SAÚDE DA CRIANÇA: COMPREENDENDO A AIDPI DO DESENVOLVIMENTO POR MEIO DE ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS LÚDICAS

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Transcrição:

CONEXÃO FAMETRO: ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE 1 XII SEMANA ACADÊMICA ISSN: 2357-8645 SAÚDE DA CRIANÇA: COMPREENDENDO A AIDPI DO DESENVOLVIMENTO POR MEIO DE ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS LÚDICAS Alana Régia Matias Couto 1 Discente do 9 semestre de Graduação em Enfermagem da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza FAMETRO. Monitora da disciplina Processo do Cuidar em Saúde da Criança e do Recém-Nascido pelo Programa de Monitoria e Iniciação Cientifica PROMIC da FAMETRO. E-mail: alanarmc@hotmail.com Aviner Muniz de Queiroz 2 Discente do 9 semestre de Graduação em Enfermagem da Fametro. Monitor da disciplina Processo do Cuidar em Saúde da Criança e do Recém-Nascido pelo PROMIC da FAMETRO E-mail: avinerqueiroz@gmail.com Emanuella Moraes de Sousa 3 Discente do 9 semestre de Graduação em Enfermagem da Fametro. Monitora da disciplina Processo do Cuidar em Saúde da Criança e do Recém-Nascido pelo PROMIC da FAMETRO E-mail: emanuella172008@hotmail.com Kelly Roberta Marcelino de Oliveira 4 Discente do 10 semestre de Graduação em Enfermagem da Fametro. Monitora da disciplina Processo do Cuidar em Saúde da Criança e do Recém-Nascido pelo PROMIC da FAMETRO E-mail: kellyroberta.oliveira@gmail.com Ana Valeska Siebra e Silva 5 Enfermeira. Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade de São Paulo. Docente Titular da Universidade Estadual do Ceará - UECE e da Fametro. E-mail:ana.valeska@uece.br Cristiana Ferreira da Silva 6 Enfermeira. Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Ceará. Docente Titular da Fametro. Professora orientadora das Monitorias: Processo de Cuidar de Saúde da Criança e do Recém-Nascido e Epidemiologia do Promic. Enfermeira do Grupo Técnico Municipal do Programa Cresça com Seu Filho de Fortaleza-CE. Gerente do Núcleo de Epidemiologia do Hospital Municipal de Maracanaú Dr. João Elísio de Holanda. E-mail: silva_ferreira_cristiana@yahoo.com.br RESUMO Sessão Temática: Processo do Cuidar O estudo objetivou relatar a experiência de trabalhar com uma metodologia lúdica aplicada durante monitoria sobre AIDPI do desenvolvimento oferecida na disciplina de Processo de Cuidar em Saúde da Criança e do Recém-Nascido do curso de Enfermagem da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza FAMETRO. Com o intuito de esclarecer as dificuldades dos alunos em aplicar a avaliação do desenvolvimento infantil de acordo com a faixa etária durante as consultas de puericultura, utilizou-se imagens que evidenciavam o estimulo a ser realizado e a resposta esperada. Percebeu-se através de relatos dos estudantes que participaram da monitoria em questão e através das notas obtidas em avaliações parciais que essa metodologia facilitou o aprendizado dos alunos sobre a avaliação do desenvolvimento infantil. PALAVRAS-CHAVES: Enfermagem Pediátrica, Desenvolvimento Infantil, Tecnologia Educacional. INTRODUÇÃO

2 Os programas de monitoria acadêmica, implementado pelos cursos de graduação, funcionam centrados em uma tríade: professor, aluno-monitor e aluno. Para Jesus et al. (2012), o professor assume o papel de líder por estar a frente do projeto, coordenando as atividades a serem estabelecidas assim como direcionado, pelo monitor, às necessidades e dificuldades dos alunos. Compreendida por Silva e Belo (2012), como um instrumento facilitador do trabalho docente quando o monitor promove aos demais alunos o esclarecimento de conteúdos curriculares, direciona grupos de estudos e de discussões, a monitoria proporciona ao aluno-monitor a capacidade de: Desenvolver seu potencial docente, mostrando evolução em diversos aspectos, como por exemplo: aprofundamento no conteúdo da disciplina, melhora na linguagem e na comunicação com os pares, desenvolvimento de senso de responsabilidade, comprometimento, consciência coletiva, proatividade, dentre outros. (JESUS et al., 2012) Segundo Jesus et al. (2012), os alunos que participam das monitorias possuem total controle do seu processo de aprendizagem, pois além de aprenderem de forma mais dinâmica e interativa eles encontram nas monitorias um ambiente motivador pois pensam e comunicam-se da mesma forma. Uma das dificuldades identificadas e relatadas por alunos na disciplina de Processo do Cuidar da Criança e do Recém-Nascido do curso de Enfermagem é a aplicabilidade da estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI). Trata-se de uma estratégia implementada no Brasil por volta dos anos 90 e que tem como principal objetivo diminuir a taxa de morbimortalidade infantil causada por quadros agudos que poderiam ser evitados. Buscando a resolutividade dos casos de adoecimento, o AIDPI considera e analisa de modo simultâneo as doenças de maior prevalência na infância, em vez de abordá-las isoladamente. (OLIVEIRA et al., 2012) A AIDPI é considerada atualmente a principal intervenção disponível para melhorar as condições de saúde da infância nos países em desenvolvimento (BRASIL, 2005). A sua implementação na Atenção Básica, associado às consultas de puericultura, à oferta de vacinação e às ações propostas pela Rede Cegonha voltadas à gestante, ao recém-nascido e à criança conseguiram melhorar a assistência de saúde das crianças e, consequentemente, reduzir a taxa de mortalidade infantil, umas das Metas de Desenvolvimento do Milênio. A sua aplicação nos serviços de saúde e na comunidade pode ter significativo impacto em termos de redução de número de óbitos, na redução do número e gravidade das doenças que afetam esse grupo de idade e no melhoramento das condições

3 nutricionais e do desenvolvimento físico e neurológico (BRASIL, 2005). Considerando-se a detecção precoce e o tratamento eficaz das doenças comuns da infância, a AIDPI também trata sobre estratégias de promoção da saúde infantil, como por exemplo, a oferta de vacinação, a avaliação do crescimento e da alimentação e a vigilância do desenvolvimento infantil, oferecidos na Atenção Básica através da consulta de puericultura. A incorporação da vigilância do desenvolvimento infantil como parte da AIDPI vem corresponder ao compromisso ético de trabalhar simultaneamente pela sobrevivência infantil e para permitir a todas as crianças sobreviventes as melhores oportunidades para alcançar seu máximo potencial, e crescer e desenvolver-se como adolescentes, jovens e adultos sadios e socialmente produtivos (OPAS, 2005). De acordo com Gauterio, Irala e Cezar-Vaz (2012), a puericultura viabiliza o atendimento integral da criança, através do acompanhamento do desenvolvimento e crescimento, realizando ações de prevenção, proteção e promoção da saúde infantil, impedindo que situações desfavoráveis aconteçam na infância e venham a refletir na vida adulta. O enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família é o profissional responsável pela puericultura, que enfatiza o acompanhamento rotineiro de crianças de 0 a 6 anos de idade, já que é nessa faixa etária que a criança recebe maiores influencias ambientais, sociais e biológicas que podem refletir negativamente na sua saúde. A vigilância ao desenvolvimento infantil funciona como um acompanhamento do comportamento da criança em resposta aos estímulos que recebe. Essas respostas, conhecidas como marcos, devem gerar na criança mudanças físicas, neurológicas, cognitivas e afetivas. O desenvolvimento infantil procura tornar a criança apta a responder as suas necessidades e às do seu meio, considerando seu contexto de vida (OPAS, 2005). Os marcos do desenvolvimento, conhecidos como reflexos primitivos, estão presentes desde o nascimento da criança, evidenciando sua capacidade de resposta ao estímulo. Esses reflexos primitivos tendem a desaparecer com o tempo, pois a criança recebe novos estímulos e consequentemente, apresenta novas respostas. O profissional ao avaliar o desenvolvimento deve estar atento a fatores de risco que impliquem de forma negativa como também deve identificar ações e comportamentos sugestivos de algum problema. De acordo com Organização PanAmericana de Saúde (OPAS) (2005), são considerados fatores de risco: intercorrências na gestação, parto e nascimento, prematuridade e baixo peso ao nascer, doenças graves como meningites e

4 traumatismo craniano, genética, violência doméstica, depressão materna, alcoolismo e drogas, presença de alterações fenotípicas e perímetro cefálico fora dos percentis padrão. A vigilância ao desenvolvimento acontece através do acompanhamento da criança e da família, no qual são utilizadas técnicas simples de avaliação, além da orientação das aos os pais quanto aos cuidados e estimulação. Estes devem entender que esse acompanhamento é extremamente importante, pois são nos dois primeiros anos que a criança consegue responder melhor aos estímulos, consequentemente desenvolvese com mais facilidade, como também está mais exposta a fatores de risco que possam comprometer o seu desenvolvimento. Com intuito de capacitar os profissionais da Atenção Básica, em 2005, foi elaborado pela OPAS, o Manual de Vigilância do Desenvolvimento Infantil no Contexto da AIDPI, contendo conhecimentos básicos sobre desenvolvimento nos dois primeiros anos de vida, orientações que devem ser dadas aos pais e como devem proceder ao detectar atrasos ou desvios. Esse manual classifica as crianças em dois grupos de faixa etária: de zero a menores de dois meses, no qual são avaliados reflexos primitivos, e de dois meses a dois anos, que se avaliam marcos observados na maioria das crianças dessas idades. Mesmo sendo definido como um material simples e de fácil entendimento, a AIDPI é pouco utilizada na prática profissional. O estudo de Higuchi et al. (2011) evidenciou algumas dificuldades encontradas por enfermeiros relacionadas à implementação da AIDPI nos seus serviços. Destacam-se como dificuldades para a utilização da AIDPI: não implantação nos serviços, desconhecimento por parte de colegas e barreiras institucionais relacionadas à prescrição de medicamentos por enfermeiros. Ainda conforme esse estudo, os enfermeiros citam a importância da utilização de tecnologias na abordagem da AIDPI no currículo da graduação, como por exemplo, os vídeos didáticos demostrados durante as aulas teóricas facilitaram a consolidação da aprendizagem sobre a avaliação do paciente pediátrico. Os referidos autores consideram ainda que os recursos audiovisuais são importantes para o aprendizado, visto que estes permitem a apresentação de conceitos em contextos mais ilustrativos. Desse modo, ajuda o aluno a consolidar o conteúdo das aulas expositivas de forma mais dinâmica. Neste sentido, o desenvolvimento de materiais educacionais pode contribuir com um ensino mais participativo disponibilizando para os estudantes conteúdos que poderão ser utilizados de acordo com suas necessidades e ritmos de aprendizagem (FONSECA et al., 2011). Em face das dificuldades dos acadêmicos de enfermagem em compreender e e utilizar a AIDPI, assimilando sua importância na prática, propõe-se, nesse estudo, descrever o processo de elaboração e utilização da AIDPI do desenvolvimento infantil, utilizando estratégias educativas lúdicas para acadêmicos de enfermagem.

5 PERCURSO METODOLÓGICO Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência sobre uma tecnologia educativa lúdica aplicada na monitoria do Processo de Cuidar da Saúde da Criança e do Recém-Nascido com a turma 7º semestre do período 2016.1. O processo de elaboração desse material ilustrado utilizou imagens disponibilizadas pela rede mundial de computadores (internet) que evidenciam os marcos do desenvolvimento infantil a serem avaliados pelos profissionais de Enfermagem durante as consultas de puericultura. Estas imagens mostram como o profissional deve realizar e quais os materiais devem ser utilizados para a avaliação de cada marco assim como a resposta esperada ao estímulo realizado. A montagem desse material ilustrado leva em consideração as seguintes variáveis: aspecto do desenvolvimento e faixa etária. São avaliados quatro aspectos importantes do desenvolvimento infantil: linguagem, cognição, interação social e desenvolvimento motor. Todos esses aspectos são avaliados diferentemente de acordo com a faixa etária da criança. As crianças são avaliadas nas seguintes idades: antes de completar 1 mês e 2 meses e após completar 2, 4, 6, 9, 12, 15, 18 e 24 meses. O AIDPI do desenvolvimento ilustrado foi aplicado durante a monitoria acadêmica da disciplina Processo do Cuidar em Saúde da Criança e do Recém-Nascido do Curso de Enfermagem da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza. É importante ressaltar que essa tecnologia fora aplicada apenas na monitoria oferecida à turma da tarde da disciplina a fim de observar seu efeito nas avaliações realizadas sobre a temática. Durante a monitoria oferecida, as imagens foram dispostas no formato de tabela, onde as colunas faziam referência às faixas etárias e as linhas, ao aspecto do desenvolvimento, facilitando assim, a compreensão da evolução dos marcos através da comparação entre as idades. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS A estratégia de abordagem foi proposta e elaborada por acadêmica-monitora e teve orientação da docente da disciplina em todas as etapas de elaboração e aplicação da estratégia. No início da abordagem, as imagens que faziam referência aos reflexos primitivos foram todas expostas a fim evidenciá-las como reações autonômicas do recém-nascido aos estímulos que recebe. As próximas faixas etárias foram trabalhadas de forma diferente a fim de evidenciar que os reflexos apresentados em uma faixa etária anterior se torna mais aprimorado na faixa etária seguinte. Sendo assim, somente as figuras da faixa etária dos menores de dois meses e dos dois meses completos foram expostas em suas categorias

6 evidenciando essa adaptação do movimento. As outras figuras foram exibidas espalhadas com o objetivo de que os alunos participassem da atividade e relacionassem os movimentos a serem apresentados na faixa etária a seguir. Durante a exposição do material ilustrado, os alunos que se fizeram presentes à monitoria em questão, demonstraram-se satisfeitos com tal abordagem pois, segundo relatos, conseguiram assimilar melhor tanto a técnica correta da avaliação como qual aspecto do desenvolvimento está sendo observado. Em seguida, o AIDPI do desenvolvimento ilustrado, fora disponibilizado via e-mail aos alunos, a fim de que todos conseguissem ter acesso e utilizá-lo como auxilio em seus estudos. Os resultados diretos foram evidenciados pela avaliação formativa sobre AIDPI: a turma que teve acesso ao AIDPI ilustrado obteve melhor desempenho nas questões que avaliavam o desenvolvimento infantil quando comparada a turma que não possuía o material.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante a atividade, os alunos demostram-se participativos e concentrados já que muitas perguntas e questionamentos foram feitos. Os alunos relataram que após a atividade o entendimento sobre a avaliação do desenvolvimento infantil ficou mais claro com o uso do AIDPI ilustrado, pois as imagens utilizadas, os auxiliaram a compreender como a avaliação deve ser realizada. Mesmo com a escassez de recursos e materiais, o uso de tecnologias educativas pela Enfermagem está tornando-se cada vez mais evidenciado através de questionamentos dos acadêmicos proposta pelos docentes. Porém, a maioria dessas produções tecnológicas concentra-se na clientela dos serviços de saúde, ou seja, são voltadas para a realização de práticas educação em saúde. A aplicabilidade desse material não visa apenas melhorar do desempenho dos acadêmicos e a obtenção de pontuação satisfatória a fim de obter a aprovação na disciplina de Processo do Cuidar em Saúde da Criança e do Recém-Nascido, mas também se propõe capacitar os futuros profissionais da saúde a realizar o acompanhamento e a estimulação adequados do desenvolvimento das crianças que são assistidas.

8 REFERÊNCIAS FONSECA, L.M.M. et al. Tecnologia educacional em saúde: contribuições para a enfermagem pediátrica e neonatal. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v.15, n. 1, p.190-196, mar. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1414-81452011000100027&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 30 jul 2016. GAUTERIO, D.P.; IRALA, D.A.; CEZAR-VAZ, M.R. Puericultura em Enfermagem: perfil e principais problemas encontrados em crianças menores de um ano. Rev Bras Enferm, Brasilia, v.65, n. 3, p. 508-513, jun 2012. Disponivel em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0034-71672012000300017&lng=en&nrm=iso >. Acesso em: 10 set 2016. HIGUCHI, C.H. et al. Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) na prática de enfermeiros egressos da USP. Rev. Gaúcha Enferm. (Online), Porto Alegre, v. 32, n. 2, p. 241-247, jun 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1983-14472011000200005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 29 jul 2016. JESUS, D. M. O. et al. Programas de monitoria: um estudo de caso de um IFES. RPCA (Online), Rio de Janeiro, v. 6, n. 4, p. 61-68, dez 2012. Disponível em: < http://www.uff.br/pae/index.php/pca/article/view/222 >. Acesso em 10 set 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. AIDPI-Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância: Manual de capacitação, Brasília (DF); 2005. OLIVEIRA, L. L. et al. Desenvolvimento infantil: concordância entre a caderneta de saúde da criança e o manual para a vigilância do desenvolvimento infantil. Rev Paul Pediatr, São Paulo, v. 30, n. 4, p. 479-485, dec 2012. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0103-05822012000400004&lng=en&nrm=iso >. Acesso em 10 set 2016. Organização Pan-Americana da Saúde. Manual para vigilância do desenvolvimento infantil no contexto da AIDPI. Washington, D.C.: OPAS; 2005. SILVA, R.N.; BELO, M.L.M. Experiências e reflexões de monitoria: contribuição ao ensinoaprendizagem. Scientia Plena, São Paulo, v.8, n.7, p.1-6, jul 2012. Disponível em: < https://www.scientiaplena.org.br/sp/article/view/822 >. Acesso em 10 set 2016.