PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL INFRAÇÃO PENAL DIREITO PENAL 11/9/2009

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Transcrição:

DIREITO PENAL Prof.ª Maria Carolina Brassanini Centa PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL A) LEGALIDADE ART. 1 DO CP SÓ HÁ QUANDO A CONDUTA ESTIVER DESCRITA EM LEI B) CULPABILIDADE A PENA SÓ PODE SER IMPOSTA A QUEM COMETEU FATO TÍPICO E ANTIJURÍDICO COM DOLO OU CULPA, MERECENDO JUÍZO DE REPROVAÇÃO PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL C) PROIBIÇÃO DE ANALOGIA IN MALLAM PARTEM D) ANTERIORIDADE DA LEI NÃO HÁ SEM LEI ANTERIOR QUE O DEFINA E) FRAGMENTARIEDADE O DIREITO PENAL PROTEGE APENAS UMA PARCELA DOS BENS JURÍDICOS, AQUELES CONSIDERADOS MAIS IMPORTANTES PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL F) PESSOALIDADE OU INTRANSCENDÊNCIA G) PROPORCIONALIDADE DA PENA A PENA DEVE SER PROPORCIONAL AO GRAU DE RESPONSABILIDADE DO AGENTE H) PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL I) IGUALDADE TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI J) NE BIS IN IDEM NINGUÉM PODE SER PUNIDO DUAS VEZES PELO MESMO FATO. NÃO SE PODE NEM APLICAR A PENA NOVAMENTE PELO MESMO, NEM PROCESSAR E JULGAR DUAS VEZES PELO MESMO FATO INFRAÇÃO PENAL TODA CONDUTA VIOLADORA DA LEI PENAL A QUAL A LEI DETERMINAPENADERECLUSÃO RECLUSÃO OU DETENÇÃO CONTRAVENÇÃO PENAL PENA COMINADA É DE PRISÃO SIMPLES 1

CONDUTA É A AÇÃO OU OMISSÃO HUMANA A CONDUTA SÓ É PUNÍVEL SE ELA É TÍPICA, OU SEJA PREVISTA EM LEI A CONDUTA QUE SE ADEQUA A UM TIPO PENAL É RELEVANTE PARA O DIREITO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE S COMUNS X PRÓPRIOS COMUM É AQUELE QUE PODE SER COMETIDO POR QUALQUER PESSOA PRÓPRIO PODE SER COMETIDO POR DETERMINADA CATEGORIA DE PESSOAS, PRESSUPÕE QUALIDADE ESPECIAL DO AGENTE DEVE HAVER CONDIÇÃO JURÍDICA (SÓCIO, FUNCIONÁRIO ), PROFISSIONAL (COMERCIANTE, MÉDICO), DE PARENTESCO (PAI, FILHO) OU NATURAL (MULHER, HOMEM) S FORMAIS: SÃO S DE CONSUMAÇÃO ANTECIPADA O TIPO PENAL MENCIONA O COMPORTAMENTO E O RESULTADO, MAS NÃO EXIGE QUE ELE SEJA PRODUZIDO PARA PENALIZAR O AGENTE EX. S DE FALSIDADE S MATERIAIS: A LEI EXIGE A PRODUÇÃO DE RESULTADO PARA A CONSUMAÇÃO EX. HOMICÍDIO, LESÃO CORPORAL EX. 2 ESTELIONATO. A LEI PEDE QUE O AGENTE OBTENHA A VANTAGEM INDEVIDA INDUZINDO OU MANTENDO ALGUÉM EM ERRO S COMISSIVOS X OMISSIVOS S COMISSIVOS DEPENDEM DE AÇÃO DO INFRATOR EXECUTAR, AGIR, FAZER S OMISSIVOS DEPENDEM DE INAÇÃO, DE INÉRCIA DEIXAR DE AGIR QUANDO PODE FAZÊ-LO SEM ARRISCAR SUA PRÓPRIA VIDA S COMISSIVOS POR OMISSÃO: O SUJEITO PRODUZ O RESULTADO PRETENDIDO POR MEIO DE OMISSÃO OMISSÃO DAQUELES QUE TÊM DEVER DE CUIDADO EX. MÃE QUE MATA O FILHO POR DEIXAR DE ALIMENTÁ-LO 2

S INSTANTÂNEOS: O TIPO PENAL SE COMPLETA NUM SÓ MOMENTO. S PERMANENTES: A CONSUMAÇÃO SE ESTENDE POR UM ESPAÇO DE TEMPO. EX. SEQÜESTRO A CONSUMAÇÃO DO ILÍCITO NÃO SE DÁ COM UMA ÚNICA AÇÃO DO INFRATOR. ELA SE POTRAI NO TEMPO. PERDURA. CONSUMADO: REÚNE TODOS OS ELEMENTOS QUE CONFIGURAM O TIPO PENAL TENTADO: O AGENTE INICIA A EXECUÇÃO, PORÉM O NÃO SE CONSUMA POR CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS À SUA VONTADE EXAURIDO: O É CONSUMADO E LEVADO ÀS SUAS ÚLTIMAS CONSEQÜÊNCIAS EX. EXTORSÃO MEDIANTE SEQÜESTRO. CONSUMA-SE COM A EXTORSÃO, MAS SE EXAURE COM A OBTENÇÃO DA VANTAGEM ILÍCITA UNISSUBSISTENTE: PARTE PUNÍVEL DO ITER CRIMINIS NÃO PODE SER FRACIONADO. NÃO ADMITE TENTATIVA PLURISSUBSISTENTE: ADMITE TENTATIVA. ITER CRIMINIS PODE SER FRACIONADO DOLO: DIZ RESPEITO AO ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO PENAL VONTADE LIVRE E CONSCIENTE DO AGENTE O AGENTE QUIS O RESULTADO DOLO ESPECÍFICO: Realiza a conduta com uma finalidade específica. Ex. O agente pode agir com o dolo comum m de ameaçar. Ou agir com o dolo de ameaçar com o dolo específico de obter vantagem econômica. 3

PRETERDOLO Ocorre em crimes qualificados pelo resultado. Dolo no resultado antecedente e culpa no resultado posterior Ex: aborto com morte da paciente DOLO EVENTUAL Agente não deseja o resultado, mas assume o risco de produzi-lo Foto: João Carlos Frigério CULPA Sujeito dá causa ao resultado por imprudência, negligência g ou imperícia O resultado decorre de inabilidade, acidente Resultado era previsível e poderia ser evitado com maior cuidado, caso contrário, não haveria culpa CULPA CONSCIENTE O agente prevê que o resultado é possível, mas acredita que ele não vá ocorrer Erro de cálculo Excesso de confiança ITER CRIMINIS CAMINHO DO FASES DE UM 1) COGITAÇÃO PLANEJAR, COGITAR REALIZAR O, PENSAR A COGITAÇÃO NÃO É PUNÍVEL 2) ATOS PREPARATÓRIOS PREPARAR A EXECUÇÃO COMPRAR A ARMA DO, PESQUISAR O ENDEREÇO DA VÍTIMA, ETC SÓ PODE SER PUNIDO SE O ATO CONSISTIR POR SI SÓ. EX. PORTE DE ARMA SEM AUTORIZAÇÃO 4

ITER CRIMINIS 3) FASE EXECUTÓRIA INICIA COM O PRIMEIRO ATO DE EXECUÇÃO JÁ EXISTE ATENTADO AO BEM JURÍDICO 4) CONSUMAÇÃO QUANDO O AGENTE CONSEGUE REALIZAR O TIPO PENAL COM TODOS SEUS ELEMENTOS ADEQUAÇÃO DA AÇÃO CRIMINOSA A TODOS OS ASPECTOS PREVISTOS NA LEI A CONDUTA SÓ É TÍPICA QUANDO HÁ O ENQUADRAMENTO DA CONDUTA A UM TIPO PENAL CONCURSO DE PESSOAS CONCURSO NECESSÁRIO OCORRE NOS S PLURISSUBJETIVOS AQUELES QUE OBRIGATORIAMENTE EXIGEM A PARTICIPAÇÃO DE DUAS OU MAIS PESSOAS. EX. RIXA CONCURSO EVENTUAL NOS S MONOSSUBJETIVOS PODEM SER COMETIDOS POR UMA SÓ PESSOA. EX. HOMICÍDIO DOS S CONTRA A FÉ PÚBLICA Fé Pública crença na veracidade e autenticidade de papéis, documentos, símbolos ou sinais utilizados nas relações sociais. Requisitos: A falsidade não pode ser grosseira. Deve ser capaz de induzir alguém em erro. Por falsificação grosseira entendese aquela incapaz de induzir ou manter alguém em erro, por ser perceptível a olho nu, sem o uso de qualquer apetrecho. DOS S CONTRA A FÉ PÚBLICA A lei não exige o dano efetivo, apenas a possibilidade Via de regra a falsificação deve tratar de dado juridicamente relevante Dolo: vontade livre e consciente do agente de realizar a conduta típica. 5

PAPÉIS S Falsificação de papéis públicos Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I - selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo; II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; III - vale postal; PAPÉIS S IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de direito público; V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável; VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por Município: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. PAPÉIS S CONDUTA: Falsificar papéis públicos, seja fabricando (formando papéis p inexistentes) ou alterando o conteúdo de papéis verdadeiros. FALSIFICAÇÃO HÁBIL A ENGANAR O HOMEM MÉDIO CASO CONTRÁRIO O É IMPOSSÍVEL PAPÉIS S ATENÇÃO!! VALE POSTAL NÃO É MAIS OBJETO MATERIAL TACITAMENTE REVOGADO PELA LEI POSTAL BILHETE DE LOTERIA NÃO É OBJETO MATERIAL FILATELISTAS SE A VONTADE FOR DE COLECIONAR, NÃO COMETEM O. USO DE DOCUMENTO 1oIncorre na mesma pena quem: I - usa, guarda, possui ou detém qualquer q dos papéis p falsificados a que se refere este artigo; II - importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado a controle tributário; USO DE DOCUMENTO III - importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria: a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado; b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação. 6

USO DE DOCUMENTO Atividade comercial: 5º Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do 1o, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências. USO DE DOCUMENTO Falsificação + uso pelo mesmo agente: uso é post factum não punível Princípio da consunção Conduta praticada contra a mesma vítima, ofendendo o mesmo bem jurídico SUPRESSÃO DE SINAL DE INUTILIZAÇÃO 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. SUPRESSÃO DE SINAL DE INUTILIZAÇÃO Suprimir é fazer desaparecer, retirar. PAPÉIS S CITADOS NO CAPUT FINALIDADE DE TORNÁ-LOS NOVAMENTE UTILIZÁVEIS DOLO ESPECÍFICO PAPEL VERDADEIRO Selos ou outras formas de franqueamento ou vale-postal são objetos do delito descrito na lei 6.538/78 (lei postal), art. 37. 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior. USAR OU RESTITUIR À CIRCULAÇÃO 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boafé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu 2º, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. USAR OU RESTITUIR À CIRCULAÇÃO O AGENTE DEVE SABER QUE O PAPEL É FALSO VALE POSTAL NÃO É OBJETO RESTITUIR A QUEM ENTREGOU O PAPEL AO AGENTE NÃO CONFIGURA O DELITO 7

DOCUMENTO 293 CP COMUM FUNCIONÁRIO PREVALENDO-SE DO CARGO AUMENTO DE 1/6 CONSUMAÇÃO: COM A FALSIFICAÇÃO, INDEPENDENTE DA CIRCULAÇÃO EFETIVA DO PAPEL, OU COM A SUPRESSÃO DO SINAL OU CARIMBO DESTINADO À RESTITUIÇÃO À CIRCULAÇÃO FORMAL DOCUMENTO 293 CP UNISSUBJETIVO PLURISSUBSISTENTE A FORMA DE USO É UNISSUBSISTENTE AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA PETRECHOS DE FALSIFICAÇÃO Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. PETRECHOS DE FALSIFICAÇÃO OBJETOS MATERIAIS: OBJETOS ESPECIALMENTE DESTINADOS À FALSIFICAÇÃO DOS PAPÉIS MENCIONADOS NO 293. ESPECIALMENTE X EXCLUSIVAMENTE O AGENTE DEVE SABER QUAL A FUNÇÃO DO APETRECHO PETRECHOS DE FALSIFICAÇÃO COMUM CONSUMAÇÃO: com a posse, aquisição (ainda que não haja efetiva tradição), fornecimento ou guarda de objeto voltado à falsificação de papel público FORMAL, NÃO REQUER RESULTADO UNISSUBJETIVO E PLURISSUBSISTENTE DOS S CONTRA A FÉ PÚBLICA FALSIDADE DOCUMENTAL SUJEITO PASSIVO CONTINUA SENDO A FÉ PÚBLICA E, SUBSIDIARIAMENTE, QUEM SOFREU PREJUÍZO AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA 8

SELO OU SINAL Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I - selo público destinado a autenticar atos oficiais i i da União, de Estado ou de Município; II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. SELO OU SINAL FALSIFICAR FABRICANDO OU ALTERANDO SINAL OBJETO MATERIAL: MARCA QUE CONFERE VALIDADE OU AUTENTICIDADE SOBRE OS PAPÉIS PELO ÓRGÃO BEM COMO O INSTRUMENTO DESTINADO A PRODUZIR A MARCA (CARIMBO) USO DE SELO OU SINAL FALSIFICADO 1º - Incorre nas mesmas penas: I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado; A LEI NÃO PUNE QUALQUER USO PUNE O USO DESTINADO A AUTENTICAR DOCUMENTOS OFICIAIS FALSIFICAÇÃO + USO PELO MESMO AGENTE = PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO USO INDEVIDO DE SELO LEGÍTIMO 1º - Incorre nas mesmas penas: II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio. USO INDEVIDO DE SÍMBOLOS IDENTIFICADORES DA ADM. PÚBLICA 1º - Incorre nas mesmas penas: III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. SELO OU SINAL ART 296 CP COMUM FORMAL AÇÃO LIVRE AÇÃO LIVRE UNISSUBJETIVO PLURISSUBSISTENTE EXCETO NA CONDUTA DO??? QUAL A CONDUTA QUE NÃO ADMITE TENTATIVA? 9

DOCUMENTO Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. DOCUMENTO Falsificar: criar materialmente um documento inexistente fazer ou contrafazer o documento. Pode ser parcial Contrafazer é utilizar uma cópia do modelo verdadeiro para falsificá-lo. Alterar: modificar algo que já existe. O documento verdadeiro existe e é adulterado. DOCUMENTO Alteração: modificar o conteúdo de documento preexistente Falsificação parcial: introdução de dados falsos por quem não tem competência para fazê-lo. Se tiver competência comete falsidade ideológica - 299 Ocorre falsificação parcial, e não alteração, quando se inserem informações falsas, porém individualizáveis, em documento verdadeiro preexistente. Ex: inserir falso aval em título de crédito. REQUISITOS DA FALSIFICAÇÃO: IDÔNEA A LUDIBRIAR IMPOSSÍVEL CAPACIDADE DE CAUSAR PREJUÍZO A ALGUÉM OU PREJUÍZO SOCIAL : PEÇA ESCRITA CAPAZ DE PROVAR UM FATO OU REALIZAÇÃO DE ATO DE RELEVÂNCIA JURÍDICA EMANADO DE FUNCIONÁRIO COMPETENTE, NACIONAL OU ESTRANGEIRO FOTOCÓPIA??? ELABORADO POR FUNCIONÁRIO NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO, COM ATRIBUIÇÃO PARA ELABORAR DOCUMENTOS OBEDECER ÀS FORMALIDADE LEGAIS CARTEIRA PROFISSIONAL??? 10

2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. EQUIPARAÇÃO: DOCUMENTOS EMITIDOS POR ÓRGÃOS DA ADM. INDIRETA CHEQUE, DUPLICATA, N. PROMISSÓRIA AÇÕES DE SOCIEDADE, INDEPENDE SE PREFERENCIAIS OU ORDINÁRIAS LIVROS MERCANTIS OBRIGATÓRIOS OU FACULTATIVOS TESTAMENTO PARTICULAR FALSIFICAR DOCUMENTO PARA ENGANAR ALGUÉM BUSCANDO OBTER VANTAGEM: 171 RECEBER CHEQUE EM BRANCO E PREENCHER EM DESACORDO COM A ORDEM DADA PELO PROPRIETÁRIO: FALSIDADE IDEOLÓGICA: 299 RECEBER CHEQUE EM BRANCO E PREENCHER SEM AUTORIZAÇÃO: 297 COMUM AÇÃO LIVRE CONSUMA-SE SE COM A FALSIFICAÇÃO, INDEPENDE DE RESULTADO PLURISSUBSISTENTE UNISSUBJETIVO 3oNas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: I - na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; III - em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. Finalidade específica de sonegar contribuições previdenciárias. Inserir: ação direta ç Se fazer inserir: existe a atuação de terceiro. Analisar os elementos espaciais (documentos) do crime 11