IMPRIMADURA ASFÁLTICA. Prof. Dr. Rita Moura Fortes.

Documentos relacionados
LIGANTES ASFÁLTICOS PARA PAVIMENTAÇÃO

CM ECO XISTO. Utilização do Produto para Imprimação de Base

PAVIMENTOS FLEXIVEIS IMPRIMAÇÃO

G - REVESTIMENTOS G.1 - DEFINIÇÃO/FINALIDADES BÁSICAS

ENSAIO DE PENETRAÇÃO DA IMPRIMADURA

Emulsão Asfáltica para Serviço de Imprimação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA SETOR DE ENGENHARIA

ESTRADAS II. Prof. Me.: ARNALDO TAVEIRA CHIOVETTO Acadêmicos: BIANCA GIANGARELI JOACI ALEXANDRE DA SILVA WILLIAN SCHERNER

DNIT. Pavimentação - Imprimação com ligante asfáltico Especificação de serviço. Resumo. 8 Critérios de medição... 5

DNIT. Pavimentação - Imprimação com ligante asfáltico- Especificação de serviço. Resumo. 8 Critérios de medição... 5

DNIT. Pavimentação asfáltica Imprimação com ligante asfáltico convencional - Especificação de serviço. Resumo. 7 Inspeções... 3

MEMORIAL DESCRITIVO DE PAVIMENTAÇÃO TSD CONCRETO ASFÁLTICO BETUMINOSO COM TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO E CAPA SELANTE NOVO SÃO JOAQUIM - MT

PAVIMENTOS FLEXIVEIS PINTURA DE LIGAÇÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO UNIÃO MEMORIAL DESCRITIVO

AULA 4 AGLOMERANTES continuação. Disciplina: Materiais de Construção I Professora: Dra. Carmeane Effting

Notas de aulas de Pavimentação (parte 5)

Patrimônio Cultural da Humanidade

Pavimentação - pintura de ligação

Universidade do Estado de Mato Grosso Engenharia Civil Estradas II

IMPREGNAÇÃO ASFÁLTICA DE MANTA GEOTEXTIL EM INTERCAMADAS DO PAVIMENTO

Autor: Instituto de Pesquisas Rodoviárias - IPR Processo: / Origem: Revisão da Norma DNIT 145/2010-ES

LIGANTES ASFÁLTICOS PARA PAVIMENTAÇÃO ENSAIOS E CLASSIFICAÇÕES (PARTE 1)

MEMORIAL DESCRITIVO EMULSÃO ASFALTICA PARA IMPRIMAÇÃO (E.A.I BIO PRIME )

AULA 7 MATERIAIS DA PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA

MEMORIAL DESCRITIVO PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA (CBUQ).

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NO RECAPEAMENTO ASFÁLTICO NA VILA NOSSA SENHORA DA LUZ CURITIBA PR

Priming. Emulsão Asfáltica para Imprimação

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NO RECAPEAMENTO ASFÁLTICO NA AVENIDA PREFEITO LOTHÁRIO MEISSNER JARDIM BOTÂNICO CURITIBA/PR

REFEITURA MUNICIPAL DE SÃO SEBASTIÃO DO OESTE ESTADO DE MINAS GERAIS

AVALIAÇÃO DE LIGANTES ALTERNATIVOS PARA APLICAÇÃO NA IMPRIMAÇÃO BETUMINOSA DE RODOVIAS

LAMA ASFÁLTICA. Departamento Técnico

P AV I M E N T A Ç Ã O

MEMORIAL DESCRITIVO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Areia-Asfalto a Quente Areia-Asfalto a Frio Lama Asfáltica

ANEXO IX MEMORIAL DESCRITIVO PROCESSO LICITATÓRIO Nº 226/2015 TOMADA DE PREÇO Nº 01/2015

Universidade do Estado de Mato Grosso Engenharia Civil Estradas II

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA ROMA DO SUL MEMORIAL DESCRITIVO PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA ACESSO A LINHA SÃO ROQUE

Solo-betume UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL. SNP38D53 Técnicas de Melhoramento de Solos

Journal of Engineering and Technology for Industrial Applications, Edition. 15.Vol: 04 ISSN ONLINE:

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

Dosagem de Tratamentos Superficiais e Microrrevestimentos

APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NO RECAPEAMENTO ASFÁLTICO DA AVENIDA SETE DE SETEMBRO CURITIBA PR

REMENDOS EM PAVIMENTOS

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ÂNGELO

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

MATERIAIS DE BASE, SUB- BASE E REFORÇO DO SUBLEITO

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE PROJETO PAVIMENTAÇÃO DE DRENAGEM NA AVENIDA ORESTES BAIENSE E REVITALIZAÇÃO DAS RUAS ADJACENTES PRESIDENTE KENNEDY - ES

C D T - CENTRO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO DNER - ES - P 22-71

COMPOUND COAL TAR EPOXY

MACADAME BETUMINOSO TRAÇADO- MBT Especificação Particular

A respeito do cimento asfáltico de petróleo (CAP), suas propriedades e ensaios físicos, julgue o próximo item.

Projeto Pavimento Asfáltico. Campestre da Serra em direção a Serra do Meio. Campestre da Serra /RS

TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO

Tópicos laboratoriais e/ou exercícios (6. o Parte) Dosagem de misturas asfálticas (2. o Parte)

UTILIZAÇÃO DE GEOTÊXTIL BIDIM E ASFALTO OXIDADO PARA IMPERMEABILIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS E CANAIS DE ADUÇÃO EM SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO, IPANGUAÇU - RN

Asfalto. Betume é uma mistura de hidrocarbonetos pesados (grande complexidade e alta massa molecular) com poder aglutinante e impermeabilizante.

Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT. Estradas 2

ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO

MEMORIAL DESCRITIVO PARTE III

Avaliação dos equipamentos a serem utilizados; Análise de riscos para execução das atividades; Análise da qualificação dos líderes operacionais;

ASFALTO ASFALTO. Informações Técnicas. 1 Asfalto. Informações Técnicas (versão mai/2019)

TRATAMENTO SUPERFICIAL NA CONSERVAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS

Prof. Engº Pery C. G. de Castro. Revisado em outubro de 2009 PARTE - IV OBTENÇÃO E PREPARAÇÃO DO RAP E RAM

SAC 0800-VEDACIT DEMAIS DEPARTAMENTOS (11) DE SEGUNDA A SEXTA DAS 8H ÀS 17H45

E S P E C I F I C A Ç Õ E S T É C N I C A S

M U N I C Í P I O D E S A B Á U D I A Praça da Bandeira, 47 FONE (43) CEP CNPJ/MF /

MEMORIAL DESCRITIVO. 2 Localização Rua Albino Welter, a partir da Rua Valdomiro Kieling atá a localidade de Rondinha.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

Universidade do Estado de Mato Grosso UNEMAT. Estradas 2

CBUQ E ASFALTO BORRACHA

CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO, ORÇAMENTO E PAGAMENTO. Serviço: COMPACTAÇÃO E REGULARIZAÇÃO DO SUB-LEITO Unidade: M² 1 MEDIÇÃO E ORÇAMENTO

Piscinas e reservatórios elevados Argamassa

Pisos frios e áreas molháveis Argamassa

RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL

Seminário de Estradas II

V-PRO ANTIRAIZ POLIESTER III

SAC 0800-VEDACIT DEMAIS DEPARTAMENTOS (11) DE SEGUNDA A SEXTA DAS 8H ÀS 17H45

REPAROS PRECISOS EM PAVIMENTOS ASFÁLTICOS. Elci Pessoa Júnior

Lajes com trânsito de até 50 m² Manta asfáltica

COMANDO DA AERONÁUTICA DIRETORIA DE ENGENHARIA DA AERONÁUTICA ESPECIFICAÇÕES GERAIS PARA OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA

GUIA DE ESPECIFICAÇÃO

Pisos frios e áreas molháveis Manta Asfáltica

Materiais betuminosos

SUGESTÕES DE TÉCNICAS PARA APLICAÇÃO DO AGENTE ANTIPÓ Dez/2016

V-PRO AREIA/AREIA POLIESTER III

ÁREAS Impermeabilização em cortina lado externo mono camada Manta asfáltica aplicação com maçarico Cortina - Lado Externo.

GUIA DE ESPECIFICÃO PROCRYL PROCRYL HARD PROCRYL HARD AC-I + PROCRYL ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO + PROCRYL 2.000

Piscinas e reservatórios enterrados Argamassa

MICROAGLOMERADO BETUMINOSO A FRIO. Uma Técnica de Referência. Pedro Seixas

VEDAPREN SAC 0800-VEDACIT DEMAIS DEPARTAMENTOS (11) DE SEGUNDA A SEXTA DAS 8H ÀS 17H45

MÉTODO EXECUTIVO ME - 02 Contrapiso Estanque de Média Espessura com AP-20 ARGAMASSA MODIFICADA COM POLÍMERO

ÁREAS Impermeabilização sub-pressão mono camada - Manta asfáltica - aplicação com maçarico. Lajes sub-pressão.

EMULSÕES ASFÁLTICAS PAVIMENTAÇÃO

MC2 - Ensaios de Qualidade de Pavimentos. Eng. Marco Antônio B. Traldi Tecgº. Daniel Menezes Brandão TCE-GO

ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO

Lajes com trânsito acima de 50 m² Manta asfáltica

Jardineiras e Coberturas verdes Manta asfáltica

Transcrição:

IMPRIMADURA ASFÁLTICA Prof. Dr. Rita Moura Fortes.

IMPRIMADURA ASFÁLTICA Também chamada de Imprimação ou Prime-Coat. Consiste na aplicação de uma camada de material asfáltico sobre a superfície de uma base concluída, antes da execução de um revestimento asfáltico qualquer. (DNER - ESP.14/71).

Esquema da imprimação

FUNÇÕES DA IMPRIMAÇÃO a) Promover condições de ligação e aderência entre a base e o revestimento. b) Impermeabilização da base. c) Aumentar a coesão da superfície da base pela penetração do material asfáltico (de 0,5 a 1,0 cm).

Tipos de asfaltos utilizados na imprimação São utilizados asfaltos diluídos de baixa viscosidade, com a finalidade de permitir a penetração do ligante nos vazios da base. São indicados os asfaltos diluídos tipo CM-30 e CM-70.

ASFALTOS DILUÍDOS Conhecidos como Asfaltos Recortados ou Cut Backs. Resultam da diluição do cimento asfáltico de petróleo (CAP) por destilados leves de petróleo (diluentes), feita em um misturador específico com devido proporcionamento.

ASFALTOS DILUÍDOS (cont.) b) Classificação Os diluentes evaporam-se após a aplicação e o tempo necessário para evaporar chama-se Cura. De acordo com a cura, podem ser classificados em: CR - Cura Rápida - Solvente: Gasolina CM - Cura Média - Solvente: Querosene CL - Cura Lenta - Solvente: Gasóleo (não se usa mais) Cada categoria apresenta vários tipos com diferentes valores de viscosidade cinemática, determinadas em função da quantidade de diluente: CR-70; CR-250; CR-800; CR-3000 CM-30; CM-70; CM-250; CM-800; CM-3000

ASFALTOS DILUÍDOS (cont.) A quantidade média de CAP e diluente são as seguintes: Tipo CM % CAP % DILUENTE CM - 30 52 48 CM - 70 63 37

CRITÉRIO DE DOSAGEM DA IMPRIMADURA IMPERMEABILIZANTE (TIPO E TAXA) Dosagem experimental sobre um segmento da ordem de 100 m Secagem da base e irrigação leve com 0,8 l/m 2 de água Imprimação com asfalto diluído CM-30 em uma temperatura entre os limites de 30 o C e 50 o C, taxas variando de 0,8 a 1,2 l/m 2

CRITÉRIO DE DOSAGEM DA IMPRIMADURA IMPERMEABILIZANTE (TIPO E TAXA) - Taxa e tipo de material betuminoso: com espessura de penetração média obtida no campo em 9 pontos, temse que atender às seguintes recomendações: 1) Penetração inferior a 4 mm: asfalto diluído CM-30 e temperatura de aplicação 30 o C, na taxa de 0,8 a 1,0 l/m 2. 2) Penetração entre 4 e 10 mm: asfalto diluído CM-30 e temperatura de aplicação 30 o C, na taxa de 1,0 a 1,4 l/m 2. 3) Nos casos em que a penetração for superior a 10 mm, utilizar asfalto diluído CM-70 com viscosidade Saybolt- Furol de 80 a 100s obtida a 40 o C.

EXECUÇÃO DA IMPRIMAÇÃO a) VARREDURA DA PISTA São utilizadas vassouras mecânicas rotativas ou vassouras comuns ou jato de ar comprimido, para fazer a limpeza da pista retirando os materiais finos que ocupam os vazios do solo. Quando a base estiver muito seca e poeirenta pode-se umedecer ligeiramente antes da distribuição do ligante, com uma taxa de água entre 0,5 e 1,0 l/m2.

BASE PREPARADA PARA A IMPRIMAÇÃO

b) APLICAÇÃO DO ASFALTO DILUÍDO Feita por meio do caminhão espargidor de asfalto. A quantidade e o tipo de material de imprimação deve ser de acordo com as dosagens de projeto. A temperatura de aplicação do material betuminoso é fixada para cada tipo de ligante em função da viscosidade desejada.

Exemplo de caminhão espargidor

APLICAÇÃO DO ASFALTO DILUÍDO

b) APLICAÇÃO DO ASFALTO (cont.) Evitar a formação de poças de ligantes na superfície da base pois o excesso de ligante retardará a cura do asfalto prejudicando o revestimento. Nos locais onde houver falha de imprimação o revestimento tenderá a se deslocar. O complemento dos trechos onde ocorreram falhas é feito pela caneta distribuidora. Antes do início da distribuição do material betuminoso os bicos devem ser checados e verificar se todos estão abertos e funcionando.

C) CONTROLES DE EXECUÇÃO 1- CONTROLE DE QUANTIDADE DE LIGANTE: 1ª) Controle com régua: Mede-se através de uma régua graduada colocada dentro do tanque de asfalto a quantidade gasta de ligante para executar um determinado trecho, obtendo-se a taxa em litros em l/m 2.

C) CONTROLES DE EXECUÇÃO (cont.) 2ª) Controle da bandeja ou folha de papel: Coloca-se uma bandeja ou folha de papel (área conhecida) sobre a superfície a ser imprimada. Após a passagem do espargidor recolhe-se a bandeja (ou papel) e determina-se a quantidade de ligante distribuída através da diferença de peso antes e depois da passagem do caminhão.

C) CONTROLES DE EXECUÇÃO 2- CONTROLE DA UNIFORMIDADE DA DISTRIBUIÇÃO: é um controle visual onde é observado se não houve nenhuma falha na distribuição do ligante detectando pontos onde houve excesso ou falta de ligante na superfície. O excesso deve ser eliminado através do recolhimento e as falhas devem ser preenchidas através da caneta distribuidora ou regador.

IMPRIMADURA ASFÁLTICA

IMPRIMADURA ASFÁLTICA