local de colheita e plano amostral: O município de Eldorado está localizado no Cone Sul do Estado do Mato Grosso do Sul, a 470 km de Campo Grande, Capital do Estado, com uma população de 11.934 habitantes (IBGE, 2007). Sua economia está voltada basicamente para a agropecuária. As amostras de sangue foram obtidas de 73 indivíduos, de ambos os sexos e diversas faixas etárias da comunidade rural Floresta Branca (23 0 46 02 sul e 54 0 22 20 oeste) do Município de Eldorado. Esta comunidade possui 185 propriedades, com um total 671 habitantes, com média de 3,67 habitantes por residência, a seleção destes moradores foi realizada em forma de sorteio, das propriedades existentes, foram sorteadas 20 propriedades sendo colhido o material de 100% dos residentes independente de sexo e idade. 2) Colheita de amostras: Amostras de sangue foram colhidas por punção venosa e acondicionadas em tubos de ensaio com tampa de borracha, devidamente identificados por um número de protocolo. Após a coleta as amostras foram encaminhadas ao laboratório de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública da Unipar onde foram centrifugadas a 1650 g por 15 minutos, e alíquotas de 1 ml de soro foram armazenadas em microtubos plásticos devidamente identificados. A seguir incubou-se as amostras a 56º C por 30 minutos e armazenou-as a -20ºC. 3) Pesquisa de Anticorpos: 3.1) Leishmaniose: As amostras foram submetidas à reação de IFI utilizando-se como antígenos formas promastigotas de L. braziliensis. Para realização do teste as amostras foram tituladas em: 1:20; 1:40; 1:80; 1:160; 1:320 e aplicadas sobre a lâmina. Utilizou-se como conjugado ant-igg humano fluoresceína Sigma sendo considerada como resultado a última diluição com fluorescência. As amostras com título iguais ou superiores a 1:40 foram consideradas como reagentes. 3.2) Chagas: Foram pesquisados anticorpos da classe IgG anti-trypanossoma cruzi através da técnica de IFI e ELISA, na diluição de 1:40, sendo que positividade nesta diluição ou superior foram consideradas positivas. 4) Questionário Sócio-Epidemiológico: Além do teste sorológico as pessoas envolvidos com a pesquisa responderam a um questionário sócio-epidemiológico. Os resultados obtidos foram tabulados utilizando-se o programa Epi Info. Resultados O presente trabalho analisou 20 propriedades situadas em uma comunidade rural no município de Eldorado MS. Foram coletadas amostras de sangue de 73 pessoas, das quais 32 (43,9%) eram do gênero feminino e 41 (56,1%) do gênero masculino, cinco pessoas não responderam o questionário. Os resultados obtidos mostraram que nenhuma sorologia foi positiva para as doenças pesquisadas. Já os resultados que demonstram o grau sócioeconômico e cultural demonstram a baixa escolaridade e a baixa renda da população estudada. 24 Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 15, n. 1, p. 23-28, jan./abr. 2011

Leishmaniose e chagas em uma comunidade rural. Tabela 1: Perfil Socioeconômico da população rural do sul do Mato Grosso do sul. Eldorado, MS, 2007. Nível Número de Pessoas Porcentual 1º grau completo 61 83,6% Grau de Escolaridade 2º grau completo 6 8,2% Analfabeto 6 8,2% Total 73 100% < 2 SM* 57 100% Renda Mensal DE 3 a 5 SM* 0 0% De 6 a 9 SM* 0 0% Acima de 10 SM* 0 0% Total 57 100% * Salário Mínimo vigente. Dado relevante observado neste trabalho foi em relação ao grau de conhecimento das pessoas estudadas com relação à leishmaniose e doença de chagas. Os resultados mostraram que das 68 pessoas que responderam o questionário a respeito deste assunto, 65 (95,5%) desconheciam a leishmaniose e somente 3 (4,4%) afirmaram conhece-la. Outro dado importante foi com relação às formas de aquisição da doença, em que 64 (94,1%), diziam desconhecer as forma de transmissão e apenas 4 (5,8%) conheciam as forma de transmissão da leishmaniose. Para a doença de chagas, observou-se que 12 pessoas (17,6%) conheciam o vetor da doença e 2 (2,9%) já tiveram algum tipo de contato com ele. Outro fato relevante foi que nenhuma das pessoas jamais realizou qualquer exame que verificasse a infecção das doenças estuda-las. Com relação ao aspecto moradia, o qual avaliou a proximidade às matas foi observado que, das 68 pessoas que responderam ao questionário, 67 (98,5%) relataram residir em proximidades de mata e, somente 1 (1,5%) afirmou estar longe delas. No entanto, quando questionados sobre o hábito de frequentar estes locais, 19 (28%) disseram que costumavam frequentá-las, enquanto que 49 (72%) responderam que não frequentavam. Os dados referentes ao conhecimento da doença, localidade da moradia com relação às matas e hábito de frequentar estes locais estão contidos na tabela 2. Tabela 2: Perfil de conhecimento a respeito da leishmaniose e doença de chagas, da população rural do sul do Mato Grosso do sul. Eldorado, MS, 2007. Conhecimento da doença Frequência positiva Frequência negativa % Frequência positiva Mora perto de alguma mata 67 1 98,5% Tem hábito de freqüentar matas 19 49 28% Conhece a leishmaniose 3 65 4,4% Já realizou exame para leishmaniose 0 68 0,0% Conhece alguém que já teve leishmaniose 4 64 5,9% Conhece como se adquire a leishmaniose 4 64 5,9% Conhece o bicho barbeiro 12 56 4% Já teve contato com o bicho barbeiro 2 66 2,9% Já realizou exames para doença de chagas 0 68 0,0% Já realizou transfusão de sangue 0 68 0,0% Tem algum parente com a doença de chagas 2 66 2,9% Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 15, n. 1, p. 23-28, jan./abr. 2011 25

CORRÊA et al. Discussão Foi observado que 95,6% da população estudada não apresentavam qualquer conhecimento sobre a leishmaniose, o que justifica a importância da realização de estudos epidemiológicos como este, já que este fato, aliado às condições de moradia (próximo às matas 98,5%) e, principalmente pelo hábito que alguns moradores demonstraram de adentrar nestes locais (28%), pode facilitar as condições de infecção pelo parasita, tal fato pode ser justificado por trabalhos relatados na literatura, como o realizado por Aparicio; Bitencourt, (2004), que relataram em estudo no interior de São Paulo a existência de relação entre os locais de infecção e a presença de matas no peridomicílio, o que aumenta a importância da realização de estudos na população residente nestas localidades. Em estudo realizado por Nunes et al (2006), em Varzelândia MG, foi verificado que, em uma população de 1253 pessoas, 68 apresentavam diagnóstico de leishmaniose tegumentar (5,8%). A reação de IFI foi realizada em 970 deles, dos quais 127 (13,1%) apresentaram títulos iguais ou superiores a 1:40. Gomes et al (1992) observaram em Pedro de Toledo e Miracatu SP, em estudo realizado em 273 pessoas no período de 1973 a 1984, uma soroprevalência de 10,2%, em que 22 delas apresentavam história ou cicatrizes compatíveis com a doença. Os mesmos autores ainda chamaram atenção para os baixos níveis de anticorpos encontrados. A incidência da leishmaniose tegumentar está diretamente relacionada com a presença do vetor no peridomicílio, e isso ocorre principalmente em localidades onde a residência se encontra próxima à matas nativas e margens de rios (REY, 2001), ou ainda em regiões onde o desmatamento é pronunciado (TEODORO et al., 2001). Assim, pode-se concluir que a população não esteja tendo contato com o vetor, pela ausência deles no peridomicílio, ou pela não infecção por parasitas do gênero Leihsmania. Da mesma forma, não foram encontrados resultados positivos para DC. Não obstante, o inquérito sorológico nacional da DC realizado no período de 1975/1980 a soroprevalência do Mato Grosso do Sul foi de 2,46% e a do Brasil de 4,2% (CAMARGO, et al., 1984). O risco de contração da DC está associado às precárias habitações nas áreas rurais, pois este inseto se aloja nas frestas das paredes de barro das casas de populações de nível socioeconômico baixo (KROPF, 2005). A inexistência de exames positivos na área estudada pode ser atribuída ao sucesso das medidas de controle dos triatomíneos domiciliados implementadas na década de 80, especialmente dirigidas para o T. infestans que era uma das espécies capturadas nos municípios do Estado do Mato Grosso do Sul. Sendo assim, entram em jogo prioritariamente fatores humanos e sociais, tais como a qualidade e o tipo de habitação, a ação antrópica sobre o ambiente e as migrações humanas, tudo isto sob forte influência de elementos de natureza política, econômica e cultural, em paralelo com as condições ecológicas e ambientais das diversas microrregiões das áreas endêmicas (DIAS, 1998). Dados recentes dos trabalhos de pesquisa e borrifação mostram que a investigação entomológica cobriu 516.884 vivendas em 639 municípios dos 459 programados pertencentes a área de T. infestans no país. Em relação ao tratamento químico, foram borrifadas um total de 25.887 domicílios (98,7% da meta programada) nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins. A situação do controle no Brasil se destaca com significativa redução triatomínico, com 10 estados brasileiros livres da transmissão vetorial da DC por esse vetor. O número de municípios com T. infestans caiu de 721, em 1983, para apenas 33 em 2002. A participação relativa de T. infestans no total de capturas, consideradas todas as espécies em 1983 era da ordem de 13,54% e, em 2002 foi de 0,53%. As taxas de infecção natural de T. infestans foram reduzidas de 8,4% (1983) a 1,2% em 2002 (INCOSUR, 2003). Os horizontes de uma vigilância epidemiológica no Brasil mostram-se cada vez mais vinculados à implementação e ao bom funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), com base na descentralização, na equidade, na universalidade, nas ações predominantemente em nível periférico e no controle social (DIAS, 1988). É importante ainda ressaltar que a melhor forma de se evitar a doença é a profilaxia relativa ao triatomíneo, evitando-se a contaminação neste estágio, pois como já elucidado depois do ser humano já contaminado, resta-se pouco a fazer, pois as drogas existentes no mercado dificilmente levam a cura da enfermidade, simplesmente melhoram a qualidade de vida do indivíduo, obrigando-o a submeter-se por tratamento pelo resto da vida. Conclusão Observou-se que a soroprevalência da leishmaniose tegumentar e DC na região foi nula, e que o conhecimento da população estudada ainda é peque- 26 Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 15, n. 1, p. 23-28, jan./abr. 2011

Leishmaniose e chagas em uma comunidade rural. no. Os indicativos da interrupção da transmissão vetorial, como a diminuição dos índices entomológicos, apontam para a necessidade de se reforçar os sistemas de vigilância existentes, com o objetivo de assegurar os resultados já alcançados. Com isso, ressalta-se a importância de se fazer estudos epidemiológicos em populações que residem em áreas com potencial de risco de contaminação. Instituição financiadora Unipar - Universidade Paranaense. Referências AKHAVAN D. Análise de custo-efetividade do programa de controle da doença de Chagas no Brasil. Relatório à FNS/MS, Brasil. Brasília, Mimeografado, 28 p. 1997. APARICIO, C.; BITENCOURT, M. D. Modelagem espacial de zonas de risco da Leishmaniose tegumentar americana. Rev. Saúde Pública, v. 38, n. 4, p. 511-516, 2004. BADARÓ, R.; REED, D. S. G. Leishmanioses. In: FERREIRAA, E. W.; ÁVILA, S. L. M. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e auto-imunes. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. p. 255-262. CAMARGO, M. E. et al. Inquérito sorológico da prevalência da infecção chagásica no Brasil 1975/1980. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 26, p. 192-204, 1984. DEDET, J. P. et al. The parasite. Clinics in Dermatology, v. 17, p. 261-268, 1999. DIAS, J. Rural resource development and its potential to introduce domestic vectors into new epidemiological situation. Rev. Argent. Micro, v. 20, p. 81-85, 1988. DIAS, J. et al. Esboço geral e perspectivas da doença de Chagas no Nordeste do Brasil. Cad Saúde Pub. v. 16, suppl 2, p. 13-34, 2000. DIAS, J. C. P. Problemas e possibilidades de participação comunitária no controle das grandes endemias no Brasil. Cad. de Saúde Pub. v. 14, p. 19-37, 1998. FERREIRA, A.; ÁVILA, S. L. M. W. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e auto-imunes. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994. FUNASA. Ministério da Saúde. Manual de controle da leishmaniose tegumentar americana. Brasília: Ministério, 2000. GONTIJO, B.; CARVALHO, M. L. R. Leishmaniose tegumentar americana. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 36, n. 1, p. 71-80, 2003. HEPBURN, N. C. Cutaneous leishmaniasis. Clinical and Experimental Dermatology, v. 25, p. 363-370, 2003. INCOSUR XIIa. Reunión Intergubernamental / Chagas, 2003 marzo de. Santiago, Chile, III. 2.3 Brasil. KROPF, S. P. Ciência, saúde e desenvolvimento: a doença de Chagas no Brasil (1943-1962). Tempo, Rio de Janeiro, n. 19, p. 107-124, 2005. MEDEIROS, I. M.; NASCIMENTO, E. L. T.; HINRICHSEN, S. L. In: HINRICHSEN, S. L. DIP - Doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. NUNES, A. G. et al. Aspectos epidemiológicos da Leishmaniose Tegumentar em Varzelândia, Minas Gerais. Cad. Saúde Pública, v. 22, n. 6, p. 1343-1347, 2006. REY, L. Leishmania e leishmaníases: os parasitos. In: REY, L. Parasitologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. p. 214-239. ROSENBERG, C.; GOLDEN, J. Framing disease. Studies in cultural history, New Brunswick/ New Jersey, Rutgers University Press, pp. xiiixxvi; idem, The tyranny of diagnosis: specific entities and individual experience. The Milbank Quaterly, v. 80, n. 2, p. 237-260, 1992. SCHMUNIS G. A.; DIAS J. C. P. La reforma del sector salud, descentralización prevención y control de enfermedades transmitidas por vectores. Cad Saúde Pub. v. 16, suppl 2, p. 117-123, 2000. TEODORO, U. et al. Freqüência da fauna de flebotomíneos no domicílio e em abrigos de animais Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 15, n. 1, p. 23-28, jan./abr. 2011 27

CORRÊA et al. domésticos no peridomicílio, nos municípios de Cianorte e Doutor Camargo Estado do Paraná Brasil. Revista de Patologia Tropical, v. 30, p. 209-230, 2001. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Chile and Brazil to be certified free of transmission of Chagas disease. TDR News. UNDP/WORLD/WHO/TDR: n. 59, p.10, June, 1999. a Recebido em: 20/11/2009 Aceito em: 14/02/2011 Received on: 20/11/2009 Accepted on: 14/02/2011 28 Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 15, n. 1, p. 23-28, jan./abr. 2011