Palestra sobre o CANE CORSO - História da Raça - São Paulo, 17 de Maio de 2007
A origem no oriente médio Os Molossos (povo de origem grega que migrou para o Épiro durante o 1º milênio a.c.) região que corresponde a um trecho do norte da grécia e o território da Albânia. Nínive, 850 a.c.... emprestaram o nome aos cães daquela região que eram usados na proteção dos rebanhos e em batalhas... Uruk, ~3000 a.c. Existem indícios que esses animais sejam originados dos cães assírios (e existem representações de batalhas com uso de cães em Uruk, 3200-3000 a.c.).
Os romanos e o canis pugnax... Os romanos, da mesma forma como fizeram com a religião, as artes e a ciência, buscaram aproveitar o melhor daquilo que encontravam em sua expansão...... e, partindo dos molossos do Épiro e talvez de outros importados do norte da África e do oriente médio, iniciaram sua própria linhagem de molossos, os molossos romanos ou canis pugnax Pugnax = luta ou batalha
Molosso de muitos filhos E dos molossos primitivos, com maior ou menor ajuda dos romanos, bretões e outros, surgiram várias raças: Cães de montanha, para defesa do rebanho e como cães de trabalho (Pastor do cáucaso, Terranova, São Bernardo) Mastins, para defesa e guarda (Mastim Napolitano, Cane Corso, Bordeaux) Pequenos para companhia (Pug, Bouledogue Francês) A distribuição geográfica, seus ambientes e clima e as necessidades de trabalho modelaram as raças, diversificando-as.
Cane Corso? A origem do nome é incerta mas não indica origem na Córsega Algumas teorias sobre o nome: Vêm do latim Cohors que indica guarda do corpo? Vêm do provençal cors que originou também palavras como coarse (rústico) ou corsiero (antigo cavalo robusto usado em batalhas)? Vêm de algum dialeto do sul, onde a palavra còrs, que ainda existe, é associada a robusto ou altivo?... o fato é que qualquer das definições parece atender igualmente a necessidade de descrever a raça!
Lendas e referências históricas Caça ao javali e ao tarso; Pintura de F. Halkert, representando uma caçada ao javali com Corsos, bracos e sabujos, organizada por Ferdinando IV em Cassano Noticiário SACC Batalhas na idade média, armados como piríferos; Fattoria ad indirizzo cerealicolo-zootecnico de Flavio Bruno, 1996 Boiadeiro, para separação do touro; Noticiário SACC Guarda e defesa dos rebanhos;
O trabalho mais recente Guarda campestre nas masserie, após a semeadura... Acompanhante dos carreteiros... Guardião das casas e terrenos...
A recuperação da raça 1/4 1973 Prof. Francesco Ballotta e Dr. Antonio Morsiani conversam sobre um molossóide de pelo curto, parecido com um Bull Mastiff, localizado por Ballota no ano anterior e descrito por Bonatti na década de 50 1974 Na esposição de Foggia são apresentados 5 exemplares (fora do concurso). É realizado um primeiro censo dos exemplares na província de Foggia 1978 O Dr. Paolo Breber anuncia, na revista da ENCI, ter iniciado a recuperação da raça com 19 cães (duas ninhadas entre 75 e 78) Prof. Francesco Ballotta, criador (Lagotto Romagnolo) e juiz ENCI Dr. Antonio Morsiani (São Bernardo), juiz e membro do comitê técnico da ENCI Dr. Paolo Breber, veterinário, cinófilo e criador Tipsi Dauno
A recuperação da raça 2/4 1979 Fernando Casolino, Stefano Gandolfi, Giancarlo e Luciano Malavasi e Gianantonio Sereni somam-se para dar mais força à recuperação com cruzamentos planejados Dr. Giovanni Bonatti, cinófilo Dr. Giovanni Ventura, veterinário, criador e juiz ENCI 1979 com os três cães levados para Mantova (Tipsi, Brina e Dauno) obtêm-se em um ano 18 filhotes, entre os quais Basir, Bulan, Babak e Aliot, sob a direção do Dr. Giovanni Bonatti e o Dr. Giovanni Ventura Basir
A recuperação da raça 3/4 1981 os filhotes são distribuidos entre outros apaixonados pela raça para reforçar a raça e, paralelamente, são retomadas as pesquisas de novas linhas de sangue no sul da Itália 1983 reunião da raça em Mantova, onde o Dr. Giovanni Ventura (vet, ENCI) efetua as medições de 12 cães. Inaugurada a SACC 1987 Redigida a proposta de padrão pelo Dr. Antonio Morsiani e ratificada pelo comitê da ENCI
A recuperação da raça 4/4 1988 nas exposições em Milão, Florença e Bari, os juízes Morsiani, Perricone e Vandoni repetiram as medições em 50 animais para confirmar o projeto de padrão para a raça 1988 Vito Indiveri apresentou à ENCI o resultado do censo dos indivíduos rústicos (57) acompanhado de 97 fotografias. 1989 Instituído o livro aberto, que registrou aprox. 500 cães até 1992 20/01/1994 Reconhecimento oficial da raça pela ENCI, como a 14ª raça italiana Nov/1996 Reconhecimento da SACC como sociedade especializada para a raça Cane Corso 1997 Reconhecimento internacional pela FCI
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