INSERÇÃO SOCIAL DOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO A PARTIR DO TRABALHO ASSALARIADO. Camila Thais Vieira (PIBIC) Antonio Costa Gomes Filho (Orientador), e-mail: antoniocostapg@gmail.com Universidade Estadual do Centro-Oeste, PR.. Palavras-chave: Tecnologias Assistivas, Acessibilidade, Competências. Resumo A inserção social de pessoas com deficiência visual na sociedade como um todo tem sido preocupação de instituições governamentais, religiosas, dentre outras. O assunto também está presente no estudo das empresas, pois que a responsabilidade social é inerente às mesmas. A inserção social das pessoas com deficiência visual nas empresas faz parte da política de gestão de pessoas, situação em que muitas empresas são mais sensíveis ao tema que outras. Este trabalho de pesquisa se propõe a estudar o problema da inserção social de portadores de deficiência visual na cidade de Pitanga-Pr. Os procedimentos utilizados envolvem buscas em sites próprios para pesquisa acadêmicas, download de resumos, seleção dos documentos principais em conjunto com orientador e fichamento, elaboração de questionários e pesquisa de campo nas empresas, com coleta de dados in loco. O resultado parcial é a composição do referencial teórico e a tabulação parcial dos questionários coletados junto às empresas. Introdução Embora o acesso ao emprego seja uma forma de valorização econômica, social ou no ponto de vista produtivo para a pessoa portadora de deficiência, ela continua sendo estigmatizada ao desempenhar, em muitos casos, funções aquém da sua capacidade intelectual e produtiva. Dentre os tipos de deficiência, encontra-se a pessoa com deficiência visual, que pode ser aquela com baixa visão ou totalmente cega. A pessoa cega percebe o mundo através dos sentidos remanescentes (o tato, a audição, o paladar e o olfato). Esses sentidos possibilitam que as sensações do mundo cheguem a ela de outra forma.. Propiciar a condição para que o deficiente visual viva do seu próprio trabalho assalariado é mais que uma questão legal, garantida pela lei n 8.213/91, em seu Art. 93, posteriormente regulamentado pelo Art. 36 do Decreto n 3.298/99, e que imputa às empresas a reserva de vagas (cotas) na contratação de percentuais de pessoas com deficiência.
Dessa forma, o pressuposto desta pesquisa é o de que as organizações não devem tratar o portador de deficiência visual como um ser humano incapaz, delegando a ele funções aquém da sua capacidade intelectual. Provido do ambiente adequado ele pode ser tão produtivo quanto uma pessoa não portadora de deficiência visual. O presente projeto tinha por objetivo estudar o problema da inserção social de portadores de deficiência visual na cidade de Pitanga-Pr, identificando seu perfil, estudando uma amostra de empresas e seu processo utilizado, desde a seleção até o treinamento dos portadores de deficiência visual para as atividades que os mesmos possuam habilidades e competências necessárias. Materiais e métodos O presente trabalho possui fases da pesquisa, a primeira fase é um levantamento bibliográfico, em que são consultadas e analisadas fontes secundárias de informação, como documentos e artigos eletrônicos. A segunda fase consiste na pesquisa de campo: na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que se presumem relevantes para analisá-los. A pesquisa de campo é utilizada quando há a necessidade de se obter informações sobre um determinado problema, o qual se procura uma resposta, hipótese, novos fenômenos ou as relações existentes entre eles. (MARCONI e LAKATOS, 2005) A pesquisa é de caráter exploratório, pois são aplicadas técnicas de coleta de dados para levantar variáveis qualitativas que compõem o processo de inserção social dos deficientes visuais no mundo do trabalho assalariado. As técnicas poderão ser entrevistas com gestoras de programas de inserção social existente nas empresas e ou questionários preliminarmente elaborados. Resultados e Discussão O índice brasileiro estimado no caso de deficientes visuais é de aproximadamente 4% da população, transportando para as 163 empresas locais, esperava-se encontrar na cidade de Pitanga o equivalente a aproximadamente 6 portadores de deficiência visual, relacionado ao número médio esperado. No entanto foram encontrados 4 pessoas com deficiência visual atuando nessas empresas, ou seja, abaixo da média nacional. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2014, foi efetuada pesquisa de campo com essas 4 pessoas, sendo uma do sexo feminino e as outras três do sexo masculino, duas pessoas com idade entre 14 e 35 anos e duas entre entre 36 e 57. Os quatro entrevistados trabalham com carteira assinada, e os resultados parciais foram: Condição visual: 1 com visão monocular; 2 utilizam óculos; 1 tem visão monocular e utiliza óculos.
Portador de necessidade especial desde: 2 não responderam; 1 desde que nasceu; 1 adquiriu em um tipo de acidente. Quanto à profissão: 1 é atendente de farmácia, 1 é foguista de forno cerâmico (olaria); 1 é eletricista; 1 é micro empresário. Sente valorizado no trabalho: 3 sim; 1 deixou em branco. Grau de escolaridade: 3 ensino médio; 1 fundamental. Conclusões Levando em conta a coleta dos artigos, o levantamento e fichamento bibliográfico feitos inicialmente na pesquisa, traduzem o estado da arte e descrevem bem sobre a importância da inserção social de portadores de deficiência visual. A tabulação inicial e questionário aplicados no município de Pitanga PR, foram essenciais para analisar o perfil dos candidatos, no entanto, ainda se faz necessário uma tabulação e interpretação mais aprofundada dos dados e a divulgação dos resultados para a comunidade interessada no assunto. Conclui-se que o trabalho executado teve importância ao discorrer sobre o tema proposto na pesquisa, em forma de referencial teórico e, ao trabalhar o perfil dos portadores de deficiência visual na cidade de Pitanga-Pr, local de realização da pesquisa. Contemplando os objetivos traçados para este relatório. Agradecimentos Deixo meus agradecimentos primeiramente ao professor orientador Antonio Costa Gomes Filho que acreditou e dispôs seu tempo e estudos orientando este trabalho, agradeço aos entrevistados que dispuseram tempo e boa vontade para responder ao questionário. E a todos que de certa maneira influenciaram, auxiliaram neste trabalho.
Referências BUDANT, Marcello. Benefício assistencial: análise crítica de questões atuais. Curitiba, 2011.. Disponível em: <http://www. Scirus. Com.br >. acesso em: outubro de 2013. CASA CIVIL. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm>. Acesso: março, CASA CIVIL. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7853.htm>. Acesso: março, CASA CIVIL. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso: março, CASELLI, Brígida Carla Almeida. Acesso à informação digital por portadores de necessidades especiais visuais: estudo de caso do Telecentro Acessível de Taguatinga. 2007. 106 f. Dissertação( Mestrado em Ciência da Informação)- Universidade de Brasília, Brasília. 2007. DIAS, Bárbara Camboim Dentzien. Inclusão de pessoas portadoras de deficiência: um tipo de responsabilidade social. Porto Alegre, 2008. Disponível em: <http://www. Scirus. Com.br >. acesso em: LARA, Fernando Luiz. Estigma social da deficiência e da surdez no emprego: um estudo sobre a experiência do Sistema Federação das Industrias do Paraná Sistema FIEP. 2012. 202f. Dissertação(Doutor em Ciências Sociais) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo. 2012. MARTINI, Vanessa. A inclusão da pessoa com deficiência no mercado formal de trabalho: por uma sociedade que aceite as diferenças. Curitiba, 2006.. Disponível em: <http://www. Scirus. Com.br >. acesso em: SANTOS JÚNIOR, Zulmar Jofli dos. A acessibilidade como veículo de inclusão social: proposta de dispositivo computacional para os deficientes visuais da cidade de Natal/ RN. 2009. 110 f. Dissertação( Mestrado)- Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal. RN. 2009. SILVEIRA, Cíntia Murussi. Professores de alunos com deficiência visual: saberes, competências e Capacitação. Porto Alegre.2010 TOMITA, Bruna Mayumi. A inclusão social das pessoas com deficiência nas empresas privadas. Curitiba, 2011. Disponível em: <http://www. Scirus. Com.br >. acesso em: YOSHIDA, Camila Sayuri. A incorporação da convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência na normativa nacional e a tutela desses direitos em âmbito trabalhista. Curitiba, 2012 Disponível em: <http://www. Scirus. Com.br >. acesso em: