OS BÁRBAROS A IDADE MÉDIA

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Transcrição:

OS BÁRBAROS A IDADE MÉDIA

Antecedentes: Crise do Império Romano: Crise do escravismo; Declínio da produção e crises econômicas; Altos custos do Estado; Instabilidade política e militar; Ampliação do latifúndio; Fragmentação política; Cristianismo; Invasões dos bárbaros

Os Povos Bárbaros: Gregos e romanos definiam como bárbaros aqueles povos que não falavam seus idiomas Principais grupos: Tártaro-mongóis: de origem asiática, compreendendo hunos, turcos, búlgaros, húngaros, ávaros, magiares, etc Eslavos: de origem indo-europeia, tais como os russos, poloneses, sérvios, tchecos, etc Germanos: indo-europeus divididos entre germanos ocidentais (suevos, lombardos, teutônicos, francos, etc) e orientais (ostrogodos, visigodos, vândalos, burgúndios, etc)

Os Germanos: organização social baseada em famílias patriarcais agrupamento de 100 famílias = aldeia (Mark) Direito costumeiro Religião politeísta associada aos elementos da natureza (animismo) Economia baseada em trocas Cultivos de grãos e legumes liderança política: reis e nobres guerreiros

Os Germanos: Migrações (séc. II e III): Deslocamentos em grande escala para domínios romanos Fixação pacífica através da acomodação ou de acordos com Roma Ingresso de guerreiros no Exército romano Integração à sociedade romana por casamento Invasões (sec. IV a VI) Ataques violentos Motivação: fuga do avanço dos hunos 455: saque visigodo em Roma

Os Germanos: Formação dos reinos germânicos: 476: deposição de Rômulo Augusto Domínio de regiões europeias por vários povos germanos Alterações e manutenção de hábitos e aspectos da sociedade romana Redução da importância dos centros urbanos Cristianização dos germanos Influência do latim sobre línguas bárbaras Organização política: centralização romana X fragmentação germana convergência Formação de vários reinos de curta duração, exceção: Reino dos Francos

O Reino dos Francos: Dinastias: Os merovíngios (sec. V a VIII) Unificação das tribos Reinado de Clóvis: 482-511 Expansão dos domínios Conversão ao cristianismo Crise dinástica: governo sob comando de altos funcionários Prefeito do Palácio / Mordomo do Paço / Major Domus Carlos Martel Contenção dos islâmicos Batalha de Poitiers (732)

O Reino dos Francos: Os carolíngios (sec. VIII a IX): Pepino, O Breve (herdeiro de Carlos Martel) Reconhecimento do Papa Aliança com a ICAR Doação do Patrimônio de São Pedro Carlos Magno (768-814) Ampliação territorial Título recebido do para Leão III: Imperador do Novo Império Romano

O Reino dos Francos: Carlos Magno (768-814) Normas administrativas: capitulares Administração apoiada pelos Condes e Marqueses Funções: convocar tropas, cobrar tributos, manter estradas e pontes Exercício do poder local Recebimento de terras pelo imperador: beneficium Prestação de obrigações e obediência ao rei Missi-dominici: inspetores reais Cultura: Assessoria de intelectuais, preservação de escritos Greco-romanos pelos copistas, incentivo às artes

O Reino dos Francos: Decadência: Luís I, O Piedoso (filho de Carlos Magno) Problemas políticos Alta influência do clero Manteve unidade do império Sucessão de Luís I: Divisão entre herdeiros: Tratado de Verdun - Carlos, Luís e Lotário Ampliação dos administradores locais = desenvolvimento dos feudos

Feudalismo: Suserano doador que protegia militarmente seus dependentes, oferecia assistência jurídica e podia reaver os lotes doados Vassalo prestação de serviço militar ao suserano e prestação de obrigações pela terra

Feudalismo: Divisão: os que guerreiam ( bellatores ), os que rezam ( oratores ) e os que trabalham ( laboratores ) Nobres: detentores das terras e domínio das atividades militares Clero: administração dos bens da Igreja e divididos em alto e baixo clero Servos: trabalhadores dependentes sujeitos a obrigações: Talha (entrega de parte da produção), corvéia (trabalho exclusivo para senhor), banalidades (conjunto de taxas) Sociedade estamental

Feudalismo: