Revista Eletrônica de Biologia

Documentos relacionados
RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

DADOS PRELIMINARES DO LEVANTAMENTO DA ICTIOFAUNA DO PLANALTO DE POÇOS DE CALDAS

TÍTULO: ICTIOFAUNA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: INVENTÁRIO, ESTRUTURA DA COMUNIDADE E A RELAÇÃO COM ESPÉCIES INVASORAS NA FLORESTA NACIONAL DE IPANEMA

Variações espaciais na estrutura da comunidade de peixes do reservatório de Nova Ponte.


ICTIOFAUNA DO RIACHO DO JAPIRA, BACIA DO TIBAGI, LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE APUCARANA-PR

DISTRIBUIÇÃO DO ICTIOPLÂNCTON NO MÉDIO RIO URUGUAI: INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS REGIONAIS E LOCAIS

ICTIOFAUNA DE RIACHOS DA BACIA DO RIO ARAGUARI, MG: ESTRUTURA, COMPOSIÇÃO E RELAÇÕES COM ASPECTOS GEOGRÁFICOS E AMOSTRAIS.

PEA Projeto em Engenharia Ambiental

Revista Eletrônica de Biologia

ABUNDÂNCIA RELATIVA DE Auchenipterus nuchalis DO RESERVATÓRIO COARACY NUNES

TÍTULO: LEVANTAMENTO DE PEIXES NA FAZENDA SANTO ANTONIO, AGUDOS, SÃO PAULO

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

Manejo pesqueiro: compromisso ético com conservação

- Gerenciamento de Recursos Hídricos - Convênio de Cooperação Técnica CBH Araguari / ABHA

EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA DO PARQUE AQÜÍCOLA XORORÓ NO RESERVATÓRIO DE ITAIPU PARANÁ/BRASIL

COMPOSIÇÃO DA ICTIOFAUNA PRESENTES EM UM RESERVATÓRIO DO SEMIÁRIDO POTIGUAR ANTES DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO.

ASPECTOS DA BIOLOGIA POPULACIONAL DO TUCUNARÉ (Cichla piquiti) NO RESERVATÓRIO DE LAJEADO, RIO TOCANTINS

Módulo Bentos. Curso de Atualização em Ecologia e Restauração de Rios: Biodiversidade e Meio Ambiente

Macroinvertebrados bentônicos em riachos de cabeceira: Múltiplas abordagens de estudos ecológicos em bacias hidrográficas

Registro de Phrynops williamsi no rio do Chapecó, Oeste de Santa Catarina, Brasil

ECO GEOGRAFIA. Prof. Felipe Tahan BIOMAS

LEVANTAMENTO RÁPIDO DE PEIXES EM UMA LAGOA MARGINAL DO RIO IMBITUVA NA BACIA DO ALTO RIO TIBAGI, PARANÁ, BRASIL

A utilização de índices baseados em assembleias de peixes (RFAI) em reservatórios do Sudeste brasileiro

1º MONITORAMENTO DE ICTIOFAUNA

A ICTIOFAUNA DA REPRESA DE PONTE NOVA, SALESÓPOLIS (SÃO PAULO) - BACIA DO ALTO TIETÊ*

TÍTULO: LEVANTAMENTO DE BRIÓFITAS NA VEGETAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BAURU-SP

ESPÉCIES ARBÓREAS DA BACIA DO RIO MAUÉS-MIRI, MAUÉS AMAZONAS

O CLIMA E A VEGETAÇÃO DO BRASIL

Revista Eletrônica de Biologia

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE ECAÇÃO SUPERIOR DO ALTO VALE DO ITAJAÍ CEAVI PLANO DE ENSINO

ALIMENTAÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE Astyanax, NO CÓRREGO ITIZ, MARIALVA, PR

Composição específica, comportamento migratório e capacidade natatória da ictiofauna coletada na Bacia do Rio Grande.

COMPOSIÇÃO TAXONÔMICA E ESTRUTURA EM TAMANHO DA ASSEMBLÉIA DE PEIXES DO CÓRREGO ITYS, NO MUNICÍPIO DE MARIALVA PR

Padrões espaciais em riachosde. cabeceira. Raphael Ligeiro

A Ictiofauna do Rio Santa Maria do Rio Doce. Guilherme P. Fadini 1*

TÍTULO: PAPEL DOS MACROINVERTEBRADOS NA FRAGMENTAÇÃO FOLIAR E A INFLUÊNCIA DO APORTE DE FOLHAS DE EUCALIPTO EM UM RIACHO TROPICAL.

A NATUREZA DO BRASIL: CLIMA E VEGETAÇÃO

Introdução Segundo Graça (2007), o Brasil detém a maior rede

ECOLOGIA. Introdução Cadeias alimentares Pirâmides ecológicas

ALIMENTAÇÃO DE DUAS ESPÉCIES DE PEIXES DO CÓRREGO ITIZ, MARIALVA, PARANÁ

Levantamento das espécies de peixes da bacia hidrográfica do rio Iquiri no município de Capixaba

Diversidade específica da ictiofauna do riacho Ajuricaba, Paraná, Brasil

Acadêmico de Bacharelado em Ciências Biológicas da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegre FAFIA Alegre ES. 2

CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA, PARÁ. Paulo Henrique Teles da Silva¹, Danilo Epaminondas Martins e Martins², Wilker Caminha dos Santos 3 Hellison Silva Mota 4

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

TÍTULO: ESTUDO AGONÍSTICO DE UMA NOVA ESPÉCIE DE PEIXE PIMELODELLA SP. NOV. POR MEIO DE FILMAGEM SUBAQUÁTICA.

A ICTIOFAUNA DOS RIOS CAVEIRAS E CARONAS DO PLANALTO SERRANO, SUB - BACIAS DOS RIOS CANOAS E PELOTAS - BACIA DO RIO URUGUAI - SANTA CATARINA, BRASIL.

TÍTULO: ANÁLISE DE PARÂMETROS FÍSICOS E QUÍMICOS DA ÁGUA E SUA INFLUÊNCIA NA SOBREVIVÊNCIA DOS ORGANISMOS DA PRAIA PEREQUÊ-MIRIM UBATUBA-SP.

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA MIRANDA

MONITORAMENTO ANUAL DE ICTIOFAUNA 2005

COMPOSIÇÃO DA COMUNIDADE ICTIOLÓGICA E BIOMETRIA TAXONÔMICA NA LAGOA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DO DAE NO RIO BATALHA (BAURU-SP)

Relatório Parcial sobre os primeiros trabalhos de campo realizado no Parque Nacional do Caparaó

ESTUDO DA ETNOTAXONOMIA DE PEIXES NA BACIA DO RIO PIRANHAS NO ALTO SERTÃO PARAIBANO

ECOLOGIA DA ICTIOFAUNA DE UM CÓRREGO DE CABECEIRA DA BACIA DO ALTO RIO PARANÁ, BRASIL 1 ABSTRACT

Conclusões e Considerações Finais

Monitoramento da Ictiofauna

COMPANHIA ESTADUAL DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DIVISÃO DE MEIO AMBIENTE ÁREA DE GERAÇÃO

COMPOSIÇÃO DAS ESPÉCIES DE PEIXES DO RESERVATÓRIO DE SALTO SANTIAGO, RIO IGUAÇU, PARANÁ, BRASIL.

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA EMBORCAÇÃO

Tempo & Clima. é o estado físico das condições. atmosféricas em um determinado momento e local, podendo variar durante o mesmo dia.

Localização da bacia e aspectos políticos

População conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem juntos em uma mesma área geográfica no mesmo intervalo de tempo (concomitantemente)

ECOLOGIA DE PEIXES EM UM TRECHO DO ALTO RIO URU, CIDADE DE GOIÁS, GOIÁS, BRASIL

Categoria Trabalho Acadêmico / Resumo Expandido Eixo Temático - (Saúde, Saneamento e Meio Ambiente)

PANTANAL E MANGUEZAIS

AULÃO UDESC 2013 GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA PROF. ANDRÉ TOMASINI Aula: Aspectos físicos.

Peixes do rio Turvo bacia do rio Paranapanema, São Paulo, Brasil

ASPECTOS DA ICTIOFAUNA DAS BACIAS DO ALTO PARANÁ (Rio Paranaíba e rio Grande)

Quantificação da serapilheira acumulada em um povoamento de Eucalyptus saligna Smith em São Gabriel - RS

4.0 LOCALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

Recebido em: 30/08/2004

Relatório anual do monitoramento do surubim Steindachneridion amblyurum - Eigenmann & Eigenmann 1888 (condicionante 21)

XI SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE

AS ESCALAS ESPAÇO- TEMPORAIS EM CLIMATOLOGIA

SISEMA Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. POLÍCIA MILITAR D E M I N A S G E R A I S Nossa profissão, sua vida.

A ICTIOFAUNA DO PARQUE NACIONAL DA LAGOA DO PEIXE, RS, BRASIL. Loebmann, D.; Ramos, L. A. R.; Vieira, J. P.

ANÁLISE FUNCIONAL DA PRODUÇÃO E ESTOCAGEM DE SERAPILHEIRA NO MACIÇO DA PEDRA BRANCA, RJ. Dados preliminares

MONITORAMENTO ANUAL DA ICTIOFAUNA NO RESERVATÓRIO E A JUSANTE DA UHE DE MIRANDA, RIO ARAGUARI, BACIA DO PARANÁ 2005

Tipos de Ecossistemas Aquáticos

Atividades Planejadas

ESTUDO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS DO PIAUÍ

de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia

Universidade Estadual do Ceará UECE Centro de Ciências da Saúde CCS Curso de Ciências Biológicas Disciplina de Ecologia

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA USINA HIDRELÉTRICA MIRANDA

COMPOSIÇÃO DA ICTIOFAUNA DO RIO CANTU, TRIBUTÁRIO DO RIO PIQUIRI, BACIA DO ALTO RIO PARANÁ.

Ictiofauna da Estação Ecológica do Tapacurá

CARACTERIZAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO DO RIO TURVO, Médio Paranapanema

MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

O melhor lugar para se viver: o caso do camarão-ferrinho 1. Danielle Mayumi Tamazato Santos*

A PESCA REALIZADA NAS COMUNIDADES DE PESCADORES EM REPRESAS DO ALTO TIETÊ, SÃO PAULO, BRASIL

BIODIVERSIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS DO LITORAL DO ESTADO DA BAHIA

STUDY OF THE ICTIOFAUNA IN JURAMENTO RIVER RESERVOIR, JURAMENTO/ MG,BRAZIL

ANÁLISE CROMOSSÔMICA EM HOPLIAS MALABARICUS (CHARACIFORMES, ERYTHRINIDAE) NO RIO SARANDI, EM REALEZA PARANÁ. BOROWSKI PIETRICOSKI 2

BI63B - ECOSSISTEMAS. Profa. Patrícia C. Lobo Faria

ESTRUTURA POPULACIONAL DE Auchenipterus nuchalis DO RESERVATÓRIO COARACY NUNES

Transcrição:

36. REB Volume 5 (1): 36-48, 2012 ISSN 1983-7682 Revista Eletrônica de Biologia Estudo Preliminar Comparativo das Espécies de Peixes do Rio Itapetininga e em uma de suas Lagoas Marginais Preliminary Comparative Study of Fish Species in the Itapetininga River and one of its Marginal Lagoons Mariana Rocha Botelho¹; Jomil Costa Abreu Sales¹; Walter Barrella²; & Tiago Böer Breier³. 1 Biólogo formado no curso de Ciências Biológicas da PUC-SP. 2 Departamento de Ciências do Ambiente da PUC-SP. 3 Dr. da Universidade de Seropédia-RJ. e-mail contato: jomilc@gmail.com Resumo O Rio Itapetininga é um rio da bacia do Rio Paranapanema, na região sudeste do Estado de São Paulo. Nasce da junção rio do Pinhal Grande e rio Turvo, próximo a Pilar do Sul. Seu percurso é de 72 Km dentro do município, com um clima sub-tropical úmido, sujeito a ventos sul e sudeste, com geadas fracas, apresentando inverno seco e verão chuvoso, permitindo o estudo da ecologia da comunidade de peixes existente nos dois períodos. Para conhecer as comunidades de peixes do rio Itapetininga e em uma de suas lagoas marginais foram realizadas coletas no mês de abril, outubro e novembro. Para tal analise foram utilizados quatro métodos de captura (malha de espera de 30 a 80 mm entre nós adjacentes; peneira retangular de 80 x 60 cm; 3 covos cilíndricos de 60 x 10 cm e caniço),com a finalidade de quantificar e conhecer as espécies existentes no rio e as espécies existentes na lagoa. Com isso foram capturados no rio e na lagoa 278 indivíduos pertencentes à 4 ordens, 7 famílias e 16 espécies. Palavras chaves: Peixes, comunidades, Rio Itapetininga e lagoa marginal Abstract Itapetininga river belongs to Paranapanema river basin, in the Southeastern region of the State of São Paulo.It s born from the Pinhal Grande river and Turvo river junction, next to Pilar do Sul. It has a 72 Km passage inside of Itapetininga, with a humid subtropical climate, vulnerable to south and southeastern winds and weak frosts, presenting dry winter and rainy summer, allowing the study of the ecology of existing fish population in both seasons. To know the fish communities in the Itapetininga river

37 and in one of its marginal lagoons, samples were collected in April, October and November. Four methods of capture had been used for such analyses (30 to 80mm trap nets with adjacent node; 80 x 60cm rectangular bolter; three 60 x 10cm cylindrical covos, and a fishing-rod), with the purpose to quantify and identify the existing species in the river and in the lagoon. Therefore, 278 individuals, belonging to 4 orders, 7 families and 16 species, were captured in the river and in the lagoon. Key-words: Fish, communities, Rio Itapetininga and marginal lagoon 1.INTRODUÇÃO A ecologia define-se pelo estudo científico das interações que determinam a distribuição e a abundância dos organismos em seus meio ambientes (Odum, 2001; Begon et al, 1995). Assim, a adaptação é um aspecto importante para a compreensão das relações entre a morfologia e a ecologia da espécie, sendo que as relações funcionais existente entre a morfologia e o ambiente no qual os organismos habitam determinam o grau de interação com outras espécies (Peres-Neto, 1995). Em especial, os peixes estão perfeitamente adaptados a viverem em ambientes aquáticos, assim os organismos vivos e seu ambiente não vivo, estão inseparavelmente inter-relacionados e interagem entre si (Odum, 2001). Os ecossistemas aquáticos são importantes fontes de recursos naturais, porém como as demais, vem sofrendo intensas modificações em função de um manejo inadequado, aliado a devastação das matas ciliares, despejo de efluentes e represamento, sendo que este, segundo Godoy (1995), em muitos casos, pode constituir uma barreira intransponível a qualquer espécie de peixe que poderá isolar em sítios e zonas específicas, para onde determinadas espécies costumavam se dirigir para se reproduzir ou se alimentar (Branco, 1972). A degradação dos ecossistemas aquáticos, principalmente pela construção de infra-estruturas hidráulicas, de grande e pequeno porte, constitui um dos problemas que se coloca atualmente, à conservação desses ambientes lóticos (Barrella, 1997). Outros Exemplos de ação antrópica são alterações de habitat aquáticos, introdução de espécies, poluição industrial e doméstica, além de exploração comercial (Uieda, 1983). Os rios são considerados escoadouros das águas continentais para os oceanos (Welcomme, 1985). Portanto os rios não devem ser considerados

38 como um habitat isolado, pois concentram os efeitos de todos os eventos naturais ou que não ocorrem em uma bacia hidrográfica (Esteves, 1988;, Tundisi, 1993). Ao longo dos rios existem áreas, que no período de chuva ficam alagadas. Essas áreas apresentam grande importância na biomassa de peixes e invertebrados, pois são altamente produtivas, contendo florestas riparias e uma variedade de habitats aquáticos tais como as lagoas marginais (Lowe- McConell, 1975, Welcomme 1985 apud Smith, 1998). Durante a formação das lagoas, algumas espécies de peixes da calha principal passam a utilizar os recursos existentes neste ambiente (Bonetto et al, 1970). Deve-se frisar a importância das lagoas como criadouros de peixes, desempenhando um papel de extrema necessidade ao desenvolvimento embrionário desses animais (Godoy, 1995). Isso se deve a riqueza de alimentos naturais e ao número de abrigos proporcionados pelas macrófitas aquáticas, formando microhabitats (Lowel-McConell, 1987). Todas essas condições podem ser afetadas durante a seca, período em que a conexão entre rio e lagoa diminui ou mesmo desaparece. Assim a ictiofauna pode sofrer ao sentir as bruscas mudanças em seu hábitat, com variação de temperatura e ph, diminuição de oxigenação da água e ainda com a redução da coluna d água e da área da lagoa, fazendo com que as competições interespecíficas, intraespecíficas e a predação aumentem (Esteves, 1988, Veríssimo, 1994; Odum, 2001). Essa competição entre as espécies da ictiofauna envolve a redução na abundância de algumas espécies de peixe, dando lugar àquelas com maior capacidade de adaptação aos ambientes lênticos, como é o caso dos curimatídeos (Castro & Arcifa, 1987). O estudo da morfologia funcional, ou seja, da maneira como as espécies exploram seus recursos do habitat, pode ajudar na explicação para os índices de dominância e diversidade (Uieda, 1983). Os peixes de água doce que tem preferência por lagoas são denominados de peixes lacustres. São peixes de hábitos tranqüilos, muitas vezes são vegetarianos, apesar de serem encontrados peixes carnívoros. Apresentam adaptações fisiológicas e morfológicas que fazem com que suportem águas de

39 baixa oxigenação e também carregadas de sais minerais e material orgânico (Pereira apud Silva, 1997). Tendo em vista a importância dos fatores citados e principalmente a relação de dependência entre eles, busca-se um melhor conhecimento sobre esse assunto. Com este intuito, será realizado um estudo no Rio Itapetininga e em uma lagoa marginal, desenvolvendo um levantamento da comunidade de peixes e sua distribuição sazonal. 2. OBJETIVO A pesquisa tem como objetivo desenvolver um estudo comparativo entre as comunidades de peixes de um trecho do Rio Itapetininga e em uma de suas lagoas marginais. Com isto pretende-se analisar e comparar a diversidade da comunidade Íctia, verificar a distribuição sazonal das espécies bem como as mudanças das espécies entre os dois ambientes nas diferentes estações do ano. 2.1 Descrição da Área O município de Itapetininga é geograficamente limitado pelas seguintes cidades; ao norte: Guareí e Tatuí, sul: Capão Bonito, São Miguel Arcanjo e Pilar do Sul, leste: Alambari, Capela do Alto, Araçoiaba da Serra e Sarapuí, oeste: Campina do Monte Alegre, Angatuba e Buri, está localizado à 172 km de São Paulo, na região sudeste do Estado, localizado na latitude 23º35'30" Sul e a uma longitude 48º03'11" Oeste, estando a uma altitude de 656 metros. Sua população estimada em 2004 era de 137.733 habitantes. O Rio Itapetininga é um rio da bacia do Rio Paranapanema, na região sudeste do Estado de São Paulo. Nasce da junção rio do Pinhal Grande e rio Turvo, próximo a Pilar do Sul. Seu percurso é de 72 Km dentro do município, que tem grande importância para a população da cidade. Seu clima é Subtropical úmido, sujeito a ventos sul e sudeste, com geadas fracas, tem como mês mais seco Agosto com índice pluviométrico de 35,1 mm, sua média anual é de 1.217,2 mm. Com uma Vegetação de Campos limpos e cerrados, inexistência de serras, pequenas ondulações e extensas várzeas, solo Glacial (85 %) e

40 Corumbataí (15 %). Predominam os latossolos vermelhos escurso distróficos, os latossolos amarelos, os solos hidromórficos e os solos litólicos. 3. MATERIAIS E MÉTODOS A coleta de peixes para amostragem foi realizada no mês de abril,no período das 8:00 horas às 17:00 horas, sendo realizadas amostras no rio e na lagoa em uma mesma data, utilizando uma planilhas de campo ( anexo I ); foi caracterizada pela utilização do maior número de métodos possíveis de captura, mantendo sempre o mesmo esforço amostral para cada coleta, aumentando, deste modo, a captura de espécies diferentes e tendo uma menor seletividade das mesmas (Malabarba & Reis, 1987; Barrella, 1989; Uieda & Castro, 1999; Martins, 2003). A coleta foi compostas por quatro atividades de amostragens, sendo executadas com o auxilio de 2 peneiras retangulares 80 x 60 cm, com malha de 5 mm entre nós; 1 puçá e 1 caniço, com esforço amostral de 40 minutos e também com 02 baterias de redes de espera, com malhas de 30, 40, 50, 60, 70, 80 mm entre nós adjacentes, que serão armadas por 2 (duas) horas e recolhidas posteriormente (Súarez, 2004). Foi realizada a capturas com auxílio das peneiras retangulares e do puçá e uma redes de nylon de 30 mm entre nós adjacentes (Amaral, 2002). Os peixes capturados em cada ponto foram colocados em sacos plásticos com informações das coletas (método utilizado, data, local e coletor), fixado em solução de formalina 10% e levado ao Laboratório de Ecossistemas Aquáticos da PUC-SP. Foram colocados dentro de 24 horas em recipientes de vidro com álcool 70% e identificados com auxílio da chave de identificação: Peixes de água doce do Estado de São Paulo (Bristisk,1972). 3.1 Análise dos Dados Será feita a identificações das espécies de peixes a partir de referências bibliográficas, formulação de tabelas para listagem das espécies encontradas nos diferentes pontos de observação e comparação entre as espécies e os habitats dos mesmos.

41 Os dados de peixes coletados no rio e na lagoa, após sua devida identificação, forneceram a diversidade das espécies, foi calculada para cada ambiente utilizando o índice de Shanon (H ). Índice de diversidade de Shanon é definido pela formula = ( Pi LnPi) H ' Pi é a freqüência da espécie, definido Ni por Pi =, Ni é a freqüência de cada espécie e N é a freqüência de todas as N espécies. As espécies foram comparadas utilizando o coeficiente de similaridade de Jaccard este índice compara as presenças e ausências entre os ambientes (Pinto-Coelho, 2002). O Coeficiente de Jaccard definido pela fórmula A S1,2 =, onde A é o numero de espécies comuns aos A + B + C ambientes, B espécies presentes somente na lagoa e C espécies presentes somente no rio, verificando assim a similaridade entre os indivíduos. 4. RESULTADOS Foram capturados no rio e na lagoa 278 indivíduos, pertencentes a 4 ordens, 7 famílias, 16 espécies, tendo como maior ordem CHARACIFORMES com 11 espécies, totalizando 68,7% das espécies capturadas, sendo Serrapinnus notomelas a mais abundante com 110 indivíduos. Os SILURIFORMES constituem a segunda ordem mais capturada com 3 espécies, totalizando 18,7% das espécies amostradas, sendo o Hoplosternum littorale e Pimelodus maculatus os mais expressivos com 8 indivíduos cada. Posteriormente vem, PERCIFORMES e GYMNOTIFORMES são as ordens menos abundantes, com apenas 1 espécie cada, sendo elas o Geophagus brasiliensis e Gymnotus carapo, representando respectivamente, 13,3% e 3,2% do total de espécies amostradas. Conforme a tabela 01 a espécie mais abundante para o período foi Serrapinus notonelas, com 110 indivíduos, totalizando 39,5% do total amostrado. As espécies mais raras foram Pimelodella meeki e Caracidium zebra com apenas 2 indivíduo, totalizando menos de 1% cada uma do total amostra.

42 Tabela 1: Espécies encontradas no rio e na lagoa. Ordem Familia Nome popular Espécie *N **% CHARACIFORMES CHARACIDAE Piquira Serrapinnus notomelas 110 39,57 PERCIFORMES CICHLIDAE Acará Geophagus brasiliensis 37 13,31 CHARACIFORMES ERYTHRINIDAE Traira Hoplias malabaricus 20 7,19 CHARACIFORMES CHARACIDAE Lambari Astyanax sp 19 6,83 CHARACIFORMES CHARACIDAE Saguiru- vermelho Cyphocarax modestus 16 5,76 Steindachnerina cf. CHARACIFORMES CHARACIDAE Papa- terra insculpta 13 4,68 CHARACIFORMES PARODOMTIDAE Corimbata Prochilodus linetaus 12 4,32 GYMNOTIFORMES GYMNOTIDAE Tuvira Gymnotus carapo 9 3,24 SILURIFORMES PIMELODIDAE Mandi pintado Pimelodus maculatus 8 2,88 SILURIFORMES CALLICHTHYDAE Caborja Hoplosternum littorale 8 2,88 Lambari- rabo- CHARACIDAE vermelho Astyanax fasciatus 7 2,52 CHARACIFORMES CHARACIFORMES CHARACIDAE Tabarana Salminus hilarii 6 2,16 CHARACIFORMES CHARACIDAE Lambari- rabo- amarelo Astyanax altiparanae 6 2,16 CHARACIFORMES PARODOMTIDAE Paipara ou piava Leporinus cf. obtusidens 3 1,08 CHARACIFORMES CHARACIDAE Canivete Caracidium zebra 2 0,72 SILURIFORMES PIMELODIDAE Mandi chorão Pimelodella meeki 2 0,72 Total 278 100 *N Abundância das espécies ** % - Abundância relativa das espécies encontradas Foram capturados na lagoa marginal do rio Itapetininga 243 indivíduos pertencentes a 4 ordens, 6 famílias e 12 espécies, sendo CHARACIFORMES a ordem com maior representação, 191 indivíduos, totalizando 78,6% das espécies capturadas. Os indivíduos pertencentes a ordem PERCIFORMES é a segunda capturados, totalizando 14,4% do total amostrado. os mais amostrada, com 35 indivíduos Os indivíduos pertencentes a ordem GYMNOTIFORMES é a terceira mais significativa com 9 indivíduos, totalizando 3,7% das espécies capturadas. Os SILURIFORMES aparecem como a ordem menos significativa, com 8 indivíduos, totalizando 3,2% do total amostrado. Conforme a tabela 2 a espécie mais abundante para o local foi Serrapinus notonelas, com 110 indivíduos, totalizando 45,2% do total amostrado. As espécies mais raras foram Astyanax altiparanae e Caracidium zebra com apenas 2 indivíduo, totalizando menos de 1% cada uma, do total amostrado.

43 No rio Itapetininga foram capturados 35 indivíduos pertencentes a 3 ordens, 5 famílias e 9 espécies, sendo os CHARACIFORMES a ordem com maior representação, 23 indivíduos, totalizando 65,7% das espécies capturadas. A ordem SILURIFORMES é a segunda ordem mais amostrada, com 10 indivíduos capturados, totalizando 28,5% do total amostrado. Os PERCIFORMES são os menos representativos com 2 indivíduos, totalizando 5,7% das espécies capturadas. Conforme a tabela 2 a espécie mais abundante para o período foi Pimelodelus maculatus com 8 indivíduos, totalizando 22,8% do total amostrado cada. A espécie mais rara foi Steindachenerina insculpta com apenas 1 indivíduo, totalizando 2,8% do total amostrado. Tabela 2: Abundância das espécies encontradas no rio e na lagoa. Espécie N* (Rio) A.R** (Rio) Diversidade Rio N* (Lagoa) A.R** (Lagoa) Diversidad e Lagoa Serrapinnus notomelas 0 0,00 0,0000 110 0,45-0,3588 Astyanax fasciatus ( ) 3 0,09-0,2106 4 0,02-0,0676 Cyphocarax modestus 0 0,00 0,0000 16 0,07-0,1791 Salminus hilarii 6 0,17-0,3023 0 0,00 0,0000 Astyanax altiparanae ( ) 4 0,11-0,2479 2 0,01-0,0395 Astyanax sp 0 0,00 0,0000 19 0,08-0,1993 Steindachnerina cf. insculpta ( ) 1 0,03-0,1016 12 0,05-0,1486 Caracidium zebra 0 0,00 0,0000 2 0,01-0,0395 Hoplias malabaricus( ) 6 0,17-0,3023 14 0,06-0,1644 Prochilodus linetaus 0 0,00 0,0000 12 0,05-0,1486 Leporinus cf. obtusidens 3 0,09-0,2106 0 0,00 0,0000 Geophagus brasiliensis ( ) 2 0,06-0,1636 35 0,14-0,2791 Pimelodus maculatus 8 0,23-0,3374 0 0,00 0,0000 Pimelodella meeki 2 0,06-0,1636 0 0,00 0,0000 Hoplosternum littorale 0 0,00 0,0000 8 0,03-0,1124 Gymnotus carapo 0 0,00 0,0000 9 0,04-0,1221 Total 35 1,00 243 1,00 Indice de Shanon 2,0397 1,8589 *N Abundância das espécies **A.R Abundância relativa das espécies encontradas ( ) Indivíduos comuns no rio e na lagoa Foram capturados 83 indivíduos comuns no rio e na lagoa, pertencentes a 2 ordens, 3 famílias e 5 espécies, sendo os CHARACIFORMES a ordem com maior representação, 46 indivíduos, totalizando 55,4% das espécies

44 capturadas. Os PERCIFORMES são os menos representativos com 37 indivíduos, totalizando 44,5% das espécies capturadas. Conforme a tabela 2 as espécies assinaladas ( ) são mais abundante para o período foi Geophagus brasiliensis com 37 indivíduos, totalizando 44,5% do total amostrado cada. A espécie mais rara foi a Astyanax altiparane com apenas 6 indivíduo, totalizando 7,2% do total amostrado. 5. Discussão O Rio Itapetininga apresenta uma maior dominância de Characiformes e Siluriformes, observados nos dois locais de coleta, concordando com o descrito por LOWE-MCCONNEL (1999) para ambientes neotropicais. Destaca-se grande participação da família Characidae, entre os Characiformes, devido à ampla distribuição em águas doces (BRITSKI, 1972) e há um grande predomínio de espécies de pequeno porte, capazes de concluir o ciclo de vida (AGOSTINHO et al, 1992) além da presença da espécie Serrapinnus notomelas, a mais encontrada e de grande importância pela sua capacidade e flexibilidade, no habito alimentar e na capacidade reprodutiva em diversos ambientes, outra espécie com essa característica, porem encontrada em menor quantidade é a Astyanax fasciatus. Figura1: Gráfico de porcentagem por nº de espécies

45 O índice de similaridade de Jaccard mostrou um valor de 31,25% mostra que as diferença de espécies entre os ambientes são significantes, esses valores são ressaltados na abundância de Shanon aonde o rio teve uma diversidade maior (2,0397) que a da lagoa (1,8589). A diversidade foi relacionada à quantidade de alimentos disponíveis e às condições gerais de cada ambiente, possibilitando assim encontrar a maior quantidade de indivíduos em ambientes mais favoráveis. AGRADECIMENTOS À policia ambiental do município de Itapetininga, à Fernando Rosa por ter colaborado com o mapa da região, ao Paulo Ribas por ceder o rancho (Rancho Ribas) o qual foi utilizado como acesso ao local de pesquisa, Luiz Antônio Rocha por ter sido barqueiro, Maurício Rachid por nos ajudar nas coletas de dados e Gilcemar Emilio Alves na análise de dados, ao nosso orientador Prof. Dr Walter Barrella e ao Prof. Dr. Tiago Böer. REFERÊNCIAS AGOSTINHO, A. A.; JULIO JR., H. F. & BORGHETTI, J. R. Considerações sobre os impactos dos represamentos na ictiofauna e medidas para sua atenuação um estudo de caso: Reservatório de Itaipu. Revista Unimar 14 (suplemento):89-107, 1992. Amaral, D. F. Estudo comparativo das comunidades de peixes de cabeceiras de rios em três bacias hidrográficas. Relatório Cientifico PIBIC- CNPq. 2002- Sorocaba, 2002. BARRELLA, W.Alterações das Comunidades de Peixes nas Bacias dos Rios Tietê e Paranapanema (SP), Devido a Poluição e ao Represamento. Tese de Doutorado, UNESP Rio Claro, 1997 BARRELLA, W. et al. As Relações Entre as Matas Ciliares, os Rios e os Peixes p.187-207 In Ropdrigues R.R e Leitão Filho H. Matas Ciliares Conservação e Recuperação editora EDUSP, 2000.

46 BRANCO, J.O et al Aspectos biológicos e pesqueiros de Paralonchurus brasiliensis Steindachner, (Pisces, Sciaenidae), na Armação do Itapocoroy, Penha, Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, vol.22, no.4, p.1063-1071. dez. 2005 BRANCO, S.M. Poluição e intoxicação de peixes. In poluição e piscicultura. Com. Int. Bac. Paraná Uruguai: 45-52, 1972 BRITSKI, H.A.;Y et al Manual de identificação de peixes da bacia de São Francisco-Brasília, Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações CODEVASF, Divisão de Piscicultura e pesca, 1984. BRITSKI, H. A. Peixes de água doce do Estado de São Paulo: Sistemática. In Comissão Interestadual da Bacia Paraná- Uruguai. Poluição e Piscicultura, São Paulo, 83-108, 1972. CARAMASH, E.P. Distribuição da Ictiofauna de Peixes nas Bacias do Tiête e Paranapanema Junto ao Divisor de Águas (Botucatu, SP). Tese de doutorado. Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), 1986. CASTRO, R.C. & Arcifa, M.F. Comunidades de peixes de reservatórios do Sul do Brasil, Revista Brasil. Biol 47 (4), 493-500, 1987 CASTRO, R.M. Peixes de riachos do Alto Paraná. Disponível em, http:// www.bdt.org.br/peixes_pr/projeto acessado em 25/03/2006. DAEE. Departamento de Águas e Energia Elétrica. Relatório síntese do plano de ação da bacia Hidrográfica da Ribeira do Iguape. Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras p 7-8, 1998 ESTEVES, F. de A. Fundamentos de Limnologia. 2ª edição. Ed. Interciência Ltda Rio de Janeiro. 602pp,1998 GODOY, M.P: Piracema: Peixes Brasileiros Também Tem História. Pirassununga-São Paulo, Brasil. Anais de Ecologia, 13:3-19, 1995

47 LANGEANI- NETO.Ictiofauna do Alto Curso do Rio Tietê (SP) Taxonomia. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo (USP) São Paulo, 1989 LOWE- McCONELL,R. Ecological studies in tropical fish communities. Cambridge university press. Cambrigde, 1987. LOWE- McCONELL,R.H. Estudos Ecológicos de Comunidades de Peixes Tropicais, Editora da universidade de São Paulo. EDUSP 544pp, 1999 MALABARBA, L. R.;Reis, R. E. Manual de Técnicas para Preparação de coleções Zoológicas: Peixes. Campinas: Sociedade Brasileira de Zoologia, 1987. MOREIRA, A.A.;SANTOS, E.J. Levantamento da entomofauna de três trechos distintos do rio Sorocaba. Ecologia Oceanográfica de águas continentais, 1997 ODUM,E.P. Ecologia. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, RJ. 434p, 2001 PAPAVERO, N. fundamentos práticos de taxonomia zoológica. Editora UNESP. São Paulo - SP, 1998 PERES-NETO, P. R. Estrutura de comunidades de peixes ao longo de um gradiente lótico de um rio costeiro do leste brasileiro (rio Macacu, RJ). Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, 81p. 1995, SAZIMA,I. et al. Peixes de Riachos, In: Intervales. Fundação Florestal/ Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2001 SMITH, W. S; BARRELLA, W. As comunidades de peixes das lagoas marginais do Rio Sorocaba, SP, Brasil: a estrutura biótica e o efeito de fatores antropogênicos. Rev. Bras. Biol., vol.60, no.4, p.627-632. nov. 2000.

48 SMITH, W. S. Dinâmica de Ecossistemas Aquáticos de Água Doce. (Apostila do I Curso do GEPEA), 1998. SMITH, W. S; BARRELLA, W. Estrutura das Comunidades de Peixes da Bacia do Rio Sorocaba- SP- Brasil. Relatório Cientifico FADESP 95/1311-0 PUC-SP- Sorocaba, 1995. SÚAREZ, Y. R. Estrutura das comunidades de peixes na bacia do rio Iguatemi- MS. Dissertação de Doutorado, UNESP. Rio Claro- SP. p 6, 2004. UIEDA, V. S. e UIEDA, W. Composição e distribuição espacial de uma comunidade de peixes da costa leste do Brasil: comparação de duas metodologias de estudo de campo. Braz. J. Biol., ago. 2001, vol.61, no.3, p.377-388 UIEDA, V. S. Comunidade de Peixes de um riacho Litorâneo, habitat e hábitos. Tese de Doutorado. Universidade de Campinas.229pp, 1995 UIEDA, V. S. Ocorrência e distribuição de peixes em um riacho de água doce. Revista brasileira de biologia, 44:203-213, 1984 UIEDA, V. S.Regime alimentar, distribuição espacial e temporal de peixes (Teleostei) em um riacho na região de Limeira-SP. (Dissertação de mestrado, Unicamp, Campinas-Sp -151p),1983 VAZZOLER, A.E.A.M. Manual de métodos para estudos biológicos de população de peixes. Reprodução e crescimento CNPq, 106pp, 1982.