SOCIEDADE MARTINS SARMENTO REGULAMENTO DOS MUSEUS Aos Museus da Sociedade Martins Sarmento (SMS), com as designações de Museu Arqueológico da Sociedade Martins Sarmento e Museu da Cultura Castreja, compete recolher e preservar as suas colecções, bem como valorizá-las através da investigação, incorporação, inventário, documentação, conservação, interpretação, exposição e divulgação, com objectivos científicos, educativos e lúdicos. 1. Caracterização e enquadramento orgânico 1.1. O Museu Arqueológico da Sociedade Martins Sarmento, fundado em 1885, com instalações na sede da SMS, tem os seus fundos distribuídos pelas seguintes secções: a) Secção de epigrafia e escultura antiga. b) Secção das indústrias pré e proto-históricas. c) Secção de numismática, esfragística e medalhística. d) Secção de etnografia moderna. e) Secção de arte moderna e contemporânea. 1.2. O Museu da Cultura Castreja, instalado em 2002 no Solar da Ponte, em S. Salvador de Briteiros, tem a natureza de museu monográfico dedicado à divulgação e ao estudo da Cultura Castreja e da obra arqueológica de Francisco Martins Sarmento, articulando-se com a Citânia de Briteiros e o Castro de Sabroso. 1.3. Os Museus da SMS dependem organicamente da Direcção da SMS. 2. Serviço Educativo 2.1. Os museus, através do Serviço Educativo da SMS, desenvolvem, de forma sistemática, programas de mediação cultural e actividades educativas que contribuam para o acesso ao património que têm à sua guarda e às actividades culturais da Instituição. 2.2. A SMS deverá privilegiar formas regulares de colaboração e de articulação institucional com o sistema de ensino, no quadro das acções de cooperação geral estabelecidas pelos Ministérios que tutelam a Educação, a Investigação Científica, o Ensino Superior e a Cultura. 2.3. A frequência do público escolar deve ser objecto de cooperação com as escolas, através da definição de actividades educativas específicas. 3. Condições de acesso 3.1. A Direcção da SMS, atendendo às características dos seus museus, pode estabelecer restrições à entrada, por motivos de segurança, que podem consistir na obrigação de deixar depositados, na área de acolhimento do museu, objectos que, pela sua natureza, possam prejudicar a segurança ou conservação dos bens expostos e das instalações. 3.2. Não é permitido aos visitantes, no interior do Museu, fumar, ingerir alimentos ou bebidas, utilizar telemóveis nas áreas de exposição, tocar nas peças expostas ou nos expositores, nem entrar em espaços de acesso vedado. 4. Horários de visitas 4.1. A definição dos horários de abertura dos museus, é competência da Direcção da SMS, que desde já aprovou os que integram o anexo ao presente regulamento.
4.2. Os horários de abertura serão amplamente publicitados, através dos meios habituais e afixados no exterior dos museus. 5. Custo dos ingressos 5.1. A gratuitidade ou onerosidade do ingresso no museu é estabelecida pela Direcção da SMS, segundo critérios objectivos. 5.2. O custo dos ingressos pagos será fixado anualmente Direcção da SMS. 5.3. Se as condições financeiras da SMS o permitirem, devem ser estabelecidos custos de ingresso diferenciados e mais favoráveis em relação, nomeadamente, a jovens, idosos, famílias e estudantes. 6. Inventário museológico 6.1. Os bens que integram as suas colecções ou que venham a ser objecto de incorporação, são obrigatoriamente objecto de inventário museológico, que visa a identificação e individualização de cada bem, sendo elaborado de acordo com as normas técnicas mais adequadas à sua natureza e características. 6.2. O inventário museológico compreende necessariamente um número de registo de inventário e uma ficha de inventário museológico. 6.3. O número de registo de inventário e a ficha de inventário museológico devem ser objecto de tratamento informático, que se articulará com outros registos que identificam as peças das colecções dos museus da SMS. 6.4. O inventário museológico informatizado é obrigatoriamente objecto de cópias de segurança regulares, de forma a garantir a integridade e a conservação da informação. 7. Conservação e restauro 7.1. Os Museus da SMS conservam todos os bens das suas colecções, garantindo as condições adequadas e promovendo as medidas preventivas necessárias à sua conservação. 7.2. A conservação e o restauro de bens culturais incorporados ou depositados no museu só podem ser realizados por técnicos de qualificação legalmente reconhecida, quer integrem o pessoal da SMS, quer sejam especialmente contratados para o efeito. 8. Plano de segurança 8.1. Os museus da SMS devem dispor de um plano de segurança, periodicamente testado, em ordem a garantir a prevenção de perigos e a respectiva neutralização. 9. Cooperação com as forças de segurança 9.1. A SMS solicitará a cooperação das forças de segurança para a definição conjunta do plano de segurança e para a aprovação dos equipamentos de prevenção e neutralização de perigos. 10. Vigilância 10.1. Os museus da SMS dispõem de vigilância presencial, que pode ser reforçada através do registo de imagens dos visitantes. 10.2. Os meios de registo de imagens indicados no ponto anterior serão anunciados, de forma visível, nos espaços de recepção dos visitantes. 10.3. As imagens recolhidas por aqueles meios só poderão ser acedidas, utilizadas, copiadas, transmitidas ou publicitadas por razões de segurança ou de investigação criminal e junto das entidades legalmente competentes. 10.4. Para o acesso, utilização, cópia, publicitação e eliminação dos registos que contenham as imagens referidas no número anterior, serão adoptados os
procedimentos legalmente estabelecidos. 11. Reproduções e actividade comercial 11.1. A SMS garante a qualidade, a fidelidade e os propósitos científicos e educativos das suas publicações e das réplicas de objectos dos seus museus. 11.2. As réplicas de peças museológicas serão identificadas como tais, para evitar que sejam confundidas com os objectos originais. 11.3. Sem prejuízo dos direitos de autor, compete à Direcção da SMS autorizar a reprodução dos bens incorporados nas suas colecções, de acordo com as seguintes condições: a) A realização de fotografias, filmagens ou gravações de vídeo, nomeadamente a tomada de vistas gerais dos museus ou de exposições temporárias, com o objectivo de promover a sua divulgação, carece de autorização expressa da Direcção da SMS, sendo a sua utilização restrita a fins de divulgação ou informação desses eventos nos órgãos de comunicação social. b) As filmagens e gravações com outros objectivos, designadamente publicitários, rodagem de filmes e filmagem ou gravação de espécies museológicas carecem igualmente de autorização da Direcção, devendo os respectivos pedidos ser entregues com pelo menos 15 dias de antecedência, definindo por escrito as áreas e as espécies em questão, bem como os fins a que se destinam os registos. c) As imagens recolhidas não poderão ser utilizadas para outros fins que não os autorizados. d) É obrigatório mencionar, na ficha técnica da obra, a designação do museu ou museus e da SMS. e) É igualmente obrigatória a entrega à SMS de uma cópia do produto realizado. 12. Direcção 12.1. Os museus são dirigidos por um Director, que os representa tecnicamente, sem prejuízo dos poderes da Direcção da SMS. 12.2. Compete especialmente ao Director dos museus dirigir os serviços, assegurar o cumprimento das funções museológicas, propor e coordenar a execução do plano anual de actividades. 13. Pessoal 13.1. Os museus serão dotados, dentro das possibilidades da SMS, de pessoal com habilitações reconhecidas em museologia e nas áreas disciplinares e temáticas correspondentes à sua vocação. 13.2. Caso não seja possível dispor do pessoal qualificado necessário para assegurar de forma permanente as funções museológicas, a Direcção da SMS deverá estabelecer acordos com outros museus ou com instituições públicas ou privadas que possam cooperar para assegurar aquelas funções. 14. Cedência de bens museológicos 14.1. A cedência temporária de bens pertencentes às colecções dos museus da SMS só pode ser efectuada desde que sejam asseguradas as condições de segurança e de conservação que a Direcção da SMS entenda adequadas. 14.2. A decisão de cedência ou depósito de peças das colecções museológicas da SMS
a título definitivo, ou por período de tempo que ultrapasse o limite temporal do mandato da Direcção em funções à data do pedido de cedência ou depósito, é competência exclusiva da Assembleia Geral da SMS. 14.3. Todas as cedências deverão ser documentadas através de contrato ou protocolo que assegure convenientemente a salvaguarda da integridade das peças cedidas e a sua devolução. 14.4. As entidades receptoras das peças cedidas deverão assegurar condições ambientais que tenham em conta as regras da conservação preventiva definidas pela SMS. 14.5. As entidades receptoras serão responsáveis por todas as despesas inerentes ao transporte, montagem, manutenção e devolução das peças cedidas, bem assim como pelas despesas relacionadas com a segurança nos locais onde as peças serão expostas ou estudadas 14.6. A cedência de peças das colecções será sempre objecto de contrato de seguro, cujo objecto e clausulado será definido pela Direcção da SMS. 14.7. Em caso de ocorrência e subsequente disputa legal com a companhia de seguros, a entidade receptora deverá assumir todas as perdas e responsabilizar-se pela indemnização das mesmas, de acordo com o estipulado no contrato de seguro e durante o tempo em que o processo corre em tribunal. 15. Cooperação científica 15.1. Os museus da SMS utilizam recursos próprios e estabelecem formas de cooperação com outros museus e com organismos vocacionados para a investigação, designadamente estabelecimentos de investigação e de ensino superior, para o desenvolvimento do estudo e investigação sistemática das suas colecções. Neste quadro, será privilegiada a cooperação com a Universidade do Minho e com o Instituto Português dos Museus. 15.2. Dentro das suas possibilidades, a SMS disponibiliza aos estabelecimentos de ensino que ministrem cursos nas áreas da museologia, da conservação e restauro de bens culturais e de outras áreas disciplinares relacionadas com as suas valências e colecções, oportunidades de prática profissional, mediante protocolos que estabeleçam a forma de colaboração, as obrigações e prestações mútuas, a repartição de encargos financeiros e os resultados da colaboração. 16. Disposições finais 16.1. O presente Regulamento poderá ser modificado, desde que verificada a necessidade, por iniciativa da Direcção da SMS. 16.2. Os casos omissos serão resolvidos pela Direcção da SMS. 16.3. O presente Regulamento substitui o Capítulo VII do Regulamento Interno da SMS de 1991, entrando em vigor após a sua aprovação pela Assembleia Geral da SMS. Guimarães, 19 de Dezembro de 2004 A Direcção
SOCIEDADE MARTINS SARMENTO HORÁRIO DOS MUSEUS Museu Arqueológico da Sociedade Martins Sarmento Dias Manhã Tarde Terça-feira a Sábado das 09h30m às 12h00m das 14h00m às 17h00m Domingo das 10h00m às 12h00m das 14h00m às 17h00m Museu da Cultura Castreja Dias Manhã Tarde Todos os dias das 09h30m às 12h00m das 14h00m às 18h00m