Aula do Curso Básico DEUS

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Transcrição:

Aula do Curso Básico DEUS

Gênese evolução da ideia de Deus Os mecanismos da evolução Os animais e os fenômenos naturais A vida do ser humano primitivo A descoberta do espírito e suas consequências O animismo e a evolução do conceito de divindades A elaboração das divindades: evolução do Politeísmo

A evolução do monoteísmo Egito: O surgimento do monodeísmo Amenhotep (Amenófis) IV (Akenaton) (1352-1336 a.c.) O Deus hebreu: Surgimento do monoteísmo Moisés: o deus dos exércitos Isaías (765-681 a.c.): o Deus da Salvação Jesus (7/5 a.c.-26/28): O Deus pai amoroso e misericordioso Paulo de Tarso (±10-64): O Deus Cristão

Conceito espírita de Deus O que é Deus? Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. Que se deve entender pelo infinito? O que não tem começo nem fim; o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito. Onde se vê na causa primeira uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências? Vós tendes um provérbio que diz isto: Pela obra se reconhece o obreiro. Pois bem! Olhai a obra e procurai o obreiro. É o orgulho que engendra a incredulidade. O homem orgulhoso não quer nada acima dele, é por isso que se denomina espírito forte. Pobre ser que um sopro de Deus pode abater!

Inteligência de Deus Julga-se o poder de uma inteligência por suas obras; nenhum ser humano podendo criar aquilo que a natureza produz, a causa primeira é, então, uma inteligência superior à humanidade. Qualquer que sejam os prodígios realizados pela inteligência humana, esta inteligência tem ela mesma uma causa, e quanto maior seja o que ela realiza, maior deve ser a causa primeira. É esta inteligência que é a causa primeira de todas as coisas, qualquer que seja o nome sob o qual o homem a designe.

Deus e o infinito Poder-se-ia dizer que Deus é o infinito? Definição incompleta. Pobreza da língua dos homens, que é insuficiente para definir as coisas que estão acima de suas inteligências. Deus é infinito em suas perfeições; mas o infinito é uma abstração; dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo pela coisa mesma, e definir uma coisa que não é conhecida por outra que não o é mais.

Provas da Existência da Deus Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus? Num axioma que aplicais à vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é a obra do homem, e vossa razão vos responderá. Para crer em Deus, é suficiente lançar os olhos sobre as obras da criação. O Universo existe, então há uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.

Intuição da ideia de Deus Qual consequência se pode tirar do sentimento intuitivo que todos os homens trazem neles mesmos da existência de Deus? Que Deus existe; por que, de onde lhe viria esse sentimento se não repousasse sobre nada? É ainda uma consequência do princípio que não há efeito sem causa. O sentimento íntimo que temos em nós mesmos da existência de Deus não seria resultante da educação e o produto de idéias adquiridas? Se assim fosse, por que os vossos selvagens teriam esse sentimento? Se o sentimento da existência de um ser supremo não fosse mais do que o produto de um ensinamento, ele não seria universal, e não existiria como as noções das ciências, senão entre aqueles que tivessem podido receber este ensinamento.

A força criadora na matéria? Poder-se-ia encontrar a causa primeira da formação das coisas nas propriedades íntimas da matéria? Mas então, qual seria a causa dessas propriedades? É preciso sempre uma causa primeira. Atribuir a formação primeira das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, por que essas propriedades são, elas mesmas, um efeito que deve ter uma causa.

O acaso como origem de tudo Que pensar da opinião que atribui a formação primeira a uma combinação fortuita da matéria, dito de outra maneira: ao acaso? Outro absurdo! Qual homem de bom senso pode ver o acaso como um ser inteligente? E depois, o que é o acaso? Nada. A harmonia que rege as forças do universo demonstra combinações e metas determinadas, e por isso mesmo revela o poder inteligente. Atribuir a formação primeira ao acaso seria um contrassenso, porque o acaso é cego e não pode produzir os efeitos da inteligência. Um acaso inteligente não seria mais o acaso.

Panteísmo (I) O que pensar da opinião segundo a qual todos os corpos da natureza, todos os seres, todos os globos do universo seriam partes da divindade e constituiriam, pelo seu conjunto, a Divindade ele mesma; dito de outra maneira, da doutrina panteísta? O homem não podendo se fazer Deus, quer pelo menos ser uma parte de Deus.

Panteísmo (II) Aqueles que professam esta doutrina pretendem encontrar nela a demonstração de alguns dos atributos de Deus. Os mundos sendo infinitos, Deus é, por isto mesmo, infinito; o vazio ou nada não estando em parte nenhuma, Deus está em toda parte; Deus estando em toda parte, pois que tudo é parte integrante de Deus, ele dá a todos os fenômenos da natureza uma razão de ser inteligente. Que se pode opor a esse raciocínio? A razão; refleti maduramente, e não vos será difícil de lhe reconhecer o absurdo.

Refutação da Lógica Panteísta (J) Esta doutrina faz de Deus um ser material que, se bem que dotado de uma inteligência suprema, seria em tamanho grande o que somos em pequeno. Ora, a matéria se transformando sem cessar, se assim fosse Deus não teria nenhuma estabilidade; ele estaria sujeito a todas as vicissitudes, a todas as mesmas necessidades da humanidade; faltar-lhe-ia um dos atributos essenciais da Divindade: a imutabilidade. As propriedades da matéria não podem se aliar à idéia de Deus sem o rebaixar em nosso pensamento, e todas as sutilezas de sofismas não chegarão a resolver o problema de sua natureza íntima.

Refutação da Lógica Panteísta (II) Nós não sabemos tudo o que ele é, mas sabemos o que não poderia deixar de ser, e esse sistema está em contradição com suas propriedades as mais essenciais; ele confunde o criador com a criatura, absolutamente como se se quisesse que uma máquina engenhosa fosse uma parte integrante do mecânico que a concebeu. A inteligência de Deus revela-se nas suas obras como a do pintor no seu quadro; mas, as obras de Deus não são o próprio Deus, assim como o quadro não é o pintor que o concebeu e o executou.

Compreensão de Deus como resultado da evolução do ser humano A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus. Na infância da humanidade, o homem o confunde, geralmente, com a criatura da qual lhe atribui as imperfeições; mas, à medida que o senso moral se desenvolve nele, seu pensamento penetra melhor o fundo das coisas, e ele se faz uma idéia mais justa e mais conforme com a sã razão, ainda que sempre incompleta.

Incapacidade do ser humano de compreender Deus Deus é um ser distinto, ou bem seria, segundo a opinião de alguns, a resultante de todas as forças e de todas as inteligências do universo reunidas? Se assim fosse, não seria Deus, porque seria o efeito e não a causa; ele não pode ser ao mesmo tempo um e outro. Deus existe, vós não podeis duvidar, é o essencial; Crede-me, não vades além; não vos percais num labirinto donde não poderíeis sair; isto não vos tornaria melhores, mas, talvez, um pouco mais orgulhosos, porque creríeis saber, e na realidade não saberíeis nada. Deixai então de lado todos esses sistemas; vós tendes bastantes coisas que vos tocam diretamente, a começar por vós mesmos; estudai vossas próprias imperfeições a fim de vos desembaraçardes delas, isto vos será mais útil do que pretender penetrar aquilo que é impenetrável.

Compreensão da natureza de Deus O homem pode compreender a natureza íntima de Deus? Não; é um sentido que lhe falta. Será dado um dia ao homem compreender o mistério da Divindade? Quando seu espírito não estiver mais obscurecido pela matéria e que, por sua perfeição, ele estiver mais próximo de Deus, então o verá e o compreenderá.

Perfeições de Deus Sim, de algumas. O homem as compreende melhor à medida que se eleva acima da matéria; ele as entrevê pelo pensamento. Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom, não temos uma idéia completa de seus atributos? De vosso ponto de vista, sim, porque acreditais abranger tudo; mas sabei bem que existem coisas além da inteligência do homem mais intse não podemos compreender a natureza íntima de Deus, podemos ter uma ideia de algumas de suas perfeições?eligente, e para as quais vossa linguagem, limitada a vossas idéias e a vossas sensações, não possui expressões. A razão vos diz, com efeito, que Deus deve ter essas perfeições em grau supremo, porque se tivesse uma só a menos, ou melhor, que não fosse a um grau infinito, ele não seria superior a tudo e, por conseqüência, não seria Deus. Por estar acima de todas as coisas, Deus não deve sofrer nenhuma vicissitude, e não ter nenhuma das imperfeições que a imaginação possa conceber.

Atributos de Deus Deus é eterno; se ele tivesse tido um começo, teria saído do nada, ou melhor, teria sido criado, ele mesmo, por um ser anterior. É assim que, de aproximação em aproximação, remontamos ao infinito e à eternidade. É imutável; se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o universo não teriam nenhuma estabilidade. É imaterial; quer dizer que sua natureza difere de tudo o que nós chamamos matéria, de outra forma ele não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria. É único; se houvessem vários deuses não existiria nem unidade de vista, nem unidade de poder no ordenamento do universo. É todo-poderoso; porque é único. Se ele não tivesse o soberano poder, existiria alguma coisa mais ou tão poderosa quanto ele, não teria feito todas as coisas, e aquelas que não tivesse feito, seriam obra de um outro Deus. É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela nas pequenas coisas como nas maiores, e esta sabedoria não permite duvidar nem da sua justiça, nem da sua bondade.