TÍTULO: MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS E SUPORTE BÁSICO DE VIDA: IDOSOS EM SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

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Transcrição:

TÍTULO: MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS E SUPORTE BÁSICO DE VIDA: IDOSOS EM SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO AUTOR(ES): ALEXANDRE FRANÇA FEITOZA, DANIELE BRIZ CASTILHO ORIENTADOR(ES): PATRICIA FERA DE AZEVEDO

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 2 2. OBJETIVO... 4 3. METODOLOGIA... 4 4. DESENVOLVIMENTO... 5 5. RESULTADOS... 8 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS... 8 7. FONTES CONSULTADAS... 8

RESUMO Introdução: O processo de senescência e a senilidade podem levar os idosos a perderem a sua autonomia e independência. Em alguns casos as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) são uma alternativa de moradia mais segura, porém, o tratamento médico não constitui elemento central desse atendimento. Quando necessário, em situações de urgência/emergências, os primeiros socorros podem ser prestados pelos profissionais que ali trabalham até que o atendimento especializado chegue, identificando a necessidade do atendimento de saúde. Sendo assim consideramos importante capacitar os profissionais que trabalham nas ILPI para prestarem esse atendimento garantindo maior segurança aos idosos que ali residem. Objetivo: Descrever a elaboração de um material educativo para profissionais de ILPI sobre primeiros socorros para idosos nas situações de queda, acidente vascular encefálico (AVE) e parada cardiorrespiratória (PCR). Metodologia: Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico sobre os temas queda em idoso, AVE e PCR e infarto nas bases eletrônicas de dados científicos, livros didáticos, livros de atendimento pré hospitalar e manuais do ministério da saúde, sites da Sociedade Brasileira de Cardiologia e American Heart Association. Decidiu-se, a partir deste levantamento, organizar o manual em três partes: o que é queda?, que é acidente vascular encefálico? e o que é parada cardiorrespiratória?. Desenvolvimento: Elaborado Manual de Primeiros Socorros e Suporte Básico de Vida: Idosos em situações de Urgência e Emergência, ilustrado com fotos e esquemas, constituído de três grandes tópicos abordando as definições, sinais/sintomas e como proceder em intercorrências. Resultados: O manual de Primeiros Socorros e Suporte Básico de Vida: Idosos em situações de Urgência e Emergência foi desenvolvido ao longo de 6 meses, com o envolvimento de acadêmicos e orientadores da UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO, sendo parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em Enfermagem. Considerações finais: O manual elaborado pode ser usado como apoio em treinamentos nas ILPI e disponibilizado na forma impressa/eletrônica para consulta. 1

INTRODUÇÃO O envelhecimento populacional é uma realidade em todo o mundo e no Brasil não poderia ser diferente. A diminuição da taxa de fecundidade associada ao aumento da longevidade foi determinante deste evento. Segundo o IBGE, atualmente, uma em cada dez pessoas tem 60 anos de idade ou mais. Para o ano de 2050 estima-se que a relação será de um idoso para cinco pessoas em todo o mundo e de um para três nos países desenvolvidos. De acordo com o Estatuto do Idoso, é considerado idoso todo cidadão com idade igual ou superior à 60 anos. SANTOS et al (2012) afirmam que:...o envelhecimento causa transformações com repercussões nos aspectos funcionais, sociais, emocionais e ambientais. Junto a essas mudanças, ocorrem as doenças crônicas, o que exige do idoso modificações em seus hábitos diários e no desempenho das atividades antes consideradas simples. Frente às várias alterações fisiológicas e patológicas pertinentes ao processo de envelhecimento, os idosos perdem sua autonomia e independência, consequentemente, os idosos que residem sozinhos deixam suas casas, à procura de instituições de longa permanência, em busca de segurança, mais atenção e querendo mais cuidados... As ILPI são definidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº283 (Brasil, 2005) como - instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinada a domicilio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade e dignidade e cidadania. As ILPI assim como os asilos, casas para velhice com alojamento e residências destinados à assistência social a idosos, são consideradas abrigos de idosos e nestes casos o tratamento médico não constitui elemento central desse atendimento (Watanabe e Giovane, 2009). Sendo assim no quadro de funcionários destas instituições não há necessariamente profissionais da área da saúde. No entanto a preocupação com a saúde dos idosos se faz presente e quando alguns dos residentes nestas instituições necessitam de atendimento e acompanhamento médico deve ser encaminhado a um serviço apropriado público ou privado. 2

Muitas co-morbidades frequentemente encontradas em idosos podem desencadear situação agudas que requerem atendimento rápido ou encaminhamento imediato ao serviço de saúde. O aumento da expectativa de vida, torna idosos mais suscetíveis à doenças cardiovasculares, como a doença arterial coronariana (DAC), a doença arterial periférica, a insuficiência cardíaca e o acidente vascular encefálico. No ano de 2009, o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), divulgou que as maiores causas de internação de idosos estão relacionadas à doenças do aparelho circulatório (27,5%); sendo a principal causa de mortalidade (40,8%). São considerados Fatores de Risco (FRs), associados às doenças cardiovasculares, hipertensão arterial Sistêmica (HAS), o Diabetes Mellitus (DM), a idade e os fatores genéticos. Entre as situações que podem demandar um atendimento de primeiros socorros aos idosos estão as quedas, os acidentes vasculares encefálicos e a parada cardiorrespiratória. A queda do idoso é uma situação que, dependendo da intensidade do evento, de características próprias do processo senescência e/ou senilidade, (p. ex. densidade óssea diminuída, força muscular, déficit sensório-motor psicomotor, entre outros), pode colocá-lo em risco de morte ou desencadear complicações com possibilidade de gerar sequelas comprometendo sua autonomia e independência. O AVE (Acidente Vascular Encefálico) é grande causa de mortalidade nesta faixa etária, com alto risco de morbidade com perda funcional, entre outras sequelas, incapacitando idosos de forma a torna-los dependentes de cuidados de maior complexidade, bem como a perda da autonomia. A PCR (Parada cardiorrespiratória) é considerada a intercorrência que requer maior conhecimento para quem executará as ações de primeiros socorros e de Suporte Básico de Vida (SBV) devido a complexidade do evento, como também dos procedimentos realizados. Considera-se importante conhecimento para os leigos 3

que estão em ILPI, pois a PCR pode ser consequência agravante das intercorrências com idosos citadas nos parágrafos anteriores. Nas ILPI os primeiros socorros podem ser prestados pelos profissionais que ali trabalham até que o atendimento especializado chegue. Esses profissionais também podem ajudar quando identificam a necessidade do atendimento de saúde e encaminhamento ao pronto socorro. Primeiros socorros são as primeiras ações adotadas antes da chegada da equipe especializada, com profissionais qualificados, para o atendimento das vítimas. Qualquer pessoa pode prestar os primeiros socorros desde que esteja habilitada, treinada para realizar os procedimentos mínimos para assegurar a vida da vítima e do próprio socorrista. Sendo assim consideramos importante capacitar os profissionais que trabalham nas ILPI para prestarem esse atendimento garantindo maior segurança aos idosos que ali residem. 1. OBJETIVO Descrever a elaboração de um material educativo para profissionais de instituições de longa permanência sobre atendimento básico de primeiros socorros para idosos nas situações de queda, acidente vascular encefálico e parada cardiorrespiratória. 3. METODOLOGIA Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico sobre quedas em idosos, acidentes vasculares encefálicos e parada cardiorrespiratória e infarto nas bases eletrônicas de dados científicos, livros didáticos, livros de atendimento pré hospitalar e manuais do ministério da saúde. Foram também consultados os sites da Sociedade Brasileira de Cardiologia e American Heart Association. Esses temas foram escolhidos a partir de dados demográficos de saúde que mostram que são situações prevalentes em idosos que demandam atendimentos de urgência e emergência. 4

Decidiu-se, a partir deste levantamento, organizar o manual em três partes: o que é queda?, que é acidente vascular encefálico e o que é parada cardiorrespiratória?. Além disso, devido ao desconhecimento do leigo, que muitas vezes acredita que o infarto e parada cardiorrespiratória (PCR) são a mesma coisa, percebeu-se a necessidade de apresentar a diferença entre estas intercorrências. Dentro destes tópicos principais foram abordados definições, sinais e sintomas e como proceder para prestar um primeiro socorro. Estes itens não foram padronizados. Em cada tópico estes itens foram descritos de uma forma para melhor contemplar o conteúdo considerado importante. 4. DESENVOLVIMENTO O levantamento bibliográfico realizado possibilitou a elaboração de um Manual de Primeiros Socorros e Suporte Básico de Vida: Idosos em situações de Urgência e Emergência O manual foi ilustrado com fotos realizadas pelos autores para facilitar a compreensão de sinais e sintomas e também de manobras de primeiros socorros. Abaixo apresentaremos a estrutura do manual: Figura 1 Capa do Manual 5

A capa apresenta a equipe de colaboradores responsáveis pela elaboração do manual, que também foram os modelos nas simulações e os equipamentos utilizados durante os procedimentos. Figura 2 Imagens com simulação de atendimento de primeiros socorros O uso de imagens teve como objetivo substituir textos extensos, tornando o aprendizado menos cansativo mais prazeroso, dar sentido de linearidade dos eventos com numerações destacadas, adaptação de textos para uma linguagem adequada ao público alvo (leigos) facilitando assim a leitura, compressão e memorização do conteúdo. Figura 3 Imagens do tópico o que é queda? 6

As imagens da figura 3 são referentes ao capítulo de quedas e ilustram o evento e seus riscos associados, formas de prevenção, causas, complicações pós evento e orientações sobre atuação em primeiros socorros nestas situações. Figura 4 Imagens do tópico o que é acidente vascular encefálico? Neste tópico foram usadas ilustrações pesquisadas na internet para melhor identificação de sinais e sintomas relacionado ao AVE. Figura 5 Imagens do tópico o que é parada cardiorrespiratória? 7

Também foram usadas imagens com a finalidade de aproximar o leitor da realidade de um evento de intercorrência como a PCR, a simulação de SBV e equipamentos necessários na realização do procedimentos para dar apoio aos profissionais treinados em suporte avançado de vida (SAV). 5. RESULTADOS O Manual de Primeiros Socorros e Suporte Básico de Vida: Idosos em situações de Urgência e Emergência foi desenvolvido ao longo de aproximadamente 6 meses, com o envolvimento de acadêmicos e orientadores da UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO (UNICID), sendo parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em Enfermagem. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O manual elaborado pode ser usado como apoio em treinamentos nas ILPI e disponibilizado na forma impressa e eletrônica para consulta pelos profissionais. Como desdobramentos deste trabalho o manual será utilizado para um treinamento nas ILPI com as quais a universidade mantém parceria. 7. FONTES CONSULTADAS Instituto Brasileiro de Geografia Estatística. (IBGE) No mundo, em 2050, um quinto da população será de idosos. SANTOS, Zélia Maria de Sousa Araújo et al. Autocuidado universal praticado por idosos em uma instituição de longa permanência. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro, v. 15, n. 4, Dec. 2012. TIER, Cenir Gonçalves; FONTANA, Rosane Teresinha; SOARES, Narciso Vieira. Refletindo sobre idosos institucionalizado. Rev. bras. enferm., Brasília, v. 57, n. 3, June 2004. CUNHA, B. S. S; NASCIMENTO, A. S; SÁ, S. P. C. Perfil Clínico e Sociodemográfico de Internação de Idosos na Unidade de Emergência de um Hospital Geral. Revista Envelhecimento, v. 19, n. 1, abr., 2014. Disponível em: 8

<http://www.seer.ufrgs.br/index.php/revenvelhecer/article/view/20963/31009>. Acesso em: 22 out. 2014. LEITE, M. T. A Equipe de Enfermagem e sua Interação com Idosos Internados em Hospitais Gerais. Porto Alegre, 2007. 322 p. Tese (Doutorado em Gerontologia Biomédica) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2007. [Orientadora: Profª. Drª. Lúcia Hisako Takase Gonçalves]. Disponível em: <http://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/3670/1/000391993- Texto%2BCompleto-0.pdf>. Acesso em: 22 out. 2014. RODRIGUES, C. C; RIBEIRO, R. C. H. M. Perfil epidemiológico dos idosos atendidos na emergência de um hospital escola. Arquivos de Ciência da Saúde, v. 19, n. 2, abr/jun., 2012. Disponível em: <http://www.cienciasdasaude.famerp.br/racs_ol/vol-19-2/id505-rev-19-abr-jun- 2012.pdf>. Acesso em: 22 out. 2014. SANTOS, E. F; VERDERI, E. B. L. P. Amigo Idoso Socorrista: Apenas um Título ou um Instrumento que pode salvar vidas. Coleção Pesquisa em Educação Física, Vol.11, n.4, 2012. Disponível em: http://www.fontouraeditora.com.br/periodico/vol-11/vol11n4-2012/vol11n4-2012-pag- 59a68/Vol11n4-2012-pag-59a68.pdf. Acesso em: 26 ago. 2015. TURRINI, Ruth Natalia Teresa. Percepção das enfermeiras sobre fatores de risco para a infecção hospitalar. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 174-184, June 2000. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0080-62342000000200007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 26 Ago. 2015. MELO, M. C. B. Urgência e Emergência na Atenção Primária à Saúde. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2011. 132p. Manual de publicação do Ministério da Saúde, Brasil. Fundação Oswaldo Cruz FIOCRUZ. Núcleo de Biossegurança. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro, 2003. <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeiros socorros.pdf> Data de acesso: 04 junho 2015. DANTON, G. Metodologia Científica. São Paulo: Virtual Books, 2000. 23 p. 9