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Transcrição:

(0-200) CHEGADA DO NATAL MARCA INTERRUPÇÃO DA SEQUÊNCIA DE ALTAS NA CONFIANÇA DO COMÉRCIO O de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 99,1 pontos em dezembro, ante os 98,9 pontos observados em novembro. Na série com ajuste sazonal, o índice manteve-se estável, após registrar uma sequência de sete aumentos consecutivos. Houve redução na avaliação das condições correntes (-0,9%), estabilidade nas expectativas de curto prazo (0,0%) e pequeno aumento nas intenções de investimentos (+0,4%). Em relação a dezembro de 2015, o Icec aumentou 24,1%, sexta taxa positiva nesta base de comparação desde julho de 2013 e a maior já registrada. O índice, porém, ainda se encontra na zona negativa, abaixo do nível de indiferença (100 pontos), reflexo da contínua redução das vendas do varejo e da dificuldade de recuperação da atividade no setor no curto prazo. Evolução do de Confiança do Empresário do Comércio 120 110 100 90 80 70 60 ICEC ICEC com ajuste sazonal Confiança do Empresário do Comércio e Subíndices Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) 59,6-0,9% +58,1% Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) 149,2 +0,0% +23,8% Investimentos do Empresário do Comércio (IIEC) 88,5 +0,4% +8,8% ICEC 99,1-0,0% +24,1% 1

Icaec - Natal fraco: avaliação das condições correntes piora em dezembro O subíndice que mede as condições correntes (Icaec) do Icec alcançou 59,6 pontos na passagem de novembro para dezembro, queda de -0,9% na série que considera os ajustes sazonais. Após consecutivas e expressivas quedas, a avaliação das condições correntes vinha melhorando desde fevereiro deste ano, movimento que foi interrompido neste dezembro. No ano, o Icaec teve a quinta variação positiva (+58,1%), a maior da série histórica iniciada em março de 2011, a despeito de o índice base de comparação (dezembro de 2015) ter sido também muito baixo. ICAEC 59,6-0,9% +58,1% Economia 45,4-3,6% +153,8% Setor 59,0-0,7% +57,7% Empresa 74,3 +0,5% +28,7% A percepção dos varejistas quanto às condições atuais piorou em dezembro em relação à economia (-3,6%) e em relação ao desempenho do setor do comércio (-0,7%), enquanto melhorou em comparação ao desempenho da empresa (+0,5%). A proporção de comerciantes que avaliam as condições atuais da economia como piores é menor (e vem diminuindo), mas se mantém elevada: para 79,8% dos varejistas, a economia piorou em dezembro. Este percentual é mais baixo do que o observado em novembro (80,4%), e em dezembro de 2015 (95,7%) até então a taxa mais elevada da série histórica do indicador. A avaliação dos comerciantes relativa às condições atuais da economia brasileira vinha apresentando variações positivas desde janeiro, após atingir a mínima histórica em dezembro de 2015 (17,9 pontos). O índice, entretanto, interrompeu a sequência positiva, chegou a 44,5 pontos em dezembro, patamar significativamente maior do que em dezembro de 2015, mas bem abaixo do nível de indiferença (100 pontos). A percepção de que a crise econômica perdeu força está obscura, uma vez que os indicadores coincidentes continuam reportando perdas na atividade do comércio e no nível de atividade da economia como um todo. O volume de vendas do varejo restrito recuou novamente em outubro, -0,8%, e acumula queda de -6,7% no ano, de acordo com o IBGE. No conceito ampliado, as reduções foram de -0,3%, nona taxa negativa no ano, e de -9,3%. Em ambas as comparações, as 2

perdas superam os ritmos médios verificados ao longo de todo o ano de 2015 (-4,3% e -8,6%, respectivamente). IEEC: Estabilidade marca as expectativas para os próximos meses O de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) alcançou 149,2 pontos em dezembro, único subíndice do Icec acima do nível de indiferença (100 pontos). Na passagem mensal, as expectativas mantiveram-se estáveis (0,0%), enquanto aumentaram na comparação interanual (+23,8%), a sétima taxa positivanessa base de comparação. Variações positivas no ano não ocorriam desde julho de 2013. IEEC 149,2 +0,0% +23,8% Economia 143,5-0,1% +42,8% Setor 148,8-0,0% +21,2% Empresa 155,3 +0,1% +12,2% A evolução do IEEC entre novembro e dezembro foi determinada pela estabilidade nas perspectivas de curto prazo relativas aos três itens que compõem o subíndice. Na avaliação de 82,2% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos meses à frente, percentual abaixo dos 82,9% registrados em novembro, mas acima dos 80,2% observados em outubro. Esses resultados reforçam a ideia de que, no curto prazo, seguem ausentes fatores que indicam retomada da atividade do comércio, a despeito do crescimento das expectativas nos últimos meses.. A confiança dos consumidores parou de piorar, mas as condições do mercado de trabalho seguem desfavoráveis (desemprego médio elevado e fechamento líquido de postos de trabalho). Associam-se a isso o crédito caro e a restrição da renda das famílias (endividamento elevado), o que mantém a demanda em níveis baixos, dificultando a recuperação mais rápida do varejo. Por outro lado, a descompressão da inflação exerce influência positiva no comércio. 3

Desde o início do ano, vinha-se observando crescimento expressivo das expectativas dos comerciantes, o que respondeu pelo aumento da confiança dos varejistas, após o indicador ter atingido a mínima histórica no fim do ano passado. Entretanto, a evolução positiva não se traduziu em recuperação do setor, e, já no início deste último trimestre, o crescimento das expectativas começou a perder força. Considerando o desempenho do comércio varejista apontado na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, as estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para o volume de vendas do comércio em 2016 são de -6,5% no conceito restrito e de -9,5% no conceito ampliado. IIEC: Percepção sobre os estoques está pior na principal data para o varejo Em dezembro, o subíndice que mede as condições de investimentos do comércio (IIEC) registrou 88,5 pontos (+0,4%), influenciado por novo aumento nas intenções de contratação de funcionários (+0,6%) e pela alta nas intenções de investimentos na empresa (+1,3%). Por outro lado, piorou a avaliação dos estoques diante da programação das vendas (-0,6%). O IIEC cresceu 8,8% em relação a dezembro de 2015, quinto aumento anual desde janeiro de 2014. IIEC 88,5 +0,4% +8,8% Funcionários 110,2 +0,6% +19,5% Investimentos 70,3 +1,3% +7,2% Estoques 85,0-0,6% -1,5% Em dezembro deste ano comparativamente a dezembro de 2015, a intenção dos comerciantes em contratar funcionários está maior (+19,5%), sexta variação anual positiva também desde janeiro de 2014. O resultado favorável continua capturando o movimento de contratação de funcionários temporários para as festas de fim de ano. Apesar da estimativa de o volume de vendas ser menor neste Natal (a CNC projeta queda de -4,0%), o maior fluxo de clientes nas lojas no período festivo induz o comerciante a contratar temporários. Na passagem mensal, houve aumento do índice que avalia as intenções de investimentos na empresa, mostrando que há perspectiva positiva dos comerciantes em relação ao custo de captação de recursos no mercado de crédito, que começou a diminuir com o início da trajetória de queda da Selic. Na comparação anual, o aumento foi de +7,2%. A redução das taxas de juros 4

favorece as intenções de investimentos, mas o spread continua alto, mantendo elevado o custo do crédito. Para 69,8% dos empresários consultados em dezembro, as intenções de investimento no capital social das empresas são menores, resultado melhor do que o de novembro, quando 70,5% responderam que reduziriam seus investimentos. A percepção dos comerciantes sobre os estoques diante da programação das vendas está pior (- 0,6%) na principal data para o varejo, o Natal. Os comerciantes têm promovido o ajuste dos estoques nos meses recentes, mas nem mesmo após a Black Friday os varejistas sentiram melhora na quantidade de produtos nas prateleiras. Os comerciantes consideram que estão mais estocados em dezembro comparativamente a novembro, o que também se repete na comparação com dezembro de 2015 (-1,5%). Predomina a dificuldade na retomada das vendas, e as perspectivas são negativas para este Natal, quando o volume de vendas do varejo deverá ser menor do que no Natal passado. Para 29,3% dos comerciantes consultados, os estoques estão acima do adequado em dezembro. Esse percentual segue expressivo, mas vem em queda desde abril, quando atingiu 34,4%, o maior da série histórica. Conclusão: A confiança do empresário do comércio manteve-se estável em dezembro, principal data para o comércio. O resultado do Icec neste mês do Natal deveu-se à redução na avaliação das condições correntes, à estabilidade nas expectativas de curto prazo e ao pequeno aumento nas intenções de investimentos. Pioraram as avaliações da situação atual tanto da economia quanto do setor do comércio, enquanto melhoraram em relação ao desempenho da própria empresa. Foram interrompidas as variações positivas nesses dois primeiros itens, as quais vinham sendo observadas desde o início do ano, depois de seguidas quedas registradas desde meados de 2015. Na comparação com dezembro do ano passado, as avaliações dos componentes do Icaec evoluíram positivamente, sendo expressiva a melhora da avaliação quanto ao desempenho da economia brasileira, a despeito de o índice estar situado em patamar baixo. 5

As expectativas dos comerciantes para os próximos meses ficaram estáveis. Os três itens tiveram este comportamento na passagem mensal, mas continuam crescendo na comparação anual, além de estarem situados na zona positiva, acima dos 100 pontos. As intenções de investimentos aumentaram neste mês e mostram aumento também na comparação interanual. Estão maiores as intenções de contratar funcionários, mas piorou a avaliação dos estoques diante da programação das vendas na data mais importante do varejo. A atividade do comércio não mostra perspectiva de recuperação no curto prazo, e segue negativa a evolução das vendas. As condições do mercado de trabalho (desemprego e elevado comprometimento da renda dos consumidores) continuam dificultando o consumo e a consequentemente a recuperação das vendas do comércio. Sobre a pesquisa: O de confiança do empresário do comércio (Icec) é indicador antecedente apurado exclusivamente entre os tomadores de decisão das empresas do varejo, cujo objetivo é detectar as tendências das ações empresárias do setor do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6.000 empresas situadas em todas as capitais do País; e os índices, apurados mensalmente, apresentam dispersões que variam de zero a duzentos pontos. O índice é construído a partir de nove questões. As três primeiras, que constituem o de condições atuais do empresário do comércio (Icaec), comparam a situação econômica do País, do setor de atuação e da própria empresa, em relação ao mesmo período do ano anterior. As três perguntas seguintes avaliam os mesmos aspectos, porém em relação ao futuro no curto prazo, e formam o de expectativas do empresário do comércio (IEEC). Em todas as seis primeiras perguntas, as opções de resposta são as seguintes: (i) Melhorou/Melhorará muito; (ii) Melhorou/Melhorará um pouco; (iii) Piorou/Piorará muito; e (iv) Piorou/Piorará um pouco. Além dos dados nacionais, os nove componentes do Icec também são divulgados segundo as cinco regiões geográficas do Brasil. As últimas três perguntas que compõem o de investimento do empresário do comércio (IIEC) abordam questões mais específicas, relativas aos seguintes temas: (i) Expectativa de 6

contratação de funcionários para os próximos meses (aumentar muito, aumentar pouco, reduzir pouco ou reduzir muito); (ii) Nível de investimentos em relação ao mesmo período do ano anterior (muito maior, um pouco maior, um pouco menor ou muito menor); e (iii) Nível atual dos estoques diante da programação de vendas (abaixo do adequado, adequado ou acima do adequado). Ajuste sazonal: Sujeitas ao comportamento sazonal do nível de atividade do comércio e da atividade econômica em geral, a partir de fevereiro de 2014 as séries passaram a ser dessazonalizadas através do método X-12 aditivo, permitindo a comparação mensal (mês sobre o mês anterior) dos componentes do Icec. 7