THAÍSA GONÇALVES DE SOUZA

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Transcrição:

THAÍSA GONÇALVES DE SOUZA ANÁLISE RETROSPECTIVA DOS CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS ATENDIDOS NO SETOR DE CIRURGIA BUCAL DA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA Londrina 2014

THAÍSA GONÇALVES DE SOUZA ANÁLISE RESTROSPECTIVA DOS CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS ATENDIDOS NO SETOR DE CIRURGIA BUCAL DA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Medicina Oral e Odontologia Infantil da Universidade Estadual de Londrina. Orientadora: Profa. Ms. Ligia Pozzobon Martins Londrina 2014

THAÍSA GONÇALVES DE SOUZA ANÁLISE RESTROSPECTIVA DOS CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS ATENDIDOS NO SETOR DE CIRURGIA BUCAL DA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Medicina Oral e Odontologia Infantil da Universidade Estadual de Londrina. BANCA EXAMINADORA Profa. Ms Ligia Pozzobon Martins Universidade Estadual de Londrina Prof. Dr. Ricardo Alves Matheus Universidade Estadual de Londrina Londrina, 20 de Outubro de 2014.

SOUZA, Thaísa Gonçalves. Análise Retrospectiva dos cistos e tumores odontogênicos atendidos no setor de cirurgia bucal da clínica odontológica da Universidade Estadual de Londrina. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Odontologia) Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2014. RESUMO Cistos odontogênicos são resultantes da proliferação de remanescentes epiteliais associados à formação dos dentes. Acometem indivíduos de ambos os gêneros, todas as idades e raças. Costumam apresentar crescimento lento, podendo causar alterações nos contornos anatômicos. Mudanças na coloração da mucosa, deslocamento e/ou ausência dos dentes nos maxilares poderão ser observados. Sintomas como dor e parestesia são comumente relatados à medida que as lesões aumentam de tamanho. O diagnóstico depende da avaliação e consideração de importantes informações interpretadas pelo cirurgião-dentista a partir de uma anamnese minuciosa, inspeção clínica intra e extra bucais, exames de imagem incluindo diversas radiografias, tomografia computadorizada quando necessário e exame histopatológico. Este trabalho tem como objetivo relatar um estudo retrospectivo dos anos de 2009 a 2013 quanto à prevalência dos cistos e tumores odontogênicos diagnosticados no Setor de Cirurgia Bucal da COU UEL. Por meio da coleta de dados referentes aos resultados dos exames histopatológicos de pacientes atendidos, buscou-se uma análise retrospectiva caracterizando o perfil dos pacientes com lesões confirmadas de cistos e tumores odontogênicos, mostrando a relevância dessas lesões entre o total de biópsias realizadas utilizando uma estatística descritiva. Lesões sem confirmação histopatológica foram excluídas da amostra. Com um total de 160 biópsias realizadas, os cistos e tumores odontogênicos representam 41,25% das lesões. Dentre estas, o gênero feminino representou 61,5%, sendo que o cisto periapical inflamatório mostrou-se a lesão mais prevalente com 33,3%. A etnia branca obteve maior incidência com 66,7%. Quanto as queixas álgicas iniciais 86,4% não apresentaram. A pesquisa mostrou que a maior incidência foi observada na faixa etária de 41 a 50 anos.

O estudo dos tumores que acometem o complexo maxilar apresenta relevância devido ao papel que o cirurgião-dentista representa no diagnóstico e tratamento destas lesões.

SOUZA, Thaísa Gonçalves. Retrospective analysis of odontogenic cysts and tumors attendeded in the dental clinic s oral surgery sector of the State University of Londrina. 2014. Completion of course work (Dentistry) - State University of Londrina, Londrina, 2014. ABSTRACT Odontogenic cysts are results from the proliferation of epithelial remaining associated with tooth formation. They affect all genders, ages and races. It usually shows a slow growth and can cause anatomical contours modifications. Mucosa coloration changes, teeth displacement and/or absence in the jaws can be observed. Symptoms as pain and paresthesia are commonly reported once the injuries get bigger. The diagnosis is based on Dentist interpretation which is made according to evaluation and important considerations from detailed anamnesis, clinical intra and extra oral inspection, analysis of as radiographs, computerized tomography when necessary and histopathological tests. The aim of this work is to report the retrospective study from 2009 to 2013 about the prevalence of odontogenic cysts and tumours in the dental clinic s oral surgery sector of the State University of Londrina. With the data collected from the results of histopathological examination of the patients assisted, a retrospective analysis was made featuring the patients profile with attested odontogenic cysts and tumors wounds, showing the relevance of those among the total of performed biopsies using a descriptive statistics. Injuries without histopathological confirmation were excluded from the sample.) With a total of 160 performed biopsies, odontogenic cysts and tumors represent 41.25% of the lesions. Among those, women represent 61.5%, while the inflammatory periapical cyst proved to be the most prevalent lesion with 33.3%. The Caucasians had higher incidence with 66.7%. The percentage of patients who did not report pain complaints was 86.4%. The highest incidence of injuries occurs between 41 and 50 years old. The study about cyists and tumours that affect the maxillary complex is highly relevant because of the dentist s role on injuries diagnosis and treatment.

Dedico este trabalho a minha mãe Luzia Aparecida da Costa.

AGRADECIMENTO Agradeço a minha orientadora Profa. Ms. Ligia Pozzobon Martins por me auxiliar na construção desse trabalho, estando sempre disponível para esclarecer minhas dúvidas e me incentivando a melhorar cada vez mais. Ao Prof. Dr. Ricardo Alves Matheus por aceitar fazer parte desde trabalho colocando-se à disposição quando necessário. Ao Prof. Dr. Ângelo Marcelo Tirado dos Santos por sua ajuda nas análises estatísticas. Ao residente Thiago Henrique Martins por permitir a continuidade desta pesquisa e também por sempre estar disponível para ajudar com o que fosse necessário. Agradeço aos meus pais por possibilitarem que eu pudesse chegar a esse trabalho de conclusão de curso, obrigada por sempre me apoiarem. Agradeço especialmente a minha mãe, que durante toda a minha vida me educou e ensinou todos os valores que possuo. Obrigada por sempre me incentivar a alcançar meus objetivos e por ser umas das razões para eu nunca desistir. Ao meu namorado Renato Miyashita, por todo o apoio que recebi durante toda a realização do trabalho, por me ajudar com tudo o que estava ao seu alcance, sem você teria sido muito mais difícil. As minhas amigas e amigos que estavam lá nos momentos de cansaço, como sempre dizemos, ainda iremos rir de tudo isso! Sei que essa foi só uma etapa das muitas que vocês ainda estarão presentes. Agradeço a Deus, por me abençoar todos os dias, para que eu tivesse a força de vontade de lutar por meus objetivos. Finalmente, agradeço a Universidade Estadual de Londrina por possibilitar a realização desta pesquisa.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES Gráfico 1 Gênero...07 Gráfico 2 Etnia...07 Gráfico 3 Faixa Etária...08 Gráfico 4 Incidência das Lesões...08

SUMÁRIO 1-INTRODUÇÃO...01 2-OBJETIVO...03 3-MATERIAIS E MÉTODOS...04 4-RESULTADOS...05 5-DISCUSSÃO...09 6-CONCLUSÃO...13 7-REFERÊNCIAS...14

1 INTRODUÇÃO As lesões odontogênicas originam-se a partir de remanescentes epiteliais e mesenquimais da embriogênese dentária, visto que o complexo maxilofacial também é formado por estes elementos. Podemos citar como exemplos os restos epiteliais de Malassez, restos de Serres e folículo pericoronário. Esta particularidade confere uma posição de quase exclusividade dos maxilares para o desenvolvimento dessas alterações. O cisto é definido como uma cavidade patológica revestida por epitélio, contendo, usualmente, material líquido ou semi-sólido em seu interior. Quando são derivados do epitélio, associado ao desenvolvimento do órgão dentário recebem a denominação de cistos odontogênicos. Segundo Neville et al. (2011) os Cistos odontogênicos são classificados em Cistos Odontogênicos de Desenvolvimento que compreendem: Cisto dentígero, Cisto de erupção, Cisto odontogênico ortoceratinizado, Cisto gengival do recém-nascido, Cisto gengival do adulto, Cisto periodontal lateral, Cisto odontogênico glandular; e Cistos Odontogênicos Inflamatórios que compreendem: Cisto radicular ou periapical, Cisto radicular residual e Cisto da bifurcação vestibular. Os tumores odontogênicos são um grupo complexo de lesões de comportamento clínico e tipos histológicos diversos. Conforme os estudos de Jing et al (2007) os tumores odontogênicos são derivados a partir do epitélio, ectomesenquima, ou elementos mesenquimais do dente em formação. Segundo Neville et al. (2011) os tumores odontogênicos são classificados como tumores de epitélio odontogênico, tumores odontogênicos mistos ou tumores de ectomesênquima odontogênico. Os Tumores de epitélio odontogênico são: Ameloblastoma e suas variantes, Carcinoma odontogênico de células claras, Tumor odontogênico adenomatóide, Tumor odontogênico epitelial calcificante, Tumor odontogênico escamoso, Tumor odontogênico queratocístico. Os Tumores odontogênicos mistos são: Fibroma ameloblástico, Fibro-odontoma ameloblástico;, Fibrossarcoma ameloblástico, Odontoameloblastoma, Odontoma composto, Odontoma compelxo. Já os

Tumores de ectomesênquima odontogênico são: Fibroma odontogênico, Tumor odontogênico de células granulares, Mixoma odontogênico e Cementoblastoma. Estudos demonstram que os cistos odontogênicos podem apresentar grande relevância quando suas lesões são causadoras de destruição óssea, pois alguns apresentam-se de forma inócua enquanto outras de forma agressiva. Indivíduos de ambos os gêneros, de todas as idades e etnias podem ser acometidos por Cistos ou Tumores odontogênicos. Sinais como mudanças na coloração da mucosa e deslocamento e/ou ausência dos dentes nos arcos maxilares poderão ser observados. Sintomas como dor e mesmo a parestesia são comumente relatados à medida que as lesões aumentam de tamanho. O objetivo do presente estudo foi determinar o perfil epidemiológico deste heterogêneo grupo de lesões para possível elaboração de hipóteses diagnósticas além de condutas clínicas e preventivas.

2 OBJETIVO O estudo tem por objetivo traçar o perfil epidemiológico de indivíduos acometidos por lesões císticas e tumorais dos ossos gnáticos, levando em consideração faixa etária, gênero, raça, sintomatologia dolorosa e relatando a incidência das lesões diante dos casos diagnosticados por meio de exame histopatológico, após realização de biópsias no Setor de Cirurgia Bucal da Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Londrina (COU-UEL).

3 MATERIAIS E MÉTODOS O presente estudo retrospectivo analisou os prontuários de todos os pacientes submetidos a biópsias no período de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2013. A partir desta análise foram selecionados os prontuários que continham confirmação histopatológica de cistos ou tumores odontogênicos. Foram inclusos na pesquisa indivíduos entre 1 e 84 anos de idade, sem restrição de gênero ou etnia. As lesões foram categorizados, de acordo com uma classificação histológica da organização mundial de saúde (OMS) de 2005. Os aspectos relevantes foram analisados descritivamente e expostos na plataforma Epi Info. Processados e separados, serviram de banco de dados para análise estatística. Dados coletados sem confirmação de exame histopatológico, ou informações insuficientes foram excluídos da amostra.

4 RESULTADOS Através de busca direta pelo serviço especializado ou encaminhamento interno durante os cinco anos de estudo realizaram-se 160 biópsias, das quais 66 (41,2%) tiveram por resultado algum tipo de cisto ou tumor odontogênico. Em relação ao gênero, foi encontrada a prevalência de 61,5 % nas mulheres. Dentre os 66 pacientes a etnia branca representou 66,7%, seguido por pardos com 21,2% e negros com porcentagem igual de 12,1%. Entre os pacientes submetidos aos exames à maioria encontrava-se na faixa etária de 31 a 50 anos de idade, somando 43,9% dos usuários do serviço. Crianças entre 0 a 10 anos somam 7,6%. Adolescentes de 11 a 20 anos representam 18,2%, enquanto adultos jovens 21 a 30 representam a frequência de 12,1%, adultos e idosos acima de 51 anos somam 18,2%. Entre as biópsias realizadas no setor de Cirurgia Bucal da COU-UEL, foram diagnosticadas 28 patologias diferentes, dentre estas, 6 classificadas entre os cistos e tumores odontogênicos. Cisto odontogênico inflamatório foi a lesão mais prevalente com 40,9% dos resultados, sendo 22 lesões periapicais inflamatórias e 5 lesões periapicais residuais. O Cisto periapical inflamatório corresponde a 33,3% da amostra. Sendo mais comum no gênero feminino 19,7%, etnia branca 22,7% e faixa etária entre 41 e 50 anos. Já o Cisto residual corresponde a 7,6% da amostra, com predileção pelo gênero feminino 6,1%, etnia parda 3% e faixa etária maior que 51 anos. No grupo dos Cistos odontogênicos de desenvolvimento, foram encontrados apenas cistos dentígeros, com a porcentagem de 16,7%. Houve relevância quanto ao gênero feminino 10,6%, 9,1% das lesões foram encontrados em indivíduos brancos e 10,6% estavam presentes em indivíduos de 11 a 20 anos.

Na classe de tumores odontogênicos, foram diagnosticados Ameloblastoma, Odontoma composto e Tumor odontogênico queratocístico. Na amostra, Ameloblastomas representaram 12,1%, Odontoma composto 1,5% e Tumor odontogênico queratocístico 28,8%. Os Ameloblastomas apresentaram maior incidência no gênero masculino 9,1%, cor branca 10,5% e faixa etária de 21 a 30 anos com 6,1%. Apenas um caso de Odontoma composto foi diagnosticado, este, em gênero feminino, cor branca e faixa etária entre 41 e 50 anos, todos apresentando uma porcentagem de 1,5%. Os Tumores odontogênicos queratocísticos tiveram predileção pelo gênero feminino 15,2%, cor branca 19,7% e faixa maior que 51 anos 9,1%. Quanto a sintomatologia álgica, 83,3% dos pacientes não relatavam dor na primeira consulta. Dentre os que apresentaram queixas, a maior incidência 6,1% foram no casos diagnosticados como Tumor odontogênico queratocistico. O estudo revelou que todos os casos de AME foram diagnosticados em mandíbula, enquanto lesões de TOQ representara índices de 92% para a mesma área. Ocorreu predileção pela mandíbula para lesões de cisto dentígero, registrando 73% dos casos.

Gráfico 1 Gênero Gráfico 2 Etnia

Gráfico 3 Faixa Etária Gráfico 4 Incidência das Lesões

5 DISCUSSÃO Segundo Neville et al. (2011) Os cistos revestidos por epitélio nos ossos do corpo são observados somente nos ossos gnáticos, e constituem um importante aspecto da patologia oral e maxilo-facial, presentes de forma relativamente comum na prática odontológica. De acordo com os relatos da literatura sobre a incidência e a frequência relativa dos Cistos odontogenicos, as lesões mais comumente diagnosticadas são respectivamente os cistos radiculares e o dentígero. Dentre os Tumores odontogênicos, a maioria dos autores concorda que os mais comuns são o odontoma e o ameloblastoma. Os Cistos radiculares foram relatados como a lesão de maior incidência nos estudos. Radden et al (1973) registrou 60% das lesões como cistos radiculares. Daley et al (1994) encontrou 61,4% das lesões como cistos radiculares.jones et al (2006) demonstrou a incidência de 52,3%. Em nossos dados, foram registrados 40,91% de cisto radicular sendo a lesão com maior registro de biópsias. No presente estudo, cisto dentígero ocorreu com maior frequência na segunda década de vida, mostrou-se assintomático em 72,7% dos casos, apresentando inclinação para o genêro feminino com 66,6% dos casos e acometendo a cor branca em 54,5%. Confirmando o perfil epidemiológico L. L Zhang et al (2010) em um estudo com 2029 cistos dentígeros, 30% dos cistos biopsiados, encontrou a prevalência entre a segunda e terceira décadas de vida, decaindo conforme a idade. Segundo Carvalho et al (2011) em um estudo com 192 casos houve predileção pelo gênero masculino na razão de 2:1. Quanto a etnia, indivíduos brancos mostraram maior prevalência, perfazendo 56,7% da amostra. Todos os estudos apontam relação dos cistos dentígeros com terceiros molares. Em estudos Servato et al (2012) observaram que lesões tumorais odontogênicas incluem lesões benignas harmatomatosas, neoplasias com comportamento biológico variado e tumores malignos. As lesões apresentaramse incomuns, algumas sendo extremamente raras, podendo representar desafios significativos de diagnóstico.

Sobre os Tumores odontogênicos, em um estudo semelhante sobre a sua prevalência na população brasileira, Osterne et al., (2011) encontraram uma predileção pelo gênero feminino, com média de idade de 30,5 anos, sendo o Ameloblastoma seguido do Tumor odontogênico queratocístico os mais frequentes. Nossos achados mostraram predileção pelo gênero masculino de 41 a 50 anos. Quanto aos tipos de Tumores odontogênicos, nosso estudo encontrou maior incidência de Tumor odontogênico queratocístico seguido por Ameloblastoma. De acordo com Zhang et al. 2010, o Ameloblastoma é o tumor odontogênico mais comum, ocorrendo em aproximadamente 1% dos tumores e cistos dos maxilares e 10% dos tumores odontogênicos. Todavia, Jordan e Speight (2009) o consideram como o mais comum tumor odontogênico após o odontoma. Ocorre em todos os grupos etários, mas o pico de incidência é na terceira e na quarta década de vida. O presente estudo apontou 8 casos (12,1%) para AME. Sua localização preferencial em região posterior da mandíbula são condizentes com estudos realizados em outros países e com os trabalhos de pesquisadores de várias partes do mundo. O odontoma apresentou apenas um caso no presente estudo. Esses resultados não são condizentes com os achados de Waldron (2009), que consideraram o odontoma como o tipo mais comum de tumor odontogênico. Em seu estudo retrospectivo de 1642 casos de tumores odontogênicos, Jing. W et al (2007) encontraram com maior ocorrência o ameloblastoma em 40,3% das lesões, seguido por tumor odontogênico queratocístico em 35,8%. Ressaltou em seu estudo a baixa incidência de odontomas na população chinesa, representando apenas 4,7% das biópsias realizadas. Ao contrário dos cistos odontogênicos, o tumor odontogênico queratocístico não cresce e expande de forma centrípeta, mas mostra crescimento mural no sentido ântero-posterior, com proliferação tecidual para dentro do osso esponjoso. Pode, então, alcançar considerável tamanho antes de a expansão óssea tornar-se aparente clinicamente. Também tem tendência a recorrer, levando à afirmação que é agressivo e tem um inerente potencial de crescimento.

As taxas de ocorrência desse tumor podem ser significativas. No presente trabalho, observou-se taxa de ocorrência de 28,8%, sendo que a região posterior da mandíbula esteve relacionada com 90% dos casos. A mudança da classificação da OMS em 2005 também afetou os estudos dos tumores odontogênicos, e o tumor odontogênico queratocístico ganhou um importante papel na prevalência dessas lesões. Nos estudos conduzidos por El-Gehani et.al. (2009) e Jing et al. (2007), a inclusão desde tumor no grupo revelou grande aumento da prevalência, concordando com os nossos estudos, em que o tumor odontogênico queratocístico representou a segunda patologia odontogênica mais frequente com um percentual de 28,8% dos casos. Quando comparada a população brasileira, especialmente em nosso estudo, encontramos a maior ocorrência de Tumor odontogênico queratocístico em relação ao Ameloblastoma. Mas deve-se levar em conta a presença de um paciente com sindrome de Gorlin, sendo esse diagnosticado com quatro tumores odontogênicos queratocisticos. Avelar et al (2011) em uma revisão mundial de casos de tumores odontogênicos, revelou que entre os tumores odontogênicos queratocísticos a maior incidência ocorreu entre a segunda e quarta décadas de vida. O dado corresponde as biópsias realizadas no presente estudo, onde os relatos também foram mais incidentes nessa faixa etária. De acordo com Tawfik et al (2010) quando estudaram o perfil epidemiológico de pacientes com Tumor odontogênico queratocístico, a razão de homens para mulheres se mostra em 1.7:1 respectivamente. Em nosso estudo não houve relevância significativa quanto a gênero nesta lesão. Aplicando outros dados epidemiológicos, como a idade, observamos a ocorrência desse tumor, desde a primeira até a sétima década de vida. Os achados de Kaczmarzy et al (2012) em relação a faixa etária vão de acordo com nossos estudos, onde casos foram encontrados de 11 a 81 anos. O ameloblastoma em nosso estudo, representou diferenças de ocorrência em relação ao gênero na razão 3:1 de homens para mulheres, confirmando os achados de Jing et al (2007) onde a razão de 1.4:1 de homens para mulheres foi encontrada, demonstrando a prevalencia para o gênero masculino. Para

Sriram et al (2008) a razão de homens e mulheres encontrou-se em 1.6:1 respectivamente. Nesse mesmo estudo, os autores descreveram a idade média de 32 anos, sendo a segunda, terceira e quarta décadas de vida as que registraram maior ocorrência. Em nosso estudo a grande maioria dos casos concentrou-se na terceira e quarta décadas de vida. O fato vai de acordo com as lesões em estágios avançados, alcançando grandes proporções e demonstrando a dificuldade diagnóstica em lesões que apresentam-se assintomáticas. Os critérios utilizados para estabelecer o perfil epidemiológico dos pacientes tem se mostrado uma ferramenta importante na ajuda diagnóstica das lesões císticas e tumorais dos ossos gnáticos. Mesmo que haja diferença entre estudos, é consenso que algumas lesões como cisto radicular, cisto dentígero, ameloblastoma e tumor odontogênico queratocistico tem se mostrado mais frequentes quando realizadas as biópsias, dessa forma o estudo epidemiológico auxilia nas ações de prevenções e diagnósticos clínicos precoces.

6 CONCLUSÃO Na amostra analisada, a maior frequência de pacientes atendidos foi do gênero feminino, na faixa etária de 41 a 50 anos e de etnia branca, sendo o diagnóstico mais frequente os cistos periapicais inflamatórios seguido dos tumores odontogênicos queratocísticos. Observou-se a necessidade de um acompanhamento clínico e radiográfico mais rigoroso dos pacientes atendidos na rede pública de saúde, visto que muitas lesões diagnosticadas e descritas na pesquisa apresentavam grandes dimensões resultando em uma piora no prognóstico quando submetidos ao tratamento. A utilização dos dados epidemiológicos mostraram-se efetivas e condizentes com a realidade de um centro de referência no tratamento de cistos e tumores dos ossos gnáticos. Esses dados podem ajudar a promover um alerta quando se trata de diagnóstico precoce mas também mostram a necessidade de uma equipe preparada e atualizada para lidar com as lesões mais avançadas. Sugere-se a continuidade da elaboração do perfil epidemiológico, bem como o envio de 100% das peças biopsiadas para o exame de confirmação histopatológico.

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