A reclamada interpõe recurso de revista a fls. 600/616, amparado no art. 897, a, da CLT. O recurso de revista foi admitido às fls. 637/638.

Documentos relacionados
PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 6ª Turma KA/acj RECURSO DE REVISTA. CATEGORIA

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (6ª Turma) GMACC/amt/gsa/mrl/m

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 4ª TURMA GDCCAS/CVS/NC/iap

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 3ª Turma GMAAB/pc/ct/dao

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (1ª Turma) GMWOC/pv/er

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (6ª Turma) GMACC/rzm/m

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (5ª Turma) GMCB/ssm/wmf

O TRT da 15ª Região, pelo acórdão de fls. 1313/1324, deu provimento parcial aos Recursos Ordinários do Reclamante e da Reclamada.

PROCESSO Nº TST-RR C Ó R D Ã O (7ª Turma) GMDAR/MG/

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 7ª Turma DCABP/abp/cgel

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (5ª Turma) GDCMP/msm/gd

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (Ac. 3ª Turma) GMALB/arcs/AB/lds

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (Ac. 3ª Turma) GMALB/mal/AB/jn

CONCLUSÃO: Recurso de revista conhecido e provido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n TST-RR , em que é Recorrente

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 8ª Turma GMMEA/arp

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (3ª Turma) GMALB/rhs/scm/AB/ri

A C Ó R D Ã O 1ª TURMA. VMF/cg/pcp/a

O TRT, às fls. 202/215, negou provimento ao recurso ordinário interposto pela reclamada.

PROCESSO Nº TST-AIRR A C Ó R D Ã O (2ª Turma) GMDMA/MCL

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (2ª Turma) GMDMA/JB

PROCESSO Nº TST-AgR-E-ED-RR A C Ó R D Ã O SBDI-1 GMAAB/PMV/ct/smf

PROCESSO Nº TST-AIRR

Presentes os pressupostos extrínsecos de admissibilidade, passo à análise dos pressupostos recursais intrínsecos.

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 3ª Turma GMAAB/ah/ct/ev

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (2ª Turma) GMDMA/FSA/

Os Agravados não apresentaram contraminuta ao agravo de instrumento nem contrarrazões ao recurso de revista.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n TST-RR , em que é Recorrente. e Recorrida.

PROCESSO Nº TST-AIRR A C Ó R D Ã O 7ª Turma CMB/brq

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (4.ª Turma) GMMAC/r4/pc/rsr/h

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 3ª Turma GMAAB/lfz/ct/smf

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (5ª Turma) GMCB/pvc

ACÓRDÃO RO Fl. 1. DESEMBARGADOR MARCELO GONÇALVES DE OLIVEIRA Órgão Julgador: 7ª Turma

PROCESSO Nº TST-AIRR A C Ó R D Ã O (4.ª Turma) GMMAC/r5/sas/r/v/ri

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (2ª Turma) GMMHM/dl/nt

PROCESSO Nº TST-AIRR A C Ó R D Ã O (3ª Turma) GMALB/pat/abn/AB/ri

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 3ª Turma GMALB/mss/abn/AB/jn

PROCESSO Nº TST-AgR-E-AIRR A C Ó R D Ã O (SDI-1) GMHCS/gam

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 8ª Turma) GMMEA/prf/yv

DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. INTERVALO INTRAJORNADA NÃO GOZADO - NORMA COLETIVA PREVENDO O PAGAMENTO APENAS DE ADICIONAL.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n TST-RR , em que é Recorrente ESCOLA

PROCESSO Nº TST-AIRR A C Ó R D Ã O 4ª Turma GDCCAS/CAO/lcb

30/06/2017 SEGUNDA TURMA

PROCESSO Nº TST-RR Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho

Trata -se de agravo de instrumento interposto em face do despacho mediante o qual foi denegado seguimento ao recurso de revista.

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 6ª Turma GDCCAS/lmx

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (7ª Turma) GMDAR/FS/

1 - CONHECIMENTO Conheço do agravo de instrumento, porquanto presentes os pressupostos extrínsecos de admissibilidade.

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (5ª Turma) GMCB/ean

PROCESSO Nº TST-AIRR A C Ó R D Ã O (8ª Turma) GMDMC/Tcb/Vb/gr/ni

PROCESSO Nº TST-AIRR A C Ó R D Ã O (4.ª Turma) GMMAC/r4/trf/r/h

Supremo Tribunal Federal

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (4.ª Turma) GMMAC/r4/rjr/r/h/j

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (5ª Turma) GMCB/crp/cf/ses

O eg. Tribunal Regional negou provimento ao Recurso Ordinário da Reclamante, ao fundamento de que não tem direito à

Contrarrazões apresentadas às fls Sem remessa dos autos ao Ministério Público do. Satisfeitos os pressupostos de admissibilidade.

Supremo Tribunal Federal

A C Ó R D Ã O (2ª Turma) GMCB/ean PREPOSTO. ADVOGADO. ATUAÇÃO SIMULTÂNEA. REVELIA.

PROCESSO Nº TST-RR FASE ATUAL: AgR-E-ED

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (5ª Turma) GMCB/ean

Dispensada a remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho, nos termos do Regimento Interno do TST. É o relatório.

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 5ª Turma EMP/sl/ebc RECURSO DE REVISTA.

29/09/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES (29179/SC OAB)

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n.º TST-RR , em que é Recorrente e Recorrida.

Supremo Tribunal Federal

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (1ª Turma) GDCMP/rd/

O TRT da 13ª Região, por meio do acórdão de fls. 427/432, negou provimento ao recurso ordinário interposto pelo

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (Ac. 3ª Turma) GMALB/atmr/AB/ri

Designada redatora deste acórdão, adoto o relatório aprovado em sessão:

10/06/2014 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (1ª Turma) GMWOC/drm/jac

Superior Tribunal de Justiça

É o relatório. 1. CONHECIMENTO

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 3ª Turma GMAAB/pvc/ct

O autor interpõe recurso de revista (fls ), com fundamento nas alíneas "a" e "c" do art. 896 da CLT.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n TST-RR , em que é Recorrente CONSÓRCIO SPS e Recorrido.

PROCESSO Nº TST-AIRR A C Ó R D Ã O 6ª Turma GMKA/pmf/dp/rm

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 2ª Turma GMDMA/rf

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Sistema Recursal Trabalhista Recurso de Revista. Prof ª. Eliane Conde

RECURSO DE REVISTA. RITO SUMARÍSSIMO. HORAS EXTRAS. PERÍODO DESTINADO À TROCA DE UNIFORME. TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. SÚMULA 366 DO TST.

Irresignada com a r. decisão interlocutória de fls. 580/589, mediante a qual a Vice-Presidência Judicial do Eg. Tribunal

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 2ª Turma GMJRP/scm/nj

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

PROCESSO Nº TST-Ag-E-ED-ED-ED-RR A C Ó R D Ã O (SDI-1) GMALB/dbm/AB/mki

Acórdão Inteiro Teor ORIGEM Tipo: RR Número: Ano: 1998 PROC. Nº TST-RR / A C Ó R D Ã O 5ª TURMA

Supremo Tribunal Federal

I - CONHECIMENTO. II MÉRITO DANO MORAL. EXTRAVIO DA CTPS Eis o teor da decisão do eg. TRT:

Superior Tribunal de Justiça

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 6ª Turma GMKA/cbb/tbc

PROCESSO Nº TST-AIRR A C Ó R D Ã O 3ª Turma GMAAB/frp/ct/smf/MCG

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 7ª Turma GMDAR/WFS/HPM

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

Supremo Tribunal Federal

Tempestivo o apelo (fls. 736 e 736-v), regular a representação (fls. 24 e 736), pagas as custas (fl. 651) e recolhido o

A C Ó R D Ã O 4ª Turma JOD/fm/vc/af

PROCESSO Nº TST-RR FASE ATUAL: ED. A C Ó R D Ã O 6ª Turma KA/cdp

Superior Tribunal de Justiça

Supremo Tribunal Federal

Transcrição:

A C Ó R D Ã O 5ª Turma KA/sm/cmc AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. CONTRATO DE FRANQUIA. DESCARACTERIZAÇÃO. REEXAME DE FATOS E PROVAS IMPOSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 126 DO TST. O Tribunal Regional do Trabalho, apreciando de forma fundamentada todo o conjunto fático-probatório, concluiu, com base nos elementos de convicção dos autos e em estrita observância ao princípio do livre convencimento motivado (CPC, art. 131), que a franqueada não tinha autonomia e independência no desenvolvimento de sua atividade comercial, figurando como mera administradora da franqueadora, o que descaracteriza o contrato de franquia. Nos termos da Súmula nº 126 do TST, é vedado o reexame de fatos e provas em fase de recurso de revista. Recurso de revista de que não se conhece. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos em Recurso de Revista n.º TST-RR-35900-05.2006.5.06.0014, em que é Recorrente SHELL BRASIL LTDA. e são Recorridos FLÁVIO FERREIRA DE ARAÚJO e E & C COMBUSTÍVEIS LTDA. O TRT da 6ª Região, por meio do acórdão às fls. 547-552, negou provimento ao recurso da reclamada, "reconhecendo a existência de grupo econômico e, em consequência, condenando as empresas reclamadas solidariamente a responderem pelos direitos trabalhistas reconhecidos ao reclamante". A reclamada interpõe recurso de revista a fls. 600/616, amparado no art. 897, a, da CLT. O recurso de revista foi admitido às fls. 637/638. Não foram apresentadas contrarrazões, conforme certidão, à fl. 639. Dispensada a remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho, nos termos do art. 83 do RITST. É o relatório. V O T O 1. CONHECIMENTO

1.1. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - FRANQUIA - SÚMULA N.º 331, IV, DO TST. A Turma negou provimento ao recurso de revista da reclamada quanto à responsabilidade subsidiária nos contratos de franquia, sob os seguintes fundamentos: "(...) Em princípio, de acordo com o artigo 2º da lei nº 8.955/94, o contrato de franquia empresarial é o "sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia, implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta, sem que, no entanto, fique caracterizado o vínculo emprego". Tem-se, pois que o franqueador cede ao franqueado o direito do uso da marca ou patente, associado ao direito de distribuição do produto ou serviço. A sua essência difere daquele de terceirização de serviços especializados, sobre o qual se manifestou TST por meio da Súmula nº 331. Nesse tipo de contrato, o franqueado adquire os direitos de uso da marca do franqueador e empreende negócio próprio, ensejador dos riscos a que se refere o artigo 2º da Consolidação das Leis do Trabalho, observando regras pré-estabelecidas. O controle externo, indireto, que o franqueador exerce sobre o franqueado decorre de obrigações civis e comerciais inerentes ao ajuste firmado, pois cabe ao franqueado zelar pela imagem da marca, orientando a forma como deve ser exposto o produto ao público consumidor, percebendo pagamento de royaltes pela empresa franqueada, sem que esse fato caracterize qualquer tipo de ingerência. Contudo, a formalização do contrato, por si só, não basta para que se exclua a responsabilidade solidária da franqueadora, impondo-se afirmá-la quando se constata que ela tem ingerência direta nas atividades desenvolvidas pela franqueada. Na situação examinada, extrai-se do conjunto probatório que a recorrente interferia administrativa e financeiramente nos negócios da franqueada, restando desvirtuadas as normas estabelecidas pela Lei nº 8.955, de 15.12.1994. Consoante item 1.1, que trata das definições do contrato, tem-se que o posto de serviços, objeto da franquia, consiste em complexo comercial de propriedade exclusiva da franqueadora, instalado em imóvel de sua propriedade ou alugado a terceiro (fl. 67). A cláusula "h" do contrato (fl. 66), reconhece expressamente que "é siginificativamente reduzida a contribuição do franqueado nessa atividade, estando tão-somente ligada à organização dos serviços dos frentistas, manutenção de equipamentos e adoção dos padrões de limpeza". Por outro lado, dentre as obrigações da franqueadora, impostas pela cláusula 10 do contrato de franquia (fls. 80/93), insere-se a "orientação para o recrutamento e seleção dos funcionários do Posto Shell de Serviços; a indicação de empresa de contabilidade

que será responsável pela aplicação dos métodos e programas conbábeis da rede de franquia; a apresentação anual de planos de markenting e de calendário promocional "Selic", estabelecido pela franqueadora, cuja implementação se dará no curso do ano". Ficou ainda estabelecido no contrato que a franqueadora se obrigaria a repassar à franqueada, mensalmente, verba denominada de Receita Operacional Mínima - ROM, com o objetivo de cobrir as despesas fixas, que inclui gastos com o pessoal, pró-labore, telefone, luz, água e outros. Vê-se, ainda, que na cláusula 7.6 (fl. 64) ficou pactuado o livre acesso da franqueadora aos estoques, documentos internos, livros contábeis, controle da movimentação de produtos pela empresa e outros, também se exigindo da franqueada a utilização exclusiva do software de gestão por ela fornecido, na condução de todos os negócios, mantendo-se informada de todas as atividades da franqueada. Nesse quadro, há de se concluir que a franqueada não atuava de forma independente, mas sobordinada à franqueadora, não se confundindo a ingerênca desta, com o controle permitido, quanto às regras estabelecidas no contrato de franquia. Paralelamente, tem-se que o imóvel utilizado na instalação do negócio foi por ela dado em comodato, que se responsabilizou, inclusive, por parte dos principais custos da atividade, impondo-lhe que a contabilidade fosse processada em escritório por ela indicado, como se vê da cláusula 5.1 do contrato. Enfim, extrai-se dos termos do contrato que os reclamados se responsabilizaram solidariamente pelas obrigações oriundas da sua execução, incluindo o pagamento de encargos sociais, dentre outros, desvirtuando, assim, o instituto da franquia. (...) Isto posto, voto no sentido de se confirmar a sentença com suporte no artigo 2º, 2º, da CLT, reconhecendo a existência de grupo econômico e, em consequencia, condenando as empresas reclamadas solidariamente a responderem pelos direitos trabalhistas reconhecidos ao reclamante, negando provimento ao recurso." (fls. 550/552) A reclamada, em suas razões recursais, sustenta que não há indício de fraude no contrato de franquia firmado entre as partes. Alega que "a configuração de um grupo econômico não depende apenas de suposições, tratandose de matéria que conjuga legislação e conceitos de direito societário e trabalhistas. No caso em questão, o fato da relação comercial ter se dado por meio de contrato de franquia por si só já afastaria a possibilidade de grupo econômico, a teor do artigo 2º da Lei 8.955/94, conforme decisões acima transcritas, por força da aplicação do princípio constitucional da legalidade (ar 5, II, CF/88)". Colaciona arestos e indica contrariedade à Súmula n.º 331, IV, do TST. À análise. O deslinde da controvérsia reside, assim, em ver esclarecida se o contrato de franquia se equipara ao

contrato de terceirização de serviços. Se a resposta for positiva, não haverá como se concluir pela má-aplicação do item IV da Súmula nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho. No entanto, caso seja negativa, ou seja, se a relação entre franqueador e franqueado não se confundir com a do tomador e prestador dos serviços terceirizados, ficará patente a má-aplicação da súmula. Destaque-se que o Tribunal Regional concluiu, no âmbito de sua soberania no exame do conjunto fáticoprobatório, que a franqueada não tinha autonomia e independência no desenvolvimento de sua atividade comercial, figurando como mera administradora da franqueadora e, por essa razão, entendeu descaracterizado o contrato de franquia. Ora, a decisão baseou-se nos elementos instrutórios dos autos. Uma eventual reforma demandaria reexame das provas, procedimento defeso nesta fase processual, ao teor da Súmula nº 126, não havendo como se pesquisar as violações alegadas e a divergência jurisprudencial colacionada. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Tribunal Regional, de que ficou descaracterizado o contrato de franquia, por estar a decisão de primeira instância em perfeita consonância com as provas dos autos e a legislação vigente. A incidência da Súmula nº 126 do TST impede o exame das violações de dispositivos de lei e da Constituição, assim como de divergência jurisprudencial. Não conheço. ISTO POSTO ACORDAM os Ministros da Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade, não conhecer do recurso de revista. Brasília, 09 de junho de 2010. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) KÁTIA MAGALHÃES ARRUDA Ministra Relatora

fls. PROCESSO Nº TST-RR-35900-05.2006.5.06.0014 PROCESSO Nº TST-RR-35900-05.2006.5.06.0014