Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada Universidade Federal da Paraíba apesb@terra.com.br ISSN (Versión impresa): 1519-0501 BRASIL



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Transcrição:

Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada Universidade Federal da Paraíba apesb@terra.com.br ISSN (Versión impresa): 1519-0501 BRASIL 2005 Maria Cristina de Oliveira Andrade Marques / Trícia Pires de Farias Paiva / Sônia Soares / Carlos Menezes Aguiar AVALIAÇÃO DA INFILTRAÇÃO MARGINAL EM MATERIAIS RESTAURADORES TEMPORÁRIOS - UM ESTUDO IN VITRO Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada, janeiro-abril, año/vol. 5, número 001 Universidade Federal da Paraíba Joao Pessoa, Brasil pp. 47-52 Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe, España y Portugal Universidad Autónoma del Estado de México

Artigo Original Avaliação da Infiltração Marginal em Materiais Restauradores Temporários - Um Estudo in vitro EVALUATION OF THE MARGINAL LEAKAGE IN TEMPORARY RESTORED MATERIALS - AN IN VITRO STUDY Maria Cristina de Oliveira Andrade MARQUES* Trícia Pires de Farias PAIVA* Sônia SOARES* Carlos Menezes AGUIAR** RESUMO A utilização de materiais restauradores temporários entre sessões é um dos fatores que determina o sucesso ou o insucesso do tratamento endodôntico, uma vez que minimiza a percolação de bactérias, toxinas, e outros fluidos bucais para o interior do sistema de canais radiculares, bem como dificulta o escapamento de medicamentos colocados na câmara pulpar. O presente estudo teve por objetivo avaliar a capacidade seladora de quatro materiais restauradores temporários: Bioplic, Coltosol, Ionômero de Vidro e Resina Composta fotopolimerizável. Cavidades de acesso coronário padronizadas (classe II) foram realizadas em quarenta e dois dentes pré-molares superiores humanos extraídos obtidos do Banco de Dentes Humanos da Faculdade de Odontologia da UFPE. Os espécimes foram restaurados temporariamente com os materiais estudados, termociclados a 125 ciclos de 5 a 55 C, com tempo de imersão de 15 segundos; após impermeabilização das raízes, foram corados em solução azul de metileno a 1%. Todos os seladores testados apresentaram infiltração coronária, sendo que o Coltosol e o Bioplic apresentaram comportamento homogêneo no que se refere ao grau de infiltração (p>0,05) e foram considerados mais eficazes do que a Resina Composta Híbrida e o Ionômero de Vidro, quando utilizados como material restaurador temporário. ABSTRACT The use of temporary restoration materials between sessions is one of the factors that determinate the success or the failure of the endodontic treatment, because it decreases the infiltration of bactéria, toxins and another oral fluids to the root canal system, and dificults the escapament of the medicaments that were on the pulp chamber. The aim of this study was to evaluate the sealing ability of these four temporary coronal filling materials: Bioplic, Coltosol, the glass-ionomer cement and the resin. Standardized coronal access cavities were prepared at 42 superior human pre molar extracted teeth (class II cavities) from the Theeth Bank of the Odontology Faculty of the UFPE. The teeth were restored using those temporary filling materials. Thermal cycling were applied on the samples through 125 thermal cicles from 5 to 55, with imersion time of 15 seconds; after the root impermeabilization, the teeth were flushed in 1% blue metilen solution. All tested materials at this study presented coronal microleakage, the Coltosol and the Bioplic presented homogeneous comportment (p>0.05) and were considered best sealers than the hybrid resin and the glass-ionomer cement, when used as temporary materials. DESCRITORES Restauração dentária temporária; Endodontia; Infiltração. DESCRIPTORS Dental restauration, Temporary; Endodontics; Leakage. * Mestrandas em Clínica Integrada do Curso de Odontologia da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. ** Professor Adjunto Doutor do Departamento de Prótese e Cirurgia Buco-Facial da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. 47

INTRODUÇÃO A utilização de materiais restauradores temporários entre sessões é um dos fatores determinantes ao sucesso do tratamento endodôntico. Esses materiais selam o elemento dentário, temporariamente entre sessões, prevenindo a entrada de fluidos bucais, microorganismos e outros produtos para o interior do canal radicular. Burger, Cooley e Garcia-Godoy (1992), avaliando o efeito dos tempos da termociclagem sobre a força de adesão dentinária, indicaram a realização de 125 ciclos térmicos de 5º - 55ºC, com tempo de imersão de 15 segundos. Já Beach et al. (1996) compararam, in vivo, a infiltração bacteriana dos materiais Cavit, IRM e TERM (resina Composta). Segundo esse estudo, o Cavit forneceu um selamento significativamente melhor do que os demais. Estudando as restaurações classe II, utilizando-se apenas cimento de ionômero de vidro ou cimento de ionômero de vidro associado à resina composta e ao adesivo dentinário, Yap et al. (1996), observaram que as restauradas apenas com o ionômero de vidro mostraram pouca ou nenhuma infiltração. De acordo com Siqueira Jr. (1997), quando um canal radicular é selado coronariamente, pode ser recontaminado e reinfectado pela infiltração do selador temporário. Bramante, Berbert e Bernardinelli (1997) testaram a hemerticidade dos materiais temporários através da penetração de radioisótopos; Mayer e Eickhol (1997), examinaram através de penetração de corante. Imura et al. (1997) utilizaram bactérias da saliva como marcadores biológicos. Uranga et al. (1999) utilizaram a penetração de corante para avaliar o selamento marginal de materiais restauradores, evidenciando maior grau de infiltração quando empregaram Cavit e Fermit. Para Gilbert et al. (2000), a utilização de um teste por corante seguido por um teste bacteriano é mais eficaz do que o teste bacteriano isolado. Pisano et al. (1998) avaliaram a microinfiltração coronária do Cavit, IRM e o SuperEBA. No final de 90 dias, os resultados mostraram que 35% das cavidades seladas com IRM ou Super-EBA apresentaram infiltração marginal, enquanto apenas 15% das seladas com Cavit permitiram infiltração. Barthel et al. (1999), demonstraram que apenas o cimento de ionômero de vidro e o IRM com o cimento de ionômero de vidro, quando comparados com o Cavit, poderiam prevenir a penetração bacteriana para o periápice de dentes obturados após o período de um mês. Deveaux et al. (1999), avaliaram a infiltração marginal dos cimentos Cavit, IRM, TERM e Fermit. Os autores concluíram que, no grupo não termociclado, o Cavit foi mais resistente 48 que os outros cimentos até o segundo dia, e que o TERM e IRM até o sétimo dia. Fermit foi mais resistente que o IRM até o sétimo dia. No grupo termociclado, o Cavit, um material à base de sulfato de cálcio, foi mais resistente do que os outros cimentos até o sétimo dia, concluindo que a termociclagem afetou significativamente a infiltração. Liberman et al. (2001) testaram o IRM e o Cavidentim ( material à base de sulfato de cálcio pronto para uso), comparando-os quanto à microinfiltração, verificaram que os materiais à base de sulfato de cálcio deveriam ser utilizados quando não houvesse forças mastigatórias excessivas. Zaia et al. (2001) concluíram que nenhum dos materiais (IRM, Coltosol, Vidrion R e Scoth Bond) foram capazes de prevenir a microinfiltração em todos os espécimes. O Vidrion R e o Scoth Bond demonstraram piores resultados quando usados como barreiras para a microinfiltração coronária, enquanto que o IRM e o Coltosol foram significativamente melhores em prevenir a microinfiltração. Travassos et al. (2001) avaliaram a capacidade de vedamento marginal dos materiais seladores temporários Óxido de zinco e eugenol, Cavitec, IRM, Resina composta híbrida Suprafill e Ionômero de vidro- Vitremer, através da penetração de fucsina básica a 0,5%, após termociclagem. Os autores concluíram que o Vitremer e a resina Suprafill foram os seladores mais eficientes enquanto que o óxido de zinco e eugenol foi o menos eficaz. Balto (2002) avaliou a infiltração microbiana de Cavit, IRM e Dyract quando usados como materiais restauradores temporários após tratamento endodôntico. O IRM começou a infiltrar após 10 dias enquanto o Cavit e o Dyract infiltraram após duas semanas. Cruz et al. (2002) compararam as capacidades seladoras de materiais restauradores temporários (Fermin, Canseal, Caviton e Cavit) quanto à microinfiltração, aplicando a termociclagem e a ciclagem mecânica e utilizando a penetração do corante azul de metileno. O Fermin exibiu o melhor selamento seguido pelo Caviton e o Cavit. Tewari e Tewari (2002) utilizaram a penetração do corante azul de metileno a 2% para avaliar a microinfiltração coronária em cavidades de acesso endodôntico restauradas com materiais à base de óxido de zinco e eugenol. Os resultados indicaram que nenhuma das formulações de óxido de zinco e eugenol testadas poderiam produzir um selamento frente a penetração de fluidos até o quarto dia. Dezan Junior et al. (2002) salientaram a dificuldade que se tem em definir com precisão o significado biológico dos resultados obtidos em

trabalhos de infiltração marginal. Em vista do exposto o presente estudo propõese a avaliar a capacidade seladora dos materiais restauradores temporários Bioplic, Coltosol, ionômero de vidro e resina composta. METODOLOGIA Foram utilizados quarenta e dois dentes prémolares humanos extraídos com processo de rizogênese concluído, extraídos por diversos motivos, obtidos no Banco de Dentes da Faculdade de Odontologia da UFPE, armazenados em solução à base de formol a 10% até o momento de sua utilização. Os espécimes foram, então lavados em água corrente e preparadas as cavidades de acesso coronário padronizadas de classe II. As aberturas coronárias foram realizadas utilizando-se uma turbina de alta rotação sob refrigeração com brocas esféricas diamantadas 1014 HL (KG Sorensen Brasil) para a penetração inicial e com brocas diamantadas fissuradas para estender o preparo à conformação oclusal externa. Por conseguinte, todos os espécimes foram irrigados com solução à base de hipoclorito de sódio a 5% (Farmácia Roval-Recife/PE) a fim de remover o tecido pulpar remanescentes. As cavidades de abertura coronária preparadas foram secas com jatos de ar e, em seguida, colocadas pelotas de algodão sobre o assoalho da câmara pulpar. Uma sonda periodontal foi usada para medir a profundidade da abertura assegurando, assim, que esta possa comportar, ao menos, 4mm do material restaurador temporário. Após a abertura coronária dos elementos dentários, estes foram divididos aleatoriamente em quatro grupos de dez espécimes, a saber: Grupo I: os espécimes foram restaurados com Bioplic (Biodinâmica Ltda, Paraná) Grupo II: os espécimes foram restaurados com cimento de Ionômero de Vidro Vidrion R (SS White Artigos Dentários, Rio de Janeiro) Grupo III: os espécimes foram restaurados com Resina Composta Híbrida- TPH (Dentsply Ind. Com. Ltda, Petrópolis, Rio de Janeiro) Grupo IV: os espécimes foram restaurados com Coltosol (Coltene, Altsätten) Grupo V: um espécime que teve abertura coronária realizada, porém, não restaurado (controle positivo). Grupo VI: um espécime que não teve abertura coronária realizada (controle negativo). Preparo do Sistema Experimental Os materiais restauradores temporários, Bioplic, cimento de ionômero de vidro, resina composta e coltosol foram introduzidos incrementalmente dentro da cavidade de abertura coronária a partir do fundo com o auxílio de um instrumental plástico. Os espécimes foram armazenados em solução salina e incubados em estufa ; e, então, termociclados (125 ciclos térmicos de 5 a 55, com tempo de imersão de 15 segundos, de acordo com Burger et al. (1992). Os espécimes foram presos pela raiz em lâmina de cera de modo tal que apenas as coroas ficassem imersas na solução à base de azul de metileno 1% a uma temperatura de 37ºc por 7 dias, segundo a metodologia descrita por Cruz et al. (2002). Após esse período, foram lavados em água corrente e secos. Os espécimes foram seccionados em sentido mésio-distal ao longo do eixo longitudinal do dente com um disco diamantado em baixa rotação. Após o seccionamento, obtiveram-se duas faces do mesmo espécime, estas foram observadas através de um estereomicroscópio a uma magnitude de 50X. Em seguida, as imagens obtidas foram analisadas por três observadores independentes e previamente calibrados; os quais utilizaram os seguintes escores de acordo com o grau de infiltração coronária : 0 - Não infiltrado; 1 - Infiltrado até a junção amelo-dentinária; 2 - Infiltrado até a metade da câmara pulpar; 3 - Infiltrado até mais da metade da câmara pulpar. Análise Estatística Utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis para comparar os materiais. O teste de Comparações múltiplas de Conover foi utilizado para identificar os pares de materiais que apresentaram diferenças com relação ao grau de infiltração. Em todos os testes foi utilizado o nível de significância de 5%. RESULTADOS O Teste de Kruskal-Wallis mostra que o grau de infiltração não teve comportamento homogêneo entre os quatro tipos de materiais seladores (p=0,02). Na Tabela 1, observa-se a distribuição dos escores para avaliação do grau de infiltração por grupo de materiais restauradores. Através do procedimento de comparações múltiplas de Conover, verificou-se que: os materiais do grupo 1 (Coltosol) e do grupo 4 ( Bioplic) apresentaram comportamento homogêneo no que diz respeito ao grau de infiltração (p>0,05); os materiais do grupo 2 (ionômero de vidro - Vidrion R) e do grupo 3 (resina composta híbrida - TPH ) também apresentaram comportamento homogêneo no que diz respeito ao grau de infiltração (p>0,05). A comparação dos escores médios indica que a 49

infiltração observada nos materiais Coltosol (grupo1) e Bioplic (grupo 4) foi menor do que a observada nos materiais ionômero de vidro- Vidrion R (grupo 2) e resina composta híbrida TPH (grupo 3). Tabela 1 - Distribuição dos escores por grupo. Escore GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 4 Total 1 2 0 0 4 6 2 2 0 0 0 2 3 6 10 10 6 32 Total 10 10 10 10 40 DISCUSSÃO Em certas situações, como por falta de tempo, fadiga do paciente, complicações endodônticas ou inexperiência do profissional, um selamento provisório é necessário na câmara pulpar, para proteção da medicação intracanal entre sessões. Para Siqueira Jr. (1997), quando um canal radicular pode ser recontaminado e reinfectado entre as sessões de tratamento por vários meios; entre eles: microinfiltração através do material selador temporário; degradação ou fratura do material selador temporário, podendo ameaçar o sucesso da terapia endodôntica. sessões. Segundo Cruz et al. (2002), os materiais seladores provisórios devem vedar temporariamente o dente, prevenindo a penetração de fluidos, microorganismos e seus subprodutos para o interior do sistema de canais radiculares, no entanto, no presente estudo, todos os materiais testados apresentaram certo grau de infiltração coronária. Porém, o Coltosol e o Bioplic foram os que apresentaram menor grau. A capacidade seladora dos materiais empregados como restauradores provisórios entre sessões endodônticas, tem sido testada frente a penetração de radioisótopos (BRAMANTE; BERBERT; BERNARDINELLI, 1997), corantes (PINHEIRO et al. 1997; URANGA et al. 1999; UCTASLI; TINA 2000; TRAVASSOS et al.. 2001; TEWARI e TEWARI 2002; CRUZ et al. 2002) e microorganismos (BEACH et al. 1996; IMURA et al. 1997; PISANO et al. 1998; BARTHEL et al. 1999; DEVEAUX et al. 1999; BALTO 2002). Para Gilbert, Witherspoon e Berry (2000), os testes de microinfiltração bacteriana e por corantes com relação a um determinado material selador apresentaram variação considerável. Dezan Júnior et al. (2002) salientaram que a dificuldade que se tem em definir com precisão o significado biológico dos resultados obtidos nos estudos de microinfiltração ocorre devido ao maior peso molecular das endotoxinas bacterianas com 50 relação ao peso do corante azul de metileno que é menor. Quando medida diretamente a penetração da endotoxina é insignificante e penetra no canal radicular menos freqüentemente e em menor extensão do que o azul de metileno. Resolveu-se adotar a metodologia que emprega a infiltração de corantes neste estudo uma vez que comparou-se quatro materiais seladores diferentes objetivando saber qual deles tem a melhor propriedade hermética e não o tempo necessário para ocorrer a recontaminação, sendo empregado como corante o azul de metileno a 1% (CRUZ et al. 2002). A escolha dos materiais deu-se em função daqueles que são relativamente empregados pela maioria dos profissionais, tais como: o Coltosol, constituído basicamente por óxido de zinco, sulfato de zinco e sulfato de cálcio; a Resina Composta Híbrida sem associação do sistema adesivo; o Ionômero de Vidro; bem como o Bioplic, um material restaurador provisório à base de BIS-GMA, dióxido de silício, grupos de metacrilato e carga orgânica, ainda pouco pesquisado quanto à sua capacidade seladora. No presente estudo verificou-se a infiltração de corante azul de metileno em cavidades de classe II, de acordo com o experimento de Yap et al. (1996), uma vez que a maioria dos dentes submetidos à terapia endodôntica apresentam-se destruídos e com comprometimento das faces proximais; o acesso endodôntico foi realizado em dentes pré-molares superiores extraídos, procurando desenvolver in vitro condições próximas ao que ocorre clinicamente. Os corpos de prova foram termociclados de acordo com Burger, Cooley e Garcia-Godoy (1992); Mayer e Eickhol (1997); Fox e Gutteridge (1997); Dezan Junior et al. (2002). Foram realizados 125 ciclos térmicos de 5 a 55 C, com tempo de imersão de 15 segundos (Burger, Cooley e Garcia-Godoy, 1992). A termociclagem foi utilizada neste experimento, pois segundo Deveaux et al. (1999) a termociclagem afeta significativamente a infiltração. Dentre os materiais testados, o grau de infiltração quando utilizou-se o Coltosol e o Bioplic foi inferior quando comparado ao grau de infiltração do Ionômero de Vidro e da Resina Composta Híbrida, em concordância com o trabalho de Zaia et al. (2001), no qual o Coltosol foi capaz de impedir a microinfiltração tendo o Ionômero de Vidro e a Resina Composta apresentado os piores resultados, enquanto que o Coltosol foi considerado como melhor material selador. Navarro et al. (1994), ainda, constataram que quando ocorrem mudanças térmicas, durante a termociclagem, a resina composta se dilata e se contrai numa proporção maior do que o dente. No entanto, para Liberman et al. (2001), o estudo quanto à infiltração de

Coltosol, sem referência de forças mastigatórias, teria seu valor limitado. Segundo Travassos et al. (2001), o sulfato de cálcio, no ambiente bucal, expande-se, mas, quando desidratado, contraise, ou seja, ocorre uma perda de água ocasionada por variações térmicas determinadas na termociclagem, o que conduziria à infiltração do material restaurador que contenha o sulfato de cálcio na sua composição. Pesquisas realizadas por Barthel et al. (1999) e Uranga et al. (1999), diferem dos resultados do presente estudo, pois aqueles autores concluíram que a resina composta e o ionômero de vidro se mostraram efetivos para minimizar a microinfiltração coronária. Esta divergência provavelmente ocorreu devido às variações das metodologias empregadas principalmente com relação à seleção dos dentes, aos ciclos de termociclagem utilizados no referido trabalho, bem como ao emprego da resina composta e do ionômero de vidro sem as devidas exigências técnicas, uma vez que havia na cavidade de acesso endodôntico pelota de algodão estéril contendo a medicação intracanal, não sendo realizada a prévia utilização do condicionamento ácido e sistema adesivo no caso das resinas compostas, nem o condicionamento necessário para a utilização do ionômero de vidro. CONCLUSÕES Com base na metodologia empregada e nos resultados obtidos, pode-se concluir que: 1) Todos os materiais testados apresentaram certo grau de infiltração coronária. Do total de quarenta espécimes, 15% apresentou grau de infiltração1; 5% apresentou grau de infiltração 2; 80% apresentou grau de infiltração 3 e nenhum espécime apresentou grau de infiltração 0; 2) O Coltosol e o Bioplic foram melhores seladores do que a Resina Composta Híbrida e o Ionômero de Vidro; 3) O Coltosol e o Bioplic apresentaram comportamento homogêneo quanto ao grau de infiltração. REFERÊNCIAS BALTO, H. An assessment of microbial coronal leakage of temporary filling materials in endodontically treated teeth. J Endod, Baltimore, v. 28, n. 11, p. 762-764, Nov. 2002. BARTHEL, C. R. et al. Leakage in roots coronally sealed with diferent temporary fillings. J Endod, Baltimore, v. 25, n.11, p. 731-734, Nov. 1999. BEACH, C. W. et al. Clinical evaluation of bacterial leakage of endodontic temporary filling materials. J Endod, Baltimore, v. 22, n. 9, p. 459-462, SepT.1996. BRAMANTE, C. M.; BERBERT, A.; BERNARDINELLI, N. 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