PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO PROJETO DE EXTENSÃO: CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL VOLTADA PARA PACIENTES PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS.

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Transcrição:

PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO PROJETO DE EXTENSÃO: CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL VOLTADA PARA PACIENTES PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS. OLIVEIRA, Adna Carolina Marques de 1 ; BARBOSA, Danilo Batista Martins 2 ; RODRIGUES, Tânia Lemos Coelho 3 ; FALCÃO, Paulo Germano de Carvalho Bezerra 3 ; BAGGIO, Theodoro Carvalho 4 1 Extensionista bolsista; 2 Professor orientador; 3 Professor colaborador; 4 Médico anestesista colaborador Centro de Ciências da Saúde/ Departamento de Clínica e Odontologia Social/ PROBEX. RESUMO O Projeto Cirurgia Buco-Maxilo-Facial voltada para pacientes portadores de necessidades especiais busca oferecer atendimento cirúrgico-odontológico a pacientes com necessidades especiais, que necessitem que seu atendimento seja realizado em um ambiente hospitalar, sob anestesia geral. Os pacientes atendidos também são avaliados por uma equipe multiprofissional, dependendo de suas necessidades, garantindo aos mesmos um tratamento seguro e confortável. Dessa forma este trabalho tem o objetivo de determinar o perfil dos pacientes que estão sendo atendidos pelo projeto, podendo dessa forma atuar de forma mais direcionada para atender a demanda existente. PALAVRAS-CHAVES: Odontologia, Cirurgia Bucomaxilofacial, Pacientes Especiais. INTRODUÇÃO Paciente portador de necessidades especiais (ppne) são denominados aqueles que sob os prismas antropológico, cultural e psicológico para sua identificação, como aquele indivíduo que não se adapta física, intelectual ou emocionalmente aos parâmentros normais, considerando os padrões de crescimento, desenvolvimento mental e controle emocional, além dos relacionados à conservação da saúde (Sampaio,2004). Com isso, eles passarão a merecer cuidados especializados, estruturalmente diferentes daqueles dedicados aos indivíduos comuns, bem como atendimento adequado à sua realidade, conforme o grau de acometimento atestado (ROSA; RIBEIRO, 1992). A situação desses indivíduos, no tocante à sua situação física e reabilitação, está contemplada pelas políticas públicas de saúde no âmbito da medicina. Entretanto, no que tange o contexto odontológico, onde há necessidade de adequação de manobras, equipamentos, conceitos e qualificação técnica do pessoal envolvido, as instituições públicas de saúde não conseguem alcançar a problemática observada (RAVAGLIA, 1997). O tratamento adequado para pessoas com necessidades especiais deve ter como

meta eliminar ou contornar as dificuldades existentes em função de uma limitação, seja ela de ordem mental, física, sensorial, comportamental ou de crescimento (Guedespinto, 1998). Indivíduos com problemas psicomotores despertam grande interesse no contexto odontológico. Eles frequentemente desenvolvem tal acometimento a nível bucal que vem a comprometer seriamente os dentes, provocando sua perda precoce. (BRASIL, 1993). Esses pacientes geralmente não detêm habilidade física para exercer uma higiene oral satisfatória, ao passo que a limitação intelectual é frequentemente fator dificultante para que outras pessoas a façam, ao menos de maneira adequada. Isso pode-se creditar ao fato de ser comum se encontrar indivíduos agressivos ou portadores de movimentos involuntários e desordenados, dificultando a higienização. Outra situação possível é aquela em que os pacientes apresentam alguma autonomia e independência, mas seus cuidadores se mostram negligentes em relação aos cuidados orais (MARTENS et al. 2000). Aliado a isso, temos um grande número de indivíduos de baixa renda contida nesse universo, quando o nível cultural precário exerce papel importante. No momento que o problema oral se instala, ele terá resolução mais difícil, pois o tempo de tratamento requerido é mais longo, e o número de sessões, maior, exigindo paciência e persistência por parte do profissional ocupado. Os pacientes de classes mais desfavorecidas ficam sem opção, sendo encaminhados para estabelecimentos da rede pública (MARTENS et al.2000). Entretanto, nem sempre é fácil encontrar locais com capacidade física e humana aptos a receber esse contingente. Observa-se também certa resistência dos profissionais em conduzir tal tipo de tratamento, quer seja por falha de conhecimento técnico acerca do manejo adequado ou por saber se tratar de casos mais prolongados e de resolutividade difícil. A forma de tratamento que o projeto vem oferecendo está ajudando a preencher um espaço existente nos serviços de saúde do estado da Paraíba. Dessa forma é de extrema importância traçar o perfil do paciente que vem sendo atendido pelo projeto, para atender de forma mais direcionada a demanda existente, oferecendo a estes pacientes um atendimento humanizado em um centro de referência para o tratamento cirúrgico-odontológico. DESENVOLVIMENTO O projeto de extensão Cirurgia Buco-Maxilo-Facial voltada para pacientes portadores de necessidades especiais teve inicio no dia 14 de junho, e os atendimentos ocorrem desde então no Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio Burity (Ortotrauma), nas sextas-feiras pela manhã. Do início do projeto até ao presente momento foram atendidos 13 pacientes, 62% correspondendo ao gênero feminino e 38% do gênero masculino. A idade dos pacientes variou de 5 a 53 anos. O que pode ser explicado pelo fato do projeto atender a

demanda no geral, sendo os mesmos crianças ou adultos. Em relação as deficiências encontradas temos: 3 casos de Deficiência Mental; 5 casos de Retardo Mental (sendo 2 casos diagnosticados como retardo leve, 2 como retardo inespecífico, 1 decorrente a problemas no parto); 1 caso de Síndrome Treacher- Collins-Franceschetti; 1 caso de Atraso Global de Desenvolvimento; 1 caso de Paralisia Cerebral; 1 caso de Atrofia Cerebral; 1 caso de Hemorragia Cerebral por trauma. Dos 13 pacientes atendidos até então: 11 são oriundos da cidade de João Pessoa; 1 de cajazeiras; 1 de Alhandra (cidades do estado da Paraíba). Desses pacientes 4 foram encaminhados do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) de Jaguaribe, pela Drª Sandra Aranha, 2 foram encaminhados da disciplina de Cirurgia Buco-maxilo-facial do curso de Odontologia da Universidade Federal da Paraíba(UFPB), pelo Dr. Danilo Batista, 1 foi encaminhado da FUNAD, os demais não há informações sobre seu encaminhamento. Realizamos nesses pacientes os seguintes procedimentos: Exodontias múltiplas em 12 pacientes; Gengivoplastia em 1 paciente. Lembrando que todos esses pacientes eram submetidos a exame clínico detalhado, para que dessa forma fosse observada a necessidade de realização de algum procedimento a mais do que já estava planejado. Dessa forma muitos desses pacientes foram submetidos a restaurações, raspagem supra e subgengival e aplicação tópica de flúor, visto que esses procedimentos não poderiam ser realizados sem que o paciente estivesse sob anestesia geral, já que os mesmos não eram colaboradores. Os tratamentos foram propostos de acordo com as alterações encontradas, sendo individualizados de acordo com as necessidades dos pacientes atendidos. As cirurgias ocorreram em bloco cirúrgico, sob anestesia geral e com entubação. A medicação profilática é feita se houver necessidade, havendo também medicação no pós operatório. Lembrando sempre que esses pacientes são acompanhados a todo momento por uma equipe multiprofissional. CONCLUSÃO Concluímos que o perfil do paciente que procura o serviço, é em sua maioria do sexo feminino, de idades variadas. A maioria dos pacientes é da cidade de João Pessoa pelo fato de o serviço ainda não possuir uma visibilidade a nível estadual. E no geral esses pacientes são submetidos à exodontias múltiplas sob anestesia geral e entubados. Podemos ver que o projeto está atuando como uma opção para suprir as necessidades dessa demanda de pacientes, que necessitam de um atendimento todo especial e multiprofissional, para garantir aos mesmos segurança e conforto durante o procedimento.

REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção à pessoa portadora de deficiência no Sistema Único de Saúde. p.48, 1993. GUEDES-PINTO, A.C. Odontopediatria, Editora Santos, 1988. MARTENS, L. et al., Oral higiene in 12 year- old disabled children in Flandres, Belgium, related to manual dexterity. Community Dentistry and Oral Epidemiology, v.28, p.73-80, 2000. Ravaglia, C. El problema de la salud bucodental de los pacientes discapacitados y especiales en América Latina. Revista Fola Oral. v.9, p.162-5, 1997. ROSA, M.S.L.; RIBEIRO, R.A. Clínica odontológica para pacientes especiais. Odontol Moderno. v.15, n.1, p.16-8, 1992. SAMPAIO, E.F; CÉSAR,F.N; MARTINS,M.G.A. Perfil Odontológico dos pacientes portadores de necessidades especiais atendidos no instituto de previdência do Estado do Ceará. RBPS 2004; 17 (3) : 127-134.