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Transcrição:

Parlamento Europeu 2014-2019 Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia 2016/2271(INI) 20.12.2016 PROJETO DE RELATÓRIO sobre a digitalização da indústria europeia (2016/2271(INI)) Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia Relator: Reinhard Bütikofer PR\1113218.docx PE595.761v01-00 Unida na diversidade

PR_INI ÍNDICE Página PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU... 3 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS... 10 PE595.761v01-00 2/11 PR\1113218.docx

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU sobre a digitalização da indústria europeia (2016/2271(INI)) O Parlamento Europeu, Tendo em conta o artigo 173.º (título XVII) do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, que diz respeito à política industrial da UE e se refere, nomeadamente, à capacidade concorrencial da indústria da União, Tendo em conta os artigos 9.º, 11.º e 16.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 19 de abril de 2016, intitulada «Digitalização da Indústria Europeia - Usufruir de todos os benefícios do Mercado Único Digital» (COM(2016)0180), Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 19 de abril de 2016, intitulada «Iniciativa Europeia para a Nuvem Construir uma economia de dados e conhecimento competitiva na Europa» (COM(2016)0178), Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 19 de abril de 2016, intitulada «Prioridades de normalização no domínio das TIC para o Mercado Único Digital» (COM(2016)0176), Tendo em conta o documento de trabalho dos serviços da Comissão, de 19 de abril de 2016, sobre tecnologias quânticas (SWD(2016)0107), Tendo em conta o documento de trabalho dos serviços da Comissão, de 19 de abril de 2016, sobre fazer progredir a Internet das coisas na Europa (SWD(2016)0110), Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 2 de julho de 2014, intitulada «Para uma economia dos dados próspera» (COM(2014)0442), Tendo em conta a sua resolução, de 19 de janeiro de 2016, sobre o rumo ao ato para o mercado único digital 1, Tendo em conta a sua resolução, de 9 de março de 2011, sobre uma política industrial para a era da globalização 2, Tendo em conta a sua resolução, de 16 de Junho de 2010, sobre a Estratégia UE 2020 3, Tendo em conta a sua resolução, de 15 de junho de 2010, sobre a revisão da política comunitária de inovação num mundo em mudança 4, 1 Textos aprovados, P8_TA(2016)0009. 2 JO C 199 E de 7.7.2012, p. 131. 3 JO C 236 E de 12.8.2011, p. 57. 4 JO C 236 E de 12.8.2011, p. 41. PR\1113218.docx 3/11 PE595.761v01-00

Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 28 de outubro de 2010, intitulada «Uma política industrial integrada para a era da globalização - Competitividade e sustentabilidade em primeiro plano» (COM(2010)0614), Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 3 de Março de 2010, intitulada «Europa 2020 - Estratégia para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo» (COM(2010)2020), Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 6 de outubro de 2010, intitulada «Iniciativa emblemática no quadro da estratégia Europa 2020 - União da Inovação» (COM(2010)0546), Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 4 de Julho de 2007, intitulada «Avaliação intercalar da política industrial - Uma contribuição para a Estratégia do Crescimento e do Emprego da União Europeia» (COM(2007)0374), Tendo em conta a comunicação da Comissão intitulada «Estratégia para o Mercado Único Digital na Europa» (COM(2015)0192) e o documento de trabalho dos serviços da Comissão que o acompanha (SWD(2015)100), Tendo em conta a proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece medidas respeitantes ao mercado único europeu das comunicações eletrónicas e destinadas a criar um continente conectado, e altera as Diretivas 2002/20/CE, 2002/21/CE e 2002/22/CE e os Regulamentos (CE) n.º 1211/2009 e (UE) n.º 531/2012 (COM(2013)0627), Tendo em conta a proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativo a medidas destinadas a reduzir o custo da implantação de redes de comunicações eletrónicas de elevado débito (COM(2013)0147), Tendo em conta a proposta de Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa a medidas destinadas a garantir um elevado nível comum de segurança das redes e da informação em toda a União (COM(2013)0048), Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 10 de outubro de 2012, intitulada «Reforçar a indústria europeia em prol do crescimento e da recuperação económica» (COM(2012)0582), Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 22 de janeiro de 2014, intitulada «Por um renascimento industrial europeu» (COM(2014)0014), Tendo em conta a comunicação da Comissão, de 3 de outubro de 2012, intitulada «Ato para o Mercado Único II Juntos para um novo crescimento» (COM(2012)0573), Tendo em conta a comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social e ao Comité das Regiões, de 13 de abril de 2011, intitulada «Ato para o Mercado Único - Doze alavancas para estimular o crescimento e reforçar a confiança mútua» (COM(2011)0206), Tendo em conta a comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao PE595.761v01-00 4/11 PR\1113218.docx

Comité Económico e Social e ao Comité das Regiões, de 27 de outubro de 2010, intitulada «Um Ato para o Mercado Único - Para uma economia social de mercado altamente competitiva - 50 propostas para, juntos, melhor trabalhar, empreender e fazer comércio» (COM(2010)0608), Tendo em conta a sua resolução, de 15 de janeiro de 2014, sobre reindustrializar a Europa para promover a competitividade e a sustentabilidade 1, Tendo em conta a sua resolução, de 10 de dezembro de 2013, sobre a exploração plena do potencial da computação em nuvem na Europa 2, Tendo em conta a sua resolução, de 12 de setembro de 2013, sobre a agenda digital para o crescimento, a mobilidade e o emprego: passar a uma velocidade superior 3, Tendo em conta a sua resolução de 12 de junho de 2012, sobre a proteção das infraestruturas críticas da informação realizações e próximas etapas: para uma cibersegurança mundial 4, Tendo em conta a sua resolução, de 5 de maio de 2010, sobre uma nova agenda digital para a Europa: 2015.eu 5, Tendo em conta a sua resolução, de 15 de junho de 2010 sobre a Internet das coisas 6, Tendo em conta o artigo 52.º do seu Regimento, Tendo em conta o relatório da Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia e os pareceres da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores, da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais, da Comissão da Cultura e da Educação e da Comissão dos Transportes e do Turismo (A8-0000/2016), A. Considerando que devem ser envidados esforços enérgicos para reindustrializar a Europa, a fim de combinar a competitividade com a sustentabilidade; B. Considerando que a digitalização irá transformar a produção, afetando de forma fundamental o equilíbrio entre as oportunidades e os desafios para as indústrias europeias; C. Considerando que a Europa tem uma base sólida para liderar a transformação digital; D. Considerando que, para a estratégia industrial europeia, é fundamental criar um mercado único digital; E. Considerando que a digitalização da produção industrial pode ser um passo importante no reforço da resiliência, da sustentabilidade e da competitividade da nossa economia; 1 Textos aprovados, P7_TA(2014)0032. 2 Textos aprovados, P7_TA(2013)0535. 3 JO C 93 de 9.3.2016, p. 120. 4 JO C 332 E de 15.11.2013, p. 22. 5 JO C 81 E de 15.3.2011, p. 45. 6 JO C 236 E de 12.8.2011, p. 24. PR\1113218.docx 5/11 PE595.761v01-00

F. Considerando que a digitalização tem potencial para tornar mais eficiente a utilização dos recursos, da energia e dos capitais, contribuindo para uma economia circular e uma simbiose industrial mais integradas; G. Considerando que a digitalização pode contribuir para condições de trabalho mais seguras, uma maior segurança dos produtos e para a individualização e a descentralização da produção; H. Considerando que existe uma preocupação generalizada relativamente aos efeitos da digitalização da produção industrial sobre o mercado de trabalho, bem como aos eventuais efeitos sobre a democracia no local de trabalho e o desenvolvimento regional; Desenvolver uma estratégia integrada de digitalização industrial para a UE 1. Congratula-se com a comunicação da Comissão sobre a digitalização da indústria europeia; 2. Está firmemente convicto de que é essencial existir uma estratégia de digitalização industrial para se conseguir resolver os desafios económicos mais prementes da Europa: a) Reforçar a dinâmica, a coesão e a resiliência económica face às perturbações tecnológicas; b) Incentivar a criação de emprego e melhorar as normas laborais e a atratividade dos postos de trabalho do setor industrial através de uma transformação socialmente justa; c) Rejuvenescer uma política de recursos da UE que vá a par com uma economia circular europeia reforçada; d) Reforçar a coesão europeia através de uma política europeia de investimento fiável (em infraestruturas digitais) e de uma política industrial europeia coordenada com base em modernização sustentável; e) Apoiar os objetivos da Europa em matéria de política climática, melhorando a eficiência energética e dos recursos da produção industrial; f) Reforçar a inovação económica, política e social através dos princípios da abertura e acessibilidade da informação e dos dados públicos e privados; g) Melhorar as condições de vida dos cidadãos nas zonas urbanas e não urbanas; h) Promover a inovação tecnológica e social na investigação da UE; i) Melhorar a segurança energética através de uma produção industrial digitalizada e mais flexível; j) Criar parcerias com outras macrorregiões do mundo com vista ao desenvolvimento de mercados digitais abertos, inovadores e equitativos; 3. Salienta a importância de uma estrutura de governação da UE para a digitalização da PE595.761v01-00 6/11 PR\1113218.docx

indústria que facilite a coordenação das iniciativas e plataformas nacionais sobre a digitalização industrial; insta a Comissão a analisar a possibilidade de criar um objetivo de orientação não vinculativo, que permita à UE continuar a ser líder em termos industriais a nível mundial; sublinha a importância de promover a digitalização, em especial nas regiões menos desenvolvidas nesta matéria; espera que, para além dos líderes da indústria e dos parceiros sociais, sejam igualmente convidados a desempenhar um papel ativo as partes interessadas do mundo académico, a comunidade de normalização, os sindicatos, os decisores políticos, a sociedade civil e as PME; 4. Solicita à Comissão que crie uma unidade específica de previsão industrial que analise as tendências de produção e digitalização, estude os desenvolvimentos pertinentes em outras regiões, identifique novas tecnologias chave e assegure que a Europa continue a ser líder nestes domínios e as novas tendências sejam integradas em políticas e ações; Criar condições para o sucesso da digitalização industrial: infraestruturas, investimento e inovação 5. Salienta que a digitalização industrial integrada deve assentar em condições favoráveis sólidas; 6. Salienta, neste contexto, a necessidade de promover o investimento na conectividade, através de redes 5G e de fibra ótica, como instrumento de convergência e garantindo uma base robusta da infraestrutura digital para a indústria da Europa; 7. Considera que os polos e as sinergias entre as PME, os intervenientes da indústria, o setor do artesanato, as empresas em fase de arranque, o meio académico, o meio financeiro e outras partes interessadas podem ser modelos bem-sucedidos de promoção do fabrico e da inovação digital; observa a importância de utilizar a digitalização para promover inovações de modelos empresariais; 8. Considera que deve ser dada atenção especial às PME, cujos ganhos relativos, em termos de eficiência energética, dos recursos e de produção, são os mais elevados, tendo sido alcançados através de alguns esforços modestos de digitalização; 9. Congratula-se com a criação da plataforma de especialização inteligente dedicada à modernização industrial e, em particular, com a proposta da Comissão relativa a polos de inovação digital para reforçar a digitalização industrial e a inovação digital das PME; insta a Comissão a aumentar o financiamento dos polos de inovação digital; 10. Regista o papel importante das cidades no fornecimento de infraestruturas digitais e apoio às PME, empresários e indústria e as enormes oportunidades que a inovação digital e industrial encerram para as cidades; solicita à Comissão que analise a iniciativa de investimento das cidades em tecnologia e inovação (CITIIS) dos EUA; congratula-se com a publicação de um índice digital europeu de cidades; 11. Destaca o papel que a contratação pública pode desempenhar no desenvolvimento de novas tecnologias e inovações digitais industriais; solicita à Comissão que inclua uma verificação digital no seu programa REFIT; 12. Salienta a importância do financiamento da digitalização da indústria europeia; PR\1113218.docx 7/11 PE595.761v01-00

manifesta deceção pelo facto de o Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE) apenas ter investido, até ao momento, 11 % em projetos digitais; Garantir a liderança e a segurança tecnológica europeia na digitalização industrial: fusões e aquisições, cibersegurança, soberania de dados e normalização 13. Insta a Comissão a aplicar limites mínimos de atividade de investigação e desenvolvimento (I&D) baseada na UE das empresas que solicitam financiamento para a investigação; 14. Sublinha o facto de o investimento direto estrangeiro (IDE) revelar um interesse crescente na aquisição de tecnologias europeias sensíveis através de fusões e aquisições; insta a Comissão a analisar e a aprender com a experiência do CFIUS (Comité de Investimento Estrangeiro dos Estados Unidos); 15. Salienta o papel da cibersegurança na digitalização da indústria europeia; considera que a ciber-resiliência é crucial e a cibersegurança é um setor fundamental dos esforços europeus de digitalização; considera que os produtores são responsáveis por garantir normas de segurança com base na tecnologia de ponta disponível; refere que os requisitos em matéria de cibersegurança da Internet das coisas e as normas de segurança das TI devem reforçar a ciber-resiliência europeia; considera que os organismos europeus de normalização têm um papel especial a desempenhar a este respeito; 16. Considera que devem existir critérios comuns de infraestruturas críticas e da respetiva segurança digital; 17. Salienta a necessidade de acompanhar a soberania dos dados; considera que a proteção de dados e a propriedade dos dados industriais, especialmente entre empresas, requer atenção especial; observa que os dados abertos e as normas abertas podem promover novas tecnologias; 18. Reconhece o potencial da digitalização da indústria para fins de pesquisa de dados setoriais e de governação por autoridades públicas e semipúblicas e participantes no mercado; 19. Sublinha o papel da integração da abertura da arquitetura como um princípio de design de componentes digitais; 20. Reconhece a importância de proteger os conhecimentos técnicos no que diz respeito ao intercâmbio e interligação de componentes industriais e digitais permitindo e promovendo, ao mesmo tempo, a conectividade; 21. Sublinha que a liderança europeia no domínio da digitalização industrial requer uma estratégia de normalização forte; destaca a importância e a composição única dos organismos de normalização europeus, nomeadamente a sua abordagem inclusiva; insta a Comissão a promover o desenvolvimento de normas abertas e congratula-se com a sua intenção de garantir o acesso às patentes essenciais para o cumprimento das normas em condições equitativas, razoáveis e não discriminatórias; apela a uma abordagem coordenada da UE em fóruns e consórcios internacionais, como o Industrial Internet Consortium (IIC); PE595.761v01-00 8/11 PR\1113218.docx

A dimensão social: competências, ensino e inovação social 22. Salienta que a transformação digital da indústria terá um impacto social significativo em domínios como o emprego, as condições de trabalho, os direitos dos trabalhadores, o ensino e as competências; exorta a Comissão a analisar de forma adequada as repercussões sociais da digitalização industrial; 23. Salienta que a Europa está perante um fosso digital em termos de competências; solicita a aplicação de uma garantia de competências e o direito à formação, à reconversão e à aprendizagem ao longo da vida; destaca a importância de garantir a promoção das competências digitais; insta a indústria a conceder aos trabalhadores uma «licença sabática digital»; exorta a Comissão a lançar uma iniciativa pan-europeia de requalificação; 24. Refere que o ensino deve incluir competências digitais e que estas devem ser integradas nos programas nacionais de ensino; 25. Salienta a importância de se investir na digitalização da formação profissional e do setor do artesanato; sublinha que as competências digitais também devem ser combinadas com competências técnicas e a promoção do ensino das ciências, das tecnologias, da engenharia e da matemática; 26. Defende a criação de uma avaliação bianual de progresso e a elaboração de recomendações sobre a digitalização da indústria; 27. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho, à Comissão e aos Estados-Membros. PR\1113218.docx 9/11 PE595.761v01-00

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS A indústria desempenha um papel fundamental na economia europeia. Proporciona emprego, dinamismo económico e pode contribuir de forma fundamental com soluções para a gestão dos grandes desafios sociais que a União Europeia enfrenta, como os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), as alterações climáticas, as alterações demográficas, a precariedade social e a perda de biodiversidade. Ao mesmo tempo, o mundo está a passar por uma nova revolução industrial com base na digitalização e na automatização. Esta situação está a mudar os modelos de negócio, as cadeias de valor, a produção e o consumo. Estão a surgir novas tecnologias essenciais, como os grandes volumes de dados, a Internet das coisas, as redes 5G, a computação em nuvem, a robótica, a inteligência artificial, as tecnologias quânticas, etc. Está a começar uma corrida a nível mundial para ver quem consegue realizar estes novos desenvolvimentos e adaptá-los de um modo sustentável e social o mais rapidamente possível. Para a indústria europeia continuar a ser competitiva, tem de liderar esta nova revolução industrial através da inovação e baseando-se na sustentabilidade. A União Europeia tem vantagens industriais claras a esse respeito. Tem conhecimentos, I&D, trabalhadores qualificados, um grande mercado único, uma base industrial sólida e uma história que reúne a indústria e os serviços. Neste contexto, a Europa precisa de uma estratégia ambiciosa de modernização industrial através da digitalização da sua base industrial. A comunicação da Comissão Europeia representa um primeiro passo importante na direção certa. Uma estratégia deste tipo requer uma abordagem holística, baseada nos seguintes pilares: Coordenação e visão a nível europeu; Criação das condições-quadro adequadas (infraestruturas, investimento, inovação); Salientar a segurança como uma especificidade europeia no desenvolvimento de novas tecnologias chave; Aumentar a resiliência social através das competências, do ensino e da inovação social. A UE necessita de uma abordagem estratégica comum. 28 diferentes estratégias nacionais, plataformas e abordagens não tiram partido do valor acrescentado europeu, promovem a fragmentação, correm o risco de comprometer o mercado único e conduzem a ineficiências. É por este motivo que uma abordagem europeia com uma plataforma de coordenação europeia é fundamental para garantir que as estratégias nacionais estão integradas num contexto mais vasto com uma perspetiva europeia. É necessária, em particular, uma visão europeia comum. A digitalização, por si só, não pode ser o princípio orientador. A digitalização é um catalisador da competitividade, da sustentabilidade e do trabalho bem realizado. A digitalização de produtos e serviços aumentaria em mais de 110 mil milhões de euros as receitas anuais da indústria durante os próximos 5 anos. Só na Alemanha, representaria um crescimento de 8 % da produtividade durante a próxima década, de acordo com a Comissão Europeia. Pode igualmente gerar benefícios socioeconómicos e ambientais. De acordo com a BT, as TIC têm potencial para reduzir as emissões de carbono da UE em mais de 1,5 Gt de equivalente-co2 em 2030, através da eficiência energética e dos recursos, e a saúde em linha pode gerar poupanças em matéria de espaço na ordem dos 14 mil milhões de euros através de menos consultas presenciais. A adaptação a estas novas tendências industriais, no entanto, não será possível se a Europa PE595.761v01-00 10/11 PR\1113218.docx

não criar as condições-quadro adequadas. Tal significa que se deve garantir a melhor infraestrutura possível para a economia europeia, por exemplo, através de redes 5G e de fibra ótica, promovendo a inovação e a I&D, bem como os investimentos em novas tecnologias e na modernização. De acordo com a Comissão Europeia, ao longo dos últimos 15 anos, «os investimentos em produtos relacionados com as TIC na UE representaram cerca de um terço dos realizados nos Estados Unidos». Os níveis de investimento são demasiado baixos. É por este motivo que é necessário criar condições-quadro que transformem um ambiente de austeridade num de investimento. As pequenas e médias empresas (PME) são particularmente importantes neste contexto. De acordo com os inquéritos, a maioria das PME europeias consideram que estão atrasadas na adoção de tecnologias digitais e investem pouco nesta área. Esta questão deve ser resolvida através de uma promoção da digitalização específica para as PME. Também se deve dar mais atenção a vários aspetos de segurança nesta nova era industrial digital. Nomeadamente, garantir que tecnologias estratégicas europeias chave não são vendidas ao desbarato a concorrentes internacionais sem prejudicar os mercados livres. Significa igualmente assegurar a cibersegurança das fábricas digitais e da Internet das coisas, em que cada produto ou serviço digitalizado pode, de repente, ser «militarizado» através de pirataria informática. Para tal, são necessárias regras claras em matéria de cibersegurança. A normalização também será fundamental, bem como um quadro que garanta a livre circulação dos dados e, simultaneamente, proteja a soberania dos dados e estabeleça regras claras para a gestão de dados nas relações entre empresas. Os concorrentes da Europa já estão a promover fortemente as suas estratégias de normalização, a fim de ajudar a progredir os seus próprios intervenientes industriais. Neste contexto, a Europa deve acompanhar a sua estratégia de digitalização industrial com uma promoção clara da normalização, juntamente com as organizações europeias de normalização. É evidente que a digitalização da indústria europeia também coloca desafios. Existe a situação absurda em que as novas tecnologias poderiam, de acordo com vários estudos, resultar na perda de postos de trabalho e em precariedade social ao mesmo tempo que a Europa precisa de mão de obra qualificada. Todos os anos a Europa precisa de cerca de 180 000 especialistas em TI. É por este motivo que uma estratégia de digitalização industrial deve ter uma forte dimensão social. Tal inclui o direito à formação e à garantia de competências, a promoção da aprendizagem ao longo da vida e garantir que as competências digitais são ensinadas desde a mais tenra idade e incluídas nos programas escolares. As competências digitais também devem ser promovidas de forma transversal. Não só nas grandes indústrias mas também nas PME e no setor do artesanato. Neste contexto, é igualmente essencial combinar as competências digitais com a formação profissional. PR\1113218.docx 11/11 PE595.761v01-00