Unidade I AÇÃO SOCIAL JUNTO À CRIANÇA, Profa. Renata Leandro

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Transcrição:

Unidade I AÇÃO SOCIAL JUNTO À CRIANÇA, ADOLESCENTE E TERCEIRA IDADE Profa. Renata Leandro

Introdução conhecer o processo sócio-histórico e os marcos legais de constituição dos direitos da criança e do adolescente; compreender os princípios filosóficos, pedagógicos e jurídico-sociais do Estatuto da Criança e do Adolescente; conhecer os mecanismos do sistema de promoção, defesa e proteção dos direitos da criança e do adolescente, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente;

Introdução identificar as interfaces da questão social na área da criança e do adolescente; reconhecer a política nacional de promoção e proteção da criança e do adolescente com vistas à efetivação dos direitos garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente;

Histórico No Brasil Colônia até os dias atuais, a política social que se refere aos direitos da criança e do adolescente vem sofrendo diversas transformações: Brasil Colônia os portugueses castigavam e matavam os índios e doutrinavam as crianças órfãs. a política social adotada no Brasil atendia as questões que envolvessem as crianças era denominada roda dos expostos ou roda dos enjeitados

Histórico 1825: nasce a primeira legislação que tratava de assuntos que envolviam crianças, tendo como enfoque a situação das crianças negras. 1871: foi decretado a Lei do Ventre Livre. 1889: os higienistas representados pelos médicos, e filantropos preocupados com a saúde da espécie e com a preservação da raça humana, propunham uma intervenção no meio ambiente, nas condições higiênicas das instituições e das famílias (Faleiros, 1995, p. 21). Sugeriam inspeção escolar e criação de creches em substituição às rodas dos enjeitados.

Histórico 1902: passou a discutir a situação dessas crianças e desses adolescentes abandonados e ditos delituosos. 1923: Foi a criado o Juizado de Menores, porém somente no início do século XX é que os juristas, protagonistas do movimento em favor da defesa de crianças e adolescentes, criaram o Código de Menores.

Códigos de menores e a doutrina da situação irregular Denominado em Situação Irregular, socioeconomicamente, pois tratava-se de crianças e adolescentes que não se enquadravam nas normas/regras da sociedade burguesa. carentes: referem-se às crianças e aos adolescentes em risco moral em razão da incapacidade dos mesmos, por serem carentes decorrentes de dificuldade de seus genitores em mantê-los e em prover o mínimo básico; abandonados: referem-se às crianças e aos adolescentes que são privados de uma representação legal pela ausência ou falta de seus genitores e/ou responsáveis;

Códigos de menores e a doutrina da situação irregular inadaptados: crianças e adolescentes em grave desajuste familiar ou comunitário; infratores: crianças e adolescentes autores de infração penal. Binômio: Proteção (carentes e abandonados) Vigilância (inadaptados e infratores) Contribuindo para a elaboração de uma Política Nacional do Bem-Estar do Menor PNBEM.

Movimentos sociais Década de 1980: população brigava para o fim da Ditadura Militar e em prol da democracia e, alguns movimentos visavam os direitos da infância e da juventude brasileira. 1985 - Movimento de Meninos e Meninas de Rua (MMMR): começa a denunciar a violência institucionalizada, provocada pela estrutura social caracterizada pela omissão completa por parte do Estado em relação às políticas sociais básicas, enfatizando, porém, a violência exercida pelos aparatos de repressão e controle do Estado: policiais e delegacias de polícia.

Movimentos sociais 1987 - Movimento de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (MDDCA): por meio da união da sociedade civil com a política pública, após receberem denúncias de violência, prisões ilegais, tortura e assassinato de crianças e adolescentes. Esse movimento teve como objetivo conquistar uma sociedade justa e cidadã para o segmento criança e adolescente no cerne da Constituição federal de 1988 e sensibilizar a sociedade civil em geral para essa situação desumana contra a população infantojuvenil.

Movimentos sociais ONGs, sindicatos, partidos políticos, técnicos sociais e assessores de entidades, ONGs internacionais, entre outros.

Constituição federal de 1988 Carta Magna (CF de 1988), surge o artigo 227, que dispõe: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação à educação, ao esporte, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão. (BRASIL, 2010).

Interatividade São responsáveis em garantir os direitos das crianças e adolescentes, segundo a Constituição federal de 1988, os segmentos: a) Estado, Parentes e Família. b) Estado, Família e Sociedade Privada. c) Família, Parentes e Sociedade Civil. d) Estado, Sociedade Civil e Sociedade Privada. e) Estado, Família e Sociedade Civil.

Estatuto da criança e do adolescente lei 8.069 de 13 de julho de 1990 Elaborado a partir do artigo 227 da Carta Magna de 1988, sua finalidade é regulamentar os direitos da criança e do adolescente, que já eram assegurados pela Constituição Federal do país. Norteada pela Doutrina da Proteção Integral Considera: Crianças: 0 (zero) a 12 anos incompletos (11anos,11mesese29dias) e Adolescentes: 12 anos completos a 18 anos incompletos (17 anos, 11 meses e 29 dias)

Doutrina de proteção integral Sujeitos de direitos; Pessoas em condição peculiar de desenvolvimento; Prioridade absoluta.

O ECA: e os três eixos de revoluções Conteúdo: concebe a população infantojuvenil como sujeitos de direitos, garantidos por leis. Método: concebe as garantias processuais para o adolescente autor de ato infracional. O ECA nomeia um novo modelo de atendimento por meio da articulação de um sistema de garantias de direitos, que tem como intento zelar pelo cumprimento dos direitos garantidos pelo ECA.

O ECA: e os três eixos de revoluções Gestão: no que diz respeito a esse item, o ECA adentrou numa nova divisão do trabalho e atribuiu competências e responsabilidades às três esferas de governo: União, Estado e Município e, ainda, computa a participação da sociedade civil organizada. Criação do CMDCA e CT.

Sujeitos de direitos Primeiro Direito à vida, à saúde Garante a subsistência da elenco e à alimentação. criança e do adolescente. Segundo elenco Terceiro elenco Quarto elenco Direito à dignidade, ao respeito, à liberdade. Direito à convivência familiar e comunitária. Direito à educação, à cultura, ao lazer. Refere-se à integridade física e psicológica da criança e do adolescente. Refere-se ao direito de ser criado em ambiente salubre e educado no seio familiar e comunitário. Corresponde ao desenvolvimento pessoal e social da criança e do adolescente. Quinto Direito à Corresponde à participação p de elenco profissionalização e à proteção no trabalho. adolescente em situação de aprendiz, em cursos profissionalizantes na forma de técnico-profissional e exercícios de trabalho, desde que no horário contrário à

Pessoas em condição peculiar de desenvolvimento Esse segmento populacional (crianças e adolescentes) é declarado: pessoas em condições peculiares de desenvolvimento físico, pessoal, psicológico, social, espiritual e cultural.

Prioridade absoluta Artigo 4º: É dever da família, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Prioridade absoluta a) Primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) Precedência de atendimento nos serviços públicos ou relevância pública; c) Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

Interatividade Muitas polêmicas estão sendo conjecturadas em relação ao toque de recolher para adolescentes, em algumas cidades do nosso país, haja vista a incidência de violências praticadas por adolescentes. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente é considerado adolescente o sujeito de: a) 11 anos completos a 18 incompletos. b) 13 anos completos a 18 anos completos. c) 14 anos incompletos a 18 anos completos. d) 12 anos completos a 18 anos incompletos. e) 13 anos incompletos a 18 anos completos.

Política de atendimento à criança e ao adolescente: um trabalho em rede Art. 86 - a política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-seá através de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios à União: definir as diretrizes e as normas gerais; aos Estados e aos municípios: coordenar e executar a política;

Política de atendimento à criança e ao adolescente: um trabalho em rede aos municípios em parceria com as organizações não governamentais: executar os programas de atendimento direto à população infantojuvenil. políticas sociais básicas; política de assistência social; políticas de proteção especial; políticas de garantias de direitos.

Sistema de garantia dos direitos da criança e do adolescente

Sistema de garantia de direitos e os três grandes eixos Promoção: promoção é responsável por deliberar e controlar as políticas sociais básicas, sob a ótica da universalização (direitos fundamentais: à educação, à saúde, à segurança pública, assistência social, saúde e previdência social. Defesa: tem como intuito responsabilizar a família, o Estado e a sociedade caso o atendimento à população infantojuvenil seja irregular ou, ainda, haja ameaças e violações nos direitos individuais ou coletivos desse segmento. Controle Social: fiscalizar o cumprimento dos princípios legais garantidos pelo ECA. (Espaço de participação social: fóruns, etc)

Conselhos de direitos Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda): é um órgão deliberativo e fiscalizador, no âmbito nacional, responsável pela formulação de políticas públicas e pela decisão sobre a aplicação de recursos financeiros que são destinados ao cumprimento da Lei nº 8.069/90: o ECA.

Conselhos de direitos Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca): é um órgão paritário, deliberativo e fiscalizador, porém, de âmbito estadual, formado por representantes das instituições governamentais do Estado e da sociedade civil, que têm como responsabilidades avaliar e acompanhar programas socioeducativos de proteção à população infantojuvenil, além de interferir em casos de desvios, abusos e omissões dos órgãos governamentais que atuam na área da infância e da juventude.

Conselhos de direitos Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA): este órgão, assim como os demais, é paritário, composto por representante do poder público municipal e da sociedade civil organizada (ONGs e Movimentos sociais), que, [...] por determinação da Lei nº 8.069, deve, obrigatoriamente, fazer parte do poder Executivo municipal. CMDCA tem como objetivo central garantir, priorizar e controlar o cumprimento das políticas públicas no âmbito municipal.

Conselho tutelar Ator social entra em cena para atuar em defesa e na proteção das garantias dos direitos da criança e do adolescente. Conselho Tutelar é um organismo permanente, que tem em sua definição a competência formal de zelar pelo cumprimento dos direitos previstos na Lei de âmbito municipal. Esse órgão é representado por indivíduos da sociedade civil, ou melhor, da comunidade; eles são eleitos por meio do voto da própria comunidade, pois, trata-se de apostar definitivamente na capacidade do povo para resolver os seus próprios problemas.

SINASE e plano nacional de convivência familiar e comunitária SINASE: subsidiasse o atendimento aos adolescentes autores de atos infracionais. De acordo com os artigos 110 e 111 do ECA. Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária: propõe-se a fomentar uma cultura de valorização e respeito pela convivência familiar e comunitária, pois tem como finalidade propiciar discussões e reflexões acerca das práticas de atendimento à família, à infância e à juventude construídas em solo brasileiro.

Interatividade Ao saber que uma criança ou um adolescente encontra-se fora do espaço de instituição escolar, o profissional de serviço social que atende e acompanha este sujeito deve notificar, após acolhimento e atendimento, o/a: a) O Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente. b) A Vara da Infância e Juventude. c) O Conselho Tutelar. d) O Ministério Público. e) O centro de saúde, próximo à sua residência.

Violadores de direitos e tipos de violência Estado, Sociedade Civil e Família Tipos de Violência: Física Psicológica Sexual (abuso intra ou extra familiar e Exploração Sexual) Negligência

Violadores de direitos e tipos de violência Física: uso da força física dos genitores e/ou responsáveis no relacionamento com a criança ou com o adolescente. Essa relação de força baseia-se no poder disciplinador do adulto e na desigualdade adulto-criança. Psicológica: pois seu caráter é subjetivo, isto é, não deixa marcas visíveis, e os maus-tratos podem acontecer a contagotas (aos poucos).

Violadores de direitos e tipos de violência Sexual (abuso intra ou extra familiar e Exploração Sexual) Negligência: uma violência de difícil constatação, diagnosticá-la requer conhecimento, pois se trata da questão de inexistência de intencionalidade, que, muitas vezes, é alegada por genitores e/ou responsáveis e manifesta-se por meio de comportamentos omissos dos genitores e/ou de seus responsáveis

Ação social: o papel do serviço social no atendimento à infancia e à juventude O profissional de Serviço Social deve ser propositivo e capacitado para analisar criticamente as singularidades da infância e da juventude, realizando intervenções por meio das mediações sociais em suas peculiaridades. Para tanto, faz-se necessário que o assistente social se preocupe com o nível de sua formação profissional com a intervenção que realizará, desde que a busca esteja pautada nas dimensões teórico-metodológicas, técnico-políticas e ético-políticas e na articulação de respostas em sua prática cotidiana.

Ação social: o papel do serviço social no atendimento à infancia e à juventude O Serviço social deve atuar na busca de possibilidades para suas ações transformadoras, tendo como ação exercer o empowerment da população infantojuvenil, A ação do trabalho com criança e adolescente é apontar não somente à família como também à comunidade os caminhos de cidadania para que possam exercer seu autogoverno de acordo com seus direitos de cidadãos citados na Constituição federal de 1988, levandoos a conhecer a realidade e a alcançar sua autonomia e emancipação, para que ressignifiquem seu viver diante da sociedade.

Serviço Social Empowerment refere-se ao aumento do poder e autonomia pessoal e coletiva de indivíduos e grupos sociais nas relações interpessoais e institucionais, principalmente daqueles submetidos a relações de opressão, dominação e discriminação social. O trabalho do Serviço Social é potencializar e empoderar os sujeitos em seus direitos, sendo que este trabalho, de acordo com a Política Nacional de Assistência Social PNAS, acontece no Centro de Referencia Especializado da Assistência Social CREAS, ao atuar na matricialidade familiar, considerando os fatores históricos,

Serviço Social sociais, culturais e econômicos dessas crianças e adolescentes, decorrendo das particularidades de cada família atendida e acompanhada pelos profissionais de Serviço Social; respeitando seus limites e possibilidades, atuando nas transformações sociais. (VASCONCELOS, 2003)

Interatividade Trabalho em conjunto entre profissionais de diferentes áreas do conhecimento; objetiva substituir a concepção fragmentária pela unitária do ser humano; e, ainda, requer sintonia fina, mutualidade, identificação da problemática, definição de uma teoria e o estabelecimento de uma plataforma de trabalho conjunto, colocando em comum os princípios e os conceitos fundamentais. Essas características dizem respeito à: a) Transdisciplinaridade. b) Intersubjetividade. c) Interdisciplinaridade. d) Transacionalidade. e) Interobjetividade.

ATÉ A PRÓXIMA!