Métodos de condução de populações segregantes para teor de fibra em feijoeiro-comum

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Transcrição:

Métodos de condução de populações segregantes para teor de fibra em feijoeiro-comum Vilmar de Araújo PONTES JÚNIOR 1 ; Patrícia Guimarães Santos MELO 2 ; Leonardo Cunha MELO 3 ; Helton Santos PEREIRA 3 ; Priscila Zaczuk BASSINELLO 3 ; Adriane WENDLAND 3, José Luis Cabrera DÍAZ 4 e Bruna Alicia Rafael de PAIVA 5 Palavras-chave: Phaseolus vulgaris L., Melhoramento genético, Interação genótipos por ambientes INTRODUÇÃO O programa de melhoramento genético do feijoeiro-comum no Brasil, especificamente o da Embrapa Arroz e Feijão, tem direcionado os seus trabalhados para o desenvolvimento de cultivares mais responsivas as variações ambientais, mantendo a produtividade agregada a outras características de interesse. Dentre elas, está o teor de fibra no grão, que é um componente importante na alimentação humana, por exercer efeito benéfico na saúde. O conhecimento da variabilidade genética e a quantificação do teor de fibra em genótipos brasileiros de feijão são muito importantes, haja vista que as informações disponíveis sobre esse tema são escassas (Londero, 2008). O sucesso de programas de melhoramento depende da exploração eficiente da variabilidade genética gerada pelas populações segregantes. Essa variabilidade é função da diversidade genética dos genitores e, também, dos métodos de condução das populações segregantes (Castanheira & Santos, 2004). A comparação entre os métodos de condução de populações em feijoeiro tem sido realizada por alguns pesquisadores, mas abordando, principalmente, a produtividade de grãos (Raposo, 2000). Assim o objetivo desse trabalho foi comparar o desempenho de famílias obtidas por diferentes métodos de condução de populações segregantes para teor de fibra bruta em feijoeiro comum em vários ambientes. 1 Aluno de mestrado do Programa de Genética e Melhoramento de Plantas da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás (EA/UFG) e Bolsista da CAPES. E-mail: vilmarpjr@hotmail.com 2 Professora/orientadora da EA/UFG. 3 Pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão. 4 Analísta da Embrapa Arroz e Feijão. 5 Aluna do curso de Agronomia da EA/UFG e Bolsista PIBIC/CNPq na Embrapa Arroz e Feijão.

MATERIAL E MÉTODOS Foram obtidas famílias a partir do cruzamento entre os genitores CNFC 7812 e CNFC 7829, que são contrastantes para o teor de fibra. As famílias foram conduzidas por três métodos de melhoramento: bulk (F 5:8 ), bulk dentro de famílias F 2 (F 2:8 ) e descendente de uma única semente, single seed descent - SSD (F 5:8 ) até a geração F 7, em que foram selecionadas, 64 famílias de cada método, no ano de 2008 e avaliadas no trabalho de Silva (2010). Após avaliação destas famílias foram escolhidas as 15 melhores famílias F 8 originada de cada método, que juntamente com duas testemunhas (BRS Estilo e Pérola) e os dois genitores, totalizaram os 49 tratamentos. O delineamento utilizado foi o látice 7x7, com duas repetições, com parcelas de duas linhas de quatro metros, espaçamento de 0,5 metros entre linhas e 15 sementes por metro. Os ensaios foram conduzidos em nove ambientes: Anápolis/GO (águas 2009 e inverno 2010), Ponta Grossa/PR (águas 2009 e seca 2010) e Lavras/MG (seca 2010), Petrolina/PE (águas 2010), Santo Antônio de Goiás/GO (seca 2010 e inverno 2010) e Sete Lagoas/MG (seca 2010). O método utilizado na determinação do teor de fibra bruta foi o da digestão ácido-base, utilizando o determinador de fibras da Tecnal, modelo TE-149, que originalmente determina fibra detergente neutro (FDN) e fibra detergente ácido (FDA), possibilitando a extração em um número maior de amostras, tornando-se um método mais rápido e menos oneroso. As análises de variância individual e conjunta foram obtidas por meio das médias das famílias para o teor de fibra bruta, com auxílio do programa genes (Cruz, 2006). RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 1 observa-se que a maioria das fontes de variações foram altamente significativas (P 0,01), exceto entre famílias/método significativa (P 0,05) e entre genitores que não houve diferença. Desse modo, existe diferença em relação ao teor de fibra das famílias avaliadas pelos três métodos de melhoramento (bulk, bulk dentro de família e SSD), com isso, aumenta-se a possibilidade de selecionar famílias superiores para esse caráter. Destaca-se a presença da interação entre tratamentos e ambientes, indicando comportamento diferenciado das famílias nos nove ambientes avaliados. A herdabilidade média para o teor de fibra foi de 80,13%,

cujo valor é considerado elevado, o que possibilita o sucesso na seleção de famílias superiores nos três métodos de melhoramento. O método bulk obteve a maior estimativa de herdabilidade (82,72%), seguida pela herdabilidade do método bulk dentro de famílias (75,70%) e por último a do método SSD (58,04%). Dessa maneira, o método bulk e o bulk dentro de famílias, garante o maior ganho genético a longo prazo e o método SDD, em relação aos outros dois métodos, apresenta uma pequena dificuldade de manutenção de ganho genético ao longo do tempo. Na Tabela 2, o método SSD destacou-se por apresentar o maior número de famílias (oito) entre as vinte melhores, e o menor número de famílias (seis) entre as vinte piores, para esse caráter. Em relação a média geral (4,81%) do teor de fibra das famílias, observou-se que o método SSD foi o que obteve o maior número de famílias superiores, bem como, todas as famílias superiores a média do melhor genitor (4,61%) (Tabela 3). Tabela 1. Resumo da análise conjunta de variância para o teor de fibra bruta (%) das famílias F 8 obtidas por três métodos de melhoramento avaliadas em nove ambientes. FV GL QM Teor de fibra bruta P-valor Ambientes (A) 8 7,1114 2,36E-69 Tratamentos ajustados (T) 48 0,4752 3,18E-19 Famílias (F) - Bulk d.f 2 14 0,3885 1,28E-06 Famílias (F) - Bulk (F 5:8 ) 14 0,5463 4,20E-10 Famílias (F) - SSD (F 5:8 ) 14 0,2250 0,003 Testemunhas (Tes) 1 3,1350 1,92E-08 Entre famílias/método 2 0,3763 0,019 Genitores (G) 1 0,1635 0,189 Tes x F x G 2 2,5200 2,68E-06 T x A 384 0,2958 4,67E-25 Erro Ef. Médio 324 0,0944 - Variância genotípica 0,02115 Variância fenotípica 0,02640 Média (%) 4,81 h 2(1) (%) 80,13 (Bd.F 2 : 75,70; Bulk: 82,72; SSD: 58,04) CV (2) g (%) 3,02 (3) CV g /CV e 0,47 Eficiência do látice (%) 108,0 1 h 2 : herdabilidade; 2 CV e : coeficiente de variação ambiental; 3 CV g /CV e : razão entre o coeficiente de variação genético e o de variação ambiental.

Tabela 2. Número de famílias provenientes de cada método, considerando as vinte melhores e vinte piores famílias para o teor de fibra bruta avaliadas em nove ambientes. Avaliação Métodos Número de famílias Vinte melhores Vinte Piores Bulk d.f 2 6 Bulk (F 5:8 ) 6 SSD (F 5:8 ) 8 Bulk d.f 2 7 Bulk (F 5:8 ) 7 SSD (F 5:8 ) 6 Tabela 3. Número de famílias de cada método que superou a média geral e média do melhor genitor para o teor de fibra avaliadas em nove ambientes. Métodos Número de famílias superiores Média geral 1 Média do melhor genitor 2 Bulk d.f 2 (F 2:8 ) 7 13 Bulk (F 5:8 ) 8 14 SSD (F 5:8 ) 9 15 1 Média Geral: 4,81%; 2 Média do melhor genitor: 4,61%. CONCLUSÃO O método SSD foi mais eficiente por gerar famílias superiores, no entanto, o valor da herdabilidade encontrado, indica pequena dificuldade, em relação aos outros métodos de condução de populações segregantes, em manter esses ganhos ao longo do tempo. INSTITUIÇÃO DE FOMENTO: CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior REFERÊNCIAS CASTANHEIRA, A.L.M.; SANTOS, J. B. RAPD marker assessment of self-pollinated inbreeding methods for commom bean segregant populations. Crop Breeding and Applied Biotechnology, v.4, n.1, p.1-6, 2004. Cruz, C. D. Programa Genes: aplicativo computacional em genética e estatística: versão Windows. Editora UFV, Viçosa, 2006. 175p. LONDERO, P. M. G.; RIBEIRO, N. D.; CARGNELUTTI FILHO, A. Teores de fibra e rendimento de grãos em populações de feijão. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 32, n. 1, p. 167-173, jan./fev., 2008.

RAPOSO, F. V.; RAMALHO, M. A. P.; ABREU, A de. F. B. Comparação de métodos de condução de populações segregantes de feijoeiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 35, n. 10, p. 1991-1997, out. 2000. Silva, A. C. F. Desempenho de famílias de feijoeiro comum obtidas por diferentes métodos de condução de populações segregantes. 2010. 50f. Dissertação (Mestrado em Agronomia: Genética e Melhoramento de Plantas) Escola de Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2010.