UNIP 1º. SEM 2014 DISCIPLINA: PROCESSO CIVIL DE CONHECIMENTO PROFESSOR: VARCILY QUEIROZ BARROSO

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Transcrição:

UNIP 1º. SEM 2014 DISCIPLINA: PROCESSO CIVIL DE CONHECIMENTO PROFESSOR: VARCILY QUEIROZ BARROSO 1

AULA N. 04 2.3 DAS NULIDADES (art. 243 a 250) 2

INTRODUÇÃO NULIDADE DO ATO Ocorre quando o ato é praticado sem a observância de um dos requisitos de validade

INTRODUÇÃO Ato processual FORMA Exteriorização

INTRODUÇÃO Simplificação X Necessidade das formas Forma regulamentada Sistema de nulidades

2.3 SISTEMAS DE NULIDADES a) SISTEMA DO ABSOLUTISMO DA LEI Mais antigo sistema. Do antigo direito francês. Qualquer violação a forma prescrita em lei, por mínima que seja, anula o ato. Agarra-se os animais pelo chifre e os homens pela palavra Muitas reações, principalmente a partir do século XVII.

2.3 SISTEMAS DE NULIDADES b) SISTEMA DA EQÜIDADE Soberania do juiz. O juiz decidirá com eqüidade a nulidade decorrente da inobservância da forma. Ofende duas regras: a certeza das formas e a unidade de sua aplicação. Perigo aos direitos das partes. Leva a um processo inquisitório.

2.3 SISTEMAS DE NULIDADES c) SISTEMA DE BENTHAM Jurista inglês que propunha que o ato deveria ser declarado nulo quando houvesse má-fé. Caberia a parte provar a boa-fé. Ao juiz caberia resolver. Inverte o princípio da presunção da boa-fé e não da má-fé.

2.3 SISTEMAS DE NULIDADES d) SISTEMA DE ROMAGNOSI Se aproxima do sistema do absolutismo da lei. A forma é intrínseca ou extrínseca ao ato. Essencial, inseparável do ato, e a sua inobservância torna o ato inexistente. Acidental, dependendo a declaração de nulidade, em razão de sua inobservância.

2.3.1 NULIDADE ABSOLUTA E RELATIVA Ambas não observam a forma prescrita em lei. ABSOLUTA Imposta em observância ao interesse público. Declarada a pedido da parte interessada ou de ofício. Insuscetível de preclusão. RELATIVA Imposta em observância ao interesse das partes. Depende sempre de provocação da parte. Deve ser argüida na primeira oportunidade que a parte falar nos autos. Sujeita sempre à preclusão. 10

2.3.1 NULIDADE ABSOLUTA E RELATIVA COMINADA NÃO- COMINADA Há expressa previsão na lei. É sempre absoluta. Depende de ser extraída por meio de interpretação do sistema de direito processual. É sempre relativa. 11

2.3.1 NULIDADE ABSOLUTA E RELATIVA ABSOLUTA COMINADA POR LEI Ex: atos praticados por juízo absolutamente incompetente ou juiz impedido. Falta de manifestação do MP quando necessária. RELATIVA NÃO COMINADA Atos praticados por juiz suspeito, ou em que haja incompetente relativa do juízo. Falta de designação de audiência (art. 331, CPC). 12

PRINCIPIO DA LEGALIDADE DAS FORMAS A lei estabelece a forma como meio para atingir um fim. Art. 154, CPC Art. 154 - Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.

2) PRINCÍPIOS PIOS DO ATUAL CÓDIGO O CPC adotou o Sistema da Finalidade da lei e do prejuízo. Moacyr Amaral Santos (Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, Vol. 2) O Sistema das formas e das nulidade processuais se rege pelo princípio da instrumentalidade das formas e dos atos processuais.

2) PRINCÍPIOS PIOS DO ATUAL CÓDIGO a) Princípio da instrumentalidade das formas e dos atos processuais b) Princípio da causalidade c) Princípio do Interesse de Agir d) Princípio da Lealdade e) Princípio da Economia Processual

2) PRINCÍPIOS PIOS DO ATUAL CÓDIGO a) Princípio da instrumentalidade das formas e dos atos processuais Mesmo não observada a forma, o ato atingiu sua finalidade, o ato é válido, não haverá prejuízo. Artigo 244 (CPC) - Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, Ihe alcançar a finalidade.

PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS Ainda que expressa e violada a forma, mas alcançada ada a finalidade do ato. O ato não é nulo; O juiz considerará válido o ato.

2) PRINCÍPIOS PIOS DO ATUAL CÓDIGO b) Princípio da causalidade Os atos são conexos uns aos outros. Uns dando causa a outros. c) Princípio do Interesse de Agir O interesse de agir leva as partes a argüirem os vícios existentes. d) Princípio da Lealdade As partes deve agirem de boa-fé, argüindo os vícios existentes para que o processo não se desenvolva com defeito.

2) PRINCÍPIOS PIOS DO ATUAL CÓDIGO e) Princípio da Economia Processual A forma é um meio de alcançar um fim, o processo não deve ser sacrificado, por um vício que pode ser suprido. Decorrem Princípio do Aproveitamento dos Atos Princípio da Renovação dos Atos

Nulidade a) Do Ato Processual Quando não atender os pressupostos Quando existir impedimento processual Quando existir pressuposto negativo

Nulidade b) Do Processo Falta de autoria uxória Quando o autor omitir prática de atos processuais para sanar nulidade do processo

Efeito Expansivo das Nulidades Declarada a nulidade de um ato, os atos subseqüentes que dele dependem serão nulos, preservando aqueles que não se relacionam. não atinge os antecedentes Atos posteriores que dependam da nulidade declarada Não atingem os atos que sejam independentes da nulidade declarada

Momento de Alegar a Nulidade Primeira oportunidade de se manifestar nos autos. Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Parágrafo único nico. Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva decretar de ofício cio, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento.

DAS NULIDADES Art.13 - Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representação das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcará prazo razoável para ser sanado o defeito. Não sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a providência couber: I - ao autor, o juiz decretará a nulidade do processo; 24

DAS NULIDADES Art.37 - Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do juiz. Parágrafo único - Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos. 25

DAS NULIDADES Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que Ihe deu causa. Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, Ihe alcançar ar a finalidade. Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Parágrafo único nico. Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, 26 provando a parte legítimo impedimento.

DAS NULIDADES Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. Parágrafo único nico. Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do Ministério Público, o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia ter sido intimado. Art. 247. As citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem observância das prescrições legais. 27

DAS NULIDADES Art. 248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, entes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes. Art. 249. O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados. 1 o O ato não se repetirá nem se Ihe suprirá a falta quando não prejudicar a parte. 2 o Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta. 28

DAS NULIDADES Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais. Parágrafo único nico. Dar-se se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa. 29

DAS NULIDADES Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que Ihe deu causa. Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, Ihe alcançar a finalidade. Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Parágrafo único. Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a 30 preclusão, provando a parte legítimo impedimento.

DAS NULIDADES Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. Parágrafo único. Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do Ministério Público, o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia ter sido intimado. Art. 247. As citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem observância das prescrições legais. 31

DAS NULIDADES Art. 248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes. Art. 249. O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados. 1 o O ato não se repetirá nem se Ihe suprirá a falta quando não prejudicar a parte. 2 o Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a 32 falta.

DAS NULIDADES Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais. Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa. 33