Oficial Justica São Paulo

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1 DIREITO PENAL Brassanini Centa Princípios do : a) legalidade: Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal CF art. 5º, XXXIX b) anterioridade: conseqüência do princípio da legalidade. A lei deve ser anterior ao delito para que se possa condenar alguém. c) taxatividade: só pode ser considerado crime fato descrito em lei. d) culpabilidade: só pode ser responsabilizado aquele que age com dolo ou culpa na conduta tipificada na lei. Dica: a lei pune, via de regra, as condutas dolosas. Só pode ser punida a conduta culposa quando a lei expressamente determina. Os crimes e seus conceitos: Crimes próprios - o agente deve ter qualificação especial. Ex. Crimes funcionais, infanticídio. Crimes impróprios podem ser cometidos por qualquer pessoa. Crimes de mão própria não podem ser encomendados, delegados a terceiros. Ex.: falso testemunho Crimes unissubjetivos podem ser praticados por uma pessoa, e, eventualmente, por mais de um agente. Crimes plurissubjetivos: crimes praticados obrigatoriamente por mais de um agente. Ex.: rixa. Atenção CONCURSO NECESSÁRIO OU OBRIGATÓRIO Crimes habituais: os atos descritos no tipo penal, se praticados eventualmente, não constituem crime, porém, se praticados de forma reiterada, passam a ser puníveis. Ex: exercício ilegal de profissão. Crimes unissubsistentes praticados num único ato. A conduta não pode ser fracionada. O primeiro ato de execução é o crime em si, ou seja, não admite tentativa!!!! Crimes plurissubsistentes A conduta pode ser dividida em vários atos, o que permite a tentativa. Crimes de dano O tipo penal exige dano efetivo ao bem jurídico tutelado. Crimes de perigo basta a exposição do bem jurídico tutelado a perigo para que se configure o delito. Crimes simples crimes em que somente um bem jurídico é lesado. Crimes complexos Mais de um bem jurídico é lesado. Ex: Latrocínio (patrimônio + vida) Crimes materiais o tipo descreve conduta e resultado Crimes formais o tipo somente descreve a conduta, mas não exige resultado Crimes de mera conduta não há resultado possível. Ex: crime de desobediência. Não se espera resultado. Qualquer agravamento da conduta pode gerar um novo delito, mas não um resultado do crime de mera conduta. Crimes omissivos próprios - o fato típico corresponde a um não fazer Crimes omissivos impróprios - crimes comissivos praticados por omissão. Ex: mãe, que tem o dever legal de nutrir seu filho incapaz, deixa de alimentá-lo causando sua morte. Só pode ser praticado por quem tem o DEVER de agir, seja por determinação legal (policiais, bombeiros, médicos, etc), obrigação contratual na qual o agente se obriga a evitar o resultado (segurança, guia dos escoteiros, etc), ou quem, por ação anterior, criou o risco de produzir o resultado (ex.: empurrar alguém que não sabe nadar em um lago e não socorrer). Crime impossível: A consumação é impossível por ineficácia do meio ou impropriedade absoluta do objeto, o que torna o fato atípico. Ex: o agente deseja matar, mas usa revólver sem bala. DOLO: A conduta é dolosa quando o agente desejar o resultado criminoso. Direto: quando o agente deseja o resultado. Alternativo: quando há mais de um resultado possível e ao agente interessa qualquer deles. Eventual: quando o agente não deseja o resultado, mas assume o risco de produzi-lo. Dolo geral ou erro sucessivo: erro sobre o nexo causal ou aberratio causae; ocorre quando o agente, na suposição de já ter consumado o crime, reinicia a sua atividade criminosa, e só então atinge a consumação (ex.: A quer matar B por envenenamento; após o envenenamento, supondo que B já estava morto, A joga o que imagina ser um suposto cadáver no rio e B acaba morrendo por afogamento; nesse caso, o erro é irrelevante, o que vale é a intenção do agente, que responderá por homicídio doloso por envenenamento) Preterdolo: Ocorre quando há dolo no fato antecedente e culpa no fato conseqüente. Não cabe tentativa no crime preterdoloso, tendo em vista que o resultado é produzido por culpa e não se pode haver tentativa daquilo que não se quer produzir. CULPA: A culpa ocorre quando o resultado não tiver sido desejado pelo agente, porém foi produzido em razão de sua negligência, imprudência ou imperícia. CULPA = CONDUTA VOLUNTÁRIA + RESULTADO INVOLUNTÁRIO + NEXO CAUSAL + TIPICIDADE + PREVISIBILIDADE NÃO CABE TENTATIVA NO CRIME CULPOSO!! Imprudência: corresponde à ação positiva, que não devia ser praticada ou o é sem os cuidados necessários. Por exemplo: dirigir em alta velocidade, manusear uma arma de fogo sem descarregá-la etc. Negligência: significa desleixo, falta de cuidado, desídia. Ocorre quando o agente deixa de realizar atos necessários a impedir que o resultado lesivo ocorra. É, portanto, uma ação negativa. Imperícia: descumprimento de regra técnica, de arte, ofício ou profissão. CULPA CONSCIENTE: O agente prevê o resultado, mas acredita que ele não ocorrerá. Assim ele não assume o risco de produzir este resultado. Trata-se de um erro de cálculo, de um equívoco do agente. CRIME CONSUMADO Iter criminis é o itinerário do crime. cogitação: nesta fase, o agente somente está pensando, pretendendo a prática do crime. Não existe fato típico; preparação: é a prática de todos os atos antecedentes necessários ao início da execução. Não existe fato típico, a menos que o ato preparatório consista em crime por si só. Ex: comprar arma do crime, sem autorização legal. execução: começa a agressão ao bem jurídico. Nesse momento, passa a existir o fato típico; se o crime não se consuma, o agente, tendo iniciado a execução, pode ser apenado pelo crime na modalidade tentada; consumação: quando todos os elementos do fato típico são realizados. TENTATIVA É a não consumação de um crime, cuja execução foi iniciada por circunstâncias alheias à vontade do agente. A PENA DA TENTATIVA É A MESMA DO CRIME, REDUZIDA DE 1/3 A 2/3 Atualizada 14/04/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 1

2 Não admitem tentativa: crimes culposos, preterdolosos, omissivos próprios, contravenção penal, delitos de atentado, crimes habituais. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA Fé Pública crença na veracidade e autenticidade de papéis, documentos, símbolos ou sinais utilizados nas relações sociais. Requisitos: 1) Imitatio veritatis: imitação da verdade: criar documento ou moeda falsa 2) Immutatio veri: alteração da verdade: modificação do conteúdo de um documento ou moeda verdadeiros. 3) Potencialidade de dano: a falsidade não pode ser grosseira. Deve ser capaz de induzir alguém em erro. Por falsificação grosseira entende-se aquela incapaz de induzir ou manter alguém em erro, por ser perceptível a olho nu, sem o uso de qualquer apetrecho. A lei não exige o dano efetivo, apenas a possibilidade 4) Dolo: vontade livre e consciente do agente de realizar a conduta típica. Falsificação de papéis públicos Artigo 293 do Código Penal Falsificação de papéis públicos Art Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I - selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo; (Redação dada pela Lei nº , de 2004) II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; III - vale postal; IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de direito público; V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável; VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por Município: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 1 o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº , de 2004) I - usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo; (Incluído pela Lei nº , de 2004) II - importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado a controle tributário; (Incluído pela Lei nº , de 2004) III - importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria:(incluído pela Lei nº , de 2004) a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado; (Incluído pela Lei nº , de 2004) b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação. (Incluído pela Lei nº , de 2004) 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior. 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu 2º, depois de conhecer a falsidade ou 2 Atualizada 14/04/2009 alteração, incorre na pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. 5 o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do 1 o, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências. (Incluído pela Lei nº , de 2004) CONDUTAS PUNÍVEIS: 1) Falsificação de papéis públicos: 293 caput Falsificar papéis públicos, seja fabricando (formando papéis inexistentes) ou alterando o conteúdo de papéis verdadeiros. -exige-se que a falsificação seja hábil a enganar o homem médio, caso contrário o crime é impossível. -Objetos materiais: selo destinado a controle tributário; papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo; papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de qualquer outro estabelecimento mantido por entidade de direito público; talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo à arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução pelo qual o poder público seja responsável. ATENÇÃO: VALE POSTAL NÃO É MAIS OBJETO MATERIAL REVOGADO TACITAMENTE PELA LEI 6.538/78 Falsificação de bilhete de loteria enquadra-se no art. 54 do dec.lei 6.259/44. Elemento subjetivo do tipo: dolo. Não exige dolo específico. Filatelistas que comercializam selo com fins de colecionar não cometem este delito. Porém, se venderem selo verdadeiro como se fosse falso (mais valioso para colecionadores) ou comercializarem selo falso que não circulou como se verdadeiro fosse cometem crime de estelionato. 2) Uso de papéis públicos: 293, 1º Equipara-se a atividade comercial, nos termos do 5º, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em vias, praças ou logradouros, públicos e em residências. Aquele que falsifica e, de qualquer modo, utiliza o mesmo papel público, comete somente um delito, pelo princípio da consunção. O crime é cometido contra a mesma vítima o Estado, ofendendo o mesmo bem jurídico a fé pública, sendo assim, o uso é fato posterior (post factum) não punível. 3) Supressão de carimbo ou sinal indicativo da inutilização de papéis públicos: 293, 2º Suprimir é fazer desaparecer, retirar. O agente deve retirar o sinal indicativo de inutilização de qualquer dos papéis públicos citados no caput, com a finalidade de torná-los novamente utilizáveis (elemento subjetivo específico). O papel deve ser verdadeiro. Selos ou outras formas de franqueamento ou vale-postal são objetos do delito descrito na lei 6.538/78 (lei postal), art ) Uso de papéis públicos cujo sinal ou carimbo indicativo de inutilização foi suprimido: 293 3º O agente que suprime o sinal e depois usa só responde pela supressão. 5) Usar ou restituir à circulação papéis recebidos de boa fé. Exige que o autor saiba que se trata de papel falso. Se o papel foi recebido de boa-fé o recebedor pode incorrer no delito, desde que descubra a falsificação antes de colocar o papel em circulação. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

3 Também não é objeto o selo, vale postal ou qualquer forma de franqueamento postal. Não constitui crime restituir o papel falsificado à pessoa de quem o sujeito recebeu. Infração de menor potencial ofensivo. Lei 9.099/95 Sujeitos do crime: crime comum, pode ser cometido por qualquer pessoa. Se cometido por funcionário público (art. 327), prevalecendo-se do cargo ou função aplica-se o 295 (aumento de pena). Consumação: consuma-se com a falsificação, independentemente de sua efetiva circulação, ou com a supressão de carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização com o fim de restituí-los à circulação. CRIMES FORMAIS!!!! Não é necessária a obtenção de vantagem para a consumação. Admite-se a forma tentada crimes plurissubsistentes. O crime de uso de papel falso NÃO ADMITE TENTATIVA!.Algumas condutas preparatórias para o delito são puníveis pelo art. 294 (petrechos de falsificação) Classificação jurídica: Crime de forma livre, comum, formal, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente (menos na forma de uso). Ação penal: pública incondicionada para todas as condutas. Competência: Justiça Federal Petrechos de falsificação (art. 294 CP) Art Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Condutas puníveis: Fabricar: criar, produzir Adquirir: comprar, obter Fornecer: proporcionar, guarnecer Possuir: ter a posse Guardar: manter consigo, abrigar Objetos materiais: todos os objetos especialmente destinados à falsificação dos papéis mencionados no 293. Especialmente e não exclusivamente. Pode se tratar de um computador ou máquina de Xerox que, além de outros usos, serve em especial, para fabricar papel falso! Consideram-se objetos: carimbos, computadores, fotocopiadoras, impressoras, matrizes, máquinas, etc. O elemento subjetivo é o dolo de realizar qualquer uma das condutas típicas. O agente deve conhecer a destinação do apetrecho! O agente que possui objeto e produz os papéis falsificados responde pelo 293 pelo princípio da consunção. O objeto que se destina a falsificar vale ou selo postal é objeto do delito descrito no art. 38 da Lei 6.538/78. Sujeitos do crime: crime comum, pode ser praticado por qualquer pessoa. Funcionário público que se prevalece do cargo: aumenta-se a pena da sexta parte. Consumação e tentativa: com a posse, aquisição (ainda que não haja efetiva tradição, entrega da coisa), fornecimento ou guarda de objeto voltado à falsificação de papel público. Não requer resultado naturalístico, crime formal (não exige que o agente obtenha vantagem ou cause prejuízo financeiro em alguém. Crime plurissubsistente admite forma tentada Funcionário público que comete o crime prevalecendo-se do cargo: aumenta-se da sexta parte. Classificação jurídica: crime de forma ou ação livre, comum, formal, instantâneo (salvo nas condutas possuir e guardar que são permanentes), unissubjetivo e plurissubsistente. Ação penal: pública incondicionada Competência: Justiça Federal Art Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. Falsificação de selo ou sinal público art. 296 CP Falsificação do selo ou sinal público Art Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município; II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 1º - Incorre nas mesmas penas: I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado; II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio. III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. Condutas puníveis: 1) Falsificação de selo ou sinal público 296 caput Falsificar, por fabricação ou alteração, selo ou sinal público. O objeto material é a marca estampada sobre certos papéis, para conferir-lhe validade ou autenticidade, bem como o instrumento destinada a produzi-la Guilherme de Souza Nucci, Código Penal Comentado, RT ed. 2) Uso de selo ou sinal falsificado art º, I CP A lei não pune qualquer uso, mas somente aquele que se refere à destinação regular e normal do selo ou sinal de natureza pública, ou seja, uso com a finalidade de autenticar documentos oficiais. Se o usuário for o autor da falsificação há crime único de falsificação (princípio da consunção) 3) Utilização indevida de selo ou sinal legítimo art º, II CP Selo ou sinal verdadeiro utilizado de maneira ilícita 4) Emprego indevido de símbolos identificadores da Administração Pública art. 296, 1º, III CP Alterar, falsificar ou utilizar de maneira indevida marcas, logotipos, siglas e outros símbolos identificadores de órgãos da Administração Pública. Sujeitos do crime: crime comum. O Sujeito passivo é o Estado. Consumação e tentativa: A consumação acontece com a fabricação ou alteração dos objetos materiais ou com seu uso. Tentativa é possível, exceto no uso! Classificação jurídica: crime de forma ou ação livre, comum, formal, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente (salvo na conduta de uso) Aumento de pena: funcionário público que comete o crime prevalecendo-se do cargo. Aumento de 1/6. Falsificação de Documento Público Artigo 297 do Código Penal Falsificação de documento público Atualizada 14/04/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 3

4 Art Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. 3 o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) I - na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) III - em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 4 o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no 3 o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.(incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) O crime atinge a coletividade (crime vago). Condutas puníveis: Falsificar: criar materialmente um documento inexistente fazer ou contrafazer o documento. Contrafazer é utilizar uma cópia do modelo verdadeiro para falsificá-lo. Alterar: modificar algo que já existe. O documento verdadeiro existe e é adulterado. A mera supressão de palavras não configura o delito. Alteração x falsificação parcial: Alteração: modificar o conteúdo de documento preexistente Falsificação parcial: introdução de dados falsos por quem não tem competência para fazê-lo. Se o agente tiver competência para o preenchimento do documento (ex. funcionário público do DETRAN que pode alterar documento de veículo), mas inserir dados falsos, comete falsidade ideológica (299 CP) Ocorre falsificação parcial, e não alteração, quando se inserem informações falsas, porém individualizáveis, em documento verdadeiro preexistente. Ex: inserir falso aval em título de crédito. Requisitos da falsificação Que seja idônea, apta a iludir, capaz de enganar qualquer pessoa, considerando-se o padrão médio da sociedade. A falsificação grosseira não constitui crime, pois o meio é inidôneo. Que tenha capacidade de causar prejuízo a alguém. A falsificação inócua não é crime. Objeto material Documento público: toda peça escrita capaz de provar um fato ou a realização de um ato de relevância jurídica, emanado de funcionário público competente, nacional ou estrangeiro. A falsificação da CTPS configura o delito do art. 49 da CLT. Inserir dados falsos na CTPS configura o delito do art. 297, 3º. A fotocópia não é documento, porém, a cópia autenticada é documento. São requisitos do documento público: -deve ser elaborado por funcionário público; -no exercício da função, o funcionário deve ter atribuição para elaborar documentos; -deve obedecer às formalidades legais. Documentos públicos por equiparação São documentos de natureza particular que, pela sua importância, foram equiparados pela lei a documento público (art. 297, 2.º, do CP). documento emitido por entidade paraestatal: administração indireta; título ao portador ou transmissível por endosso: títulos de crédito, como, por exemplo, cheque, duplicata, nota promissória; ações de sociedade comercial: independentemente do tipo de ação (ordinária, preferencial etc.); livros mercantis: quer sejam obrigatórios ou facultativos; testamento particular Agente que falsifica documento para ludibriar alguém, obtendo vantagem econômica, pratica estelionato. Agente que recebe cheque ou nota promissória em branco, com a orientação de preenchimento dada pelo proprietário, e trai a confiança do mesmo, inserindo dados diferentes dos que deveria inserir, pratica falsidade ideológica. Se não possuía autorização para inserir os dados, pratica o crime descrito no 297. Agente que falsifica e usa o documento falso responde só pela falsificação. Sujeitos do delito: crime comum. Consumação: o crime consuma-se quando existe a falsificação ou alteração, independentemente da ocorrência de qualquer resultado naturalístico. Tentativa É possível porque a conduta é plurissubsistente. Aumento de pena: funcionário público que comete o crime prevalecendo-se do cargo. Aumento de 1/6. Falsificação de documento público previdenciário 297, 3º e 4º Finalidade específica de sonegar contribuições previdenciárias. Inserir é a conduta pessoal do agente. Se fazer inserir, existe a atuação de terceiro. Inciso I: o documento deve possuir a destinação específica de fazer prova perante a Previdência Social. Inciso II: elementos espaciais: CTPS e documentos que devam produzir efeitos perante a previdência social. A declaração deve ocorrer por escrito. Classificação jurídica: crime de forma ou ação livre, comum, formal, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente. FALSIDADE DE DOCUMENTO PARTICULAR ARTIGO 298 DO CÓDIGO PENAL Falsificação de documento particular Art Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Documento particular, por exclusão, é aquele que não é público. Valem as considerações feitas acerca do crime de falsificação de documento público. Características do documento: Forma escrita, autor determinado, escrito que possua manifestação de vontade ou exposição de um fato, relevância jurídica. Classificação jurídica: crime de forma ou ação livre, comum, formal, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente. Ação Penal: Pública Incondicionada FALSIDADE IDEOLÓGICA ARTIGO 299 DO CÓDIGO PENAL 4 Atualizada 14/04/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

5 Falsidade ideológica Art Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular. Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte. A falsidade ideológica existirá quando o documento for verdadeiro e somente o conteúdo for falso. Omitir declaração que deveria constar: conduta omissiva própria, ligada ao dever de agir. Só se configura se houver uma norma que obrigue a pessoa a fazer a declaração. Fazer inserir declaração falsa ou diversa da que deveria constar: é fazer com que terceiro insira. Trata-se de falsidade ideológica indireta, ou seja, o agente atua indiretamente e quem efetiva a falsidade é outra pessoa. Inserir declaração falsa ou diversa da que deveria constar: falsidade ideológica direta. Ex: omitir que usa óculos na expedição da CNH, fazer constar na CNH a habilitação para dirigir motocicletas, quando só poderia dirigir automóveis. Só existe crime se o conteúdo do falso se referir a fato juridicamente relevante, assim entendida aquela capaz de criar, alterar ou extinguir relações jurídicas, algo que constitua a essência do ato ou documento, e não uma simples mentira. A declaração do agente deve ser capaz de concretizar o documento para que se configure o delito. Se o funcionário público que recebe a declaração tenha por obrigação verificar a veracidade da informação, não existe o crime. Inserção de dados falsos em documento fiscal pode configurar crime contra a ordem tributária. Distinção com a falsificação documental: a falsidade ideológica ocorre quando há um documento verdadeiro e formalmente perfeito, mas com conteúdo falso. A falsidade recai sobre a idéia nele contida, mas não sobre o meio físico, o papel, o documento em si. A falsidade ideológica não requer perícia. A falsidade documental pressupõe contrafação (formação de documento falso). É falsidade material, ou seja, ela recai sobre o papel, o documento em si no seu aspecto físico. Requer prova pericial para que seja constatado o falso. Sujeitos do crime: crime comum Aumento de pena: funcionário público que comete o crime prevalecendo-se do cargo. Aumento de 1/6. Consumação: consuma-se com a omissão ou inclusão de declaração falsa ou diversa da que deveria constar. Tentativa: possível, exceto na forma omissiva. Falsidade de registro civil 299 PU O prazo prescricional só se inicia quando o fato se torna conhecido da autoridade pública ou é amplamente divulgado. Não confundir com os crimes contra o estado de filiação: Registro de nascimento inexistente Art Promover no registro civil a inscrição de nascimento inexistente: Pena - reclusão, de dois a seis anos. Parto suposto. Supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido Art Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: Pena - reclusão, de dois a seis anos. Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza: Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena. Falso reconhecimento de firma ou letra Art Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular. Firma: assinatura manuscrita ou gravada Letra: símbolo gráfico representativo dos fonemas do idioma Crime doloso, o agente deve saber que se trata de firma ou letra falsas. Se houver semelhança, aplica-se o art. 20 do CP erro de tipo. Documento pode ser público ou particular. Se o fato for cometido com finalidade eleitoral, o crime é o 352 do Código Eleitoral. Sujeitos: só pode ser praticado por funcionário público especialmente habilitado para reconhecer firma ou letra (tabelião, escrevente, oficial de registro civil). Crime próprio. O particular pode ser concorrente. Consumação: Com o reconhecimento falso. Admite tentativa Classificação jurídica: crime de forma ou ação livre, formal, instantâneo, unissubjetivo e plurissubsistente. Ação penal: pública incondicionada Certidão ou atestado ideologicamente falso Art Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena - detenção, de dois meses a um ano. Falsidade material de atestado ou certidão 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena - detenção, de três meses a dois anos. 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa. Distinção da falsidade documental e ideológica: objeto material é certidão ou atestado ao invés de documento Conteúdo da falsidade: fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público ou isenção de ônus ou de serviço de caráter público ou qualquer outra vantagem de caráter público. Atestado: testemunho ou depoimento de funcionário público Certidão: documento oriundo de repartição pública, ou que nela tramita. Fato praticado para fins eleitorais: aplica-se o 350 do Código Eleitoral. Sujeitos: o crime descrito no caput só pode ser cometido por funcionário público. O 1º é crime comum. Consumação: com a falsificação, apesar de doutrinas contrárias (uns afirmam que só ocorre com a entrega a terceiro e outros com o efetivo uso) Tentativa: admissível Forma qualificada: 2º Classificação jurídica: crime de forma livre, próprio no caput, comum no 1º, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente. Atualizada 14/04/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 5

6 Ação penal: pública incondicionada Falsidade de atestado médico Art Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso: Pena - detenção, de um mês a um ano. Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. O paciente que usa o falso atestado se enquadra no 304. Se o próprio médico usar o atestado só responde pelo 302. O atestado deve ser escrito, materialmente autêntico, mas ideologicamente falso. A falsidade deve recair sobre fato juridicamente relevante relacionado com funções de médico, como necessidade de repouso, afastamento, atestar doença, etc. O elemento subjetivo é o dolo, irrelevante qual a motivação. Sujeitos: Crime próprio de médico. Consumação: com a entrega do atestado. Não exige o uso. Tentativa: admite-se Forma qualificada: p.u Classificação jurídica: crime de forma livre, próprio, formal, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente. Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é particular. Elemento subjetivo do delito é o dolo. Exige dolo específico que é a intenção de obter benefício para si ou para outrem, ou gerar prejuízo alheio. Objeto material: documento público ou particular original, do qual o agente não podia dispor. A cópia autêntica também é objeto material. Suprimir autos de um processo configura o delito do art A mera retenção não caracteriza o delito, salvo se o interessado, em função da retenção, desconhecer o paradeiro do objeto. Consumação: com a destruição, ainda que parcial; ocultação; supressão do objeto. Não exige que se obtenha vantagem ou que gere prejuízo. Admite tentativa. Classificação jurídica: forma livre, comum, formal, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente. Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica REVOGADO TACITAMENTE PELA LEI 6.538/78, ART. 39 Art Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça: Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica. USO DE DOCUMENTO FALSO ARTIGO 304 DO CÓDIGO PENAL Uso de documento falso Art Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. A conduta é fazer uso. Consiste em utilizar documento falso como se fosse verdadeiro. O uso deve ser efetivo Fotocópia sem autenticação não é documento. Não há crime se a falsificação for grosseira, ou se a falsidade do documento for inócua (incapaz de prejudicar terceiros). O mero porte do documento não caracteriza o delito, a menos que seja de porte obrigatório (CNH, CRVL). Sujeitos: crime comum. O falsário que também faz uso do documento falsificado somente responde pelo crime de falso. Consumação: com o uso efetivo. Delito unissubsistente, não admite tentativa. Classificação jurídica: crime de forma livre, comum, formal, instantâneo, unissubjetivo, unissubsistente. Supressão de documento Art Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor: 6 Atualizada 14/04/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

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