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Transcrição:

Quadro 1 Classes de exposição Designação da classe Descrição do ambiente Exemplos informativos onde podem ocorrer as classes de exposição 1 Sem risco de corrosão ou ataque X0 Para betão não armado e sem metais embebidos: todas as exposições, excepto ao gelo/degelo, à abrasão ou ao ataque químico. Para betão armado ou com metais embebidos: ambiente muito seco. 2 Corrosão induzida por carbonatação Betão no interior de edifícios com muito baixa humidade do ar Quando o betão, armado ou contendo outros metais embebidos, se encontrar exposto ao ar e à humidade, a exposição ambiental deve ser classificada como se segue: NOTA: As condições de humidade são as do betão de recobrimento das armaduras ou de outros metais embebidos, mas, em muitos casos, as condições deste betão podem considerar-se semelhantes às condições de humidade do ambiente circunvizinho. Nestes casos, pode ser adequada a classificação do ambiente circunvizinho. Tal pode não ser aplicável, caso exista uma barreira entre o betão e o seu ambiente. XC1 Seco ou permanentemente húmido Betão no interior de edifícios com baixa humidade do ar; Betão permanentemente submerso em água. XC2 Húmido, raramente seco Superfícies de betão sujeitas a longos períodos de contacto com água; Muitas fundações. XC3 Moderadamente húmido Betão no interior de edifícios com moderada ou elevada humidade do ar; Betão no exterior protegido da chuva. XC4 Ciclicamente húmido e seco Superfícies de betão sujeitas ao contacto com a água, fora do âmbito da classe XC2 3 Corrosão induzida por cloretos não provenientes da água do mar Quando o betão armado ou contendo outros metais embebidos se encontrar em contacto com água, que não água do mar, contendo cloretos, incluindo sais descongelantes, a exposição ambiental deve ser classificada como se segue: NOTA: No que respeita às condições de humidade ver também a secção 2 deste quadro. XD1 Moderadamente húmido Superfícies de betão expostas a cloretos trans-portados pelo ar XD2 Húmido, raramente seco Piscinas; Betão exposto a águas industriais contendo cloretos XD3 Ciclicamente húmido e seco Partes de pontes expostas a salpicos de água contendo cloretos; Pavimentos; Lajes de parques de estacionamento de automóveis 4 Corrosão induzida por cloretos da água do mar

Designação da classe Descrição do ambiente Exemplos informativos onde podem ocorrer as classes de exposição Quando o betão, armado ou contendo outros metais embebidos, se encontrar em contacto com cloretos provenientes da água do mar ou exposto ao ar transportando sais marinhos, a exposição ambiental deve ser classificada como se segue: XS1 Ar transportando sais marinhos mas sem contacto directo com a água do mar Estruturas na zona costeira ou na sua proximidade XS2 Submersão permanente Partes de estruturas marítimas XS3 Zonas de marés, de rebentação ou de Partes de estruturas marítimas salpicos 5 Ataque pelo gelo/degelo com ou sem produtos descongelantes Quando o betão, enquanto húmido, se encontrar exposto a um significativo ataque por ciclos de gelo/degelo, a exposição ambiental deve ser classificada como se segue: XF1 Moderadamente saturado de água, sem produtos descongelantes Superfícies verticais de betão expostas à chuva e ao gelo XF2 Moderadamente saturado de água, com produtos descongelantes Superfícies verticais de betão de estruturas rodoviárias expostas ao gelo e a produtos descongelantes transportados pelo ar XF3 Fortemente saturado, sem produtos descongelantes Superfícies horizontais de betão expostas à chuva e ao gelo XF4 Fortemente saturado, com produtos descongelantes Estradas e tabuleiros de pontes expostos a produtos descongelantes; Superfícies de betão expostas ao gelo e a salpi-cos de água contendo produtos descongelantes; Zona das estruturas marítimas expostas à re-bentação e ao gelo 6 Ataque químico Quando o betão se encontrar exposto ao ataque químico proveniente de solos naturais e de águas subterrâneas, conforme indicado no quadro 2, a exposição ambiental deve ser classificada como estabelecido abaixo. A classificação da água do mar depende da localização geográfica, aplicando-se assim a classificação válida no local de utilização do betão. NOTA: Pode ser necessário um estudo especial para estabelecer condições de exposição relevantes quando há: - valores fora dos limites do quadro 2; - outros agentes químicos agressivos; - água ou solos poluídos quimicamente; - grande velocidade de água em conjunto com os agentes químicos do quadro 2. XA1 XA2 XA3 Ligeiramente agressivo, de acordo com o quadro 2 Moderadamente agressivo, de acordo com o quadro 2 Fortemente agressivo, de acordo com o quadro 2

Quadro 2 - Valores limite das classes de exposição para o ataque químico proveniente de solos naturais e de águas neles contidas Os ambientes com agressividade química, abaixo classificados, têm como base o solo e a água nele contida, com temperaturas do solo ou da água entre os 5 ºC e os 25 ºC e com velocidades da água suficientemente lentas que possam ser consideradas próximas das condições estáticas. A classe é determinada pelo valor mais elevado para qualquer característica química. Quando duas ou mais características agressivas conduzirem à mesma classe, o ambiente deve ser classificado na classe imediatamente superior, a menos que um estudo especial para este caso específico prove que não é necessário. Característica química Método de ensaio de referência XA1 XA2 XA3 Águas SO mg/l EN 196-2 * 200 e 600 > 600 e 3000 > 3000 e 6000 2 4 ph ISO 4316 5,5 e 6,5 4,5 e < 5,5 4,0 e < 4,5 CO 2 agressivo mg/l pren 13577:1999 15 e 40 > 40 e 0 > 0 até à saturação + NH 4 mg/l ISO 7150-1 ou ISO 7150-2 15 e 30 > 30 e 60 > 60 e 0 Mg 2+ mg/l ISO 7980 300 e 00 > 00 e 3000 > 3000 até à saturação Solos 2 SO 4 total a) mg/kg EN 196-2 b) 2000 e 3000 c) > 3000 c) e 12000 > 12000 e 24000 Acidez ml/kg DIN 4030-2 > 200 Baumann Gully Não encontrado na prática a) Os solos argilosos com uma permeabilidade abaixo de -5 m/s podem ser colocados numa classe mais baixa. 2 b) O método de ensaio prescreve a extracção do SO 4 através de ácido clorídrico; em alternativa, pode usar-se a extracção aquosa, se houver experiência no local de utilização do betão. c) O limite de 3000 mg/kg deve ser reduzido para 2000 mg/kg, caso exista risco de acumulação de iões sulfato no betão devido a ciclos de secagem e molhagem ou à absorção capilar. Quadro 3 - Classes de abaixamento Quadro 4 - Classes Vêbê Classe Abaixamento em mm Classe Tempo Vêbê em segundos S1 a 40 V0 1) 31 S2 50 a 90 V1 30 a 21 S3 0 a 150 V2 20 a 11 S4 160 a 2 V3 a 6 S5 1) 220 V4 1) 5 a 3 Quadro 5 - Classes de compactação Quadro 6 - Classes de espalhamento Classe Grau de compactabilidade Classe Diâmetro de espalhamento em mm C0 1) 1,46 F1 1) 340 C1 1,45 a 1,26 F2 350 a 4 C2 1,25 a 1,11 F3 420 a 480 C3 1, a 1,04 F4 490 a 550 C4 a < 1,04 F5 560 a 620 a Aplica-se sómente ao betão leve F6 1) 630 * 1 1

4.2.2 Classes relacionadas com a máxima dimensão do agregado Quando o betão for classificado em relação à máxima dimensão do agregado, deve usar-se para a classificação a máxima dimensão do agregado mais grosso (D max ) do betão. NOTA: D é a abertura do maior peneiro que define a dimensão do agregado de acordo com a EN 12620 *. 4.3 Betão endurecido 4.3.1 Classes de resistência à compressão Quando o betão for classificado em relação à sua resistência à compressão, aplica-se o quadro 7 para betão de massa volúmica normal e betão pesado ou o quadro 8 para betão leve. Para a classificação utiliza-se a resistência característica aos 28 dias obtida a partir de provetes cilíndricos de 150 mm de diâmetro por 300 mm de altura (f ck,cyl ) ou a partir de provetes cúbicos de 150 mm de aresta (f ck,cube ). NOTA: Em casos especiais e quando permitido pela norma de projecto relevante, podem ser utilizados valores de resistência intermédios aos dados nos quadros 7 e 8. Quadro 7 - Classes de resistência à compressão para betão de massa volúmica normal e para betão pesado Classe de resistência à compressão Resistência característica mínima em cilindros f ck,cyl (N/mm 2 ) Resistência característica mínima em cubos f ck,cube (N/mm 2 ) C8/ 8 C12/15 12 15 C16/20 16 20 C20/25 20 25 C25/30 25 30 30 37 C35/45 35 45 C40/50 40 50 C45/55 45 55 C50/60 50 60 C55/67 55 67 C60/75 60 75 C70/85 70 85 C80/95 80 95 C90/5 90 5 C0/115 0 115

Anexo F (informativo) Valores limite recomendados para a composição do betão Este Anexo dá recomendações para a escolha dos valores limite para a composição e para as propriedades do betão em função das classes de exposição de acordo com 5.3.2. Os valores do quadro F.1 foram estabelecidos com base num tempo de vida útil pretendido para a estrutura de 50 anos. Os valores do quadro F.1 foram estabelecidos considerando o uso de cimento do tipo CEM I conforme com a EN 197-1 * e de agregados com uma máxima dimensão do agregado mais grosso entre 20 mm e 32 mm. As classes de resistência mínimas foram deduzidas a partir da relação entre a razão água/cimento e a classe de resistência do betão fabricado com cimento da classe de resistência 32,5. Os valores limite para a máxima razão água/cimento e para a mínima dosagem de cimento aplicam-se sempre, enquanto que os requisitos para a classe de resistência do betão podem ser especificados adicionalmente. Quadro F.1 Valores limite para a composição e para as propriedades do betão Máxima razão A/C Sem risco de corrosão ou ataque X0 Classes de exposição Corrosão induzida por Ambientes Ataque pelo Cloretos provenientes químicos carbonatação gelo/degelo agressivos da água do mar doutras origens XC1 XC2 XC3 XC4 XS1 XS2 XS3 XD1 XD2 XD3 XF1 XF2 XF3 XF4 XA1 XA2 XA3 0,65 0,60 0,55 0,50 0,50 0,45 0,45 0,55 0,55 0,45 0,55 0,55 0,50 0,45 0,55 0,50 0,45 Mínima classe de resistência C12/15 C20 /25 C25 /30 C35 /45 C35 /45 C35 /45 C25 /30 C35 /45 Mínima dosagem de cimento (kg/m 3 ) Mínimo teor de ar (%) Outros requisitos 260 280 280 300 300 320 340 300 300 320 300 300 320 340 300 320 360 4,0ª 4,0ª 4,0ª Agregados conformes com a EN 12620:2002 com suficiente resistência ao gelo/degelo Cimento resistente aos sulfatos ª Se o betão não tiver ar incorporado, convém que o seu desempenho seja avaliado com um métdo de ensaio apropriado, tendo como referência um betão cuja resistência ao gelo/degelo, para a classe de exposição aplicável, se encontre estabelecida b 2 Quando o SO 4 conduzir às classes de exposição XA2 e XA3, é essencial utilizar cimento resistente aos sulfatos. Se o cimento estiver classificado quanto à resistência aos sulfatos, convém utilizar cimento de moderada ou elevada resistência aos sulfatos na classe de exposição XA2 (e quando aplicável na XA1) e cimento de elevada resistência aos sulfatos na classe de exposição XA3

NP EN 12620 Anexo B (informativo) Orientações sobre a descrição da finura das areias Os quadros B.1 e B.2 são utilizados quando o especificador deseja descrever adicionalmente a finura das areias. Pode utilizar-se qualquer dos quadros mas nunca os dois. Neste quadros as areias grossas são designadas pela letra C, as médias por M e as finas por F. Adicionalmente, quando for seleccionado o quadro B.1, a letra P designando a percentagem que passa no peneiro 0,500 mm é acrescentada após as letras C, M ou F (por exemplo, MP para uma areia média). Do mesmo modo, quando for seleccionado o quadro B.2, a letra F designando módulo de finura é acrescentada após as letras C, M ou F (por exemplo, FF para uma areia fina). Quadro B.1 - Finura da areia baseada na percentagem que passa no peneiro 0,500 mm Percentagem de passados, em massa CP MP FP 5 a 45 30 a 70 55 a 0 Quadro B.2 - Finura da areia baseada no módulo de finura Módulo de finura CF MF FF 4,0 a 2,4 2,8 a 1,5 2,1 a 0,6 O módulo de finura (FM) permite controlar a regularidade. Quando requerido adicionalmente, convém que o módulo de finura duma remessa se situe dentro dos limites do valor FM declarado ± 0,50 ou dentro doutros limites especificados. NOTA: Geralmente o módulo de finura (FM) é calculado como a soma das percentagens, em massa, dos retidos acumulados na série de peneiros seguinte (mm) e expressa como percentagem, isto é: Módulo de Finura de um agregado grosso (Definição NÃO INCLUÍDA NA NP EN 12620 mas que abarca a definição da norma) Σ FM = [( > 63) + ( > 31,5) + (16) + ( > 8) + ( > 4) + ( > 2) + ( > 1) + ( > 0,5) + ( > 0,25) + ( > 0,125) ] 0 Módulo de finura de uma Mistura X X = n A i i= 1 n com p = 0% (p i percentagem de A i na mistura X) i= 1 i ENTÃO: FM x = n i= 1 p FM i i

MC2 43 2005 Existem tantas soluções (1 solução=(p A, p B, p C )= 1 curva real) quantos os diferentes conjuntos de pontos ( di, y CTi ) por onde se faz passar a curva real. DEVE-SE ESCOLHER (POR SOLUÇÃO CUJA CURVA REAL MAIS SE APROXIMA DA IDEAL. TENTATIVAS) A Na PRÁTICA uma boa solução é uma curva real que passa acima da ideal na zona dos finos e cujas áreas acima e abaixo, se compensem (FM - módulo de finura da curva real igual a FM da curva teórica dos agregados). Joana de Sousa Coutinho

MC2 2005 44 COMO RESOLVER??? 1. Determinar D (mm) máxima dimensão do agregado 2. Arbitrar C (kg) dosagem de cimento 3.Arbitrar A\C A/C máximo ver Normas 4.Fixar A, B e R/D C mínimo ver Normas C aconselhado 20 ( f ck + ) C aconselhado = 5 D A = 165 + 0.2 (C - 300) 5.Determinar Y D/2 Y = A+ 17 5 D + D/ 2 6.Fixar V V (volume de vazios). B R / D 075. V v = 45 0,03C D 0.2 7.Determinar m (volume de agregados) com por ex. c= C/30 a= A/00 8.Determinar p c p c = c c + m c + m + a + V v = 1 Joana de Sousa Coutinho

Determine a composição do betão pelo método de Faury considerando o seguinte: betão para as fundações de um edifício de habitação localizado em Braga Classe exigida em termos de resistência às cargas C25/30 Solo e águas classificadas como não agressivos Curvas granulométricas dadas em anexo de uma areia e duas brita cujas granulometrias foram avaliadas no LEM Consistência da classe S1 (plástica) e a utilizar meios de vibração média (sem adjuvantes) Determine as quantidades necessárias para se fabricar 40 litros de betão. MC2 Amassadura experimental; Maio de 05 0 90 80 70 60 50 40 30 20 0 0,0065 [mm] Peneiro 0,063 0,063 0,126 0,125 0,25 0,25 0,50 0,50 4/0 1,0 1,0 2,0 2,0 4,0 4,0 5,6 6,3 5,6 6,3 7,9 8 16/4 11,2 12,6 14,1 11,2 12,5 14 15,8 16 20 19,9 22,4/11,2 22,4 22,4 31,6 31,5 39,8 40 44,6 45 63,0 63 5 d 125,7 125 20 MC2 45 2005

MC2 Amassadura experimental; Maio de 05 Determine a composição do betão pelo método de Faury considerando o seguinte: betão para as fundações de um edifício de habitação localizado em Braga Classe exigida em termos de resistência às cargas C25/30 Solo e águas classificadas como não agressivos Curvas granulométricas dadas em anexo de uma areia e duas brita cujas granulometrias foram avaliadas no LEM Consistência da classe S1 (plástica) e a utilizar meios de vibração média (sem adjuvantes) Determine as quantidades necessárias para se fabricar 40 litros de betão. 0 90 80 70 60 50 40 30 20 0 0,0065 [mm] Peneiro 0,063 0,063 0,126 0,125 0,25 0,25 0,50 0,50 4/0 1,0 1,0 2,0 2,0 4,0 4,0 5,6 6,3 5,6 6,3 7,9 8 16/4 11,2 12,6 14,1 11,2 12,5 14 15,8 16 20 19,9 22,4/11,2 22,4 22,4 31,6 31,5 39,8 40 44,6 45 63,0 63 5 d 125,7 125 20 FM CTagregados =(24+53+65+75+84+91+98+0)/0=5,90 FM 22,4/11,2 = (61+0 7)/0=7,61 FM 16/4 = (62+0 6)/0=6,62 FM 4/0 = (4+22+47+72+90+98)/0=3,33 Coincide em 2mm Coincide em 0,5mm Coincide com 4mm Coincide com 1mm