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Transcrição:

Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação apresenta as propostas dos candidatos à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro no segundo turno das eleições de 2016 Crivella PRB Confira o programa completo do candidato no site do Supremo Tribunal Eleitoral: http://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/candidato/2016/2/60011/190000017952/p ropostas 1. Criar 20 mil novas vagas em creches e 40 mil novas vagas em pré-escolas até 2020 através de uma PPP onde o parceiro privado fique responsável pela construção e manutenção administrativa das novas unidades de ensino infantil (EDIs) e a Prefeitura, pela parte pedagógica e pela merenda escolar (por conta das exigências do Ministério da Educação para repasse das verbas da merenda) mesmo modelo de Belo Horizonte. 2. Colocar para funcionar de verdade as Escolas do Amanhã construídas pela atual administração e estabelecer a meta de ter pelo menos 50% dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental (antigo primário), estudando em horário integral até 2020. 3. Criar, no primeiro ano de governo e em parceria com universidades e organizações do terceiro setor, um novo programa de qualificação e avaliação de todos os professores municipais com foco na progressão de sua formação e cursos de pós-graduação.

4. Dar mais autonomia pedagógica aos diretores das unidades de ensino do município e reduzir suas atividades relacionadas à gestão administrativa das escolas já a partir do primeiro ano de governo. 5. Aumentar em 20% o orçamento destinado ao custeio das unidades de ensino até 2020 para manter a segurança nas escolas e a manutenção de suas instalações. 6. Interromper o projeto de construção de novas unidades escolares de ensino fundamental até que todas as atuais estejam funcionando satisfatoriamente, ou seja, a partir do momento que as mesmas estiverem atingindo as metas relacionadas ao resultado de seus alunos no IDEB previamente estabelecidas pela Secretaria Municipal de Educação e a Direção das Escolas. 7. Manter e aprofundar o sistema de meritocracia através do qual os professores podem ganhar salários adicionais ao final do ano, dependendo do atingimento das metas de resultado de seus alunos no IDEB previamente estabelecidas com a Secretaria de Educação e a Direção das Escolas. 8. Contratar em 2017, todos os Agentes de Apoio à Educação Especial aprovados no concurso realizado em 2014 para auxiliarem os professores em salas de aula onde haja inclusão de crianças com necessidades especiais; e garantir a dedicação exclusiva de um assistente social para cada 3 unidades escolares, visando o atendimento e proteção às crianças em situação de risco familiar. 9. Estabelecer parcerias com organizações culturais, esportivas e profissionalizantes do terceiro setor para complementar a carga horária dos anos finais do ensino fundamental (antigo ginásio) com atividades culturais, esportivas ou oficinas de formação profissional objetivando acabar com os atuais níveis de evasão escolar. 10. Criar, em 2017, um programa de incentivo para os pais se envolverem mais nas atividades escolares de seus filhos (reuniões com professores e diretores de escola) a partir da ampliação do programa Vale Cultura. Freixo PSOL Confira o programa completo do candidato no site do Supremo Tribunal Eleitoral: http://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/candidato/2016/2/60011/190000003384/p ropostas NOSSAS PROPOSTAS PARA A EDUCAÇÃO - Democratizar as escolas ampliando a participação dos alunos, pais e profissionais de educação;

- Garantir uma educação integral com programas de esporte, arte e cultura nas escolas e creches; - Criar um novo plano de carreira para melhorar os salários e as condições de trabalho dos profissionais da educação; - Garantir autonomia pedagógica aos professores, valorizando os Projetos Políticos Pedagógicos elaborados por cada unidade escolar; - Ampliar o número de creches e garantir que tenha professor em todas as turmas; - Garantir o acesso da comunidade escolar a equipamentos e instalações esportivas dos clubes de bairro; -Oferecer educação especial na perspectiva inclusiva, mantendo escolas e classes especiais para os que necessitem de condições específicas de atendimento que impossibilitem a frequência em turmas regulares; - Garantir que a comida servida nas escolas e creches seja livre de agrotóxicos e transgênicos. EDUCAÇÃO gestão democrática, autonomia pedagógica e valorização profissional A Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro é a maior da América Latina. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, são 1.493 escolas, dentre as quais 1.004 escolas de Ensino Fundamental e 489 unidades divididas entre creches públicas e Espaços de Desenvolvimento Infantil, atendendo a aproximadamente 660 mil estudantes. Nos últimos 15 anos, contudo, a Rede Municipal de Educação afastou a escola de seu papel social de educar, apostou na lógica mercantil da competição e adotou políticas meritocráticas centradas, exclusivamente, na obtenção de índices e metas quantitativas. Esse modelo afrontou a autonomia das escolas, reduziu o quadro administrativo e terceirizou funções importantes. O resultado foi desastroso, com a exclusão de professores, funcionários, pais e alunos dos espaços institucionais onde se decidem como as escolas devem funcionar. O quadro é sério. Hoje os investimentos realizados na área da educação não estão em acordo com as demandas das comunidades escolares. Na educação infantil, a meta de atendimento de pelo menos 50% de crianças com até 3 anos de idade está longe de ser alcançada em muitas regiões da cidade, especialmente em bairros populares da Zona Oeste como Bangu e Campo Grande. Faltam vagas e professores. No ensino fundamental, o Rio sofre com um grande contingente de crianças e adolescentes que estão fora da escola. Na Rocinha, por exemplo, de acordo com dados produzidos pelo Censo do PAC, cerca de 18% das crianças entre 7 e 14 anos estão fora da escola. O problema é ainda mais grave quando se considera que uma parcela expressiva das crianças e adolescentes oficialmente matriculados na escola apresenta percentual de infrequência superior aos 25% permitidos por lei. Além disso, o Rio é a pior capital da região sudeste no ranking de 2014 da Avaliação Nacional de Alfabetização, com 21% de crianças com 8 anos que não sabem ler e 33% que não sabem escrever, o que se reflete

em uma taxa de reprovação de 20,4% no 3º ano e de 11% no 4º ano, gerando um índice de distorção idade série de cerca de 25% em cada ano. Já a Educação Especial, que atualmente atende cerca de 14 mil alunos, e a Educação de Jovens e Adultos, que atende a cerca de 26 mil alunos, também padecem de carência de pessoal especializado e de políticas que sejam realmente centradas no interesse do estudante. Por fim, o índice de escolas em condições precárias subiu de 14% em 2008 para 43% em 2015. Já o índices de escolas em condições consideradas boas caiu de 48% em 2008 para míseros 4% em 2015. Sem contar que 48% da Rede Municipal de Educação ainda não tem ar condicionado, o que dificulta o trabalho dos profissionais da educação e o aprendizado dos alunos, especialmente durante o verão. Enfim, faltam canais efetivos de escuta para democratizar a gestão e planejar as prioridades das políticas de educação em conformidade com as reais necessidades das escolas e creches. Para mudar esse cenário, precisamos modificar radicalmente os princípios que norteiam toda a política de educação do Rio de Janeiro. As crianças e adolescentes devem ser reconhecidos como sujeitos de direitos e não meros objetos de políticas públicas. É indispensável apostar na Gestão Democrática da Rede, mantendo o processo de eleição direta de diretores das escolas e Creches públicas, mas também fortalecendo os mecanismos de participação direta das comunidades escolares na definição dos objetivos, no diagnóstico dos problemas e na produção de demandas ao poder público, que deve assegurar a resolução de tais demandas. É necessário promover a Autonomia Pedagógica, com a valorização dos Projetos Políticos Pedagógicos, estimulando a capacidade criativa dos profissionais da rede municipal. É fundamental investir na valorização salarial dos servidores da educação através de seus planos de carreira, com progressões significativas por formação acadêmica e tempo de serviço, além da implantação do regime de Dedicação Exclusiva, com paridade para os aposentados. Além disso, precisamos fortalecer o papel desempenhado pelas coordenadorias regionais de educação (CRE), ampliando seu poder de formulação de ações educacionais em uma escala territorial, próxima da realidade das famílias e dos estudantes. Contudo, nosso maior desafio será implementar um modelo de Educação Integral na rede municipal e integrar as políticas de esporte, arte e cultura aos programas de educação para transformar as escolas em pólos de produção de pensamento crítico, preservação da memória dos bairros e promoção da cultura popular. Queremos uma mudança completa de modelo! Somente assim iremos avançar na defesa de uma educação pública, de qualidade, democrática, laica e socialmente referenciada. Educação não é um negócio, escola não é fábrica e aluno não é mercadoria. Prioridades e compromissos: Garantir o direito à Educação Infantil, reconhecendo as crianças como sujeitos de direitos; Garantir o direito à alfabetização para todas as crianças até 8 anos de idade; Garantir o nível de letramento adequado para ingresso de todos os estudantes no ensino médio;

ampliar o atendimento às crianças de 0 a 3 anos em creches, priorizando bairros com maior demanda não atendida; Realizar um planejamento detalhado da capacidade de absorção das escolas, creche e EDI S da rede municipal, em todas as áreas da cidade, para oferta satisfatória de vagas à população, com o intuito de avaliar a necessidade de ampliação de número de vagas; Aprimorar o processo de matrícula na rede escolar, ampliando os pontos de apoio à matrícula digital e aproximando-os da população para favorecer a democratização do acesso às unidades escolares; Organizar uma política de proteção às crianças e adolescentes infrequentes e em risco de abandono escolar por meio de identificação e acompanhamento sistemático dos casos de forma permanente; Garantir a capacidade de ir e vir para a escola a todas as crianças e adolescentes, seja pela gratuidade de transporte, seja por meio de serviço especializado; implementar um modelo de Educação Integral na rede municipal e integrar as políticas de esporte, arte e cultura aos programas de educação para transformar as escolas em pólos de produção de pensamento crítico, preservação da memória dos bairros e promoção da cultura popular com vistas a garantir o direito à cidade; Fortalecer o Conselho Municipal de Educação, dando-lhe estrutura e capacidade de avaliação, consulta e deliberação sobre as políticas públicas de educação; Revisar o Plano Municipal de Educação, garantindo a participação ampla, direta e descentralizada da sociedade civil ao longo de todo o processo de elaboração e implantação, definindo prioridades e metas que deverão ser executadas pela prefeitura; Garantir processos de gestão democrática em toda a rede municipal de educação, com eleição de diretores nas escolas e creches e construção/ valorização de conselhos gestores de caráter deliberativo nas comunidades escolares; Fortalecer os Grêmios Estudantis garantido a participação dos alunos na elaboração dos Projetos Políticos Pedagógicos e na gestão das unidades escolares; Garantir a laicidade nas escolas da rede municipal de educação, com envio de projeto à Câmara Municipal para modificar o currículo apontando o fim do ensino religioso na rede; Promover a inclusão e valorização das culturas de matriz africana e indígena nos conteúdos curriculares das escolas públicas do município, visando a erradicação de todas as formas de preconceito contra elas e a valorização de sua contribuição à formação da sociedade brasileira; Criar um novo Plano de Carreira para promover a valorização salarial dos profissionais de educação, tornando-o unificado entre professores e funcionários da rede municipal de educação, com progressões significativas por formação acadêmica e tempo de serviço, garantindo paridade e integralidade para os aposentados;

Instituir e regulamentar a data-base para todos os profissionais da rede municipal de educação, garantindo a existência de processos de negociação salarial e de melhorias nas condições de trabalho permanentes, reconhecendo e respeitando as representações sindicais de cada segmento dos profissionais da rede municipal de educação; incentivar o aprimoramento acadêmico dos professores, por meio de adicional para pós-lato sensu, mestrado e doutorado, bem como a garantia de licenças para estudo; Extinguir as formas de remuneração variável, transferindo tais recursos para efetiva valorização salarial; garantir vagas em concursos públicos que recomponham os quadros efetivos e reflitam o dimensionamento atual da rede municipal de educação; a progressiva implementação de um plano que tenha por objetivo a extinção das terceirizações e contratos precários com a gradativa abertura de concurso público para funcionários da rede municipal de educação; Desenvolver um programa de formação continuada para os profissionais da educação em parceria com as universidades; Investir na formação de professores e em material pedagógico para combater o machismo, a homo/lesbo/bi/transfobia e a discriminação racial nas escolas e reches municipais, respeitando e valorizando a diversidade, com programas de formação continuada para os profissionais da educação visando sua ativa participação na erradicação de todas as formas de preconceito; Investir na formação de professores e em material pedagógico para promover a valorização e o reconhecimento das comunidades tradicionais e da herança cultural de matriz indígena e africana nas escolas e creches municipais, respeitando e valorizando a diversidade, com programas de formação continuada para os profissionais da educação visando sua ativa participação no combate ao preconceito e à discriminação contra as religiões de matriz africana e as culturas originárias; garantir 1/3 de planejamento extraclasse para todos os professores da rede municipal de educação; garantir 30 horas de jornada semanal para os funcionários administrativos das escolas e creches da rede municipal de educação; Implementar um processo de avaliação da rede municipal de educação centrado na participação da comunidade escolar e na geração de demandas sobre o poder público, buscando identificar as necessidades de cada escola na formulação de medidas que visem a superação dos obstáculos ao processo de ensino aprendizagem; Criar indicadores de aprendizagem para todas as áreas do conhecimento;

Promover a Autonomia Pedagógica, com a valorização dos Projetos Políticos Pedagógicos elaborados por cada unidade escolar, garantindo um currículo mínimo e estimulando a capacidade criativa dos profissionais da rede municipal de educação; Garantir estrutura adequada nas escolas municipais, em especial, a definição de uma quantidade máxima de 30 alunos por sala de aula (dentro de um plano que garanta a redução progressiva do número de alunos por sala de aula), a climatização e adequação acústica das salas de aula, a construção (ou reforma) de quadras poliesportivas, a ampliação das bibliotecas e salas de informática, bem como o estabelecimento de metas para que toda a comida servida nos escolas e creches públicas da rede municipal seja produzida a partir dos princípios da agroecologia (livre de agrotóxicos, adubos químicos e transgênicos); Reformar as quadras poliesportivas das escolas que se encontram em condições precárias e construir quadras nas escolas que não tem equipamentos esportivos mas tem espaço físico para comportar quadras; Garantir às escolas municipais acesso aos equipamentos e instalações esportivas dos clubes de bairro e integrá-los às estratégias de desenvolvimento da educação física e do esporte de alto rendimento; Garantir equipes multidisciplinares de apoio psicológico e social a alunos, familiares e profissionais de educação em toda a rede municipal de educação; Garantir, em parceria com o Conselho Tutelar, uma política de assistência social para atender crianças em risco de abandono escolar ou com problemas familiares e sociais mais graves; Fortalecer a capacidade do Conselho Tutelar para atuar no apoio às demandas da escola; Garantir uma política de vagas para jovens e adultos na rede municipal de educação; Oferecer educação especial na perspectiva inclusiva, garantindo a participação efetiva da família no processo educacional, disponibilizando transporte adequado e priorizando a oferta de vagas em unidades escolares aos alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, e/ou altas habilidades/superdotação, qualificando professores e funcionários com uma capacitação e formação continuada em serviço, implementando salas de recursos multifuncionais, mantendo escolas e classes especiais para os que necessitem de condições específicas de atendimento que impossibilitem a frequência em turmas regulares, garantindo atendimento pedagógico nas Classes Hospitalares e oferecendo educação escolar e preparação para o trabalho aos maiores de 17 anos, através de ações interdisciplinares entre as demais secretarias da prefeitura: educação, assistência social, saúde e transporte, etc; instalar em cada escola um sistema de rede sem fio que garanta internet pública, gratuita e de qualidade; Auditar e verificar a possibilidade de encerramento dos contratos com empresas privadas que implementam projetos educacionais na rede municipal de educação, dando condições e suporte para que os projetos construídos pelos próprios

profissionais da rede ou em convênios com universidades públicas sejam implementados, respeitando sempre a autonomia pedagógica e o Projeto Político Pedagógico de cada escola;