Gerenciamento de Riscos



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Transcrição:

Gerenciamento de Riscos Pilar 3 4º trimestre de 2013 1

OBJETIVO 4 SUMÁRIO EXECUTIVO 4 1 GERENCIAMENTO DE RISCOS E CAPITAL 5 1.1 Estrutura Organizacional 6 1.2 Governança de Riscos e Capital 6 Comitê de Gestão de Riscos e de Capital (CGRC) 6 Comitê de Auditoria 7 Comissão Superior de Políticas de Risco (CSRisc) 7 Comissão Superior de Tesouraria Institucional (CSTI) 7 Comissão Superior de Tesouraria Institucional - Liquidez (CSTIL) 8 Comissão Superior de Crédito (CSC) 8 Comissão Superior de Auditoria e Gestão de Riscos Operacionais (CSAGRO) 8 Comissão Superior de Normativos Institucionais de Risco (CSNIR) 9 Comissão Técnica de Avaliação de Modelos (CTAM) 9 Comissão Superior de Produtos (CSP) 9 Comissão Superior das Unidades Externas (CSEXT) 9 2 CAPITAL 10 2.1 Gerenciamento de Capital 10 2.2 Adequação à Basileia II. 11 Basileia II 11 Modelos Internos 11 Validação Independente 11 Basileia III - Novas regras de Capital 12 2.3 Composição do Capital 13 2.4 Ativos Ponderados pelo Risco 16 Ativos Ponderados de Risco de Crédito (RWA CPAD ) 17 Ativos Ponderados de Risco de Mercado (RWA MPAD ) 17 Ativos Ponderados de Risco de Operacional (RWA OPAD ) 18 2.5 Suficiência de Capital 19 3 RISCO DE CRÉDITO 20 3.1 Estrutura e Tratamento. 20 3.2 Análise da Carteira de Crédito 22 Evolução da Carteira de Crédito 22 Operações com Características de Concessão de Crédito por FPR, por País e por Região Geográfica 22 Operações com Características de Concessão de Crédito por Setor Econômico 23 Concentração da Carteira de Crédito nos Maiores Devedores 25 Provisões para Devedores Duvidosos 26 Instrumentos Mitigadores 27 Operações de Securitização 27 Venda ou Transferência de Ativos Financeiros 28 Risco de Crédito da Contraparte 29 Derivativos de Crédito 30 4 RISCO DE MERCADO 31 2

4.1 Estrutura e Tratamento. 31 4.2 Análise da Carteira de Mercado 33 Evolução da Carteira de Negociação 33 Evolução da Carteira de Derivativos 33 VaR - Consolidado 34 VaR - Carteira de Negociação 35 VaR - Unidades Externas 36 Análise de Sensibilidade (Carteira de Negociação e Carteira de Não Negociação) 37 Teste de Aderência 38 5 RISCO OPERACIONAL 39 5.1 Estrutura e Tratamento. 39 5.2 Gestão de Crises e Continuidade dos Negócios 40 6 RISCO DE LIQUIDEZ 41 6.1 Estrutura e Tratamento. 41 6.2 Fontes Primárias de Funding 42 7 OUTROS RISCOS 43 Riscos de Seguros, Previdência e Capitalização 43 Risco Socioambiental 44 Risco Reputacional 44 Risco de Modelo 45 Risco Regulatório 45 8 GESTÃO INTEGRADA DE RISCOS E ALINHAMENTO DE INCENTIVOS 46 Monitoramento integrado de riscos e da adequação de capital 46 Teste de Estresse 46 Remuneração Ajustada ao Risco 46 9 GLOSSÁRIO DE SIGLAS 47 10 GLOSSÁRIO DE REGULAMENTOS 50 3

Objetivo O presente documento visa a apresentar as informações do Holding S.A. () requeridas pelo Banco Central do Brasil (BACEN) através da Circular nº 3.477 de 24 de dezembro de 2009, que dispõe sobre a divulgação de informações referentes à gestão de riscos, ao Patrimônio de Referência Exigido (PRE) e à adequação do Patrimônio de Referência (PR), em conformidade com os normativos institucionais do. Em 31 de outubro de 2013 o BACEN divulgou a circular 3.678 que dispõe sobre informações referentes à gestão de riscos, apuração do montante dos ativos ponderados pelo risco e apuração do patrimônio de referência alinhado às novas regras de capital. Esta circular revoga a circular 3.477 a partir de junho de 2014. Para informações suplementares às citadas neste documento, consultar os demais relatórios de acesso público disponíveis em www.itau-unibanco.com.br/ri. Sumário Executivo O foco do gerenciamento de riscos e capital do é manter o perfil de risco da instituição dentro da estratégia de risco e diretrizes do Conselho de Administração. Abaixo estão as principais métricas sumarizadas do Consolidado Operacional, na database de 31 de dezembro de 2013. Adequação de capital O Patrimônio de Referência alcançou R$ 125.144 milhões, sendo R$ 87.409 milhões classificados como capital principal e R$ 37.734 milhões como capital Nível II. O total de ativos ponderados pelo risco (RWA) do foi de R$ 755.441 milhões, sendo R$ 694.039 milhões referentes ao RWA de risco de crédito, R$ 24.555 milhões referentes ao RWA de risco de mercado e R$ 36.847 milhões referentes ao RWA de risco operacional. As maiores variações estão nos ativos ponderados pelo risco de crédito e ocorreram principalmente devido à inclusão de novos ponderadores e créditos a liberar e incorporação da carteira da Credicard. O índice de Basileia foi equivalente a 16,6%, sendo composto de 11,6% de capital principal e 5% de capital Nível II. Quando comparado ao trimestre anterior, o índice de Basileia reduziu 1,4 pontos percentuais. Tal redução é explicada principalmente pela utilização de novas regras para apuração da parcela do capital, vigentes desde outubro de 2013. Risco de Crédito A exposição média da carteira de operações com característica de risco de crédito líquida de provisão para devedores duvidosos (incluindo avais, fianças e compromissos de crédito) atingiu R$ 564.981 milhões. A concentração nos 100 maiores devedores em operações de crédito, arrendamento mercantil financeiro e outros créditos representa 22,2% da carteira total. A provisão para devedores duvidosos atingiu R$ 26.317 milhões, frente aos R$ 25.597 milhões no trimestre anterior. Este aumento deve-se principalmente, à incorporação da Credicard. Caso desconsiderássemos esse efeito de consolidação, o saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa teria redução de 2,2%. Risco de Mercado O, mantendo sua gestão conservadora e diversificação da carteira, seguiu com sua política de operar dentro de limites reduzidos em relação a seu capital. O VaR Global Médio do foi de R$ 152,8 milhões, permanecendo inferior a 1% do patrimônio líquido do. A queda verificada em relação ao trimestre anterior é devida às alterações de posições e, principalmente, à redução da volatilidade em alguns fatores de risco. 4

1 Gerenciamento de Riscos e Capital O gerenciamento de risco é considerado pelo um instrumento essencial para otimizar o uso de recursos e selecionar as melhores oportunidades de negócios, visando a maximizar a criação de valor para os acionistas. O gerenciamento de risco no é o processo onde: São identificados e mensurados os riscos existentes e potenciais das operações do ; São aprovados normativos institucionais, procedimentos e metodologias de gestão e controle de riscos consistentes com as orientações do Conselho de Administração e as estratégias do ; A carteira do é administrada vis-à-vis às melhores relações risco-retorno. A identificação de riscos tem como objetivo mapear os eventos de risco de natureza interna e externa que possam afetar as estratégias das unidades de negócio e de suporte e o cumprimento de seus objetivos, com possibilidade de impactos nos resultados, no capital, na liquidez e na reputação do. Os processos de gestão de risco permeiam toda a instituição, estando alinhados às diretrizes do Conselho de Administração e dos Executivos que, por meio de Comitês e Comissões Superiores, definem os objetivos globais, expressos em metas e limites para as unidades de negócio gestoras de risco. As unidades de controle e gerenciamento de capital, por sua vez, apoiam a administração do através dos processos de monitoramento e análise de risco e capital. Atendendo à Resolução nº 3.988 do Conselho Monetário Nacional (CMN), à Circular BACEN nº 3.547 e à Carta-Circular BACEN nº 3.565, o implantou sua estrutura de gerenciamento de capital e seu processo interno de avaliação da adequação de capital (ICAAP), tendo submetido o primeiro relatório do ICAAP ao BACEN em setembro de 2013, referente à database de junho de 2013. O adota postura prospectiva no gerenciamento do seu capital, que compreende as seguintes etapas: Identificação e análise dos riscos materiais aos quais o está ou pode vir a estar exposto e avaliação da necessidade de capital para fazer face aos riscos materiais; Planejamento de capital, considerando as diretrizes estratégicas, o ambiente econômico e as diretrizes do Conselho de Administração; Realização de testes de estresse, visando à análise de impacto de eventos severos sobre o nível de capitalização do ; Manutenção de um plano de contingência de capital para casos em que as fontes de capital se revelem inviáveis ou insuficientes; Avaliação interna da adequação de capital, que consiste na comparação do Patrimônio de Referência com o capital necessário, segundo avaliação interna, para fazer face aos riscos incorridos; Elaboração de relatórios gerenciais periódicos sobre adequação do capital para a alta administração e para o Conselho de Administração. O documento que expressa as diretrizes estabelecidas pelo normativo institucional de gerenciamento de capital pode ser visualizado no site www.itau-unibanco.com.br/ri, na seção Governança Corporativa, Regulamentos e Políticas, Relatório de Acesso Público Gerenciamento de Capital. 5

1.1 Estrutura Organizacional A estrutura organizacional de gerenciamento de riscos do está de acordo com as regulamentações no Brasil e no exterior e em linha com as melhores práticas de mercado. O controle dos riscos de crédito, mercado, liquidez, operacional e subscrição é realizado de forma centralizada por unidade independente, visando a assegurar que os riscos do sejam administrados de acordo com o apetite de risco, as políticas e os procedimentos estabelecidos. Esta estrutura independente também é responsável por centralizar o gerenciamento de capital do Itaú Unibanco. O objetivo do controle centralizado é prover ao Conselho e aos Executivos uma visão global das exposições do aos riscos bem como uma visão prospectiva sobre a adequação do seu capital, de forma a otimizar e agilizar as decisões corporativas. O administra sistemas de informática proprietários para completo atendimento aos regulamentos de reserva de capital, bem como para mensuração de riscos, seguindo as determinações e modelos regulatórios vigentes. Também coordena as ações para verificação da aderência aos requisitos qualitativos e quantitativos estabelecidos pelas autoridades competentes para observação do capital mínimo exigido e monitoramento dos riscos. 1.2 Governança de Riscos e Capital O estabeleceu Comitês responsáveis pela gestão de riscos e capital, os quais se reportam diretamente ao Conselho de Administração e tem seus membros eleitos ou indicados por esse órgão. No nível executivo, a gestão de riscos é exercida pelas Comissões Superiores, todas presididas pelo presidente do. Conselho de Administração Comitê de Gestão de Riscos e de Capital (CGRC) Comitê de Auditoria Comissão Superior de Políticas de Risco (CSRisc) Comissão Superior de Tesouraria Institucional (CSTI) Comissão Superior de Tesouraria Institucional - Liquidez (CSTIL) Comissão Superior de Crédito (CSC) Comissão Superior de Auditoria e Gestão de Riscos Operacionais (CSAGRO) Comissão Superior de Normativos Institucionais de Risco (CSNIR) (1) Comissão Técnica de Avaliação de Modelos Comissão Superior de Produtos (CSP) Comissão Superior das Unidades Externas (CSEXT) (CTAM) (1) (1) CSNIR e CTAM são presididas pelo vice-presidente de riscos do. Comitê de Gestão de Riscos e de Capital (CGRC) O CGRC apóia o Conselho de Administração no desempenho de suas responsabilidades relativas à gestão de riscos e capital do, submetendo relatórios e recomendações sobre estes temas à deliberação do Conselho, no que diz respeito a: Supervisão das atividades de gestão e controle de risco e capital do, visando a assegurar sua adequação aos níveis de riscos assumidos e à complexidade das operações, bem como o atendimento aos requisitos regulatórios; Revisão e aprovação de normativos institucionais e estratégias para a gestão de capital, que estabeleçam mecanismos e procedimentos destinados a manter o capital compatível com os riscos incorridos pelo Itaú Unibanco; 6

Definição do retorno mínimo esperado sobre o capital do como um todo e de suas linhas de negócio, bem como monitoramento do desempenho; Supervisão das estruturas de incentivos, inclusive de remuneração, visando a assegurar seu alinhamento aos objetivos de controle de risco e criação de valor; Promoção do aperfeiçoamento da cultura de risco do. Comitê de Auditoria O Comitê de Auditoria é único para as instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN e para as sociedades supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) que fazem parte do. De acordo com seu regulamento interno, aprovado pelo Conselho de Administração, compete ao Comitê de Auditoria zelar pela qualidade e integridade das Demonstrações Financeiras e pelo cumprimento das exigências legais e regulamentares, bem como supervisionar: Os processos de controles internos e de administração de riscos; As atividades da auditoria interna; e As atividades das empresas de auditoria independentes contratadas pelo. Além disso, o Comitê deve, individualmente ou em conjunto com as respectivas empresas de auditoria independentes do, comunicar formalmente aos reguladores eventuais evidências de: Inobservância de normas legais e regulamentares, que coloque em risco a continuidade de quaisquer das companhias do ; Fraudes de qualquer valor cometidas pela administração de quaisquer das companhias do ; Fraudes relevantes praticadas por funcionários de quaisquer das companhias do, ou por terceiros; e Erros que resultem em incorreções relevantes nas Demonstrações Financeiras de quaisquer das companhias do. Comissão Superior de Políticas de Risco (CSRisc) As reuniões da CSRisc acontecem, no mínimo, a cada dois meses. As atribuições desta Comissão são: Estabelecer políticas gerais de risco que definam a forma de atuação e alçadas para os fóruns específicos, gestores de cada tipo de risco; Aprovar os procedimentos necessários para o efetivo cumprimento dos normativos institucionais e processos definidos; Aprovar decisões de tomada de risco com grande impacto no capital e revisar decisões tomadas por outros Comitês dentro da sua alçada; Estabelecer e monitorar limites agregados por tipo de risco; Garantir, no tempo, a consistência da gestão de riscos e capital no ; Monitorar o processo de implantação dos instrumentos de gestão de riscos e capital; Aprovar metodologias de avaliação de riscos e de cálculo de capital. Comissão Superior de Tesouraria Institucional (CSTI) As reuniões desta Comissão acontecem mensalmente. Suas principais atribuições são discutir e decidir, dentro da alçada delegada pela CSRisc: 7

Os limites de exposição para risco de mercado e os limites de perda máxima das posições (inclusive em condições de estresse) subordinados aos definidos pela CSRisc, podendo inclusive estabelecer controles e limites adicionais ou complementares, caso necessário; As diretrizes de atuação e poderes de decisão delegados ao Comitê Gestor de Tesouraria Institucional (CGTI); Os períodos de retenção dos principais tipos de riscos, tendo em vista o tamanho das posições e a liquidez do mercado; As posições sob gestão desta Comissão; Os modelos e procedimentos de controle de risco, inclusive aqueles complementares aos delegados pela CSRisc; Os assuntos e limites relacionados ao risco operacional de tesouraria; As políticas de stop loss; As políticas de incentivo; As estratégias de hedge contábil. Comissão Superior de Tesouraria Institucional - Liquidez (CSTIL) As reuniões desta Comissão acontecem trimestralmente. Suas principais atribuições são: Controlar a utilização de limites de liquidez; Analisar os níveis de liquidez corrente e futuro e adotar ações destinadas a promover um andamento seguro e eficiente para os fluxos financeiros do ; Discutir e decidir dentro da alçada delegada pela CSRisc: limites máximos de descasamento de liquidez (GAP), níveis mínimos de reservas, política de captação e aplicação no mercado financeiro, critérios para definição de preços de transferência de recursos nas empresas do e planos de contingência de liquidez. Comissão Superior de Crédito (CSC) A CSC reúne-se semanalmente para discutir o risco de crédito do. É alçada máxima para aprovação de créditos individuais. Suas principais funções são: Avaliar e decidir sobre propostas de crédito que excedam as alçadas das Comissões e Comitês de Crédito a ela subordinados; Avaliar e decidir sobre alteração nas alçadas máximas de crédito das Comissões e Comitês de Crédito a ela subordinados; Avaliar e decidir sobre políticas de risco de crédito do Banco de Atacado; Analisar casos que recebam parecer contrário de qualquer membro das alçadas de crédito imediatamente a ela subordinadas, ou casos que, por sua relevância ou por características especiais, aquela Comissão decidir por bem submeter à sua apreciação. Comissão Superior de Auditoria e Gestão de Riscos Operacionais (CSAGRO) Essa Comissão tem por objetivo conhecer os riscos dos processos e negócios do, definir as diretrizes para gestão dos riscos operacionais e avaliar os resultados decorrentes do funcionamento do Sistema de Controles Internos e Compliance. Dentre suas atribuições, são destacadas: Analisar os resultados das auditorias, com ênfase nos assuntos relacionados a políticas, investimentos e estrutura, estipular e acompanhar as providências; Definir as diretrizes para gestão do risco operacional; Acompanhar o desenvolvimento dos modelos de provisão para perdas e alocação de capital para risco operacional; Analisar os resultados da atividade de Controles Internos, Riscos Operacionais e Compliance. 8

Comissão Superior de Normativos Institucionais de Risco (CSNIR) A CSNIR reúne-se no mínimo bimestralmente e tem por objetivo revisar, validar e aprovar, dentro da alçada estabelecida pela CSRisc, os normativos institucionais de controle de riscos e de gerenciamento de capital. Comissão Técnica de Avaliação de Modelos (CTAM) A CTAM reúne-se mensalmente para avaliação dos modelos de risco, baseado no parecer independente da validação de modelos. Suas principais responsabilidades são: Aprovar modelos relacionados ao cálculo de risco e preços; Aprovar, sugerir e monitorar os planos de ação propostos para os modelos validados; Acompanhar o desempenho dos modelos ao longo do tempo, determinando o redesenvolvimento ou recalibragem de modelos caso necessário. Posteriormente, as decisões são apresentadas na CSRisc, assegurando desta forma que a alta administração esteja informada sobre as decisões adotadas. Comissão Superior de Produtos (CSP) A CSP é a alçada máxima para aprovação de produtos, operações, serviços e processos do. As principais atribuições desta Comissão são: Avaliar produtos, operações, serviços e processos que estão fora do âmbito de decisão dos Comitês de Produtos; Garantir a aderência dos produtos, operações, serviços e processos às necessidades dos clientes/segmentos (suitability); Avaliar produtos, operações, serviços e processos que envolvam risco de imagem para o. Comissão Superior das Unidades Externas (CSEXT) A CSEXT tem por objetivo supervisionar os negócios no exterior e é a alçada máxima para aprovação de iniciativas, operações, serviços e processos nos mercados em que o atua fora do Brasil. As principais atribuições desta Comissão são: Garantir que as iniciativas de negócios estejam amparadas pela governança corporativa da matriz nos seguintes quesitos: contábil, fiscal societário, financeiro e liquidez, controle de riscos, controles internos, auditoria e tecnologia; Decidir quanto a iniciativas, operações, serviços e processos que superem as alçadas dos Comitês locais ou que envolvam risco de imagem para o nos mercados em que atua fora do Brasil. 9

2 Capital 2.1 Gerenciamento de Capital O Conselho de Administração é o órgão máximo no gerenciamento de capital do, responsável por monitorar a adequação de capital e analisar os resultados da validação independente do ICAAP, bem como aprovar o normativo institucional de gerenciamento de capital e o relatório do ICAAP. No nível executivo, a CSRisc é responsável por aprovar metodologias de avaliação dos riscos e de cálculo de capital, assim como revisar, monitorar e recomendar ao Conselho de Administração documentos e temas relativos a capital. Apoiando a governança de Comissões e Comitês, o possui uma estrutura dedicada ao gerenciamento de capital da instituição, que coordena e consolida informações e processos relacionados, todos sujeitos à verificação pelas áreas independentes de validação, controles internos e auditoria. No contexto de gerenciamento de capital, é elaborado um plano de capital estruturado de forma consistente com o planejamento estratégico do e que tem como objetivo garantir a manutenção de um nível adequado e sustentável de capital incorporando análises do ambiente econômico, competitivo, político e outros fatores externos. O plano de capital compreende: Metas e projeções de capital do de curto e de longo prazo, em cenários normais e em cenários de estresse, de acordo com as diretrizes do Conselho de Administração; Principais fontes de capital; Plano de contingência de capital, contendo ações a serem realizadas em caso de potencial deficiência de capital. Para elaborá-lo, considera-se, no mínimo: Análise de ameaças e de oportunidades relativas ao ambiente econômico e de negócios; Projeções de balanços e de resultados; Metas de crescimento e/ou de participação no mercado; Segmentos visados pela instituição e produtos destinados a cada um deles; Políticas de distribuição de resultados e seus impactos no capital. Como parte do planejamento de capital, condições extremas de mercado são simuladas, considerando eventos severos que busquem identificar potenciais restrições de capital. Os cenários de estresse são aprovados pelo Conselho de Administração e seus impactos no capital são considerados na definição de estratégia e posicionamento de negócios e de capital. Complementando o cálculo de capital para cobertura dos riscos de Pilar 1, o vem desenvolvendo mecanismos que visam à identificação e à análise da materialidade de outros riscos incorridos pela instituição, além de metodologias para avaliação e quantificação da necessidade de capital adicional para cobertura dos mesmos. De forma a prover informações necessárias aos Executivos e ao Conselho de Administração para tomada de decisões, relatórios gerenciais são elaborados e apresentados em Comissões e Comitês, informando-os sobre a adequação de capital do bem como sobre projeções de níveis de capital futuros, em situações normais e de estresse. 10

2.2 Adequação à Basileia II Basileia II O Acordo de Capital vigente internacionalmente, conhecido como Basileia II, propõe metodologias que geram um cálculo de capital requerido a ser mantido pelas instituições financeiras. Sua divulgação ocorreu em junho de 2004, e vem passando por revisões desde então, sendo que recentemente, ocorreram mudanças mais profundas em decorrência da crise internacional (conhecidas como Basileia III) que foram incorporadas às normas de Basileia II, porém sem alterar a essência do Acordo. No Brasil, os métodos padronizados para apuração dos requerimentos mínimos de PR para risco de crédito, mercado e operacional estão vigentes desde 1º de julho de 2008, no entanto, as principais normas de alocação de capital também vêm sofrendo alterações visando sua adaptação ao padrão internacional. Atualmente estas normas estão estabelecidas nas Resoluções do CMN n os. 4.192, 4.193, 4.278, 4.280 e a 4.281. Para maiores detalhes, essas regras estão descritas no item Basileia III novas regras de capital. Para as abordagens baseadas em modelos internos, as respectivas regras para candidatura também sofreram alterações e estão definidas nas Circulares BACEN n os 3.646 para risco de mercado, 3.647 para risco operacional e 3.648 para risco de crédito, em vigor desde 1º de outubro de 2013. O BACEN efetuou alterações em dispositivos destas normas por meio das Circulares n os. 3.674, 3.676 e 3.673, respectivamente para risco de mercado, operacional e crédito, que entraram em vigor em 1º de janeiro de 2014. Modelos Internos O possui uma estrutura de governança específica para acompanhar a implantação de Basileia II, na forma de Comitês que se reúnem periodicamente com a participação de todas as áreas envolvidas nas adequações das estruturas, dos processos e dos sistemas, que suportam os padrões de gestão de risco exigidos pelo Novo Acordo. A gestão de riscos da instituição já possui modelos proprietários para gestão de riscos que são monitorados continuamente e revisados, quando necessário, visando a garantir a eficácia nas decisões estratégicas e de negócio. Portanto, os esforços do Projeto Basileia têm por objetivo garantir a aderência aos padrões e requisitos definidos para utilização dos modelos internos no cálculo do capital regulatório, sem, contudo, distanciá-los de seus principais objetivos de gestão interna. Para isso, é mantido diálogo frequente com o regulador acerca da aplicação dos requisitos à gestão de riscos do. Validação Independente Seguindo as melhores práticas declaradas em Basileia, o realiza validação independente dos processos e dos modelos de risco. A validação independente dos processos tem como objetivo identificar, mensurar, avaliar, monitorar e dar resposta aos riscos operacionais da organização, com a finalidade de manter as perdas e os riscos dentro dos limites estabelecidos pela instituição. A validação independente de modelos de riscos do visa prioritariamente a garantir a robustez dos modelos utilizados na gestão, por meio de avaliações técnicas independentes. Os resultados da validação de modelos são submetidos à CTAM com reporte direto à CSRisc, assegurando o envolvimento da alta administração. O escopo de validação se estende a todos os modelos de riscos da corporação, mas, com foco principal nos modelos de risco de crédito (credit score, risk rating, PD, LGD e EAD), de risco de mercado e apreçamento de instrumentos financeiros. Complementando o processo de validação independente, é realizada a validação do uso dos parâmetros de risco de crédito, cujo objetivo é avaliar o grau de integração dos parâmetros de risco em cada etapa do processo decisório de crédito (concessão, precificação, acompanhamento e recuperação de crédito) de forma integrada e contínua na gestão do negócio. 11

Basileia III - Novas regras de Capital Em março e outubro de 2013, o BACEN divulgou o conjunto 1 de resoluções e circulares que implantam no Brasil os padrões globais de requerimento de capital de Basileia III. As novas regras buscam aperfeiçoar a capacidade das instituições financeiras de absorver choques, fortalecendo a solidez do sistema financeiro e promovendo o crescimento econômico sustentável. Essas normas regulam as novas definições e os novos requerimentos mínimos de capital, bem como definem quais empresas deverão compor o balanço consolidado prudencial a ser utilizado para apuração da base e das exigibilidades de capital. A partir de janeiro de 2015 as novas definições de capital restringirão gradualmente o capital elegível para atendimento aos requisitos definidos em Basileia III, na medida em que os ajustes prudenciais são deduzidos da base de capital, conforme cronograma de transição. Cronograma de Basileia III 01/10/2013 01/01/2014 01/01/2015 01/01/2016 01/01/2017 01/01/2018 01/01/2019 Capital Principal 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% Nível I 5,5% 5,5% 6,0% 6,0% 6,0% 6,0% 6,0% Capital Total 11,0% 11,0% 11,0% 9,875% 9,250% 8,625% 8,0% Adicional de Capital Principal (1) - - - 1,250% 2,500% 3,750% 5,0% Colchão de Conservação (2) - - - 0,625% 1,250% 1,875% 2,5% Colchão Anticíclico (3) - - - 0,625% 1,250% 1,875% 2,5% Capital Principal com Adicional 4,5% 4,5% 4,5% 5,750% 7,000% 8,250% 9,5% Nível I com Adicional 5,5% 5,5% 6,0% 7,250% 8,500% 9,750% 11,0% Capital Total com Adicional 11,0% 11,0% 11,0% 11,125% 11,750% 12,375% 13,0% Deduções dos Ajustes Prudenciais 0% 20% 40% 60% 80% 100% 100% (1) Considerado o limite superior (exigibilidade máxima), por conservadorismo. (2) Limite inferior (exigibilidade mínima). (3) Considerado o intervalo máximo entre o limite inferior e o limite superior. Além dos novos índices mínimos de capital (Capital Principal, Capital de Nível 1 e Capital Total), as normas do BACEN estabelecem a criação do Adicional de Capital Principal (colchões de capital de conservação e anticíclico) que aumenta as exigências de capital ao longo do tempo, bem como define novos requisitos para qualificação dos instrumentos elegíveis a Capital de Nível I ou Nível II. Também institui a redução gradual da elegibilidade do estoque de instrumentos emitidos de acordo com a Resolução 3.444 do CMN. As novas regras determinam que, durante o exercício de 2014, o nível mínimo de capital seja apurado com base em um único centro de consolidação, o Consolidado Operacional. A partir de janeiro de 2015 o Consolidado Operacional será substituído pelo Consolidado Prudencial, que abrange não só as empresas Financeiras como também as empresas assemelhadas a instituições financeiras, tais quais administradoras de consórcio, instituições de pagamento, sociedades que realizem aquisição de operações de crédito e fundos de investimento nos quais o conglomerado retenha substancialmente riscos e benefícios. Em complemento às resoluções e circulares, foi sancionada a Lei 12.838 que permite apurar crédito presumido a partir de créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias oriundos de provisões para créditos de liquidação duvidosa, altera as regras para emissão de letras financeiras, permitindo a inclusão de cláusulas de suspensão da remuneração estipulada, extinção do direito de crédito ou sua conversão em ações, e condiciona a remuneração dos acionistas ao cumprimento dos requisitos prudenciais estabelecidos pelo CMN. ¹ As Resoluções do CMN nº 4.192, nº 4.193 e nº 4.195 (a Resolução CMN nº 4.194 não se aplica ao ), de 1º de março de 2013, em conjunto com as alterações introduzidas pelas Resoluções nº 4.277, nº 4.278, nº 4.279, nº 4.280 e nº 4.281, de 31 de outubro de 2013, bem como as 15 Circulares publicadas pelo BACEN em 4 de março do mesmo ano, parcialmente alteradas em 27 de março de 2013 e em 31 de outubro de 2013, são os normativos que estabelecem as regras de Basileia III implantadas no Brasil. 12

2.3 Composição do Capital O PR utilizado para verificar o cumprimento dos limites operacionais impostos pelo BACEN consiste no somatório do Nível I e Nível II, conforme definido nos termos das Resoluções nº 4.192 e 4.278 do CMN, onde: Nível I: é composto pelo Capital Principal, apurado a partir do capital social, certas reservas e lucros retidos menos deduções e ajustes prudenciais, bem como pelo Capital Complementar; Nível II: composto por instrumentos elegíveis, primordialmente dívidas subordinadas, sujeito a limitações prudenciais. De acordo com os regulamentos do BACEN, que entraram em vigor em outubro de 2013, os bancos devem calcular a exigência mínima com base na consolidação de todas as subsidiárias financeiras regulamentadas pelo BACEN, inclusive agências e investimentos no exterior (Consolidado Operacional). A tabela abaixo apresenta a composição do patrimônio de referência segregado entre capital principal, complementar e de Nível II considerando suas respectivas deduções e ajustes prudenciais, conforme estabelecido nas resoluções mencionadas: Composição do Patrimônio de Referência Consolidado Operacional 31/12/2013 30/09/2013 31/12/2012 Patrimônio Líquido Holding S.A. (Consolidado) 81.024 78.260 74.220 Participações Minoritárias nas Subsidiárias 1.822 1.762 1.246 Alteração de Participação em Subsidiária em Transação de Capital 6.120 6.445 7.360 Resultado não Realizado - - - Patrimônio Líquido Consolidado (BACEN) 88.966 86.467 82.825 Ações Preferenciais com Cláusula de Resgate Excluídas do Nível I (925) (877) (807) Deduções do Capital Principal (632) Capital Principal 87.409 - - Instrumentos Elegíveis para Compor o Capital Complementar - - - Deduções do Capital Complementar - - - Capital Complementar - - - Ajustes do Nível I - 69 (2.307) Nível I 87.409 85.659 79.711 Instrumentos Elegíveis para Compor o Nível II 37.740 38.425 38.825 Deduções do Nível II (6) - - Ajustes do Nível II - (655) 1.830 Nível II 37.734 37.771 40.654 Exclusões: Instrumentos de Captação Emitidos por Instituições Financeiras - (492) (420) Patrimônio de Referência (Nível I + Nível II) 125.144 122.938 119.945 13

Os montantes dos fundos obtidos por meio de emissão de dívidas subordinadas e que são considerados no capital de Nível II, para os propósitos do índice de capital em relação aos ativos ponderados de risco, estão descritos abaixo: Dívidas Subordinadas e Patrimônio de Referência Nível II Vencimentos 31/12/2013 30/09/2013 31/12/2012 Nome do Papel <1 ano 1-2 anos 2-3 anos 3-4 anos 4-5 anos > 5 anos Total Total Total CDB 5.382 795 5.157 594 - - 11.928 11.754 13.717 Letras Financeiras 476-2.283 8.334 11.049 2.840 24.982 24.798 21.483 Euronotes 255 - - - - 18.021 18.276 17.397 15.935 Dívida Subordinada 6.113 795 7.440 8.928 11.049 20.861 55.186 53.949 51.134 Total em Aprovação BACEN (1) e Outras 20-82 - - 351 453 444 3.238 Dívida Subordinada - Total 6.133 795 7.522 8.928 11.049 21.212 55.639 54.393 54.372 Redutor Dívida Subordinada (Cons. Op.) (2) (3.367) (3.961) (436) (2.799) (1.748) - (12.310) (15.524) (12.309) Dívida Subordinada - Nível II (Cons. Op.) - 990 290 4.198 6.993 29.139 41.611 38.425 38.825 Limitador (3) Dívida Subordinada (Cons. Op.) - 891 261 3.779 6.294 26.225 37.450 Dívida Subordinada - Nível II (Cons. Op.) - 891 261 3.779 6.294 26.225 37.450 Total - 30/09/2013-489 2.536 5.292 7.628 22.481 38.425 Total - 30/12/2012-990 290 4.198 6.994 26.353 38.825 (1) Dívidas subordinadas que não compõem o Nível II do PR. (2) Conforme legistação vigente, para o cálculo do Patrimônio de Referência de dez/13, foi considerado o saldo das dívidas subordinadas de dez/12, com a inclusão das dívidas aprovadas após o fechamento, autorizadas pelo Bacen para compor o Nível II, totalizando R$ 53.921. (3) Dívidas subordinadas com aplicação do limitador de acordo com as regras atuais vigentes (Resolução 4.192/13 - Artº 28). 14

O detalhamento sobre os prazos de vencimento, remuneração, valor do principal, saldo contábil e montante de dívidas subordinadas é apresentado a seguir: Dívidas Subordinadas Elegíveis a Capital 31/12/2013 30/09/2013 31/12/2012 dez/13-set/13 dez/13-dez/12 31/12/2013 Nome do Papel/ Moeda Emissão Vencimento Remuneração a.a. Valor Principal Variação Principal Saldo Contábil CDB Subordinado - BRL 2002 2012 102,5% do CDI - - - - - - 2007 2012 103,8% do CDI - - - - - - 100% do CDI + 0,35% a 0,45% - - - - - - IGPM + 7,31% - - - - - - 2003 2013 102% do CDI - 40 40 (40) (40) - 2008 2013 100% do CDI + 0,5% a 0,6% - - 1.558 - (1.558) - 106% a 107% do CDI - - 48 - (48) - 2007 2014 100% do CDI + 0,35% a 0,6% 1.865 1.865 1.865 - - 3.610 IGPM + 7,22% 33 33 33 - - 77 2008 2014 112% do CDI 1.000 1.000 1.000 - - 1.695 2008 2015 119,8% do CDI 400 400 400 - - 720 2010 2015 113% do CDI 50 50 50 - - 75 2006 2016 100% do CDI + 0,7% ¹ 466 466 466 - - 971 2010 2016 110% a 114% do CDI 2.665 2.665 2.665 - - 3.988 IPCA + 7,21% 123 123 123-1 198 2010 2017 IPCA + 7,33% 367 367 367 - - 594 Total 6.969 7.009 8.614 (40) (1.645) 11.928 Letra Financeira Subordinada - BRL 2010 2016 100% do CDI + 1,35% a 1,36% 365 365 365 - - 378 112% a 112,5% do CDI 1.874 1.874 1.874 - - 1.940 IPCA + 7% 30 30 30 - - 44 2010 2017 IPCA + 6,95% a 7,2% 206 206 206 - - 261 2011 2017 108% a 112% do CDI 3.224 3.224 3.224 - - 3.356 100% do CDI + 1,29% a 1,52% 3.650 3.650 3.650 - - 3.740 IPCA + 6,15% a 7,8% 352 352 352 - - 451 IGPM + 6,55% a 7,6% 138 138 138 - - 184 2012 2017 100% do CDI + 1,12% 500 500 500 - - 504 2011 2018 IGPM + 7% 42 42 42 - - 53 IPCA + 7,53% a 7,7% 30 30 30 - - 37 2012 2018 108% a 113% do CDI 6.373 6.373 5.761-612 6.645 IPCA + 4,4% a 6,58% 461 461 461 - - 554 100% do CDI + 1,01% a 1,32% 3.782 3.782 2.597-1.185 3.859 9,95% a 11,95% 112 112 112 - - 130 2011 2019 109% a 109,7% do CDI 2 2 2 - - 2 2012 2019 110% do CDI 1 1 1 - - 1 11,96% 12 12 12 - - 15 IPCA + 4,7% a 6,3% 101 101 101 - - 118 2012 2020 111% do CDI 1 1 1 - - 1 IPCA + 6% a 6,17% 20 20 20 - - 25 2011 2021 109,25% a 110,5% do CDI 6 6 6 - - 7 2012 2022 IPCA + 5,15% a 5,83% 2.307 2.307 1.317-990 2.655 IGPM + 4,63% 20 20 20 - - 22 Total 23.609 23.609 20.821-2.787 24.982 Euronotes Subordinado - USD 2010 2020 6,2% 990 990 990 - - 2.343 2010 2021 5,75% 1.000 1.000 1.000 - - 2.404 2011 2021 5,75% a 6,2% 730 730 730 - - 1.715 2012 2021 6,2% 550 550 550 - - 1.302 2012 2022 5,5% a 5,65% 2.600 2.600 2.600 - - 6.146 2012 2023 5,13% 1.851 1.851 1.851 - - 4.366 Total USD 7.721 7.721 7.721 - - Total BRL 18.276 Total Geral 55.186 Redutor Dívida Subordinada (Cons. Op.) (12.310) Dívida Subordinada - Nível II (Cons. Op.) 41.611 Limitador Dívida Subordinada (Cons. Op.) 37.450 Dívida Subordinada - Nível II (Cons. Op.) 37.450 (1) Os CDBs subordinados podem ser resgatados a partir de novembro de 2011. A movimentação de recursos é livre entre as instituições consolidadas, respeitados os requisitos mínimos de capital exigidos pelos reguladores locais das subsidiárias no exterior, bem como o requisito mínimo de capital das sociedades seguradoras, estabelecido pela SUSEP. 15

O CNSP, acompanhando a tendência mundial de fortalecimento do mercado de seguros e a fim de garantir a solvência das sociedades seguradoras, das entidades abertas de previdência complementar e das sociedades de capitalização, vem aprimorando as regras de capital regulamentar exigido para a autorização e funcionamento destas sociedades. Em dezembro de 2006, publicou a Resolução CNSP nº 158 (atualizada pela Circular SUSEP nº 355 de dezembro de 2007), dispondo sobre as regras de capital regulamentar para risco de subscrição para os diversos ramos de seguros. Em janeiro de 2011, o CNSP complementou a exigência de capital, passando a considerar o risco de crédito das sociedades supervisionadas, publicando a Resolução nº 228. Já em janeiro de 2013, o CNSP incluiu a exigência de capital para risco de subscrição para as operações de previdência complementar e de capitalização, publicando as resoluções nº 280 e nº 284, respectivamente; além disso, expandiu a necessidade de capital para risco operacional, publicando a Resolução CNSP nº 283, bem como estabeleceu critérios para apurar o capital mínimo requerido, baseado nos riscos de subscrição, crédito, operacional e mercado, considerando suas correlações, na Resolução nº 282. Com a publicação da Resolução CNSP nº 302, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2014, o CNSP atualizou estes normativos e incluiu a necessidade de liquidez dos ativos aceitos pelo CMN na cobertura das provisões técnicas em relação ao capital mínimo requerido. 2.4 Ativos Ponderados pelo Risco De acordo com a Resolução CMN 4.193, para fins do cálculo dos requerimentos mínimos e do adicional de capital principal, deve ser apurado o montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA), obtido pela soma das seguintes parcelas: Risco de Crédito Risco de Mercado RWA CPAD = parcela relativa às exposições ao risco de crédito; RWA CAM = parcela relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos à variação cambial; RWA JUR = parcela relativa às exposições sujeitas à variação de taxas de juros, cupons de juros e cupons de preços e classificadas na carteira de negociação; RWA COM = parcela relativa às exposições sujeitas à variação do preço de mercadorias (commodities); RWA ACS = parcela relativa às exposições sujeitas à variação do preço de ações e classificadas na carteira de negociação; RWA OPAD = parcela relativa ao cálculo de capital requerido para o risco operacional. Risco de Operacional RWA = RWA CPAD + RWA CAM + RWA JUR + RWA COM + RWA ACS + RWA OPAD Para os cálculos das parcelas mencionadas acima, foram observados os procedimentos divulgados pelo BACEN, por meio das Circulares e Cartas-Circulares, e pelo CMN, por meio de Resoluções. A tabela abaixo apresenta de forma consolidada a evolução da composição do RWA do. Cada uma das parcelas mencionadas abaixo será detalhada nos próximos tópicos. Composição dos Ativos Ponderados Pelo Risco Consolidado Operacional Exposições ao Risco 31/12/2013 30/09/2013 31/12/2012 Ativos Ponderados de Risco de Crédito (RWA CPAD ) 694.039 91,9% 621.386 91,2% 599.670 90,6% Ativos Ponderados de Risco de Mercado (RWA MPAD ) 24.555 3,3% 23.320 3,4% 27.516 4,2% Ativos Ponderados de Risco de Operacional (RWA OPAD ) 36.847 4,9% 36.847 5,4% 34.611 5,2% Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) 755.441 100% 681.553 100% 661.797 100% 16

Ativos Ponderados de Risco de Crédito (RWA CPAD ) A tabela abaixo apresenta os valores dos ativos ponderados de risco de crédito (RWA CPAD ) segregados por fator de ponderação e tipo de ativos: Abertura dos ativos ponderados de Risco de Crédito (RWA CPAD ) Consolidado Operacional 31/12/2013 30/09/2013 31/12/2012 Exposições ao Risco Ativos Ponderados de Risco de Crédito (RWA CPAD ) 694.039 621.386 599.670 a) Por Fator de Ponderação (FPR): FPR de 2% (1) 75 FPR de 20% 6.761 5.610 2.565 FPR de 35% 6.517 6.283 1.852 FPR de 50% 27.464 33.900 36.255 FPR de 75% 123.554 219.911 115.351 FPR de 85% (2) 122.191 - - FPR de 100% 307.217 309.544 410.467 FPR de 150% 29.580 20.796 16.944 FPR de 250% (3) 24.275 - - FPR de 300% 22.660 19.869 11.912 FPR de 1250% (4) 13.061 - - Derivativos - Ganho Potencial Futuro e Variação da qualidade creditícia da contraparte 10.682 5.473 4.324 b) Por Tipo: Títulos e Valores Mobiliários 39.341 35.081 34.532 Operações de Crédito - Varejo 100.213 92.551 90.653 Operações de Crédito - Não Varejo 240.166 220.429 222.649 Coobrigações - Varejo 192 286 334 Coobrigações - Não Varejo 62.867 56.144 59.594 (1) Compromissos de Crédito - Varejo 23.096 24.915 24.364 Compromissos de Crédito - Não Varejo 26.579 16.429 19.529 Outras Exposições 201.584 175.552 148.015 De acordo com a circular Bacen 3.644 deve ser aplicado FPR de 2% às exposições a serem liquidadas em sistema de liquidação de câmara ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação, interpondo-se a câmara ou prestador de serviços como contraparte central; (2) De acordo com a Circular BACEN 3.679 deve ser aplicado FPR de 85% às exposições de pessoa jurídica com saldo superior à cem milhões de reais no Sistema de Informações de Crédito do Banco Central (SCR) e inferior à 10% do Patrimônio de Referência (PR) da instituição; (3) De acordo com a circular Bacen 3.679 deve ser aplicado FPR de 250% às exposições de ativos não deduzidos do PR - créditos tributários de diferenças temporárias e investimentos; (4) De acordo com a circular Bacen 3.644 deve ser aplicado FPR de 1.250% relativas à aquisição de cotas de classe subordinada de FIDC, fundo de investimento e títulos de securitização a partir de outubro/2013 e participação em fundos de garantia de liquidação de sistemas de liquidação de câmara ou prestadores de serviços de compensação e liquidação; As circulares BACEN nº 3.644, 3.652, 3.679 e 3.696 estabeleceram novos critérios para cálculo da parcela do capital referente a risco de crédito. Ativos Ponderados de Risco de Mercado (RWA MPAD ) O RWA MPAD consiste no somatório das parcelas: RWA CAM, RWA JUR, RWA COM, RWA ACS. Para acompanhamento regulatório da Carteira de Não Negociação, são gerados, para cada fator de risco relevante, dois cenários estressados com base em retornos históricos dos últimos cinco anos. Esses cenários são aplicados à exposição em cada fator de risco, calculando o resultado desses choques e tomando o pior resultado para cada fator de risco. No tratamento de carteiras de empréstimos que apresentam liquidações antecipadas relevantes, o ajusta os vencimentos originais das operações com revisões trimestrais de seus parâmetros, estimados a partir de suas bases históricas observadas, que aceleram o decaimento dos fluxos de pagamento originalmente contratados. Os saldos de produtos que não possuem vencimento definido, como depósitos a vista e cadernetas de poupança, são distribuídos no tempo gerando exposição à variações de taxas de juros, de acordo com metodologias aprovadas internamente. 17

A seguir, a evolução das parcelas que, quando somadas, compõem o capital regulatório exigido para risco de mercado: Abertura dos Ativos Ponderados de Risco de Mercado (RWA PAD ) Consolidado Operacional 31/12/2013 30/09/2013 31/12/2012 Ativos Ponderados de Risco de Mercado (RWA MPAD ) 24.555 23.320 27.516 Operações sujeitas à variação de taxas de juros (RWA JUR ) 22.107 19.571 25.097 Prefixadas denominadas em real (RWA JUR1 ) 4.859 3.361 6.097 Cupons de moedas estrangeiras (RWA JUR2 ) 8.212 9.146 10.522 Cupom de índices de preços (RWA JUR3 ) 8.789 6.500 6.090 Cupons de taxas de juros (RWA JUR4 ) 247 564 2.387 Operações sujeitas à variação do preço de commodities (RWA COM ) 2.086 1.775 821 Operações sujeitas à variação do preço de ações (RWA ACS ) 362 1.974 1.598 Operações sujeitas ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e à variação cambial (RWA CAM ) (1) - - - Montante do PR apurado para cobertura do risco de taxas de juros das operações não classificadas na carteira de negociação (RBAN) 1.217 2.527 4.680 (1) Operações sujeitas ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos e passivos sujeitos à variação cambial ficaram abaixo de 2% do PR, portanto a alocação de capital é igual a 0, de acordo com a Circular nº 3.641 do BACEN. Ativos Ponderados de Risco de Operacional (RWA OPAD ) A circular 3.640, em vigor desde outubro de 2013, estabelece novos critérios de apuração da parcela de ativos ponderados pelo risco relativa ao cálculo de capital requerido para risco operacional (RWA OPAD ) mediante abordagem padronizada. Em janeiro de 2014 entrou em vigor a circular 3.675 que complementa a circular anteriormente citada e introduz algumas modificações, tais como: a possibilidade de exigir a utilização de indicador básico em caso de correção ou aprimoramento da Abordagem. Adicionalmente, está mantido o cálculo semestral do valor da exposição RWA OPAD com informações relativas às datas base 30 de junho e 31 de dezembro. A seguir, a abertura dos ativos ponderados de risco operacional: Abertura dos ativos ponderados de Risco de Operacional (RWA OPAD ) Consolidado Operacional 31/12/2013 30/09/2013 31/12/2012 Ativos Ponderados de Risco de Operacional (RWA OPAD ) 36.847 36.847 34.611 Varejo 6.403 6.403 5.890 Comercial 11.455 11.455 9.392 Finanças Corporativas 1.036 1.036 934 Negociação e Vendas 11.665 11.665 12.577 Pagamentos e Liquidações 2.724 2.724 2.541 Serviços de Agente Financeiro 1.595 1.595 1.345 Administração de Ativos 1.926 1.926 1.814 Corretagem de Varejo 44 45 118 Planos de Negócios - - - 18

2.5 Suficiência de Capital O, através do processo de ICAAP, avalia a suficiência de capital para fazer frente aos seus riscos, representados pelo capital regulatório para os riscos de crédito, mercado e operacional e pelo capital necessário para cobertura dos demais riscos, cuja avaliação é objeto do ICAAP. Visando a garantir a solidez do e a disponibilidade de capital para suportar o crescimento dos negócios, os níveis de PR foram mantidos acima do necessário para fazer frente aos riscos, conforme evidenciado pelo índice de Basileia, de capital principal, capital complementar e Nível II. Em 31 de dezembro de 2013, o PR alcançou R$ 125.144 milhões, um aumento de R$ 2.206 milhões em relação a 30 de setembro de 2013, devido ao aumento do capital principal. Quando comparado com o mesmo período do ano anterior, o PR apresentou um aumento de R$ 5.198 milhões. Composição do Patrimônio de Referência (PR) Consolidado Operacional 31/12/2013 30/09/2013 31/12/2012 Nível I 87.409 85.659 79.711 Capital Principal 87.409 - - Capital Complementar - - - Nível II 37.734 37.771 40.654 Exclusões - (492) (420) Patrimônio de Referência (PR) 125.144 122.938 119.945 Patrimônio de Referência Mínimo Requerido (PRE) 83.099 74.971 72.798 Folga em relação ao Patrimônio de Referência Mínimo Requerido 42.045 47.967 47.148 O consolidado econômico financeiro deixou de ser base para apuração dos índices de capital de acordo com as resoluções 4.193, 4.278 e 4.281. Considerando as regras atualmente vigentes, o PR para esse consolidado seria R$ 118.512 milhões e o PRE R$ 81.693 milhões. O Índice de Basileia atingiu 16,6%, com queda de 1,4 pontos percentuais em relação a 30 de setembro de 2013. A redução é resultado principalmente da adoção de nova regulamentação do BACEN, que estabeleceu novos critérios para o cálculo da parcela do capital desde outubro de 2013. O índice de imobilização indica o percentual de comprometimento do PR com o ativo permanente imobilizado. O Itaú Unibanco está enquadrado no limite máximo de 50% do PR Ajustado, fixado pelo BACEN. Índices de Basileia e Imobilização Consolidado Operacional 31/12/2013 30/09/2013 31/12/2012 Índice de Basileia 16,6% 18,0% 18,1% Nível I 11,6% 12,5% 12,0% Capital Principal 11,6% - - Capital Complementar 0,0% - - Nível II 5,0% 5,5% 6,1% Índice de Imobilização 49,9% 49,8% 43,4% Folga de Imobilização 104 219 7.910 Até 31 de dezembro de 2013, caso as exposições relativas ao risco de moeda estrangeira (RWA CAM ) fossem iguais ou inferiores a 2% do PR, o valor da RWA CAM seria igual a zero. Caso a nova regra estivesse em vigor, os índices seriam reduzidos em cerca de 0,2 pontos percentuais. 19

3 Risco de Crédito 3.1 Estrutura e Tratamento O risco de crédito é a possibilidade de perdas decorrentes do não cumprimento pelo tomador, emissor ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, da desvalorização de contrato de crédito em consequência da deterioração na classificação de risco do tomador, do emissor, da contraparte, da redução de ganhos ou remunerações, das vantagens concedidas em renegociações posteriores e dos custos de recuperação. O conta com uma estrutura de gestão e controle do risco de crédito que estabelece limites, mecanismos de mitigação de risco, além de estabelecer processos e instrumentos para medir, monitorar e controlar o risco de crédito inerente a todos os produtos, concentrações de carteira e os impactos de mudanças potenciais no ambiente econômico. É feito o monitoramento contínuo da carteira da instituição e das políticas e estratégias adotadas de forma a garantir a conformidade das operações com as normas e legislação em vigor em cada país. A gestão do risco de crédito do é responsabilidade primária de todas as Unidades de Negócio e visa a manter a qualidade da carteira de crédito em níveis coerentes com o apetite de risco da instituição para cada segmento de mercado em que opera. Dentre as principais atribuições das Unidades de Negócio tem-se: Acompanhar e monitorar as carteiras sob suas responsabilidades; Conceder crédito, levando em consideração as alçadas vigentes, as condições de mercado, as perspectivas macroeconômicas, as mudanças em mercados e produtos e os efeitos de concentração setorial e geográfica; e Gerir o risco de crédito adotando ações que propiciem a sustentabilidade de seus negócios. O estabelece sua política de crédito com base em fatores internos, como os critérios de classificação de clientes, desempenho e evolução da carteira, níveis de inadimplência, taxas de retorno e o capital econômico alocado; e fatores externos, relacionados ao ambiente econômico, taxas de juros, indicadores de inadimplência do mercado, inflação e variação do consumo. O possui um processo estruturado para manter uma carteira diversificada considerada adequada pela instituição. O monitoramento contínuo do grau de concentração de suas carteiras, avaliando os setores de atividade econômica, maiores devedores e regiões geográficas, possibilita a tomada de medidas preventivas, de modo a evitar que os limites estabelecidos sejam violados. A governança do gerenciamento de risco de crédito está baseada em órgãos colegiados, subordinados ao Conselho de Administração ou à estrutura executiva do, que atuam primordialmente avaliando as condições competitivas de mercado, definindo os limites de crédito da instituição, revendo práticas de controle e políticas e aprovando as ações nas respectivas alçadas. Também é parte dessa estrutura o processo de comunicação e informação dos riscos, incluindo a divulgação dos normativos institucionais referentes ao gerenciamento do risco de crédito. O controle centralizado do risco de crédito é realizado pela área executiva independente responsável pelo controle de riscos, segregada das unidades de negociação, conforme exigido pela regulamentação vigente. Com relação aos processos de controle de risco de crédito, a área centralizada de controle de riscos possui, dentre outras, as seguintes atribuições: Monitora e controla o desempenho das carteiras de crédito, tendo em vista os limites aprovados pela Alta Administração. Realiza o controle centralizado do risco de crédito, segregado das unidades de negociação. Gerencia o processo de elaboração, revisão e aprovação de políticas institucionais de risco de crédito, atendendo às diretrizes regulatórias. Monitora a adequação do nível de Patrimônio de Referência com relação ao risco de crédito assumido. Avalia o risco de crédito das operações nas alçadas delegadas pelas comissões de crédito. O processo de avaliação de políticas e produtos possibilita ao identificar os riscos potenciais, a fim de certificar-se de que as decisões de crédito fazem sentido, por uma perspectiva econômica e de risco. O processo centralizado de aprovação das políticas e validação de modelos de crédito do garante a sincronização das ações de crédito. 20