A edificabilidade turística nos PROT de 2.ª geração : Orientações para a revisão dos PDM O caso da Região Centro

Documentos relacionados
SI INOVAÇÃO INOVAÇÃO PRODUTIVA E EMPREENDEDORISMO QUALIFICADO

Sistema de Incentivos à Inovação

PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DO REGULAMENTO DO PLANO DE PORMENOR DA ÁREA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO DAS FONTAINHAS

Turismo 2015_Folheto Aviso_Concurso_SI_Inovação_Inovação Produtiva e Empreededorismo Qualificado

Estratégia para a Aplicação de Planos de Intervenção em Espaço Rural em Espaço Periurbano. O caso de Setúbal.

Plano de Pormenor da Praia Grande. Direção Municipal de Ambiente, Planeamento e Gestão do Território

CÂMARA MUNICIPAL DE MAFRA Departamento de Urbanismo, Obras Municipais e Ambiente Divisão de Planeamento Territorial e Gestão Urbanística

DPGU DEPPC GAB.PLANEAMENTO

Gastronomia & Vinhos no contexto do Plano Estratégico Nacional do Turismo. Santarém, 16 de Outubro

PLANO PORMENOR DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESPECIFICA DE EQUIPAMENTOS E USO TURÍSTICO A NORTE DE ALJEZUR TERMOS DE REFERÊNCIA

1.ª ALTERAÇÃO AO PDM DE ALCÁCER DO SAL. Relatório de Fundamentação

R e v i s ã o d o P R O T A L G A R V E (Aprovado no Conselho de Ministros de 24 de Maio de 2007)

CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA

A Ocupação Dispersa no quadro do PROTALGARVE

Turismo em Solo Rural e os Planos Territoriais. na Região Centro (PIER) José Fortuna CCDRC. Coimbra 05.abril.2013

PLANO DE PORMENOR ESPAÇOS RESIDENCIAIS EM SOLO URBANIZÁVEL TERMOS DE REFERÊNCIA

PLANO PORMENOR DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESPECIFICA DA PAISAGEM OCEANO (LOTEAMENTO PAISAGEM OCEANO) TERMOS DE REFERÊNCIA

A Ocupação Dispersa no Quadro dos PROT e dos PDM. O PROT - Norte. Universidade de Évora, 12 de Novembro de 2009

Quadro político e legislativo relativo ao ordenamento do território. Planeamento Urbano 2011/12 JOÃO CABRAL FA/UTL

2. Termos de referência 2.1 Área de Intervenção 2.2 Enquadramento no PDM

PROGRAMA DE EXECUÇÃO REVISÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DA CIDADE DE PAREDES. Maio 2015

PLANO DIRETOR MUNICIPAL 1.ª ALTERAÇÃO. Processo para Discussão Pública

1ª REVISÃO DO. Programa de Execução PROPOSTA DE PLANO

Principais diplomas com relevo para o Ordenamento do Território e o urbanismo:

Turismo Equestre Oportunidades de desenvolvimento

Apresentação do PDES Plano do Desenvolvimento Económico e Social da Região Autónoma da Madeira. Turismo

TIPOLOGIAS DE ALOJAMENTO ENQUADRÁVEIS NO COMPETIR+

REGIME DE EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE INDUSTRIAL REAI

Avaliação Ambiental Estratégica: Âmbito e Alcance

1. Matriz de compatibilização das classes de espaço dos Planos Directores Municipais com as Classes de Espaço propostas pelo POOC.

Workshop Regional de Disseminação do Pacote da Mobilidade

Núcleo de Desenvolvimento Turístico de Gradiz (NDT) Introdução

PLANO DE PORMENOR NÚCLEO PATRIMONIAL DO PARQUE MINEIRO DE ALJUSTREL TERMOS DE REFERÊNCIA

1.ª alteração à 1.ª revisão do Plano Diretor Municipal de Penela. Relatório de ponderação de pareceres

Plano de Urbanização da Área Envolvente à VL10 - Nó de Gervide/ Rua Rocha Silvestre Termos de referência

Planeamento Urbano Plano de Urbanização da Damaia/Venda Nova (Oficina de Arquitectura 1997) JOÃO CABRAL FA/UTL 2011

MUNICÍPIO DE BEJA AVISO

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS ESTRUTURA ECOLÓGICA DO MUNICIPIO DE SETÚBAL

Turismo em Portugal. Estratégia para o Desenvolvimento do

FINANCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS

P L A N O E S T R A T É G I C O D E D E S E N V O L V I M E N T O U R B A N O

PLANO DE URBANIZAÇÃO DA UOPG3 DE HOTELARIA TRADICIONAL ALVOR - PORTIMÃO TERMOS DE REFERÊNCIA

Alteração Regulamentar ao PDM de Sintra. Direção Municipal de Ambiente, Planeamento e Gestão do Território

PLANO DE PORMENOR PARA A UOPG 13 (DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DA MEIA PRAIA)

Apresentação parte II

Relatório de Avaliação de Execução do PDM de VRSA em vigor

Delimitação e normativa para a urbanização rural difusa em Mafra

APOIO AO EMPREENDEDORISMO)

GESTÃO SUSTENTÁVEL DA ORLA COSTEIRA

Fase 2 Proposta Base da Revisão do Plano Reunião preliminar com o Executivo

ESTRATÉGIAS de DINAMIZAÇÃO NATUREZA. Palmela Setembro de 2011

Conferência comemorativa Avaliação Ambiental Estratégica Uma década depois: desafios e oportunidades. Linda Irene Pereira CCDR LVT

Municípios Sustentáveis

CÂMARA MUNICIPAL DE SALVATERRA DE MAGOS

A Estratégia Nacional para o Turismo em Espaços de Baixa Densidade

Conflitos de ordenamento

Alcochete 2030: Visão e Estratégia. Construindo o Futuro: Agenda Estratégica para o Desenvolvimento Sustentável

SI INOVAÇÃO INOVAÇÃO PRODUTIVA E EMPREENDEDORISMO QUALIFICADO

TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DE ALJUSTREL

Anexo I Prestação de Informação a enviar através do domínio de extranet da CMVM

SI INOVAÇÃO INOVAÇÃO PRODUTIVA E EMPREENDEDORISMO QUALIFICADO (RETIFICADA)

Desenvolvimento Turístico e Ordenamento Problemas, Desafios, Soluções PORTO CRESCER COM CARÁCTER

Modelo n.º 1. Revisão do Plano Diretor Municipal do Seixal. Lisboa Península de Setúbal Seixal

Carla Basílio

Para efeito de execução do Plano, a área de intervenção é dividida nas seguintes zonas, delimitadas na planta de implantação:

Lisboa, 25 de novembro de 2011

O P E R A Ç Ã O D E L O T E A M E N T O D A Z O N A I N D U S T R I A L L O R D E L O - C O D A L

REVISÃO DO P L A N O D E U R B A N I Z A Ç Ã O D E M O N T E M O R - O - N O V O

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES SECRETARIA REGIONAL DO TURISMO E TRANSPORTES DIREÇÃO REGIONAL DE TURISMO COMPETIR+

PRAIA FLUVIAL CÂMARA MUNICIPAL DO ALANDROAL PROGRAMA BASE DEZ 2009

PROTEÇÃO DO ESPAÇO NATURAL

PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE MEALHADA 1ªREVISÃO REGULAMENTO URBANÍSTICO REPUBLICAÇÃO JULHO 2016 ALTERAÇÃO MAIO Relatório VERSÃO FINAL FEV 2015

15 e 16 de Dezembro de 2010

UNIDADE DE EXECUÇÃO DE S. BARTOLOMEU. Proposta de Delimitação e Fundamentação. 1. Introdução. Fundamentação

P R O P O S T A N.º 284/2018. Planeamento, Urbanismo, Património e Obras Municipais

INDÚSTRIA EXTRATIVA E O ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO NO CONCELHO DE ALBUFEIRA

Estatísticas de Alojamento turístico, 2015

PLANO DE INTERVENÇÃO NO ESPAÇO RÚSTICO DA HERDADE DO TELHEIRO TERMOS DE REFERÊNCIA

P L A N O D I R E T O R M U N I C I P A L DO S E I X A L R E V I S Ã O DISCUSSÃO PÚBLICA

1 TERMOS DE REFERÊNCIA (Artigo 74.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial)

Lições aprendidas no Município de Mafra decorrentes da aplicação do POOC - ALCOBAÇA/MAFRA

Curso Profissional de Técnico de Turismo Ano Letivo de 2011/2012. Professoras: Carla Freitas e Emília Ventura

PLANO DE PORMENOR DA ZONA BAIXA DA VILA DE PENELA TERMOS DE REFERÊNCIA

FICHA DE DADOS ESTATÍSTICOS DE PLANO DIRECTOR MUNICIPAL N.º 5 da Portaria n.º 138/2005, de 2 de Fevereiro

PLANO DE PORMENOR INFRAESTRUTURAS DE APOIO DE ATIVIDADES ECONÓMICAS DE ERVIDEL TERMOS DE REFERÊNCIA ACOLHIMENTO PARA EMPRESAS, LOCALIZADO NO ESPAÇO DE

Direito do Ordenamento e do Urbanismo

FICHA DE DADOS ESTATÍSTICOS DE PLANO DIRECTOR MUNICIPAL N.º 5 da Portaria n.º 138/2005, de 2 de Fevereiro. 1ª Revisão do PDM de Manteigas

SI INOVAÇÃO INOVAÇÃO PRODUTIVA E EMPREENDEDORISMO QUALIFICADO

Operação de Reabilitação Urbana Sistemática de Santa Clara. Programa Estratégico de Reabilitação Urbana

PLANO DE PORMENOR DA ZONA INDUSTRIAL DE SANTA COMBA DÃO Termos de Referência

EXMO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMINHA

Termo de Responsabilidade do Projecto de Arquitectura

Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental

temos um plano para si!

RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO

1. Área a abranger pelo Plano de Pormenor

Estudos de Caracterização e Diagnóstico no Âmbito da Revisão do PDM de Loulé

Câmara Municipal de Sesimbra DIVISÃO DE PLANEAMENTO URBANISTÍCO

Transcrição:

Ciclo de Seminários Revisão do PDM Guia orientador CCDR Centro A edificabilidade turística nos PROT de 2.ª geração : Orientações para a revisão dos PDM O caso da Região Centro Fernanda Praça Anadia, 22 de Junho

1- ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO DO SETOR DO TURISMO 2 - O NOVO MODELO DE EDIFICABILIDADE TURÍSTICA NOS PROT DE 2.ª GERAÇÃO O caso do PROT Centro 3 - ABORDAGEM DO SETOR DO TURISMO NA REVISÃO DOS PDM a) Aspetos genéricos b) Questões recorrentes

PENT - 10 Produtos Estratégicos como um contributo diferenciado na valorização dos destinos Golfe Saúde e Bem Estar Turismo Náutico Gastronomia e Vinhos Turismo de Natureza Resort s Integrados e T. Residencial - Sol e Mar Touring Cultural e Paisagístico City Breaks Turismo de Negócios

Turismo Equestre Oportunidades de desenvolvimento da oferta PENT - Contribuição dos produtos para cada região Sol e Mar Touring City Break Turismo de Negócios Turismo de Natureza Golfe T. Náutico (inc. Cruzeiros) Resorts Int./ T.Residencial Saúde e Bem-estar Gastron. e Vinhos Algarve Lisboa M. Lisboa M. Lisboa Cruzeiros Madeira Porto Santo Cruzeiros Norte M. Porto M. Porto Centro Oeste Oeste Açores Alentejo litoral Alentejano litoral Alentejano litoral Alentejano litoral Alentejano Alqueva litoral Alentejano 1º nível 2º nível 3º nível 4º nível (contributo para a geração de fluxos)

PENT - Produtos vs. sazonalidade

PENT - Novos Polos de Desenvolvimento Turístico Douro Serra da Estrela Leiria-Fátima Oeste Litoral Alentejano Alqueva Porto Santo

PENT Tornar a qualidade urbana, ambiental e paisagística uma componente fundamental do produto turístico Qualidade urbana, ambiental e paisagística A qualidade urbana, ambiental e paisagística deve tornar-se uma componente fundamental do produto turístico para valorizar/qualificar o destino Portugal: preservar a autenticidade arquitetónica dos centros históricos das cidades; criar condições para deslocação a pé ou bicicleta; criação de zonas verdes e esplanadas; promover a qualidade do mobiliário urbano; promover a valorização do património paisagístico e natural bem como a biodiversidade; assegurar a limpeza e despoluição ao nível do solo subsolo água e ar; controlo dos níveis de ruído; sistemas adequados de saneamento básico.

2 - O NOVO MODELO DE EDIFICABILIDADE TURÍSTICA DOS PROT DE 2.ª GERAÇÃO

PROT e PDM de 1.ª geração A instalação de ET em solo rural - linhas dominantes: Delimitação de áreas turísticas; Delimitação de áreas de aptidão turística em que a concretização da ocupação turística passa pela elaboração de Planos de Pormenor (ou Planos de Urbanização) que incidem sobre uma área mais restrita; UOPG destinadas ao uso turístico; Definição da compatibilidade do uso turístico com outros usos dominantes (categorias do solo rural, no caso específico dos PDM); Misto das anteriores.

PROTAL - Delimitação de AAT nos PDM

Exemplo de Implementação do modelo das AAT no concelho de Loulé Concelho AAT Situação urbanística Total de camas previstas nas AAT N.º de camas comprometido nas AAT Turísticas Residen ciais Total % Loulé AAT de Alte - 1.200 0 0 0 0% AAT de Benafim - 300 0 0 0 0% AAT de Salir - 800 0 0 0 0% AAT de Querença-Tôr PP Quinta da Ombria 1.800 1.584 99 1.683 94% AAT de Loulé - 700 0 0 0 0% Total 4.800 1.584 99 1.683 35%

Edificabilidade Turística nos Novos PROT Instalação de empreendimentos turísticos estruturantes em solo rural: Abordagem menos determinística a localização dos investimentos estruturantes (vulgarmente designados por Núcleos de Desenvolvimento Turístico - NDT) não é previamente definida nos PDM; Definição de critérios de qualificação urbanística, ambiental, de integração paisagística, etc. Por via de regra é definido um limiar de capacidade máxima, traduzido em n.º de camas por unidade territorial.

Edificabilidade Turística nos Novos PROT (Cont.) Outros traços comuns: a concretização da estratégia para o setor do turismo opera-se seguindo o seguinte padrão (com pequenas adaptações consoante os PROT): Solo Urbano: possíveis todas as tipologias de empreendimentos turísticos Solo Rural Núcleos de Desenvolvimento Turístico (NDT), sem localização pré-definida Empreendimentos turísticos isolados: Estabelecimentos hoteleiros (com definição de limiar máximo por unidade) TER, TH e PCC

A PROPOSTA DO PROT CENTRO Modelo de Desenvolvimento Turístico em Solo Rural (com ajustamentos por unidade territorial): Núcleos de Desenvolvimento Turístico (NDT); Tipos de ET: Estabelecimentos Hoteleiros, Aldea/ T., TER, TH, PCC, e Conjuntos Turísticos que englobem as tipologias anteriores; Categoria mínima: 4** Critérios de qualificação urbanística, ambiental, de integração paisagística Empreendimentos Turísticos Isolados Estabelecimentos Hoteleiros: Hotéis associados a temáticas específicas (atividades de turismo de natureza, culturais, saúde e bem-estar ); categoria mínima de 3**; máx. 200 camas; densidade 40 camas/ha Pousadas TER, TH e PCC

A PROPOSTA DO PROT CENTRO Modelo de Desenvolvimento Turístico em Solo Rural Normas específicas para o Litoral Orla Costeira (500m) Fora das áreas urbanas ou urbanizáveis são interditas novas edificações destinadas a empreendimentos turísticos, ou expansão dos existentes (salvo em resultado de ações de requalificação urbanística e ambiental Admite-se a instalação de infraestruturas e equipamentos para apoio balnear, náutica de recreio e atividades desportivas relacionadas com a fruição do mar Zona Costeira (2000m) Interdita a criação de NDT Fora dos perímetros urbanos: os hotéis devem ter a categoria mínima de 4**

A PROPOSTA DO PROT CENTRO (Cont.) Em solo Urbano: Admissíveis todas as tipologias de empreendimentos turísticos Identificar CUT (Centralidades Urbano-turísticas) Identificar NUTL (Núcleos Urbanos de Turismo e Lazer) Limiares de capacidade de alojamento Reavaliação: Quando na região, ou em qualquer NUTS III, for atingido 0,5 camas/hab. (na determinação deste limiar são excluídas as camas afetas ao TER, TH, Hotéis Isolados e Pousadas)

A PROPOSTA DO PROT CENTRO (Cont.) Cabe aos PDM (em solo urbano e em solo rural): Identificar os objetivos de desenvolvimento turístico, estabelecer as orientações estratégicas e o modelo territorial em linha com o PROT; Identificar as tipologias de inserção territorial dos ET; Estabelecer as orientações quanto à localização dos ET; Identificar eventualmente outros NUTL; Identificar edifícios de especial interesse histórico-cultural, e privilegiar a implementação de funções turísticas e de lazer; Definir critérios para a localização de NDT; Definir a rede viária que garanta a integração local e regional dos NUTL e NDT e a sua articulação com os centros urbanos mais próximos.

3- ABORDAGEM DO SETOR DO TURISMO NA REVISÃO DOS PDM a) Aspetos genéricos a ter em consideração b) Questões recorrentes

ABORDAGEM DO SETOR DO TURISMO NA REVISÃO DOS PDM Aspetos Genéricos A aposta em determinados produtos específicos deve ter em conta a diversidade e multiplicidade dos recursos existentes (importante aferir os conteúdos tradicionais e identificar as imagens de marca que poderão ser potenciadoras de determinados produtos - ex. turismo cultural, de natureza, de aventura, ). Deverão ser definidos parâmetros urbanísticos e outras disposições regulamentares que assegurem a promoção de um desenvolvimento turístico de qualidade tendo em conta as especificidades territoriais designadamente ao nível do modelo de ocupação do território, da arquitetura de referência, da forte relação com os valores ambientais, culturais, tradicionais, do enquadramento paisagístico. Deverá ser acautelada a inexistência de usos conflituantes com o desenvolvimento do sector.

ABORDAGEM DO SETOR DO TURISMO NA REVISÃO DOS PDM Aspetos Genéricos (Cont.) Prever mecanismos inovadores de incentivo à requalificação da oferta turística, bem como dos espaços de ocupação turística degradados do litoral, sempre que se justifique; Privilegiar, ao nível dos parâmetros urbanísticos a instalação de estabelecimentos hoteleiros (discriminação positiva através da definição de parâmetros urbanísticos mais generosos ). TH e TER a instalar em edificações pré-existentes, pelas suas características e vocação, devem ser promovidos na generalidade das categorias de espaço (com exceção, naturalmente, daquelas em que há clara incompatibilidade de usos espaço industrial, p. ex.), com a eventual definição de parâmetros urbanísticos quanto à ampliação do edificado existente. A regulamentação do sector do turismo nos IGT deve sempre obedecer aos conceitos e terminologia da legislação específica do sector

ABORDAGEM DO SETOR DO TURISMO NA REVISÃO DOS PDM Questões recorrentes I - ESTUDOS DE CARATERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DIVERSIDADE DE FONTES DE INFORMAÇÃO SOBRE OFERTA E PROCURA Fontes de Informação sobre a oferta de alojamento turístico: Turismo de Portugal para além de listagens dos ET poderá ceder informação georreferenciada em formato shapefile dos ET nos quais detém competências Nota 1: As CM detêm competências para a classificação de: Agro-turismo (TER) Casas de campo (TER) TH Parques de campismo e de caravanismo Nota 2: As CM devem remeter ao TP os alvarás de AUFT (n.º 4 do art.º 30 do RJET) para atualização das bases de dados do TP Fontes de informação sobre a procura turística: INE

ABORDAGEM DO SETOR DO TURISMO NA REVISÃO DOS PDM Questões recorrentes (Cont.) II DELIMITAÇÃO DE ÁREAS DESTINADAS EXPRESSAMENTE A USO TURÍSTICO EM SOLO RURAL Contrariamente à nova abordagem, continuam a surgir propostas de plano com a identificação de: Áreas Turísticas Espaços de Ocupação Turística UOPG para instalação de empreendimentos turísticos ( )

Extrato de Planta de Ordenamento de PDM Identificação de EOT

PROCEDIMENTO DE REVISÃO DOS PDM Questões recorrentes (Cont.) III CONCEITO DE EMPREENDIMENTOS DE TURISMO DE NATUREZA (clarificação) Os empreendimentos de TN podem englobar as seguintes tipologias: Estabelecimentos Hoteleiros Aldeamentos turísticos Apartamentos turísticos Conjuntos turísticos TH TER Parques de Campismo e Caravanismo A omissão da menção ao TN em regulamento não impede que qualquer daqueles ET venham a ter a classificação de TN Sempre que seja mencionado o TN devem ser identificadas as tipologias (ex. Espaços Naturais)

ABORDAGEM DO SETOR DO TURISMO NA REVISÃO DOS PDM Questões recorrentes (Cont.) IV- ABORDAGEM DO TER E DO TURISMO DE HABITAÇÃO O TER e o TH são vocacionados para a preservação, recuperação e valorização do património edificado relevo da abordagem de parâmetros para edifícios pré-existentes no regulamento Frequentemente são estabelecidos parâmetros que se reportam à área da parcela, abordagem que não se considera a mais adequada (ex. área mínima da parcela; índice de construção, de implantação, ) Abordagem sugerida pelo TP Estabelecimento de área máxima de ampliação (de construção, de implantação, ) e definição da cércea máxima

ABORDAGEM DO SETOR DO TURISMO NA REVISÃO DOS PDM Questões recorrentes (Cont.) V- DEFINIÇÃO DE ÁREAS MÁXIMAS DE CONSTRUÇÃO PARA ET EM SOLO RURAL Em certas situações, o estabelecimento de área máxima de construção para os ET poderá condicionar a instalação de equipamentos de animação turística ou a generosidade das áreas das UA ou dos espaços de uso comum - ou seja, não promove a qualificação da oferta Ex. EH isolados com capacidade máxima definida (200 camas, por ex.) não se justifica estabelecer, por acréscimo, limiar de área de construção

ABORDAGEM DO SETOR DO TURISMO NA REVISÃO DOS PDM Questões recorrentes (Cont.) VI PARÂMETROS DE ESTACIONAMENTO DOS EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS Estacionamento Privativo Frequentemente estabelecem-se parâmetros relativos à dotação de estacionamento para Empreendimentos Turísticos Contudo, importa ter presente que: As tipologias de ET são bastante diferentes À escala do PDM, considera-se que a legislação do setor regula de forma razoável a dotação mínima de estacionamento dos ET, com exceção dos estabelecimentos hoteleiros Abordagem sugerida pelo TP: Regular apenas os EH, com parâmetros mais exigentes para as categorias 4** e 5**

ABORDAGEM DO SETOR DO TURISMO NA REVISÃO DOS PDM Questões recorrentes (Cont.) VI PARÂMETROS DE ESTACIONAMENTO DOS EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS (Cont.) Estacionamento para veículos pesados de passageiros Proposta frequente: dotação de 1 lugar de estacionamento para veículos pesados de passageiros por cada 50 (ou 30, ou por vezes até 20) unidades de alojamento Sugestão do TP: 1 lugar para tomada e largada de passageiros Estacionamento público A exigência de dotação de estacionamento público em sede de PDM pode conduzir a situações que não interessam nem à CM, nem aos promotores turísticos, nem qualificam o turismo (ver ex. seguinte)

Plano de Pormenor (em solo Rural) Exemplificação de exigência de estacionamento público 37 lugares de estacionamento público

ABORDAGEM DO SETOR DO TURISMO NA REVISÃO DOS PDM Questões recorrentes (Cont.) VII LOTEAMENTOS DE EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS EM SOLO RURAL (esclarecimento) Nos termos do RJUE (art.º38) é possível a realização de operações de loteamento em solo rural desde que destinados à instalação de ET (esta matéria nem sempre é clara); Nas menções do regulamento a vias (caso por ex. do dimensionamento), deve ser claro que se reporta a vias públicas, ou então excecionar as vias privadas dos ET (algumas tipologias de ET têm rede viária interna, cujo dimensionamento se encontra estabelecido no RJET caso dos aldeamento turísticos e CT).

Turismo Equestre Oportunidades de desenvolvimento da oferta www.turismodeportugal.pt www.visitportugal.com