Ao E. Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina CAU/SC À Presidente da Comissão Especial de Licitação da Concurso Público nº 01/2016 Referência: Concurso Público Nacional de Anteprojeto de Interiores Nº 01/2016 Excelentíssimo Senhor Examinador, Josemary de Souza Gomes, arquiteta e urbanista, inscrita no CAU/RS sob o nº A80504 1, portadora do RG nº 1091042414, inscrita no CPF/MF sob o nº 012868690 13, residente e domiciliada na cidade de Porto Alegre/RS, juntamente com Fernanda Fedrizzi Loureiro de Lima, arquiteta e urbanista, inscrita no CAU/RS sob o nº A89229 7, portadora do RG nº 1093031498, inscrita no CPF/MF sob o nº 017877550 96, e, Graziella Granata, arquiteta e urbanista, inscrita no CAU/RS sob o nº A94538 2, portadora do RG nº 2093322564, inscrita no CPF/MF sob o nº 832168980 97, coautoras, do ANTEPROJETO PROTOCOLADO SOB O Nº 16, premiado com o TERCEIRO LUGAR, em atenção a Ata de Divulgação de Classificação de Preliminar dos Anteprojetos e Ata da Sessão Pública de Julgamento do Concurso nº 01/2016, devidamente inscritas neste e. concurso acima subscrito, de alçada do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina, vêm, respeitosamente, perante Vossa Senhoria, apresentar RECURSO ADMINISTRATIVO ao RESULTADO PRELIMINAR DE CLASSIFICAÇÃO DOS ANTEPROJETOS DO CONCURSO Nº01/2016, divulgado por esta Comissão, junto ao DOU Nº 72, do último dia 15 de abril de 2016, conforme prazo legal, forte do art. 109, da Lei 8.666/1999, requerem o recebimento do presente, assim como a concessão do efeito suspensivo (art. 109, 2º, da Lei 8.666), pelas razões e fundamentos que seguem na presente peça defensiva: DAS RAZÕES DE RECURSO Trata se de recurso promovido visando a elevação do patamar de pontuação e avaliação concedida ao Anteprojeto Terceiro colocado, de autoria e coautoria das supra qualificadas, protocolado sob o nº 16, em atenção ao ventilado pela E. Comissão Julgadora, constante junto a Ata de Julgamento, publicada junto ao DOU nº 72, de 15/04/2016. Da Pontuação do Formulário de Julgamento O presente Recurso tem por meta a reanálise das justificativas apresentadas quando da Sessão de Julgamento, no que toca aos critérios de pontuação e avaliação da Terceira Classificada, cite se Anteprojeto Protocolado nº 16, visando melhorar a pontuação conferida pela v. Banca Avaliadora. Para melhor leitura da peça recursal, apresentar se ão as justificativas de melhoria de pontuação juntamente com os requisitos constantes no formulário de julgamento, após a indicação de cada item topificado.
Por questões didáticas, serão analisados os itens a e b de forma conjunta. a) Sintonia com o caráter institucional do CAU/SC nota 8 b) Sintonia com o conceito contemporâneo e inovador nota 8 Conforme avaliação registrado em ata assim justificaram se a nota 08 à Terceira Colocada: "a Comissão Julgadora entendeu que o projeto apresentou solução formal, contemporânea, inovadora e adequada ao caráter institucional do CAU/SC". E. Julgador, entende se injustificável o desconto de dois pontos em cada um dos critérios de avaliação contidos nos itens a e b, pois foram projetados mobiliários e houve aplicação de materiais com aspecto estético, cores, formas e texturas contemporâneos, com características atemporais que reforçam o caráter institucional do CAU/SC. Além disso, a soma dos desenhos contemporâneos com a linguagem estéticas das cadeiras assinadas por designers, resultou num conjunto sóbrio e inovador. Nota se que nenhum item desqualificador foi utilizado para caracterizar os elementos arquitetônicos apresentados, bem notando se que o projeto ora em objeto encontra se em perfeita sintonia com a proposta requerida no presente concurso, demonstrando se necessária e justa a elevação da nota conferida. Assim, requer se a elevação da nota concedida nos tópicos supracitados. c) Atendimento ao programa de necessidades nota 8 No que toca ao item c do Formulário de Julgamento, não foi identificado, na avaliação contida em Ata, nenhum item do programa de necessidades que não tenha sido contemplado no projeto, além disso, a ata de julgamento não cita quaisquer inconformidades em relação a este item. Ademais, no mezanino foi previsto um posto de trabalho extra além dos requeridos no edital. Na copa, no mesmo pavimento, foi previsto espaço para refeições rápidas, assegurando maior conforto ao ambiente de trabalho. Requer se assim a reconsideração, melhorando a pontuação conferida. e) Viabilidade técnico construtiva da proposta técnica nota 8 Assim constou junto a Ata de Julgamento: na avaliação dos jurados a compartimentação dos ambientes, a solução do mobiliário, dos elementos construtivos e arquitetônicos do pavimento térreo, deveria ser repensada, de forma a evitar barreiras visuais aos ambientes de trabalho.
A avaliação apresentada pela comissão não cita nenhuma inviabilidade técnico construtiva, visto que todas as soluções criticadas são aplicadas aos mobiliários e painéis sem que quaisquer deles apresentem características estruturais. Pode se também ressaltar que as alterações feitas no mezanino são de baixíssimo impacto à estrutura original, pois apenas retirou se a escada existente, fechando o vão remanescente e, também, substituiu se a parede de vedação do mezanino, antes em alvenaria, por uma alternativa mais leve e visualmente permeável (permitindo iluminação natural ao ambiente de trabalho) contemplando, ainda, o acesso pela nova escada projetada para facilitar os fluxos. Nesse ponto, necessária a elevação na nota conferida. g) Acessibilidade, salubridade, segurança e conforto dos usuários nota 8 Constou junto a Ata de Julgamento que "o partido adotado e a setorização dos ambientes dificultaram o fluxo, comprometendo assim, o aproveitamento, utilização e valorização dos espaços, a exemplo dos espaços destinados a biometria, biblioteca e autoatendimento". O ponto merece melhor consideração tendo em vista que, com relação ao conforto, destaca se a utilização da mobiliário com boa ergonomia e projetados para cada tipo de uso específico, além das circulações e espaços destinados ao uso do publico atenderem às dimensões mínimas de conforto exigidas. Atentamos ainda que a proposta contempla aplicação de adesivo antiderrapante nos locais de áreas molhadas (saída dos sanitários e copa de funcionários) e nos acessos do térreo e escada que leva ao mezanino, garantindo a segurança dos usuários e mantendo a qualidade estética proposta no anteprojeto. h) Aspectos formais e inovadores da proposta técnica nota 8; Para melhor apresentação, vejamos breve comparação entre os anteprojetos nº 16 e 20 apresentados. Sobre anteprojeto N.16 "a Comissão Julgadora entendeu que o projeto apresentou solução formal, contemporânea, inovadora e adequada ao caráter institucional do CAU/SC." Sobre anteprojeto N.20 "A Comissão recomenda uma alternativa mais inovadora ao modelo de mobiliário corporativo proposto." Diante das avaliações acima apresentadas, não se compreende a razão de ambos os projetos serem entendidos com a mesma nota (8), sob o mesmo aspecto, visto que o anteprojeto apresentado (nº 16) não recebeu críticas aos aspectos formais e inovadores, ao contrário do anteprojeto numero 20, que recebeu recomendação de melhorias nos itens citados. Entendendo se pela necessidade de reanálise e conferência, elevando se o patamar de avaliação do projeto que veio a apresentar melhor critica nesse aspecto, cite se, Anteprojeto
nº 16, terceiro colocado, evitando se incongruência entre as notas e dando procedência a melhor e justa análise do projeto apresentado pelas recorrentes. i) Pertinência quanto à definição de fluxos e integração máxima dos ambientes nota 7 Assim constou junto a Ata de Julgamento: O partido adotado e a setorização dos ambientes dificultaram o fluxo, comprometendo assim, o aproveitamento, utilização e valorização dos espaços, a exemplo dos espaços destinados a biometria, biblioteca e autoatendimento" E, Na avaliação dos jurados a compartimentação dos ambientes, a solução do mobiliário, dos elementos construtivos e arquitetônicos do pavimento térreo, deveria ser repensada, de forma a evitar barreiras visuais aos ambientes de trabalho. O fluxo adotado na proposta acontece de forma simples e intuitiva definido ao longo de uma circulação principal no térreo, interligando de forma linear e contínua todos os setores ali previstos. Além disso, a localização das cadeiras de aproximação de atendimento e autoatendimento do público foi prevista de forma a não obstruir a circulação. No mezanino, os fluxos seguem a mesma lógica linear de distribuição dos setores, sem interrupções ou bloqueios físicos. Os setores de biometria, biblioteca e autoatendimento citados, são postos que serão ocupados esporadicamente, portanto foram dispostos de maneira a não interferir na rotina dos funcionários e também para facilitar o uso do público, com a biblioteca e autoatendimento dispostos no mesmo local e próximos à sala multiuso, visto que a seguinte sala pode ser utilizada como ampliação do ambiente de estudos. Sobre a integração dos ambientes, a setorização existe de forma sutil e flexível, já que se dá por painéis móveis e/ou permeáveis, possibilitando a integração visual e física quando houver necessidade. Além disso, para fins comparativos, temos que o anteprojeto nº 20 recebeu a seguinte orientação: Na avaliação dos jurados, o layout teria que ser ajustado para acesso ao banheiro PNE, ainda que atenda a acessibilidade., o que nos leva a crer que, por ser um ambiente que deveria ter o acesso fácil e direto, a avaliação foi generosa com a equipe, enquanto o anteprojeto por nós apresentado (nº 16), recebeu criticas subjetivas e teve 3 pontos descontados. Acreditamos que a avaliação atribuída à equipe terceira colocada foi muito dura e sem justificativas claras para tal. Feitas as pontuais justificativas supracitadas, requer se nova análise dos pontos referidos, conferindo nota em patamar mais elevado, justa e adequada ao Anteprojeto protocolado nº 16. Assim, ante o exposto, requer se a revisão do resultado provisório da classificação dos anteprojetos.