PADRONIZAÇÃO DO DESENHO E NORMAS ABNT Engenharia Civil e Engenharia de Produção Profa. msc. Maria Débora Loiola Bezerra
Padronização do Desenho Primeiras Normas Técnicas (século XIX) Revolução Industrial Necessidade de padronizar a forma de utilização da geometria descritiva como linguagem gráfica de engenharias e arquitetura; Cada país tinha o seu próprio sistema de normas (Falta de uniformidade) Normas ISO (após a II guerra) Uniformização das normas de desenho técnico
Padronização do Desenho Normas de desenho no Brasil No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, fundada em 1940. As normas técnicas que regulam o desenho técnico editadas pela ABNT são registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) como normas brasileiras (NBR) e estão em consonância com as normas internacionais aprovadas pela ISO (Organização Internacional para Padronização).
Padronização do Desenho OBJETIVO Uniformizar o desenhos e projetos facilitando a compreensão de pessoas de nacionalidades diferentes; Simplificar a execução; Unificar as características de um objeto permitindo sua reprodução várias vezes, com poucas possibilidades de erros. Se não seguirmos estas normas, não será considerado como desenho técnico. Todo desenho técnico é normalizado, é tratado como documento, deve ser legível e uniforme. A execução de desenhos técnicos é inteiramente normalizada pela ABNT.
Normas ABNT NBR 10647 Desenho técnico: define os tipos de desenho Quanto ao aspecto geométrico Projetivo: Vistas ortográficas; Perspectivas. Não projetivo: Diagramas; Esquemas; Ábacos ou nomogramas; Fluxogramas; Organogramas; Gráficos.
Normas ABNT Desenho projetivo: Desenho resultante de projeções do objeto sobre um ou mais planos que fazem coincidir com o próprio desenho. Desenho mecânico
Desenho arquitetônico Normas ABNT
Desenho não projetivo: Desenho não subordinado à correspondência, por meio de projeção, entre as figuras que constituem e o que é por ele representado, compreendendo larga variedade de representações gráficas. Diagrama das etapas do processamento do leite sobre a planta do projeto
Desenho instalações elétricas Normas ABNT
Desenho instalações sanitárias Normas ABNT
Normas ABNT Quanto o grau de elaboração Esboço; Desenho preliminar; Croqui; Desenho definitivo.
Normas ABNT NBR 10068 Folha de desenho Leiaute e dimensões: padroniza as características dimensionais das folhas em branco e préimpressas e apresenta o leiaute da folha. O formato básico para DT é o denominado A0 (A-zero). Trata-se de uma folha com 1 m 2. A partir desse formato obtém-se então a série A, com os seguintes tamanhos:
Normas ABNT Margem e legenda: tratam sobre o tamanho ideal de margem para a folha de desenho e legenda. A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3, A2, e 175mm nos formatos A1 e A0.
Normas ABNT As folhas de desenho podem ser utilizadas tanto na posição horizontal (Figura 1) como na vertical (Figura 2).
Normas ABNT NBR 10582 Apresentação da folha para desenho técnico: fixa condições para disposição do espaço para desenho, texto e legenda.
Normas ABNT A legenda é usada para informação, indicação e identificação do desenho e deve ser traçada conforme a NBR 10068. As informações contidas na legenda são as seguintes: a) designação da firma; b) projetista, desenhista ou outro, responsável pelo conteúdo do desenho; c) local, data e assinatura; d) nome e localização do projeto; e) conteúdo do desenho; f) escala (conforme NBR 8196); g) número do desenho; h) designação da revisão; i) indicação do método de projeção (conforme NBR 10067); j) unidade utilizada no desenho conforme a NBR 10126.
Normas ABNT NBR 13142 Dobramento de cópias Fixa a forma de dobramento de todos os formatos de folhas de desenho. Quando necessário dobrar a folha, seu formato final deverá ser igual a A4 (210 x 297). Dobragem do formato A3 (297 x 420).
Dobragem do formato A2 (420 x 594). Normas ABNT
Dobragem do formato A1 (594 x 841) Normas ABNT
Dobragem do formato A0 (841x 1189) Normas ABNT
Normas ABNT A legenda deverá ter tal dimensão que mesmo ao dobrar a folha de desenho ela permanecerá legível.
NBR 8402 Execução de caracter para escrita em desenho técnico Estabelece critérios para a escrita no desenho técnico, sendo as principais exigências as seguintes: Legibilidade; Uniformidade. Normas ABNT
A escrita pode ser vertical ou inclinada, em um ângulo de 15 para a direita em relação à vertical.
Exercício extra classe Reescreva utilizando a caligrafia técnica o seguinte texto: CALIGRAFIA TÉCNICA A caligrafia usada nos desenhos técnicos é definida pela NBR 8402 da ABNT, normalizando as condições para a escrita usada em Desenhos Técnicos e documentos semelhantes. Essa deve respeitar alguns requisitos básicos, como ser bem legível, uniforme, de rápida execução e proporcional ao desenho. Pode ser executada à mão-livre. A habilidade no traçado das letras só é obtida pela prática contínua e com perseverança. Não é, pois, uma questão de talento artístico ou mesmo de destreza manual. (SILVA, 1987) A maneira de segurar o lápis ou lapiseira é o primeiro requisito para o traçado das letras. A pressão deve ser firme, mas não deve criar sulcos no papel. Segundo Silva (1987) a distância da ponta do lápis até os dedos deve ser 1/3 do comprimento do lápis, aproximadamente. 1/2
Na execução da caligrafia técnica existem linhas necessárias para manter as letras e números com a mesma altura ou mesma inclinação, denominadas linhas de guia, e devem ser executadas com traço contínuo e estreito. Na execução das letras e algarismos podem ser usadas pautas traçadas levemente, com lápis H bem apontado ou lapiseira 0,3mm com grafite H. A escrita pode ser vertical ou inclinada, em um ângulo de 75º, pode-se conseguir este ângulo com o par de esquadros ( 45º + 30º = 75º). As letras deverão ser executadas depois que o desenho estiver concluído. Devemos tomar cuidado para não desenhar letras muito grandes ou pequenas. Não podemos atrapalhar a leitura do desenho com o exagero de letras, lembrando que as letras são complementações do desenho. 2/2