SONDAGEM INDUSTRIAL RIO GRANDE DO SUL

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1 SONDAGEM INDUSTRIAL RIO GRANDE DO SUL JANEIRO DE 2013

2 Indústria em alta e estoques ajustados Janeiro de A Sondagem Industrial do RS do primeiro mês do ano apresentou um cenário mais favorável para a atividade industrial, com as expectativas em relação aos próximos meses exibindo melhora. Na evolução dos indicadores de atividade do mês, três dados são sintomáticos de que a atividade industrial esteve aquecida. A utilização da capacidade instalada (UCI) ficou muito próxima do usual (49,1 pontos). O indicador de produção, com 53 pontos, é o maior em três anos para janeiro. O ajuste de estoques, que estavam acima do planejado há vinte meses, parece ter chegado ao seu final, com o indicador registrando 50,4 pontos. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Acima de 50 pontos denotam UCI acima do usual, crescimento da produção e estoques acima do planejado. A indústria gaúcha projeta a continuidade desse bom desempenho no futuro. As perspectivas para os próximos seis meses ficaram ainda mais otimistas e indicam crescimento da demanda (61,9 pontos), inclusive externa (54,9 pontos), do emprego (56,2 pontos) e das compras de matérias primas (60,5 pontos). Os indicadores também são interpretados como os de atividade: valores acima de 50 representam expectativas positivas para os próximos seis meses. A evolução dos indicadores medidos pela Sondagem Industrial do RS não deixa dúvidas quanto à aceleração da atividade no mês de janeiro. No mesmo sentido, as avaliações mais positivas sobre o desempenho futuro reforçam a expectativa de que o ano de 2013 será de recuperação, ainda que moderada, para indústria gaúcha. As medidas de incentivos tomadas pelo governo ao longo dos últimos dois anos, sobretudo, as desonerações tributárias, a redução das taxas de juros e a desvalorização do câmbio estão dando algum fôlego ao setor. O final do ajuste de estoques deverá ser um fator adicional a realimentar esse processo. Avaliação do mês de janeiro de 2013 Atividade acelera no mês O indicador de produção industrial em janeiro atingiu 53,0 pontos, sinalizando crescimento em relação ao mês anterior e recuperando-se da forte queda observada no mês Sondagem industrial Janeiro de Unidade de Estudos Econômicos 1

3 de dezembro. O valor do indicador no mês ultrapassou os registrados nos anos de 2010 e A percepção de crescimento da produção industrial no mês não foi compartilhada por todos os portes de empresas. O indicador das pequenas empresas (46,4 pontos) segue denotando queda. Os indicadores de produção das médias (56,5 pontos) e grandes empresas (54,1) demonstraram expansão. O indicador de emprego registrou de 50,1 pontos no primeiro mês de 2013 e apontou para a estabilidade em relação ao mês anterior. O comportamento do indicador na indústria gaúcha, contudo, é divergente na análise por porte da empresa, refletindo o comportamento da produção. As médias empresas (52,5 pontos) criaram postos de trabalho, as grandes empresas (50,4 pontos) mantiveram o nível de emprego e as pequenas empresas (46,7 pontos) diminuíram o quadro funcional. O nível de utilização a capacidade instalada (UCI) da indústria gaúcha atingiu 70%, um ponto percentual acima do observado no mês anterior. Mais uma vez, ocorreu uma discrepância de comportamento entre os portes de empresas. As grandes empresas, como habitualmente ocorre, apresentaram a maior UCI (74%). As indústrias gaúchas de pequeno e médio porte utilizaram 63% e 68% de sua capacidade instalada, respectivamente. Por fim, o indicador de nível de em relação ao usual, que considera a utilização da capacidade produtiva habitual para o mês, ficou em 49,1 pontos em janeiro, sugerindo que a produção industrial foi pouco abaixo do normal. Esse é o maior valor do indicador em dezessete meses e muito próximo da linha divisória (50 pontos), um indicativo de reaquecimento do setor. Entre os portes de empresas, apenas as grandes (51,6 pontos) reportaram UCI acima do usual. As pequenas (46,6 pontos) e médias (47,0 pontos), embora tenham melhorado em relação à última pesquisa, seguem apontando UCI abaixo do usual. Volume de produção no mês Emprego no mês AUMENTO AUMENTO QUEDA QUEDA Sondagem industrial Janeiro de Unidade de Estudos Econômicos 2

4 Utilização da capacidade instalada (%) UCI em relação ao usual ACIMA DO USUAL ABAIXO DO USUAL Processo de ajuste de estoques é finalizado O indicador de evolução de estoques, 50,9 pontos, denota um ligeiro crescimento na indústria gaúcha em janeiro. O indicador de estoques em relação ao planejado caiu de 51,5 pontos em dezembro de 2012 para 50,4 pontos em janeiro de 2013, finalizando o processo de ajuste de estoques iniciado na segundo metade do ano passado. Esse movimento ainda não foi encerrado nas grandes empresas (51,5 pontos). Nas médias, os estoques ficaram dentro do planejado pelas empresas (50,0 pontos) e nas empresas de pequeno porte, abaixo (48,7 pontos). Estoques de produto final no mês Estoques de produtos finais Planejado AUMENTO ACIMA DO PLANEJADO QUEDA ABAIXO DO PLANEJADO Expectativas em fevereiro para os próximos seis meses Expectativas estão otimistas Todos indicadores de expectativas registraram melhora em relação à última Sondagem. Habitualmente, em fevereiro os indicadores apontam os maiores valores do ano. Sondagem industrial Janeiro de Unidade de Estudos Econômicos 3

5 Os industriais gaúchos projetam uma expansão da demanda nos próximos seis meses. O índice de expectativa de demanda cresceu de 59,3 pontos em janeiro para 61,9 em fevereiro, expressando uma maior disseminação dessa avaliação entre as empresas de todos os portes. Animados com a evolução futura da demanda, os industriais gaúchos pretendem aumentar o número de empregados. O indicador relativo à expectativa de emprego aumentou de 53,9 pontos em janeiro para 56,2 pontos em fevereiro, o maior desde março de É o terceiro crescimento consecutivo no índice, que agora, bem acima dos 50 pontos, deixa evidente a disposição do empresário em retomar as contratações. Tal expectativa independe do porte da empresa. As compras de matérias-primas não apenas continuarão a crescer nos próximos seis meses, mas o ritmo de crescimento esperado é o maior desde abril de O índice de expectativa de compras de matérias primas denotou crescimento, passando de 56,4 em janeiro para 60,5 pontos em fevereiro. A avaliação é compartilhada por todos os portes de empresas. A Sondagem industrial captou um significativo crescimento no otimismo do industrial gaúcho de todos os portes relativo às exportações. O índice cresceu pelo segundo mês seguido e ficou em 54,9 pontos, alcançando o maior valor desde junho de Expectativas de demanda Expectativa de emprego Expectativas de compras de matéria prima Expectativa de exportações Sondagem industrial Janeiro de Unidade de Estudos Econômicos 4

6 EXPECTATVA Perfil da amostra: 146 empresas sendo 30 pequenas, 61 médias e 59 grandes. Período de coleta: De 01 a 18 de fevereiro de GLOSSÁRIO Como é feita a pesquisa? Realizada mensalmente. Trimestralmente, um conjunto adicional de questões é avaliado. Deve ser avaliada a partir de pontos situados entre seus limites: 0 (zero) : avaliação negativa, estoque abaixo do planejado ou UCI abaixo do usual. 50 (cinqüenta): indiferente, estoque dentro do planejado ou UCI dentro do usual. 100 (cem): avaliação positiva, estoque acima do planejado ou UCI acima do usual. NOTA A Sondagem industrial é elaborada pela unidade de Política Econômica da CNI em conjunto com as Federações de Indústria de 23 estados do Brasil (no caso do RS Unidade de Estudos Econômicos - FIERGS), embora sejam consultadas empresas de todo o território nacional. As informações solicitadas são de natureza qualitativa e resultam do levantamento direto com base em questionário próprio. Cada pergunta permite cinco alternativas excludentes a respeito da evolução ou expectativa de evolução da variável em questão. As alternativas estão associadas, da pior para a melhor, aos escores 0, 25, 50, 75 e 100. As perguntas relativas ao nível de atividade, a evolução dos estoques tem como referência o mês anterior. As perguntas relativas a UCI usual e a estoques planejados/desejados tem como referência o próprio mês. As perguntas relativas à situação financeira, margens de lucro, acesso ao crédito e os principais problemas referem-se ao trimestre. As questões de expectativas referem-se aos próximos seis meses. O indicador de cada questão é obtido ponderando-se os escores pelas respectivas freqüências relativas das respostas. Os resultados gerais para cada uma das perguntas são obtidos mediante a ponderação dos indicadores dos grupos de empresas Pequenas (entre 10 a 49 empregados), Médias (entre 50 e 249 empregados) e Grandes (250 empregados ou mais) utilizando-se como peso a variável segundo a CEE/TEM competência Sondagem industrial Janeiro de Unidade de Estudos Econômicos 5

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