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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICA CURSO DE DESIGN Apoio pedagógico Virtual: www.artevisualensino.com.br

Modernidade e Modernismo

O conceito de Modernidade se relaciona melhor com a ideia do tempo, do Período Moderno da história e, neste sentido, não tem relações explícitas com o que chamamos de Modernismo e de Arte Moderna ou Mdernista, há apenas uma coincidência terminológica e não lógica

O que se pode dizer é que surge um novo espírito de época que requer novas atitudes e gera novas expectativas em relação ao desenvolvimento social e econômico delineando as características de uma sociedade, orientada especialmente pela indústria e pelo consumo

Charles Baudelaire (1821-1867) Vê o moderno como uma nova atitude e consciência da sociedade em relação ao o núcleo da vida e da arte. Aspectos que não se definem pelo tempo presente - nem toda a arte do período moderno é moderna -, mas pelas condutas dos artistas

A ascensão da burguesia, impulsionada pela Revolução Industrial, proporciona o desenvolvimento da indústria moderna, o mercado mundial e o livre comércio. A industrialização em curso e as novas tecnologias colocam em crise o artesanato, fazendo do artista um intelectual idiossincrático

O rompimento com as diretrizes acadêmicas e os temas clássicos da tradição recusa a representação ilusionista do espaço tridimensional e traz a consciência da tela plana, de seus limites e rendimentos inaugura o espaço moderno na pintura e a experimentação matérica

Arte Moderna engloba um conjunto de manifestações que cobrem um período aproximado de 1860 até 1970 incluindo as vanguardas europeias, chamadas de Vanguardas Históricas, até a Arte Contemporânea

O Modernismo acompanha o deslocamento do eixo da produção artística de Paris para Nova York e também para as américas, especialmente depois da Segunda Guerra Mundial

No Brasil podemos dizer que a Arte Moderna decorre das manifestações artísticas capitaneadas pela Semana de Arte Moderna de 1922 e seus desdobramentos posteriores. Nos Estados Unidos, alguns anos antes, nasce o Armory Show, realizado em 1913, International Exhibition of Modern Art

O que vai caracterizar estas manifestações no exterior e no Brasil, é o afastamento da arte tradicional clássica ou acadêmica e uma aproximação com novos valores plásticos e estéticos estimulados pelas vanguardas europeias

Estes novos valores estabelecem uma ruptura com o modelo tradicional de arte e instaura a exploração de novos materiais, meios e processos expressivos, bem como a pesquisa de materiais e soluções plásticas e conceituais inovadoras

Podemos dizer que o Neoclássico foi o último dos estilos tradicionais, depois dele, as escolas artísticas que sobrevieram, romperam, de um modo ou de outro, com a estética clássica e acadêmica assumindo a postura Moderna

Embora possamos identificar várias transformações que ocorreram gradualmente a partir do Romantismo e do Realismo, é o Impressionismo que vai assumir o papel de marco divisório entre a arte da tradição Clássica- do passado e a arte da inovação Moderna- contemporânea

IMPRESSIONISMO

O Imperador Napoleão III, ouvindo os protestos de vários artistas, recusados pelo Salão da Real Academia Francesa de Pintura e Escultura, patrocina uma exposição em 1863, na qual são mostradas obras de vários artistas recusadas pelo salão oficial

Entre tais artistas se encontravam: Edouard Manet, Paul Cézanne, Edgar Degas e Pierre-Auguste Renoir. Esta mostra se repete por vários anos tornando-se uma concorrente ao salão oficial e, em 1874, possibilita a primeira mostra dos Impressionistas

A primeira exposição Impressionista é realizada no atelier do fotógrafo Felix Tournachon, chamado Nadar pela Sociedade Anônima dos Artistas, foi realizada de 15 de abril a 15 de maio de 1874, no estúdio do fotógrafo Nadar, na rua dos Capuchinhos 35, em Paris.

Atelier de Nadar

Foram apresentados 165 trabalhos de 30 artistas: Astruc, Attendu, Béliard, Boudin, Bracquemond, Brandon, Bureau, Cals,Cezanne, Colin, Debras, Degas, Guillaumin, Latouche, Lepic, Lépine, Levert, Meyer, de Molins, Monet, Morisot, Mulot-Durivage, de Nittis, A. Ottin, L.A. Ottin, Pissarro, Renoir, Robert, Rouart e Sisley

Algumas obras apresentadas nesta primeira mostra:

Renoir, 1874

Impressões do nascer do sol, Monet, 1872

Pissarro, 1873

Morissot, 1689

Degas, 1872

Sisley, 1872

Boudine, 1874

Cezanne, 1873

Guillaumin, 1873

As obras que vimos foram mostradas na primeira exposição Impressionista. De 1874 a 1886, são realizadas oito mostras dos Impressionistas. A primeira delas, dadas as despesas necessárias, teve que leiloar os quadros dos artistas em 1875 para cobrir os custos

Segunda Exposição (1876): acontece na Galeria Durand-Ruel, número 11 da Rue Le Peletier. São exposta 250 obras, realizadas por 20 artistas: Bazille, Béliard, Beneau, Cals, Caillebotte, Degas, Desboutin, François, Legros, Levert, Lepic, J.B. Millet, Monet, Morisot, L.A. Ottin, Pissarro, Renoir, Rouart, Sisley e Tillot.

Terceira Exposição (1877): ocorre no número 6 da Rue Le Peletier. 18 artistas participam com 230 obras no total: Caillebotte, Cals, Cezanne, Cordey, Degas, Guillaumin, Jacques-François, Lamy, Levert, Maureau, Monet, Morisot, Piette, Pissarro, Renoir, Rouart, Sisley e Tillot.

Quarta Exposição (1879): acontece no número 28 da Avenue de l Opéra. Participam 16 artistas: Gauguin, Bracquemond, Mme. Bracquemond, Caillebotte, Cals, Cassat, Degas, Forain, Lebourg, Monet, Piette, Pissarro, Rouart, Somm, Tillot e Zandomeneghi

Quinta Exposição (1880): ocorre no número 10 da Rue des Pyramides. Conta com 18 artistas: Bracquemond, Mme. Bracquemond, Caillebotte, Cassat, Degas, Forain, Gauguin, Guillaumin, Lebourg, Levert, Morisot, Pissarro, Raffaelli, Rouart, Tillot, Vidal, Vignon e Zandomeneghi

Sexta Exposição (1881): acontece no número 35 do Boulevard des Capucines. Participam 13 artistas: Cassat, Degas, Forain, Gauguin, Guillaumin, Morisot, Pissarro, Raffaelli, Rouart, Tillot, Vida, Vignon e Zandomeneghi.

Sétima Exposição (1882): ocorre no número 251 da Rue Saint-Honoré. 9 artistas expuseram 203 obras: Caillebotte, Gauguin, Guillaumin, Monet,Morisot, Pissarro, Renoir, Sisley e Vignon. É a que alcança algum sucesso de público e vendas, além de elogios da crítica. Os preceitos Impressionistas já são assimilados pelo público. Em 1886, o Marchand Durand Ruel leva a exposição impressionista para Nova York, consagrando definitivamente o movimento artístico.

Oitava Exposição (1886): ocorre no número 1 da Rue Laffitte. Dezessete participam: Mme. Bracquemond, Cassat, Degas, Forain, Gauguin, Guillaumin, Morisot, Pissarro, Lucien Pissaro, Redon, Rouartm Schuffenecker, Seurat, Signac, Tillot, Vignon e Zandomeneghi. Nesta mostras, surgem as novas tendências

Dada à quantidade de artistas citados, optei por indicar alguns links nos quais o acesso à informações sobre arte e artistas está disponível: http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/ http://www.artchive.com/ http://www.google.com/culturalinstitute/home

O nome Impressionismo foi uma alcunha dada por Louis Leroy, crítico de arte do Le Charivari, de Paris, por um comentário ácido feito à obra Impressões do nascer do sol de Claude Monet, embora fosse um termo pejorativo, ele passou a identificar o grupo de artistas e o movimento em 1877

Embora o Impressionismo tivesse o caráter de um movimento, não foi instaurado por nenhum manifesto, os artistas tomaram consciência de que as orientações de seus trabalhos eram semelhantes, adotaram posturas conscientes no tratamento plástico das imagens e condutas estéticas

O que vai caracterizar a poética Impressionista é a opção pela instantaneidade visível (pintura ao ar livre) e a manifestação matérica das tintas na superfície das telas, a ausência de contornos e da tinta preta considerando a impossibilidade da ausência total de luz

A gestualidade revela na superfície as marcas das pinceladas sem qualquer preocupação em escondê-las

Tanto as marcas do fazer como a materialidade plástica na tela são elementos produtores de sentido, portanto dados de significação

Auguste Renoir; Monet; Berte Morisot; Edgard Degas; Alfred Sisley; Boudin; Paul Cezanne e Guillaumin Jacob Abraham Camille Pissarro Charlotte Amalie 1830-1903 Paris

Monet, catedral de Rouen, 1894

Monet, catedral de Rouen, nublado

Monet, Rouen, sol pleno

A celebração da luz, a dinâmica da cor, a riqueza cromática do mundo é revelado pelos Impressionistas

Camille Pissaro, A feira de Dieppe, sol da manhã, 1901

Renoir

Sisley

PÓS-IMPRESSIONISMO

Pontilhismo Divisionismo

O impressionismo se mantém ativo por um bom período de tempo, isto possibilita maiores reflexões sobre sua poética chegando ao extremo da técnica de separação de cores o que ocorre com o Divisionismo e o Pontilhismo.

O Divisionismo e o Pontilhismo levaram ao extremo a atitude poética do Impressionismo ao trabalharem separando (dividindo) as cores como unidades autônomas de luz fazendo com que a pintura se pareça com um agrupamento de pontos luminosos dai a ideia de pontilhismo

Tanto para o Divisionismo quanto para o Pontilhismo a atitude de separação cromática é expandida ao ponto de trabalharem as cores como unidades autônomas de luz. A cor passa a significar no seu conjunto, a imagem só se revela plenamente se vista de longe

Signac, a nuvem rosa

Signac, retrato de Felix Feneon

Sisley, o capim, 1880

Seurat, banhistas

Seurat, jovem se maquiando

Por outro lado, as atitudes extremas estimularam certos artistas a se oporem ao Impressionismo na medida em que entendiam que o Impressionismo se tornava um novo método o que não se diferenciava da academia que combateram

Foi o caso de Vincent Van Gogh, Paul Cezanne, Tolouse Lautrec, Paul Gauguin, Henry Russeau

Van Gogh, embora tenha mudado substancialmente sua pintura com o convívio com os Impressionistas, não assume, de fato, este programa de criação.

Sua tendência intimista propõe o Simbolismo.

Van Gogh, pomar de oliveiras, 1889

Van Gogh, Oliveiras, 1889

Van Gogh, oliveiras, 1889

Van Gogh,oliveiras 1889

Além de Van Gogh esta recuperação do intimismo e o individualismo vai marcar outros artistas como Toulouse Lautrec

Podemos incluir, além de Van Gogh e Lautrec, Paul Gauguin, que envereda por um caminho intimista. Participou de algumas exposições dos Impressionistas.

Desliga-se dos Impressionistas influencia outros artistas como os da escola de Pont-Aven e os Nabis.

Suas obras mais conhecidas são as produzidas no Taiti.

Outro artista que assume sua individualidade, por ingenuidade ou por índole, é Henry Rousseau, o aduaneiro.

Inaugura o que vem a se chamar de pintura Naif ou ingênua.

Entretanto, o caráter expressivo, valorizado por estes artistas vai ser contemplado pelo Expressionismo, o movimento que marcará a transição da arte do século XIX para o século XX