PROJETO DE EXTENSÃO PRÓ-SAÚDE UNIVERSITÁRIA EDUCANDO E PROMOVENDO SAÚDE: CONHECER PARA SE PROTEGER. INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE RIBEIRO,Victor Pena *; MOTA, Dayara Rufino; RODRIGUES, Juliana Zenaro; MACHADO,Sâmia; BRUNE, Maximilian Wilhelm; MORAES, Lucélia Campelo de Albuquerque. Palavras-chaves: doenças infecciosas, educação, prevenção. Introdução Segundo o Ministério da Saúde, as patologias infecciosas representam um importante fator de morbidade, sobretudo, pela emergência e reemergência de doenças. A exposição constante a patógenos causadores dessas infecções as torna problema de saúde pública, sobretudo pelo numero limitado de campanhas preventivas. ¹ É neste contexto que se realizou o Projeto de Extensão Pró-Saúde Universitária; por meio da realização de palestras mensais levando o conhecimento sobre algumas doenças infecciosas, suas respectivas formas de contágio, os agentes etiológicos, sinais, sintomas, diagnóstico e principais formas de prevenção aos acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso campus do Araguaia (UFMT/CUA) e à comunidade local da cidade de Barra do Garças. A contribuição do projeto para a comunidade é de referida importância para o público, porque auxilia na prevenção dessas doenças. Pois através da informação é possível gerar a educação, promoção e prevenção à saúde. Assim, por meio do desenvolvimento de ações de promoção e educação em saúde os acadêmicos do curso de Bacharelado em Enfermagem e Farmácia do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) da UFMT/CUA, executaram este projeto no ano de 2011.
Justificativa O risco de infecções seja no ambiente hospitalar ou na comunidade está relacionado na maioria das vezes com cuidados básicos de saúde. Muitas destas doenças que acometem universitários e profissionais podem ser evitadas através de ações fáceis e que requerem apenas força de vontade e alguns cuidados simples a serem tomados. Assim, por meio do desenvolvimento de ações de promoção de saúde pretende-se levar ao conhecimento dos universitários e funcionários do Campus Universitário do Araguaia da Universidade Federal de Mato Grosso algumas doenças as quais estão presentes em nosso cotidiano, além de informar sobre os principais agentes etiológicos, sinais, sintomas, diagnóstico e principais formas de prevenção. Objetivo Realizar ações de promoção e educação em saúde e a prevenção de doenças infecciosas por meio de palestras e oficinas entre os Universitários do Campus Universitário do Araguaia da Universidade Federal de Mato Grosso e a comunidade local do município de Barra do Garças, visando despertar no público alvo a capacidade de identificar, caracterizar e prevenir as respectivas patogenias infecciosas abordadas. Metodologia A execução do projeto consistiu em um ciclo de palestras mensais abordando o tema de doenças infecciosas. As palestras tiveram um embasamento teórico de referência e confiabilidade e foram realizadas no anfiteatro da Universidade Federal de Mato Grosso, campus do Araguaia em Barra do Garças e em diferentes locais quando direcionadas para a comunidade. No final de cada palestra foi aplicado um questionário avaliativo por palestra com sete (07) questões elaboradas pela equipe executora do projeto, com intuito de avaliar a frequência de participantes em cada palestra, a frequências das ações na comunidade, conhecimento anterior a cada palestra e conhecimento posterior a mesma, e as sugestões de melhorias e temas. Para melhor fixação do tema abordado foram realizadas diversas dinâmicas
com a participação ativa do público alvo e da equipe do projeto de extensão. A linguagem utilizada tem caráter mínimo técnico, pois o objetivo do projeto é alcançar os estudantes de diferentes áreas de conhecimento (Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas e Sociais e Ciências Biológicas e da Saúde) e não só os acadêmicos dos cursos que abrangem a área da saúde, além de expandir para a comunidade. Resultados e Discussões No primeiro bimestre letivo do ano de 2011 foram realizadas duas ações abordando os seguintes temas: Tuberculose, Meningites. Já no segundo bimestre letivo foi abordado o tema de Saúde Bucal, esta foi expandida para a comunidade, sendo realizada no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) para estudantes pertencentes às turmas de menor Aprendiz, com faixa etária de 15 a 18 anos. Ainda no segundo bimestre foram realizadas as palestras com os temas: H1N1, toxoplasmose, infecções por alimentos, hepatites, rubéola e DST s. Sendo a palestra com o tema DST s com maior número de participantes, com isso foi expandida para a comunidade, realizada na escola estadual Filinto Muller. Tabela 1. Número de participantes ao longo das palestras realizadas na Universidade Federal de Mato Grosso. Tema Participantes 1 Tuberculose 30 2 Meningite 10 3 H1N1 18 4 Toxoplasmose 35 5 Saúde Bucal 30 6 DSTs 42 7 Infecções por alimentos 25 8 Hepatites 18 9 Rubéola 26 Total 234 De acordo com a tabela 1 a palestra com menos participação foi a de meningite, com 10 (dez) participantes, e a mais participativa foi a de DST s com 42 (quarenta e dois) participantes. A baixa participação nas primeiras palestras ocorreu devido a pouca divulgação no início do projeto, problema solucionado aos
poucos durante a execução do mesmo, bem como o interesse dos participantes com o tema ofertado. As ações na comunidade tiveram a participação de 100 pessoas com o tema saúde bucal no SENAC e 150 pessoas na E. E. Filinto Muller com o tema DST's. Com os questionários aplicados obtivemos os seguintes dados: Conhecimento sobre o tema antes das palestras 44% 56% Sim Não Figura 1. Avaliação do conhecimento sobre o tema abordado antes da execução das palestras Conhecimento sobre o tema após as palestras 14% 86% Sim Não Figura 2. Avaliação do conhecimento sobre o tema abordado após da execução das palestras Ao analisarmos os dados obtidos na figura 1 podemos observar que apesar da maioria já ter conhecimento sobre o tema abordado, uma quantidade significativa de participantes não tinham nenhum conhecimento sobre o tema. E quando visualizamos a figura 2 podemos perceber que apesar de não termos tido 100% de aproveitamento, a grande maioria saiu da palestra com o conhecimento
sobre o tema. Tabela 3: Sugestões mais frequentes dos participantes ao longo das palestras O que o público sugere com maior frequência Maior divulgação Dinâmicas Horário flexível Com a aplicação do questionário podemos extrair mais alguns dados com o intuito de aperfeiçoar o projeto através da opinião dos participantes, como podemos observar na figura 3. Conclusão A partir dos resultados apresentados, observou-se a importância do desenvolvimento de ações, como essa promoção e educação em saúde para a comunidade, pois o conhecimento adquirido em cada palestra poderá ser aplicado no cotidiano de cada participante contribuindo para minimizar o risco de contágio com as doenças infecciosas, os índices dessas doenças em nossa região e também aumentando a difusão a cerca de prevenção das principais doenças infecciosas. Referências Bibliográficas BRASIL, Vigilância epidemiológica. In: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: < http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=28002 >. Acesso em: 01 dez. 2010. (1) TORTORA, J. G.; FUNKE, R. B.; CASE, L. C. Microbiologia. São Paulo: Artimed, 2005. WALDMAN, A.E; O controle das doenças infecciosas emergentes e a segurança sanitaria. São Paulo. Revista do Direito Sanitário, vol 1, n.1, novembro 2000.