APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA ELABORAÇÃO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS SOBRE ASTRONOMIA POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

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Transcrição:

I Simpósio Nacional de Educação em Astronomia Rio de Janeiro - 2011 1 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA ELABORAÇÃO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS SOBRE ASTRONOMIA POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO Bruno de Andrade Martins 1, Rodolfo Langhi 2 1 Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências. Grupo de Pesquisa Ciências: Ensino e Popularização. Apoio: CAPES- REUNI, martinsfisica@gmail.com 2 Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências. Grupo de Pesquisa Ciências: Ensino e Popularização, prof.langhi@gmail.com; rlanghi@fc.unesp.br Resumo O estudo da Astronomia possui caráter interdisciplinar e motivador. Porém persiste um quadro no qual se constata empiricamente uma grande difusão de concepções de senso comum referentes aos fenômenos astronômicos. A partir destas premissas, enfatizamos, neste trabalho, a importância de se trabalhar a Astronomia no ensino médio por meio de uma estratégia diferenciada das metodologias tradicionais de ensino conteudista. Fundamentando-se nos princípios teóricos da aprendizagem significativa de Ausubel visamos o trabalho de sala de aula sobre conteúdos em Astronomia de uma maneira que os alunos tenham uma participação mais ativa através da construção coletiva de histórias em quadrinhos, durante as aulas de Física. Pretendemos abordar este tópico nas aulas de Física, pois seu ensino tradicional é um ponto que, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), precisa ser mudado, deixando de ser uma disciplina meramente matemática com o uso excessivo de fórmulas. O ensino de Astronomia é indicado pelos PCN, mas segundo pesquisas levantadas por meio de uma análise da bibliografia mostra que este ensino, na maioria dos casos, não é abordado, e que representa uma lacuna nesta área do ensino. Os dados estão sendo levantados por meio de intervenções em aulas do ensino médio, ao passo que sua análise metodológica está apoiada nos procedimentos no padrão argumentativo de Toulmin, por meio da análise do discurso dos alunos presentes em suas histórias em quadrinhos o que deverá apontar indícios de uma aprendizagem significativa. Palavras-Chave: Ensino de Astronomia, Argumentação, Aprendizagem Significativa. Introdução A Astronomia, ciência que estuda os corpos celestes foi uma das primeiras ciências estudadas pelo homem. O estudo desta ciência é registrado nos mais antigos documentos escritos, em monumentos paleolíticos e em pinturas rupestres, porém, nos dias atuais, mesmo tendo seus conteúdos indicados nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1999, 2002) (PCN) os alunos terminam o ensino médio sem o conhecimento de muitas questões na referida área, contribuindo fortemente para o despreparo do aluno frente ao estudo das ciências. Com isso, vemos que a Astronomia é pouco compreendida pelo público em geral, desde crianças a professores de todos os níveis de ensino, o que possivelmente explica o fato de não estar ocorrendo a esperada inclusão dos conceitos de Astronomia na maioria dos currículos escolares (ALBRECHT e VOELZKE, 2009).

I Simpósio Nacional de Educação em Astronomia Rio de Janeiro - 2011 2 Estudos tratam essa ciência como muito atraente para o público em geral, pois trata de assuntos instigantes e que tocam profundamente os indivíduos, tais como a origem da vida, tamanho do Universo, Sistema Solar, Buracos Negros, vida fora da Terra, etc. O avanço tecnológico e estudos científicos dessa ciência contribuem fortemente para o deslumbramento do público diante a essa ciência, pois vemos a utilização dessa tecnologia em nosso cotidiano como, por exemplo, ao usarmos o GPS, telefone celular, estações do ano, fases da Lua, dia e noite, contagem do tempo, na construção de calendários, influências nas marés, orientações para navegações, satélites, etc. Percebemos que a Astronomia possui um caráter interdisciplinar, estando relacionada com diversas áreas do conhecimento como a Física, Matemática, Química, Geografia e História. Além disso, existe uma necessidade de reverter um quadro no qual se constata empiricamente uma grande difusão de concepções de senso comum referentes aos fenômenos astronômicos (LANGHI e NARDI, 2007). Langhi (2009) apresenta outro aspecto que justifica este estudo sobre a inserção da Astronomia no ensino médio: Nas escolas, a Astronomia promove este excitante papel motivador, tanto para alunos como para professores, pois, ao tocar neste assunto, a maioria dos jovens costuma desencadear uma enxurrada de perguntas sobre buracos negros, origem do universo, vida extraterrestre, tecnologia aeroespacial, etc. Este entusiasmo abre a oportunidade para o professor trabalhar, de modo interdisciplinar, as demais matérias escolares. Além do aspecto motivacional, a astronomia assume um papel diferenciador, que a pode distinguir das outras ciências, conferindo-lhe um certo grau popularizável, favorecendo a cultura científica, uma vez que o seu laboratório é natural e gratuito, estando o céu à disposição de todos, facilitando a execução de atividades ao ar livre e que não exigem materiais custosos (LANGHI, 2009, p. 10). Apesar da evidência destes benefícios do ensino da Astronomia na educação básica (Ensinos Fundamental e Médio) cujo currículo apóia a inserção destes conteúdos, como podemos observar nos PCN (BRASIL, 1997, 1999 e 2002) e no OCNEM (Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio) (BRASIL, 2006), nota-se que: Nem mesmo o professor brasileiro do ensino fundamental e médio, na maioria dos casos, aprende conteúdos de astronomia durante a sua formação na faculdade. Como consequência, os professores, em geral, optam por duas alternativas: preferem não ensinar astronomia ou buscam outras fontes de informações. Porém, há carência de fontes seguras sobre astronomia, pois até mesmo livros didáticos apresentam erros conceituais. A mídia é escassa em documentários sobre este tema, e muitas vezes prefere exagerar no sensacionalismo em notícias que envolvem assuntos sobre o espaço sideral. Não temos uma quantidade suficiente de planetários, observatórios, museus de ciências e associações de astrônomos amadores que poderiam servir de eficiente apoio ao ensino de astronomia nas escolas (LANGHI, 2009, p. 11). Diante da problemática acima apresentada, reconhecemos a necessidade de se reverter este quadro, por meio de uma abordagem crescente de conteúdos de Astronomia nas escolas de ensino médio, visando à formação de cidadãos e não apenas o ingresso em universidades através de vestibulares e exames classificatórios.

I Simpósio Nacional de Educação em Astronomia Rio de Janeiro - 2011 3 Fundamentação Dentre vários temas existentes na Astronomia, Langhi e Nardi (2010), destacam sete principais que abordam vários aspectos baseados em propostas oficiais para a educação brasileira, bem como nos resultados das pesquisas sobre educação em Astronomia, são eles: forma da Terra, fases da Lua, estações do ano, campo gravitacional, dia e noite, órbita terrestre e Astronomia observacional. No presente estudo, optamos pela escolha de um destes temas, a saber, a Astronomia observacional, devido seu fator motivacional, histórico e cultural, conforme apresentado pelos autores. Associado a contextos de mudanças e inovações constantes, percebe-se que o trabalho com Astronomia constitui uma importante temática para ser trabalhada no ensino médio. No entanto, nos deparamos com as seguintes questões: como podemos trabalhar esse tipo de tema no ensino médio? como trabalhar de uma maneira em que os alunos possam se interessar mais por tal tema? como trabalhar esse tema diferentemente das aulas tradicionais? A partir dessas questões, visamos buscar uma estratégia de ensino para trabalhar esse conteúdo em sala de aula, buscando uma maneira com que os alunos tenham uma participação mais ativa em sala, à medida que eles se interessem pelo conteúdo, sem a abordagem das aulas tradicionais. Por isso consideramos como estratégia de ensino apropriada para este estudo, a construção de histórias em quadrinhos a serem elaboradas pelos próprios alunos, durante as aulas de Física, conteúdos especificados nos documentos oficiais. Esse tipo de trabalho em que os próprios alunos elaboram histórias em quadrinhos, já foi utilizado pelos autores Albrecht e Voelzke (2009). Seu trabalho envolveu a elaboração deste tipo de material pelos alunos sobre conteúdos de Astronomia, este mostrou que a riqueza de detalhes nos quadrinhos é um indicador de que a confecção de materiais pelos alunos pode estimular e despertar a vontade de aprender do educando, por ser diferente do comum. Partindo do pressuposto de que a ocorrência da aprendizagem significativa pode ocorrer na elaboração de histórias em quadrinhos, conforme os conceitos são gradualmente estudados, analisaremos o processo de ensino-aprendizagem em alunos do ensino médio durante episódios em sala de aula, em que o tema Astronomia será trabalhado em conjunto com a arte de criação das histórias em quadrinhos. Outro trabalho em que nos embasamos é o de Testoni e Abib (2005), que investigam a elaboração das histórias em quadrinhos no ensino da primeira lei de Newton. O trabalho desses autores teve o objetivo de estabelecer, dentro de uma abordagem construtivista, uma proposta de utilização das histórias em quadrinhos como instrumento auxiliar no ensino de Física. Mais especificamente, as histórias em quadrinhos possuem um caráter instigador, desenvolvida com uma perspectiva de propor uma situação problema desafiadora, poderiam desencadear um ambiente de sala de aula propício ao debate e à revisão de concepções alternativas dos alunos sobre os fenômenos estudados. Os autores concluem que as histórias produzidas pelos alunos, na sua grande maioria, apresentavam um elevado grau de criatividade, organização e inteligibilidade, obedecendo aos padrões tradicionais de uma história em quadrinhos. Além do caráter popular das histórias em quadrinhos, apoiamo-nos no fato de que, do ponto de vista pedagógico, este apresenta uma série de fatores

I Simpósio Nacional de Educação em Astronomia Rio de Janeiro - 2011 4 coerentes com seu uso didático: a ludicidade, os fatores psicolinguísticos e seu aspecto cognitivo (TESTONI e ABIB, 2005). Conforme resultados de pesquisa da área da educação, as aulas de Física são ministradas de maneira predominantemente expositivas em sala de aula, ou seja, o ensino tradicional, enfatizando a Matemática e o uso excessivo de fórmulas, o que ocasiona um rápido desinteresse pelo aprendizado da Física (ALBRECHT e VOELZKE, 2009). Diante deste quadro, a utilização de novas estratégias no ensino de ciências (atividades experimentais, vídeos, música, entre outros) vem se tornando um dos meios de se contornar a situação citada anteriormente, surgindo à questão: por que não utilizar a História em Quadrinho como estratégia no ensino de Física? Ou de um ponto de vista mais restrito: por que não utilizar o Quadrinho como meio de instigar o aluno a compreender um fenômeno físico? (TESTONI, 2010, p. 2). Assim, pretendemos estudar a utilização em sala de aula, de uma estratégia de ensino que envolve a elaboração de histórias em quadrinhos pelos próprios alunos, visando tornar as aulas de Física mais produtivas e dinâmicas, tanto para o professor quanto para os alunos, num contexto em que os mesmos estão mais acostumados a vivenciar. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96), em seu artigo 3, inciso I, um dos princípios do ensino é garantir a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Portanto, garantir formas de aprendizado que motivem o aluno e que facilitem a aquisição de conhecimentos, de modo que o estudante obtenha um resultado satisfatório, é também uma maneira de garantir a permanência desse aluno na escola e, consequentemente, permitir-lhe dar continuidade a seus estudos, o que está contemplado na LDB, tanto no Art. 22, como no Art. 35, inciso I. Portanto, proporcionar aulas diferenciadas que motivem o aluno a estudar é uma obrigação do professor e da escola. Nesta visão, associamos a estratégia da construção de histórias em quadrinhos pelos próprios alunos ao tema Astronomia, incitando uma grande curiosidade e motivação, proporcionando uma aula diferenciada ao aluno e ao mesmo tempo abordando um tema importante para a formação de um cidadão, através da aprendizagem significativa. A aprendizagem significativa é um processo através do qual uma nova informação interage com as informações já existentes na estrutura de conhecimento do aluno, ou seja, com a sua estrutura cognitiva específica e individual, previamente adquirida, conhecida como subsunçor, facilitando a aprendizagem subsequente (MOREIRA e MASINI, 1982). Essa aprendizagem ocorre quando a nova ideia relaciona-se e assimila-se com conceitos importantes disponíveis na estrutura cognitiva no sujeito. É necessário, no processo de ensino, que o aprendizado faça algum sentido para o aluno, e que ancore em seus conceitos relevantes preexistentes. A assimilação ou ancoragem facilita a aquisição e retenção do conhecimento. Os conceitos mais amplos e bem estabelecidos na estrutura do indivíduo ancoram as novas informações e permitem sua diferenciação, estabilidade e retenção. Ao construir o próprio conhecimento o aluno pode realizar modificações em sua estrutura cognitiva e comportamento. Isso remete a aprendizagem estando ligada a mudança de paradigma, ou seja, a construção mental de um novo conceito científico. Para que isso ocorra na estrutura cognitiva do aluno, é necessário que os

I Simpósio Nacional de Educação em Astronomia Rio de Janeiro - 2011 5 conceitos científicos sejam abordados de uma maneira mais humana, ou seja, esses conceitos devem ser abordados de uma maneira diferenciada envolvendo aulas experimentais, aulas com vídeo, etc., tornando as aulas mais atrativas e participativas para o aluno. Um levantamento bibliográfico das pesquisas publicadas na literatura da área de Ensino de Ciências e Matemática (área 46 da CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que abordam a questão do ensino de Astronomia, apresenta uma lacuna no sentido de se investigar a aprendizagem significativa destes conteúdos através desta estratégia diferenciada da produção de histórias em quadrinhos em sala de aula. Por isso, nossa pesquisa pretende contribuir neste sentido. Metodologia e Referencial Empregaremos uma abordagem qualitativa em nosso estudo, visando à análise dos dados mediante os princípios do padrão argumentativo de Toulmin (2006), conforme publicado por Villani e Nascimento (2003) e suas possíveis contribuições para a aprendizagem significativa, segundo a visão de Ausubel, apresentado por Moreira e Masini (1982). O padrão argumentativo de Toulmin (2006) se baseia no modo com que os alunos colocam suas falas ou escritas explicando algum fenômeno ou conceito, Toulmin (2006) busca organizar essas fala ou escritas de um modo com que se forme uma estrutura de argumentação que faça sentido a estrutura cognitiva do aluno, buscando desde seu primeiro pensamento até sua conclusão. A estratégia de ensino mediante a elaboração de histórias em quadrinhos coloca os alunos do ensino médio numa função de autoria, sendo que a análise de seus argumentos poderá avaliar a existência de uma aprendizagem significativa sobre o conteúdo de Astronomia. Em seguida (Figura 1) apresentaremos o esquema de Toulmin para a argumentação: Figura 1: Esquema de Toulmin para a argumentação (TEIXEIRA et al. 2010).

I Simpósio Nacional de Educação em Astronomia Rio de Janeiro - 2011 6 Toulmin (2006) apresenta e especifica um modelo de estrutura de um argumento estabelecendo seus componentes, e a relação entre eles. Estes são: Dados: Estes conduzem a uma conclusão. Conclusões: Neste os conceitos devem ser estabelecidos. Garantias: São hipóteses gerais que ligam os dados e as conclusões e que autorizam essa ligação, ou seja, são as permissões contidas no argumento para se chegar às conclusões a partir dos dados (TEIXEIRA et al. 2010). Fundamentos: Este apresenta as garantias do argumento, servindo para validá-las. Refutador: É uma condição de exceção para o argumento. É uma condição ou circunstância em que, caso a autoridade da garantia seja contrariada, invalida a conclusão (TEIXEIRA et al. 2010). Qualificador: É um operador modal sobre uma afirmativa, é uma condição no argumento, dependente de uma situação específica, que conduz a uma conclusão (TEIXEIRA et al. 2010). Essa estrutura apresentada por Toulmin (2006) será utilizada para uma análise qualitativa das histórias produzidas pelos alunos. Esta análise ajudará a compreender melhor as estruturas das argumentações (conceitos) contidas nas histórias em quadrinhos, consequentemente ajudará também a encontrar indícios de uma aprendizagem significativa nos conceitos presentes nas histórias. Durante uma carga horária de seis horas-aula em uma amostra de alunos do 3º anos do ensino médio, pretendemos trabalhar em um primeiro momento o aspecto histórico-filosófico das observações de Galileu Galilei sobre o objeto astronômico Lua. Neste momento levantaremos as concepções iniciais dos alunos frente a este objeto que será observado (Lua). Apresentaremos aos alunos quais foram às observações de Galileu sobre este objeto em sua época, abordando também as fases da Lua. Em seguida, parte do desenvolvimento da coleta de dados com esta amostra ocorrerá durante algumas noites de observação da Lua em sua fase crescente, utilizando o telescópio refrator mundialmente distribuído a partir do Ano Internacional da Astronomia em 2009, denominado Galileoscópio. A partir destas observações, a amostra será submetida a momentos de reflexão sobre suas concepções acerca do objeto observado, articulando-as com recortes e registros históricos de Galileu Galilei. Depois das observações serão montados grupos de até três alunos. As discussões sobre o objeto observado continuam em sala de aula, ao mesmo tempo em que elaboram continuamente uma história em quadrinhos sobre o que observaram e o que foi estudado antes em sala de aula. Nestas, a ideia é analisar a argumentação dos alunos durante o estudo do tema, ou seja, como eles utilizam e se apropriam significativamente dos conceitos estudados, durante o processo de ensino-aprendizagem. Através dos estudos das argumentações dos alunos encontradas em suas histórias, analisaremos sua evolução conceitual e como se deu o processo de aprendizagem na estrutura cognitiva de cada aluno, verificando indícios de uma aprendizagem significativa. Vemos a importância de se trabalhar em grupo, pois:

I Simpósio Nacional de Educação em Astronomia Rio de Janeiro - 2011 7 [...] em um processo fundamentalmente de comunicação, os alunos interagem entre eles e com o professor, de forma ativa, portanto, diferenciada de quando somente o professor tem a palavra, durante as aulas. Com isso queremos dizer que nos grupos de ensino-aprendiz agem, criados durante as aulas de Física podem contribuir permitindo ao aluno se comunicar, debater sua compreensão, aprender a respeitar e a fazer-se respeitar; dando ao aluno oportunidade de construir modelos explicativos, linhas de argumentação e instrumentos de verificação de contradições (SILVA e VILLANI, 2008). Os argumentos contidos em seus discursos e em suas histórias em quadrinhos serão analisados por meio da proposta de Toulmin (2006) por meio de uma análise qualitativa, buscando estudar argumentações, com foco em pensamentos lógicos do indivíduo. Além das histórias em quadrinhos produzidas, os discursos relatados em sala serão registrados (filmados) para posterior transcrição e análise. Resultados Esperamos, com o resultado desse trabalho, desenvolver uma estratégia de ensino em que os alunos possam ter uma participação mais ativa em sala de aula, fazendo com que os mesmos se interessem mais pelo aprendizado. Esperamos que a estratégia de ensino da elaboração de histórias em quadrinhos pelos próprios alunos possa motivar o aprendizado, assim como mostrado em outros trabalhos que utilizaram esse tipo de metodologia de ensino. Essa motivação pode se dar através do trabalho com as concepções dos alunos em sua estrutura cognitiva. Essa estratégia de ensino pode ser um modo de fazer com que os alunos busquem mais ferramentas e conhecimentos em outras fontes, atuando o professor como mediador na construção deste conhecimento. Considerações Sendo uma continuidade da pesquisa finalizada e validada no trabalho de conclusão de curso, este estudo apoia-se no referencial de Ausubel (MOREIRA e MASINI, 1982) e fundamenta-se metodologicamente em Toulmin (2006), a fim de atribuir significados para a análise dos argumentos que se fizerem presentes durante esta proposta diferenciada para as aulas de Física. Como resultados parciais, deveremos apontar indícios de uma aprendizagem significativa pelos alunos da amostra acerca de alguns conteúdos específicos da Astronomia observacional. Referências ALBRECHT, E.; VOELZKE, M.R. Construção de Historias em Quadrinhos nas aulas de física: Uma prática didática. VII Enpec. Florianópolis - SC, 2009. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental. MEC / SEF, p. 136, 1997. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnologia, 1999.

I Simpósio Nacional de Educação em Astronomia Rio de Janeiro - 2011 8 BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio- Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnologia, 2002. BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: Secretaria de Educação Básica, v. 2, 2006. LANGHI, R. Astronomia nos anos iniciais do ensino fundamental: repensando a formação de professores. p. 10-11, 2009. 370 f. Tese (Doutorado em Educação para a Ciência). Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru. LANGHI, R.; NARDI, R. Ensino de Astronomia: erros conceituais mais comuns presentes em livros didáticos de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 24, p. 87-111, 2007. LANGHI, R.; NARDI, R. Formação de professores e seus saberes disciplinares em astronomia essencial nos anos iniciais do ensino fundamental. Revista ensaio, v.12, n.2, p.205-224, 2010. MOREIRA, M. A.; MASINI, E.S. Aprendizagem significativa: A teoria de David Ausubel. São Paulo: Editora Moraes, 1982, p. 7-52 SILVA, G. S. F.; VILLANI, A. O processo grupal nas aulas de física: A análise do grupo da resistência. XI Encontro de Pesquisa em Ensino de Física. Curitiba, 2008. TESTONI, L. A.; ABIB, M. L. V. S. A utilização de histórias em quadrinhos no ensino de física: uma proposta para o ensino de inércia. Enseñanza de las Ciencias, Granada, v. extra, p. 1-5, 2005. TEIXEIRA, E. S.; et al. A construção de uma argumentação sobre a síntese newtoniana a partir de atividade em grupos. Investigações em ensino de ciências. v 15, p. 61-95, 2010. TESTONI, L. A. As histórias em Quadrinhos nos livros de física: uma proposta de categorização. In: XII EPEF, 2010, Águas de Lindóia. Anais do XII EPEF, 2010. TOULMIN, S. E. Os usos do argumento. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006. VILLANI, C. E. P.; NASCIMENTO, S. S. A argumentação e o ensino de ciências: uma atividade experimental no laboratório didático de física do ensino médio. Investigações em Ensino de Ciências, v. 8(3), pp. 18 7-2 0 9, 2003.