APRESENTAÇÃO DO TEMA. Figura 1. Diagrama do SISFRON. Fonte: Plano de Gerenciamento do Programa 2012



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Transcrição:

SISTEMA INTEGRADO DE MONITORAMENTO DE FRONTEIRA- SISFRON E SEUS BENEFÍCIOS PARA O MATO GROSSO DO SUL Adaías Rodrigues Souza, Acadêmico do Curso de Geografia da UEMS/UUCG, email: adaias07@yahoo.com.br; Roberto Ortiz Paixão, Professor Dr do curso de Geografia da UEMS/UUCG, Orientador; Leandro Bolzan de Rezende, MSc, CCOMGEX, Coorientador, E-mail: Lb_rezende@yahoo.com.br. RESUMO O Brasil possui dimensões continentais distribuídas em extensas reservas de água potável, enorme biodiversidade e vastos recursos minerais. Conta com mais de 16 mil quilômetros de fronteira seca, integrados com 10 países, sendo grande parte deste território ainda despovoado. Com uma vasta extensão e perceptível vulnerabilidade, um cuidado proporcional às também continentais riquezas deverá ser tomado, face aos olhos e interesses dos polos de poderes internacionais contemporâneos, e também da real possibilidade de invasões ilícitas, razão pela qual o Estado Brasileiro desprendeu grande esforço econômico com fins de preservar gigantesco patrimônio, investindo em vigilância e monitoramento. Para tanto, foi planejado e elaborado entre 2010 e 2011, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) que custará R$ 12 bilhões. Trata-se de um sistema de vigilância e monitoramento contínuo e permanente que vai dotar a força terrestre de meios para uma efetiva presença em todo o território nacional, particularmente nessa faixa de fronteira. Atualmente está em fase de implementação e irá cobrir os 150,5 km de largura que se estende como um corredor na faixa de fronteira seca do país, utilizando de tecnologia para tirar da fronteira o estigma de terra de ninguém. Serão adotadas câmeras, radares, sensores e até mesmo o Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado). O Estado de Mato Grosso do Sul foi escolhido para ser a região do projeto piloto devido as característica de fronteira seca, onde crimes, principalmente como o narcotráfico, seriam destaques em relação a outras regiões do país. Além disso, as características ambientais das regiões de pantanal e de cerrado são ambientes propícios para testar conceitos e tecnologias que serão levadas, em outras fases, para as regiões cobertas pela floresta amazônica e dos pampas. Em MS o projeto piloto está sendo desenvolvido na área de Dourados, que coordenará os polos de Mundo Novo, Caracol e Iguatemi, se estendendo para o restante dos 650 quilômetros de fronteira do Estado, e estão sendo injetados cerca de R$ 864 milhões. Este trabalho tem por objetivo analisar os desdobramentos, as transformações ocorridas e as repercussões nos municípios abrangidos com o SISFRON. Para tanto, esta pesquisa baseou-se informações de fontes documentais governamentais, como o Livro Branco de Defesa Nacional (2012), e fontes secundárias, como jornais, periódicos, sites e revistas, além de contados com autoridades envolvidas no Sistema. Como resultados preliminares, podemos apontar o município de Dourados que deverá receber R$ 38 milhões provenientes do projeto, dos quais R$ 19 milhões em investimentos em tecnologia. No tocante a geração de empregos em Mato Grosso do Sul, não resta dúvida que a previsão é de ótimas oportunidades para o setor de serviços para o Estado, ou seja, a previsão é que sejam mais de 7 mil vagas durante o projeto piloto. Palavras-chave: Fronteira, defesa, renda, turismo, integração.

2 APRESENTAÇÃO DO TEMA Parafraseando um dístico estampado em muros de quartéis do Exército Brasileiro, pelo País a fora, que diz ser nobre missão da defesa do território nacional: Difícil é a missão de defender a Fronteira (grifo meu-original, Amazônia), mas difícil ainda foi a de nossos antepassados em conquista-la e mantê-la. SOARES (1972) disse: Esse é o drama que temos de enfrentar o quanto antes e, para enfrentá-lo, é preciso que o governo federal crie, ao longo das fronteiras, estruturas permanentes de colonização e que os quartéis dos destacamentos de fronteiras sejam crisálidas de núcleos populacionais bem organizados, bem providos de resistência orgânica e perfeitamente aparelhados para se transformarem em futuras cidades. Essa é a Fronteira Viva. Considerada a ação mais importante do Governo Federal na área de segurança e defesa nacional nos últimos tempos, SISFRON irá contribuir para a redução dos crimes na faixa de fronteira, além do aumento da capacitação, sustentabilidade e autonomia da base industrial de defesa do país. O sistema é baseado em uma rede de sensores colocados sobre a linha de fronteira (figura 1), interligada a sistemas de comando e controle, que, por sua vez, estarão interligados às unidades operacionais com capacidade de dar resposta, em tempo real, aos problemas detectados. Figura 1. Diagrama do SISFRON Fonte: Plano de Gerenciamento do Programa 2012

3 Dada à importância do assunto em epígrafe, em uma de suas falas, Celso Amorim, Ministro da Defesa, disse em relação à faixa de 150,5 km de largura que se estende como um corredor controlado pelo projeto. É o maior empreendimento do gênero em execução no planeta (PGP 2012). Segundo o general Antonio dos Santos Guerra Neto, Comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, o SISFRON contribuirá para a redução dos crimes na faixa de fronteira, além do aumento da capacitação, sustentabilidade e autonomia da Base Industrial de Defesa do país. (Fonte: www.ccomgex.eb.mil.br, em 02/07/13). A implantação da fase Piloto do SISFRON, está sob a responsabilidade do Consórcio TEPRO, em Mato Grosso do Sul, desde 2013, tendo Campo Grande como Centro Regional de Monitoramento, e os munícipios de Dourados, Iguatemi, Caracol e Mundo Novo, como elementos de apoio. O Estado receberá um moderno Subsistema de Sensoriamento dotado de meios especializados para diversas ações de vigilância e reconhecimento, tudo com o objetivo de obter dados para o ciclo de inteligência. Uma vez captadas as informações, estas serão processadas por um Subsistema de Apoio à Decisão e então disseminado pelo Subsistema de Comunicações - composto por Comunicação Estratégica, Comunicação Satelital e Comunicação Tática - a quem de interesse. Desta forma, a atuação poderá ser coordenada e abrangente, envolvendo vários órgãos e entidades governamentais conforme suas atribuições, capacidades e responsabilidades. Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança disse à revista ISTO É: O Brasil carece de um satélite para transferência de informações de forma segura, especialmente de caráter estratégico. Atualmente, o governo federal aluga o serviço de satélites de empresas privadas. (revista isto é, ed 2221, 2012) As empresas Embraer e Telebrás firmaram acordo que promete ajudar o Brasil a acelerar sua capacitação no setor aeroespacial, e a desenvolver novas tecnologias, e ter mais autonomia no setor de defesa, como o desenvolvimento de um novo satélite geoestacionário brasileiro. A principal função do novo equipamento, prestar o serviço de transmissão de dados sigilosos ao Ministério da Defesa, é importantíssima para o País. (revista isto é, ed 2221, 2012) Devido à complexidade e desafio de implantação de um projeto como

4 SISFRON, o Exército Brasileiro optou por iniciar a implantação do Sistema através de um Projeto Piloto na região do Comando Militar do Oeste (CMO), onde o mesmo contempla o monitoramento de aproximadamente 650 quilômetros de fronteira terrestre, na faixa que acompanha a divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e com a Bolívia, a ser testado nessa região antes de ser efetivamente implantado no País. Nesta fase, os subsistemas a serem instalados estarão ligados a 4 Brigada de Cavalaria Mecanizada (4 Bda C Mec), em Dourados-MS, ao quartel-general do CMO, em Campo Grande-MS e ao comando central em Brasília-DF. A implantação do Projeto Piloto visa validar, em menor escala, o quanto os subsistemas implantados pelo Exército Brasileiro estão alinhados às condicionantes doutrinárias e operacionais da Força Terrestre. A sociedade de um modo geral irá se beneficiar da implantação do Sistema. No entanto, existem clientes que serão mais impactados pelo projeto. Neste trabalho procuraremos dar ênfase às cidades contempladas com a implantação piloto, que são Dourados, Iguatemi, Caracol e Mundo Novo, e que, certamente, irão sentir benefícios diretos para sua população. PROBLEMÁTICA/QUESTÃO CENTRAL O território brasileiro possui dimensões continentais distribuídas em extensas reservas de água potável, enorme biodiversidade e vastos recursos minerais, contando ainda com seus mais de 16 mil quilômetros de fronteira seca, ocupando nada menos que a quinta maior população do planeta. Além da tamanha expressividade internacional, o Brasil produz grandes quantidades de energias renováveis e não renováveis, sem falar nas recentes descobertas do pré-sal, o que levaram o País a um novo patamar de reservas e produção de petróleo e gás natural (LDBN 2012). Diante de uma vasta extensão e perceptível vulnerabilidade, um cuidado proporcional às também continentais riquezas deverá ser tomado, face aos olhos e interesses dos polos de poderes internacionais contemporâneos, e também da real possibilidade de invasões ilícitas. O mapa dos crimes na região oeste de fronteira mostra problemas como contrabando, tráfico de drogas, armas e munição, roubo de cargas e veículos, refúgio de criminosos e crimes ambientais em quase todos os estados que fazem

5 limite com nossos vizinhos. Em menor escala, temos ainda roubo de gado, tráfico de pessoas, exploração sexual e infantil, evasão de divisas e até turismo sexual. Por outro lado, com uma fronteira seca e sem o aparato necessário para vigilância, o território brasileiro tem sido corriqueiramente utilizado como corredor das mais variadas práticas ilícitas, sendo um verdadeiro celeiro de oportunidades para as organizações criminosas. O fenômeno globalização trouxe consigo o agravamento de ameaças de naturezas peculiares, como o narcotráfico, o tráfico de armas e a biopirataria, que põem à prova a capacidade do Estado. Consequentemente, as implicações para a proteção da soberania, ligadas a problemas globais demonstram uma crescente importância dos temas de segurança e de defesa. Diante disso, o Brasil reconhece em respeito às previsões da Constituição, a necessidade de políticas coordenadas entre diferentes órgãos do governo (LDBN 2012). Não obstante, outros desafios se apresentam ao País, tais como os que colocam a prova a sua capacidade de fazer, face aos chamados conflitos do futuro, como, por exemplo, as guerras de informação e os conflitos de pequena escala, caracterizados por origem imprecisa e estruturas de comando e controle difusas, com o uso, inclusive, de redes sociais. Diante de claras possibilidades, importa ao País fortalecer a capacidade de engajamento internacional. O interesse despertado nos últimos anos pelos temas da defesa em segmentos crescentes da sociedade brasileira é uma tendência salutar. (LDBN 2012) INTERLOCUÇÃO TEÓRICO-CONCEITUAL A Presidente Dilma Rousseff, em 05 de abril de 2011 disse: Se o Brasil se abre para o mundo, o mundo se volta para o Brasil. Essa dinâmica é portadora de esperança, mas também de novas e grandiosas responsabilidades, que as Forças Armadas saberão cumprir. Portanto, a soberania de uma Nação, juntamente com sua inserção econômica competitiva e o seu desenvolvimento pleno, pressupõe uma capacidade de defesa condizente com as potencialidades e aspirações do País (LDBN 2012). O Brasil se considera e é visto internacionalmente como um país amante da paz,

6 mas não pode prescindir da capacidade militar de dissuasão e do preparo para defesa contra ameaças externas. (LDBN 2012). Segundo MACHADO, a definição de fronteira requer uma abordagem mais abrangente. Para efeito de análise, optamos por entendê-la como uma faixa ou zona existente nos dois lados da linha divisória e de difícil precisão, dependente das relações sociais em diferentes tempos históricos. Dessa forma, ela fornece os desenho da soberania do Estado, onde se desenvolvem os processos e ritos de constituição da nacionalidade (1998:41). Mais precisamente, o limite pode ser considerado como a linha políticoterritorial da Nação inscrita na natureza, precisa, linear e perfeitamente definida no terreno (VERGARA, 2010, pag. 06). Ainda, segundo MACHADO (2005) o território que margeia o limite continental do Brasil, é uma das áreas estratégicas e menos conhecida do país, apesar de ter sido a primeira a ser oficialmente reconhecida como tal. Importante lembrar que, ainda no Segundo Império (século XIX), foi concebida a faixa de fronteira atual que teve sua largura ratificada em 1979 (Lei 6.634), compreendendo todos os municípios total ou parcialmente cortados por uma linha poligonal de 150 km a partir da divisória. Sem dúvida o interesse estratégico da área provinha, e ainda provém, primordialmente, da imposição de defesa do perímetro de um vasto território ainda pouco povoado e insuficientemente articulado. Esse o papel da rede de defesa e vigilância ao longo da fronteira, porém este tipo de tecnologia de poder apresenta hoje limitações (MACHADO 2005). A definição das fronteiras, por meio de tratados e arbitramento, foi primordial para a política de estreitamento das relações diplomáticas entre o Brasil e os demais países da América do Sul, contribuindo para firmar princípios de soluções pacíficas nos contenciosos com outros Estados (LDBN 2012). Cabe ressaltar o conceito de faixa de fronteira adotado pelo Brasil, consolidado pela Constituição Federal e regulamentado por Lei. A preocupação com o adensamento e a gradativa presença brasileira ao longo da faixa de fronteira reflete a prioridade atribuída ao desenvolvimento sustentável, à integração nacional e à cooperação com os países fronteiriços nos aspectos referentes à segurança e ao combate aos ilícitos transnacionais (LBDN 2012).

7 Segundo o Livro Branco de Defesa Nacional-LBDN - a Defesa Nacional, é caracterizada na Política Nacional de Defesa como o conjunto de medidas e ações do Estado, com ênfase na expressão militar, para a defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças preponderantemente externas, potenciais ou manifestas, e tem como objetivos a garantia da soberania, do patrimônio nacional e da integridade territorial, a defesa dos interesses nacionais e das pessoas, dos bens e dos recursos brasileiros no exterior, a contribuição para a preservação da coesão e unidade nacionais e a contribuição para a estabilidade regional. O advento de uma ordem multipolar, caracterizada pela coexistência de potências tradicionais e potências emergentes traz consigo novas oportunidades e novos desafios às nações no plano da defesa. Motivada pelo fato de os países vizinhos compartilharem experiências históricas comuns, desafios de desenvolvimento semelhantes e regimes democráticos, que facilitam a compreensão recíproca e propiciam uma acomodação pacífica dos diversos interesses nacionais, ocorre gradualmente na América do Sul o surgimento de uma comunidade de segurança. A região sul-americana é a que tem apresentado menor incidência de conflitos entre Estados, o que tem fortalecido, na última década, o crescimento econômico da região com um todo. A postura conciliatória do Brasil, que convive em paz com seus vizinhos há mais de 140 anos, têm contribuído historicamente para a estabilização da região (LDBN 2012). Adequadamente capacitado em termos de defesa territorial, o Brasil tem condições de dissuadir agressões a seu território, a sua população e a seus interesses, contribuindo para a manutenção de um ambiente pacífico em seu entorno. Pela dissuasão e pela cooperação, o Brasil fortalece, assim, a estreita vinculação entre sua política de defesa e sua política externa, historicamente voltada para a causa da paz, da integração e do desenvolvimento. O território é a base física da Nação, delimitado pelas fronteiras, pelas águas e pelo espaço aéreo sob jurisdição brasileira. As dimensões do Brasil são continentais. Para assegurar sua defesa, as Forças Armadas se estruturam de acordo com a Constituição Federal e com a legislação dela decorrente. (LDBN)

8 O SISTEMA DE MONITORAMENTO A Estratégia Nacional de Defesa elencou três setores como sendo estratégicos: o nuclear, o cibernético e o espacial, ficando o setor cibernético a cargo do Exército Brasileiro, conforme determinação da Diretriz Ministerial do MD no 14/2009. Nesse contexto, foi criado o SISFRON, a cargo do Exército Brasileiro em consonância com as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa e com base em monitoramento/controle, mobilidade e presença, o que permitirá à Força Terrestre manter as fronteiras monitoradas, dando respostas prontamente a qualquer ameaça ou agressão, especialmente na imensa região Amazônica. Com a perspectiva de interligar o SISFRON aos sistemas congêneres das demais Forças, do Ministério da Defesa e de outros órgãos federais, estaduais e a municipais, o Sistema contribuirá para iniciativas unificadas de cunho socioeconômico, evoluindo para um sistema integrado de monitoramento, que propiciem o desenvolvimento sustentável das regiões fronteiriças. Cabe ressaltar que o investimento empreendido no SISFRON é um dos três mais elevados no mundo. Entretanto, estes investimentos e demonstrativo de gastos com Defesa no Brasil nem sempre foram nesses patamares. A comparação entre os dados dos orçamentos de Defesa de diferentes países é útil para se obter uma visão geral de ordem de grandeza e de como são aplicados os recursos financeiros. Em uma classificação dos dez países com maiores gastos em defesa no mundo, em 2011, o Brasil está na décima colocação (figura 2). Figura 2 O Brasil é o que possui o menor gasto com defesa entre os países do grupo BRICS, com exceção da África do Sul, cujos gastos não foram suficientes para o

9 país ser incluído na classificação (figura 3). Figura 3 O Brasil foi a sexta nação que mais incrementou seus gastos com defesa na última década. Entretanto, esse crescimento é inferior aos dos demais países do grupo BRICS. Comparando, nesse período, o crescimento dos gastos com Defesa do Brasil (19%) e da China (170%), por exemplo, a discrepância é muito acentuada (figura 4). Figura 4 Ainda considerando os dez países que mais gastaram com Defesa no mesmo período, o Brasil é a oitava nação com maior proporção de gastos em relação ao Produto Interno Bruto. De igual forma, o índice dos gastos, comparativamente, é inferior ao dos demais países que integram o grupo BRICS, sem levar em conta os dados da África do Sul. É importante destacar, também, que os gastos do Brasil com Defesa corresponderam a 2,0% do dispendido nesse setor em todo o mundo em 2011. Fica evidente que quase a metade dos gastos globais com Defesa corresponde aos

10 gastos dos Estados Unidos da América e que as despesas do grupo BRICS, não incluindo África do Sul, correspondem a 17,1% dos gastos globais no setor. Figura 5 Frente a esse cenário a atual realidade exige investimentos bem mais significantes. Segundo Marcus Tollendal, presidente da Savis Tecnologia e Sistemas S.A., subsidiária da Embraer para equipamentos de defesa, o custo total do investimento no SISFRON é de R$ 12 bilhões e, de acordo com o general Antonino dos Santos Guerra Neto, comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, somente em 2014 serão aplicados R$ 545 milhões por meio dos recursos do Orçamento Público. O Poder Executivo tem demonstrado compromisso com a segurança das fronteiras. O projeto é um dos maiores do mundo, está em linha com a diretriz do Exército porque que vai agregar inovação tecnológica, vai gerar renda e emprego e contribuir para o Brasil oferecer essa tecnologia para outros países, contribuindo para a balança comercial (JusBrasil Política, 26 de fevereiro de 2014). Dentro do contexto do projeto SISFRON, os principais objetivos são permitir coletar, armazenar, organizar, processar e distribuir dados necessários à gestão das atividades governamentais que visam manter monitoradas áreas de interesse do Território Nacional, particularmente da faixa de fronteira terrestre, servindo também para oferecer subsídios a iniciativas integradas de cunho socioeconômico que propiciem o desenvolvimento sustentável das regiões contíguas. As violações da lei ocorrem pela transposição ilegal da fronteira seca ou do uso abusivo da vasta malha fluvial que enriquece o ecossistema, tanto na Amazônia como no Pantanal. A tabela 1 apresenta uma distribuição da incidência dos principais eventos criminosos na zona de fronteira conforme a Unidade da Federação.

11 Tabela1 Fonte: Especialistas no tema fronteira das Secretarias Estaduais de Segurança Pública Tão grave quanto às ilegalidades praticadas por cobiça ou pecúnia é a confirmação de que grupos armados, ligados a narcotraficantes e submetidos à pressão crescente em seus países de origem, invadem o solo brasileiro em busca de santuário para escapar das forças que os acossam (PGP 2012). (Brasil 2008) Figura 6 Mapa de Eventos Criminosos à Zona de Fronteira Segundo UF Fonte: Especialistas no tema fronteira das Secretarias Estaduais de Segurança Pública O Relatório Anual da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes calcula que cerca de 80% da cannabis consumida no Brasil vem do Paraguai. Esses dados evidenciam a significativa porção das drogas originárias da região fronteiriça

12 que nutrem o narcotráfico brasileiro, como consequência da porosidade das fronteiras terrestres, resultado direto de ausência da capacidade do Estado em exercer monitoramento e controle contínuo e permanente de áreas de interesse do Território Nacional, particularmente da faixa de fronteira terrestre (PGP 2012). O SISFRON é um passo fundamental para que as ações de proteção, de fiscalização e de repressão necessárias à tranquilidade da sociedade se façam serena e implacável, que não somente protegerá a integridade do território nacional e suas áreas de fronteira, mas também a integridade da Floresta Amazônica, do Pantanal Matogrossense e demais áreas, seus ecossistemas, sua biodiversidade e seu povo, com o mínimo de agressão ambiental inerente ao processo de desenvolvimento urbano considerado como alternativa. A cooperação com outros órgãos, federais e/ou estaduais, para a repressão aos delitos de repercussão nacional e internacional, no território nacional, permite que as ações tomadas sejam mais eficientes e eficazes, o que representa uma significativa redução de custos e potencialização de benefícios devido à otimização do apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução (PGP 2012). O SISFRON poderá viabilizar ações interagências em áreas de interesse do Território Nacional, particularmente na faixa de fronteira, em coordenação com Ministério da Justiça, Ministério da Saúde, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Fazenda, e outros órgãos federais, de forma que sejam implementadas e continuadas com mais direcionamento para sua área de especialização. Esse maior direcionamento significará menores custos e maiores benefícios das ações por eles implantadas (PGP 2012). Ações de vários órgãos e entidades em conjunto na Faixa de Fronteira já estão em operação. Trata-se de um esforço conjunto da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança Pública, da Receita Federal, da Polícia Rodoviária Federal e das polícias Civil e Militar dos estados envolvidos (Amazonas, Rondônia, Roraima, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná), além de órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (PGP 2012). Além da sinergia nas áreas policial e militar, o SISFRON, com seu subsistema de sensoriamento e apoio a decisão, terá capacidade de prover maior atuação em ações conjuntas com vários órgãos federais de outras áreas, como o Ministério do Meio Ambiente por meio do Ibama que, em parceria com o Instituto Nacional de

13 Pesquisas Espaciais INPE, elaborou três sistemas de monitoramento do bioma em território brasileiro que contribuirão para o fornecimento de informação no combate ao desmatamento (PGP 2012). Diante do grande aparato tecnológico e da abrangência territorial, as possibilidades de harmonia com outros programas federais são inúmeras através do uso dos meios do SISFRON. O grande benefício dessa sinergia com o Exército Brasileiro é uma presença maior, mais intensa e menos onerosa do Estado na faixa de fronteira. Três grandes categorias de clientes serão beneficiadas e atendidas com o projeto SISFRON. Os clientes externos, clientes internos e clientes ocultos. Os clientes externos compõem o maior e mais importante grupo favorecidos, pois é composto por toda a sociedade brasileira, que, de forma indireta, será a receptora, por toda a extensão territorial do país, dos impactos positivos da implantação do SISFRON, haja vista os impactos decorrentes de atividades nas fronteiras (PGP 2012). Numa análise mais apurada da natureza dos produtos do SISFRON, além das Organizações Militares (OM) do Exército, outros e vários clientes são identificados como, por exemplo, a Força Aérea, a Marinha do Brasil, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o IBAMA, o INCRA, o Ministério da Saúde, as Defesas Civis dos Estados Fronteiriços, a Receita Federal do Brasil, as Forças Aliadas de países fronteiriços, dentre outros (PGP 2012). Clientes Internos. Um projeto complexo como o SISFRON envolve uma rede de clientes internos que são críticas para o sucesso do projeto. Os clientes ocultos ou partes interessadas no projeto, são pessoas ou organizações que não participam diretamente do projeto, mas têm interesse nos produtos do SISFRON, seria por exemplo o Ministério do Turismo e toda a infraestrutura de turismo local da faixa de fronteira, pois a percepção de segurança está coesamente associada a reduções de criminalidade decorrentes de crimes transfronteiriços, por decorrência direta o interesse pelo turismo na região será incrementado (PGP 2012). Acompanhando a linha de raciocínio acima exposto, uma das consequências diretas da melhoria na situação de segurança pública nas regiões fronteiriças é o aumento do preço do hectare de terra. Segundo a Associação dos Proprietários Rurais do Estado do Mato Grosso, o hectare de terra na faixa de fronteira Oeste do

14 estado aumentou 186% (R$ 700,00 para R$ 2.000,00) com a implantação do Gefron, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Mato Grosso. Assim identifica-se mais um grupo de cliente oculto do SISFRON que são os proprietários de propriedades na faixa de fronteira (PGP 2012). De acordo com o general Adhemar da Costa Machado Filho, até o inicio de 2015, o SISFRON deverá estar totalmente implementado na região de fronteira do MS, sob a coordenação do Exército, como forma de garantir mais segurança à população e um controle mais rígido no acesso à fronteira dos dois países com o Brasil. (www.correiodecorumba.com.br). RESULTADOS O SISFRON permitirá o aumento da presença do Estado em áreas de interesse do Território Nacional, particularmente ao longo da fronteira terrestre, ao contribuir com o esforço governamental de manter efetivo controle sobre aquelas áreas, e atender ao trinômio monitoramento/controle, mobilidade e presença. Além dos acima explanados, pode-se concluir, como benefícios diretos do SISFRON, o incremento da presença do Estado na região de fronteira, gerando economia em condições constantes e em métrica significativamente conservadora para o Estado como um todo. O prefeito de Corumbá Paulo Duarte, em sua fala durante reunião com representantes de instituições e população no Centro de Convenções do Pantanal para o Ciclo de Debates Sobre o SISFRON ocorrido no dia 08 de novembro de 2013, destacou que os investimentos do SISFRON no município agregam um valor positivo perante o contexto nacional. Afirmou ainda que é importante essa percepção que as autoridades hoje têm sobre as fronteiras brasileiras, pois os investimentos nessas regiões minimizam não apenas problemas nelas, mas em todo o país, então o que estamos vendo é Corumbá no centro das discussões e é isso que nós precisamos e queremos. A nossa cidade precisa ter essa visibilidade, não é somente falar dos problemas que acontecem, mas falar das soluções. (Assessoria de imprensa PMC em 08 de Novembro de 2013). Essas métricas sociais são, portanto, importantes para a população, o que certamente agregam ganhos imensuráveis ao município, frente à diminuição da criminalidade e o tráfico na fronteira, além de contribuir para geração de renda e emprego.

15 RERERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Livro Branco de Defesa Nacional, Brasil 2012 MACHADO, Lia Osório, Limites, fronteiras, redes. In: Tânia Marques Strohaecker (org.), Fronteiras e espaço global. Porto Alegre: AGB, 1998. Machado, L.O. 2005. Ciência, tecnologia e desenvolvimento regional na Faixa de Fronteira do Brasil. Parcerias Estratégicas 20(2): 747-766. Fonte: Grupo Retis/UFRJ. Leia mais em http://www.retis.igeo.ufrj.br/producao/artigos/ci%c3%aancia-tecnologia-e- desenvolvimento-regional-na-faixa-de-fronteira-do-brasil/#.u- BKq_ldWmE#ixzz39U2kcTcf Fonte: Grupo Retis/UFRJ. Leia mais em http://www.retis.igeo.ufrj.br/producao/artigos/ci%c3%aancia-tecnologia-e- desenvolvimento-regional-na-faixa-de-fronteira-do-brasil/#.u- BKq_ldWmE#ixzz39U2EWjtA JusBrasil Política, 26 de fevereiro de 2014. http://al-ms.jusbrasil.com.br/noticias/112086956/implantacao-do-sisfron-deve-ganharforca-a-partir-de-2014, acesso em 06/08/14 Termo de Contrato Nº 27/2012 de Implantação e Integração dos Sistemas de Sensoriamento e de Apoio à Decisão do Projeto Piloto do SISFRON; Plano de Gerenciamento do Programa-PGP, Maio 2013). http://www.corumba.ms.gov.br/noticias/sisfron-preve-implantacao-de-centros-deoperacoes-em-corumba/15306/ Acesso em Jul 2014. http://www.ccomgex.eb.mil.br/ http://www.campograndenews.com.br/cidades/exercito-espera-fechar-fronteira-parao-trafico-em-2015-com-sisfron. Acesso em Ago 2014. http://www.campograndenews.com.br/cidades/senado-promove-debates-sobresisfron-em-tres-cidades-de-ms. Acesso em Jun 2014. http://www.progresso.com.br/caderno-a/sisfron-vai-investir-r-864-milhoes-em-ms. Acesso em Jun 2014. SOARES, Teixeira; História da formação das fronteiras do Brasil, Rio de Janeiro: Conselho Federal de Cultura, 1972 http://www.istoe.com.br/reportagens/210757_a+nova+era+dos+satelites+br ASILEIROS, acesso em Ago 2014.