O desafio das Operadoras de Planos de Saúde, regulamentadas pela Agencia Nacional de Saúde Suplementar



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Transcrição:

O desafio das Operadoras de Planos de Saúde, regulamentadas pela Agencia Nacional de Saúde Suplementar Por: Wanda Lúcia dos Reis Brandão e Silva Orientador Mestra. Aleksandra Sliwowska Niterói 2007

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O desafio das Operadoras de Planos de Saúde, regulamentadas pela Agencia Nacional de Saúde Suplementar Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu Especialista em Gestão Estratégica. Por: Wanda Lúcia dos Reis Brandão e Silva

AGRADECIMENTOS A Deus, pela oportunidade da VIDA. Ao Augusto, meu marido, pela sua compreensão e incentivo aos estudos. Ao Dr. Fernando Costa de Medeiros, pela oportunidade do conhecimento profissional no setor da Saúde Suplementar, e toda a experiência adquirida em suas empresas de saúde. Ao Dr. Hamilton Paiva de Barros, pela indicação e realização do Curso, priorizando em sua gestão o valor do capital intelectual.

DEDICATÓRIA A minha mãe.

RESUMO A história respalda o desafio das operadoras participantes e ativas na Medicina Suplementar na conjuntura das leis, regimentos, normas. Quando levantamos a questão da medicina suplementar o grande desafio perpassa a amplitude que essa vem tomando no mercado nacional face às normas regidas pela Agência Nacional de Saúde. Um histórico das bases nacionais é relevante para que se possa contextualizar as leis em vigor da ANS. Apontar o quadro atual também foi fator preponderante para situar a pesquisa nas normas atuais. Por fim, propor soluções para unir a diversidade do quadro da Medicina Suplementar face a um tronco de leis que podem possibilitar maior gama de benefícios. Palavras-chave: Medicina Suplementar, Estado, ANS.

METODOLOGIA Os métodos aplicados nesta monografia foram baseados no cotidiano profissional e em pesquisas na internet, através de sites e em Relatório de Gestão do Órgão regulador ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar, revistas, entrevistas e em diversos livros que complementam o estudo do tema proposto. Devido às constantes mudanças decorridas das resoluções normativas publicadas sobre a legislação e as informações publicadas diariamente, buscou-se informar o desenvolvimento do setor, baseando-se no conhecimento do mercado da saúde suplementar para todos os que queiram consultar. Portanto, a parte teórica delimitará a problemática, sem abordagem específica de nenhuma operadora, para não expor sua imagem e por questões éticas.

SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - A História 11 CAPÍTULO II - O Mercado 20 CAPÍTULO III A Proposta 39 CONCLUSÃO 47 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52

INTRODUÇÃO 8 A escolha do tema tem como objetivo questionar como o mercado das operadoras de planos de saúde vem se comportando desde sua origem, principalmente após a criação da ANS Agência Nacional de Saúde Suplementar tendo como finalidade regular o mercado da saúde suplementar nos termos da Lei 9656/98. A Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, interviu em um segmento econômico com alto número de empresas regradas, que até então eram inexistentes para a entrada, permanência e saída de mercado e que resultavam em ameaças aos direitos dos consumidores e a qualidade dos serviços. Atualmente, deparamo-nos com um cenário de muitas mudanças, em todos os segmentos, em função da globalização, com muitas inovações e crescimentos tecnológicos. Nesse caso, envolvendo os principais atores: gestores, empresários, governo e consumidores e, estes precisam unir suas forças para encontrar um ponto de equilíbrio e promover uma sociedade digna. Estamos diante de uma realidade na qual o setor público não absorve um contingente que necessita de assistência a saúde e que, efetivamente, conta com a saúde suplementar. Sendo um fato relevante, faz-se necessário refletirmos sobre a problemática enfrentada pelas empresas de saúde suplementar para se manterem no mercado competitivo e a todo instante tendo que cumprir todas as normas impostas pela Lei que regulamenta e exige o melhor desempenho social para a nação.

CAPÍTULO I A Regulamentação da Saúde Suplementar no Brasil 9 1. O Estado Liberal No seu conceito clássico de inspiração liberal, o Direito Constitucional tem basicamente por objeto determinar a forma de Estado, a forma de governo e o reconhecimento dos direitos individuais (Eismein apud Bonavides, 2002: 35) Na visão de Bonavides (2002: 36), a origem da expressão Direito Constitucional, consagrada há cerca de um século, prende-se ao triunfo político e doutrinário de alguns princípios ideológicos na Organização do Estado moderno. No entanto, desde a Revolução Francesa que tais princípios eram impostos, bem como as formas políticas do chamado Estado liberal, Estado de direito ou Estado constitucional. (idem, ibidem, 36). Nesse sentido pode-se dizer que a idéia fundamental era a limitação da autoridade governativa, que se lograria tecnicamente mediante a separação de poderes (as funções legislativas, executivas e judiciárias, atribuídas a órgãos distintos) e a declaração de direitos (Bonavides, 2002: 36) Sabe-se, portanto, que o constitucionalismo liberal emana o poder que deveria se mover em órbita específica, a ser traçada pela Lei Maior do País. Com a concepção concebe-se restritiva da competência dos órgãos estatais, empregou-se o instrumento constitucional que se fez dominante. Ingressou o termo Constituição na linguagem jurídica, exprimindo uma técnica de organização do poder aparentemente neutra. O pensamento liberal

encobria sobre ela o seu pensamento de legitimidade, que eram os valores ideológicos, doutrinários, filosóficos e políticos. 10 O conceito de Constituição, pelo liberalismo, fez aquilo que já fizera com o conceito de soberania nacional, uma teoria abstrata de universalização com seus princípios e dominada da historicidade de seus interesses concretos. Exteriormente, a doutrina liberal não buscava inculcar a sua constituição, mas a racionalidade e a lógica, cuja vontade constituinte legislava como conceito literalmente válido de constituição, aplicável a todo gênero humano, porquanto iluminado pela luz da razão universal. Do ponto de vista histórico, aquilo que fora como produto revolucionário, a constituição de uma classe que se transformava pela imputação dos liberais, no conceito genérico de Constituição. Com a crise social do século XX, foram feitas novas Declarações de Direitos, invalidando o substrato individualista daquelas constituições ultrapassadas. A herança mais importante considerada pela tese liberal era constituir a noção jurídica e a forma de uma Constituição tutelar de direitos humanos. O princípio das Constituições sobreviveu quando foi possível discernir e separar na constituição o elemento material ( núcleo da ideologia liberal) do elemento formal das garantias ( o núcleo de um Estado de direito). Esse princípio traz a razão universal e traz a perenidade a que aspiram as liberdades humanas.

O neoliberalismo do século XX preserva nas constituições democráticas do nosso tempo, pois, sem ela, jamais poderia exprimir a fórmula de um Estado de Direito eficaz. Durante a expansão napoleônica, a França comunicara à Itália os princípios da Revolução. Era uma sociedade política com princípios fundados sobre o contrato social, sobre uma ordem jurídica apoiada na razão humana que se curvava á liberdade individual. 11 Entretanto, através das invasões francesas ao norte da Península, surge o termo direito constitucionale, filho de idéias francesas e criações de ideologias antiabsolutistas. Guizot, ministro da Instrução Pública, determinou na Faculdade de Direito de Paris, em 1834, a cadeira de Direito Constitucional. A expressão constitucional chegou ao dicionário da Academia, um ano após a sua iniciativa. O Direito Constitucional se difundiu a outros países, tornando-se comum no vocabulário político e jurídico dos últimos cem anos, período que passou a atribuir o estudo das regras constitucionais. A partir dessa origem histórica, sustentou-se o ponto de vista da doutrina, em que O Direito Constitucional e a Constituição, eram distintos. Contempla-se que o eram, precisamente, por admitir-se, em coerência com a doutrina recém-exposta, a existência de Estados sem Constituição ou apenas com uma Constituição de fato, nos quais não haveria lugar para o Direito Constitucional. Países dotados de Constituição de fato eram países sem Direito Constitucional, segundo o que prevaleceu no entendimento, dos liberais da Europa continental durante a primeira metade do século XIX.

O período seguinte teve um desdobramento constitucional cuja doutrina liberal não logrou interromper. A Constituição já deixara assimilar-se genérica e exclusivamente a certa forma de organização política - a do liberalismo individualista e sua ideologia passou a representar a imagem real de toda e qualquer organização política. 12 Segundo a observação aguda de Bardeau, aquele canal por onde o Poder passa de seu titular, o Estado para seus agentes de exercícios os governantes. (Bardeau apud 2002: 44) Fundamentando todas a regras de estruturação, funcionamento e organização do poder, independe do regime político nem a forma de distribuição de competências aos poderes estabelecidos são a matéria do Direito Constitucional. Lassale (Id., 2002:43) já assinalava: O Estado ou toda sociedade politicamente organizada, possui uma Constituição ou um Direito Constitucional. O constitucionalismo do Estado de direito ou o Estado de direito da sociedade liberal, cede lugar ao constitucionalismo político e social, amputador da ordem jurídica nas garantias fundamentais do cidadão, em proveito daquela segurança que a razão do Estado legisla e impõe, deixando-os inseguros em termos de assegurar os direitos, o cidadão e a sociedade. Aquele constitucionalismo político e social com o qual já nos tornamos mais familiarizados, surge assim das ideologias, dos fatos, da pressão das necessidades sociais. Todavia, é de se observar que não haverá lugar para a liberdade e a segurança dos cidadãos no constitucionalismo social e suas instituições políticas se esse não se converter num constitucionalismo jurídico diante das

transformações sociais oriundas dos processos de mudança e a readaptação do homem a uma sociedade tecnicamente revolucionada, através dos progressos da Ciência, sobre a qual o homem pareça haver perdido a jurisdição dos fins. 13 O Direito Constitucional evolui, deixa de ser o que fora no século XIX : na doutrina, uma filosofia do Direito; na prática uma espécie de direito público do liberalismo. Enfim, pode-se concluir com Prélot que o termo direito constitucional, epíteto e nem determinativo, corresponde logicamente a qualquer conjunto de normas que venham à governar uma coletividade humana. (Bonavides id., ibid.: 41) O Direito público divide-se em duas partes fundamentais: O Direito Público externo (Direito internacional) e o Direito Público interno. O primeiro regula relações entre estados, o segundo marca a extensão da ordem jurídica de um determinado Estado. O Direito Constitucional é a base do Direito Público interno, que estabelece normas fundamentais da organização jurídica e condiciona sob seus princípios, e os demais ramos do Direito Público, com os quais se relaciona. O jurista Mario Bernaschina Gonzalez afirma que as Constituições clássicas continham somente princípios relativos ao governo e as garantias individuais: hoje em dia as leis fundamentais assinalam as bases primárias de toda a organização jurídica do Estado e daí suas múltiplas e importantes relações com outros ramos do Direito. (Mário apud Bonavides, 2002: 43) O Direito Constitucional e o Direito Administrativo são as Ciências do Direito Público as que se apresentam mais afim. São tão afins, que alguns

tratadistas confessam ter dificuldades para estabelecer distinção clara entre as duas matérias. Ao mesmo passo que outros chegam a qualificar o Direito Administrativo como parte do Direito Constitucional. (Bonavides, 2002:43) 14 Os juristas da Inglaterra ressaltam que a falta de uma Constituição faz difícil a delimitação dos assuntos referentes àquelas disciplinas. Ao contrário do que se observa nos Estados Unidos, França e demais Estados onde a presença do texto constitucional facilita muito aquela tarefa. Segundo Mario B. Gonzalez, (apud Bonavides, 2002: 32) um bom constitucionalista chileno, escreve: O Direito Administrativo estuda os serviços públicos e o pessoal encarregado de realizar a função administrativa do Estado. Poder-se ia dizer que o Direito Administrativo está para Direito Constitucional assim como o decreto está para a lei. Os órgãos fundamentais dos Estados são matéria da Constituição e os órgãos secundários são matérias de uma lei : os serviços postais e educacionais, de cobrança e arrecadação de impostos, de saúde, trabalho e a administração local, entre outros são parte do Direito Administrativo. Em geral, as Constituições trazem princípios básicos de Direito Administrativo, haja visto a esse respeito a Constituição brasileira, que contém disposições de Direito Administrativo, como as concernentes à desapropriação por necessidade e/ou utilidade pública ou interesse social (Constituição: República Federativa do Brasil, Senado Federal, artigos 182, 184 e 185), as que estabelecem poderes ou atribuições ao Presidente da República e dos Ministros de Estado ( Id., art. 84 e 87, parágrafo único), bem como aquelas pertinentes à Administração pública, definindo o regime jurídico dos servidores públicos civis e militares e as referentes à constitucionalização administrativas das Regiões, que se acham contidas nas quatro seções do Capítulo VII do Título III, relativo a organização do Estado ( Id., art. 37 ao art.43 ). Sendo ainda de teor administrativo os que se referem à competência tributária dos

Municípios e lhes concedem autonomia, disciplinando aspectos da vida municipal (Id., arts. 30 e 31). 15 1.2 O Estado Totalitário Contemporâneo As principais características históricas do estado totalitário contemporâneo são: a alternância do real do poder político, com um sistema de partido político único, a presença de uma ideologia política que delimita e explica totalmente a realidade social com base em premissas e argumentos pretensamente científicos. A existência de um aparelho burocrático altamente desenvolvido de estrutura administrativa complexa a serviço do Estado e não a serviço do indivíduo e da Sociedade. Os partidos políticos existentes nesses Estados Totalitários não passam de meras máquinas políticas vinculadas ao sistema burocrático estatal, destituídas de um programa político fundamentado e real, visando interesses da nação e da sociedade como um todo. Tais partidos têm por função reforçar o controle político sobre a população, sendo que seus membros constituem uma parte da elite burocrática do estado totalitário. É importante ressaltar que uma outra função essencial nos partidos políticos existentes nos estados totalitários contemporâneos é servir como um veículo entre a elite governante e o povo, mais no sentido descendente e menos no sentido ascendente, pois os partidos políticos nos estados totalitários contemporâneos se constituem menos num veículo de transmissão de propaganda ideológica governamental e de controle político sobre toda a população. As ideologias totalitárias freqüentemente encontram ampla ressonância entre as massas populares, à medida que as tais ideologias contém propostas ou teses com uma elevada dose de salvacionismo social e econômico, quer em

função dos problemas enfrentados pela coletividade popular, referencial de uma determinada classe social específica, dessa forma a realidade do cotidiano é diluída a fim de que possa ser interpretada à luz da ideologia. 16 A realidade dos fatos distorcem a aplicação das múltiplas técnicas de propaganda, apresentando a informação de acordo com os interesses do estado totalitário, em especial das elites detentoras do poder político e econômico. Destarte, os oligarcas dos estados totalitários contemporâneos, regra geral se locupletam e, social e economicamente, à custa não só da miséria econômica geral a que está submetida grande parte da população, mas também da apatia cultural e política de amplos segmentos populares. Ao contrário dos estados despóticos da Antiguidade Clássica e da Época Moderna, centrado na figura do tirano absolutista ou do monarca absolutista, não raro apoiado somente no seu carisma pessoal para se manter no poder, o estado totalitário contemporâneo, via de regra sob o comando de um líder carismático de, grande apelo demagógico junto à grande parcela da população, não pode prescindir de uma ideologia política que lhe dê integral suporte com a finalidade de manter continuamente o apoio da ampla maioria das massas populares. Independentemente do aspecto político em que estão situadas (esquerda ou direita), as ideologias políticas que dão suporte ao estado totalitário contemporâneo têm um ponto comum: a de impor o grupo político ou a coletividade cultural ao indivíduo em nome de inexoráveis leis do destino histórico, leis essas tidas como auto-evidentes e de aplicação universal. Neste sentido e sobre os mais diversos pretextos e considerações, tais como: conferir uma racionalização administrativa mais eficaz aos recursos sócio-econômicos da Coletividade (Alves, 2006:2) e a superação dos antagonismos interinos advindos dos conflitos de classe (Id., ibid.:2) com base na ditadura de classe operária ou a depuração racial da Nação Ariana, os

regime totalitários contemporâneos acabaram por instituir uma estrutura burocrática alicerçada na padronização e regularidade administrativa que se pretende açambarcar a totalidade da vida social do estado. 17 A máquina da burocracia estatal dos estados totalitários se constitui numa estrutura onipotente, mas tão somente que no decorrer de sua rotina diária. Ela se apresenta comprometida com o ideal e a visão oficialmente aceita de estabelecer uma determinada ordem social, política e econômica, independente de quaisquer restrições morais ou éticas de caráter pessoal ou social que os indivíduos que compõem tal estrutura burocrática possam ter enquanto indivíduos. 1.3 A evolução constitucional do Brasil Concebe-se de que o Estado, pelos seus poderes delimitados não abrange a totalidade política, social e econômica no que tange o seu poder expresso nas demarcações a ele responsabilizadas. Considerando esse aspectos decorrer-se-á sobre as limitações restringidas ao Estado como unidade federativa e não complacente com as demais unidades federativas dispostas na nossa geopolítica. Paulo Bonavides (2000: 2) abrange a estrutura histórica brasileira fomentando a busca de construção através de obstáculos consideráveis pelo Brasil. É o assentamento da construção histórica pela constituição nacional, a Lei Majoritária: O nosso constitucionalismo [...] levantou-se sobre as ruínas sociais do colonialismo, herdando-lhe os vícios e as taras, e ao mesmo passo, em promiscuidade com a escravidão trazida dos sertões da África e com o absolutismo europeu, que tinha a hibridez dos Braganças e das Cortes de Lisboa, as quais deveriam ser o braço da liberdade e todavia foram para nós contraditoriamente o órgão que conjurava a nossa recaída no domínio colonial.

18 De acordo com Bonavides (id., ibid.,) barreiras sociológicas e econômicas desestabilizaram ao longo dos séculos a firmeza política constitucional, fatores que desnivelam a nossa política frente à política européia. Não se vigora um ponto de partida bem definido para a iniciação do Constitucionalismo nacional, logo, definir e delinear o que se pode considerar uma linha evolutiva, não é inviável, porém considerar-se-á todos as prévias dificuldades e obstáculos que pontilharam o rumo dessa evolução constitucionalista. Considerar-se-á, ainda, que balizar essa evolução constitucional com enfoque histórico e nacional e explana-la ao longos dos feitos e fatos que perpassaram a história brasileira, seria indispensável no presente estudo. Fato é relevar fatos que marcaram tal crescente de modo a moldar um resultado presenciado pelos brasileiros na atualidade. Como diz Bonavides (id., ibid.): Toda a nossa evolução constitucional, já ao longo do Império, já ao longo da República é entrecortada de crises e rupturas. Não é, como se poderia cuidar à primeira vista, uma evolução tranqüila, isenta das tormentas de sangue e violência que se estamparam na crônica de outros povos e nações. A Carta Imperial atrelou-se a uma constituinte meramente dissolvida, outorgada sob protestos constitucionais. A primeira Constituição republicana foi outorgada em 1889, sendo considerada uma das mais estáveis historicamente. Por 39 anos, sobreviveu a decretos e ditaduras. Esses acontecimentos respaldam a finalidade de promulgação da lei assentada em bases políticas firmes.

19 Reescrever, reestruturar conduz ao recolonizar. E recolonizar, a partir do anos de 2000 não deveriam ser as pretensões condignas de uma nação que cruzou momentos históricos instáveis para que encontrar-se pacificamente cm a liberdade. 1.4- Política de Regulação e falhas de mercado Administração Pública Federal Brasileira vem desenvolvendo o modelo regulador das novas funções assumidas para os serviços de utilidade pública, de provisão de bens públicos e de proteção ao consumidor. Entende-se como regulação, o conjunto de instrumentos através dos quais os governos estabelecem (Relatório de Gestão 4 anos da ANS Agência Nacional de Saúde Suplementar, 2003: 18) regras de conduta para empresas e cidadãos. A política pública reguladora caracteriza-se em três categorias: econômica, social e administrativa. A regulação econômica é expressa pela intervenção nas decisões de entrada e saída do mercado, formação de preços e competição com a finalidade de obter o aumento e a eficiência econômica e redução nos obstáculos pela privatização ou competição. A regulação social pública consiste na intervenção nas áreas da saúde, meio ambiente, segurança, com incentivos a provisão dos bens e proteção do interesse público.

O governo realiza a regulação administrativa visando eliminar formalidades desnecessárias, simplificar as que são necessárias, promover transparência nos mecanismos de tramitação dos processos que podem gerar ônus ao desempenho das empresas. 20 As políticas reguladoras em relação as demais formas de intervenção do governo apresentam diferenças nas atividades de empresas e cidadãos. Pela intervenção, os agentes públicos objetivam que todos os setores sejam beneficiados pelo bem público gerado e ganhadores por permitir o consenso entre agentes públicos, empresas e consumidores. (id., ibid.:19) As falhas do mercado têm motivado o crescimento das atividades reguladoras e estimulado a intervenção crescente do governo em nome de consumidores, na proteção de contratos e na provisão de bens públicos, pressupondo que o mercado, por si só, pode não gerar recursos otimizados. A distribuição desproporcional da informação entre empresas e consumidores prejudicam as relações de consumo, como a transferência de um protagonista para o outro ( externalidade negativa), a concentração do mercado em apenas uma empresa, entre outras. Nesses casos, a política pública reguladora incide fortemente para coibir ações que inibam a produção com a finalidade de favorecer o aumento de preços e causar distorções da alocação de recursos, pra estimular as práticas competitivas e a quebra de monopólios naturais ou organizacionais. Situações originadas de falhas de alocação eficiente do mercado, pelas quais a atividade de indivíduos ou empresas impõe custos a outros indivíduos ou empresas, sem a compensação correspondente, são externalidades negativas.

As atividades produtivas que poluem a água e o ar são exemplos de externalidades negativas. 21 A regulação governamental veio para reduzir oi custo privado das atividades poluentes e o verdadeiro custo para a sociedade. Na formação do mercado competitivo é a falta de informação suficiente para o consumidor avaliar a qualidade do que lhe é oferecido para a compra, é outra falha de mercado. Para alguns itens esse poder de escolha é satisfatório. Para outros a sofisticação dos novos produtos e a avaliação dos consumidores para exercerem outras escolhas. A falha ou a assimetria de informação motivadas por exigências legais demonstram que a informação para a escolha não existe ou é assimetricamente distribuída entre empresas e consumidores, profissionais e clientes. No mercado de Planos de Saúde, a maioria dos consumidores não detém a informação necessária para as suas escolhas. Portanto, no modelo clássico de troca perfeita em um ambiente de competição entre provedores que pressupõe o oferecimento seus aos consumidores da melhor escolha associada ao seu melhor interesse. O indivíduos são compelidos a delegar ao profissional médico a decisão sobre o tratamento. Decidindo inclusive os serviços demandados, originando um potencial conflito de interesses. A assimetria de informação está relacionada à possibilidade, de indivíduos de maior risco buscarem mais a prevenção de despesas inesperadas com atenção à saúde pela compra de plano de saúde.

Esse conceito de seleção negativa ou adversa resume a situação em que o perfil de usuários são significativamente diferentes da população como um todo, por apresentar um grupo de com uma maior probabilidade de risco de utilização de serviços de saúde. 22 Outra causa da falha de mercado, pode ser a possibilidade da seleção negativa, a seleção de risco, estratégia de preferência por operação com indivíduos de baixo risco, evitando idosos, pacientes com doenças ou lesões pré existentes e mulheres com idade fértil. Aparece também o problema do risco moral, quando os pacientes não arcam com todos os custos marginais do excesso da utilização refletido no crescimento da cobertura da atenção à saúde. No lado dos provedores pelo incentivo ao excesso de utilização de serviços médicos, quando uma terceira parte (governo ou operadoras), é responsável pelo pagamento de serviços que os médicos prescrevem para os pacientes. 1.4.1 - Agências Reguladoras e serviços de utilidade pública A reforma reguladora tem o objetivo de operar mudanças na indústria de serviços de utilidade pública e nas economias industriais à deriva, em suas características essenciais da forma como instituições estatais, localizadas no Executivo, equilibram os interesses organizados ou procuram corrigir as falhas de mercados descritas anteriormente. O Estado tem sido fundamental na reforma reguladora porque objetiva ampliar o padrão de eficiência macroeconômica pela indução à concorrência

em áreas de monopólio natural e porque define a implementação de políticas públicas. (id., ibid.:18) 23 1.4.2 - Histórico da reforma reguladora Durante décadas, a regulação pela propriedade pública configurou a estrutura econômica, diretamente pelas decisões de produção e indiretamente pelas decisões na formação de preços. Na área de infra-estrutura: gás, eletricidade, ferrovias, serviços telefônicos etc.. Foram os principais meios de regulação. Nas últimas décadas tornou-se aceitável a opção pela preservação e desenvolvimento do interesse público, por meios de controles legais e incentivos organizacionais, direcionado por organismos reguladores independentes, como as agências. Como modo de regulação a propriedade pública foi substituída pela concessão ao setor privado dos serviços públicos e de outras atividades de relevância publica, passando a regulação a ser feita por agências especializadas, estabelecidas como autoridade independente e com a permissão para operar fora da linha de controle hierárquico e supervisão do governo central. O governo assume novas tarefas, além do monitoramento e autorização para o funcionamento, assume a intervenção na qualidade dos serviços, nas condições das atividades concedidas e na estrutura de preços. Quando é necessário realizar mudanças, modificando condutas e expectativas, e os assuntos são tecnologicamente complexos, torna-se mais difícil sua execução.

A regulação tem se tornado mais eficiente, com abertura da participação social, quando feita em ambiente democrático, substituindo o poder coercitivo por credibilidade como recurso da decisão política. 24 Foram implementadas muitas iniciativas de auto-regulação, em geral, os mecanismos de competição obrigam a inovação e a redução de custos, envolvendo a reestruturação do Estado, o que tem preservado as soluções mais orientadas e aquelas voltadas para o mercado. O modelo de regulação por agencias, adotado no Brasil, os quais ocorreram reformas patrimoniais nos setores de infra-estrutura, iniciaram os processos de mudanças do regime, através de soluções internacionais. A nova gerência pública internacional, trouxe o aprendizado que indicou a necessidade de buscar soluções organizacionais para definir o atendimento ao cidadão. Foi a partir de outubro de 1997 que ocorreu a implementação da primeira Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e depois a demais agências, cada uma com seus objetivos. Para regular os setores bem diferenciados, suas legislações mostram convergência e têm o foco na promoção de incentivos à maior competitividade e a desconcentração de capitais, associados à orientação normativa, pelo qual os mercados promovem maiores ganhos sociais com seus numerosos participantes. 1. 4.3 - A Agência Nacional de Saúde Suplementar

Criação: a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sob forma de autarquia especial, foi criada pela Medida Provisória 2.012-2, de 30 de dezembro de 1999 e, posteriormente pela Lei 9.961/00. 25 Características: Autonomia Administrativa, materializada no mandato de seus dirigentes e na flexibilidade de gestão, autonomia financeira, pela arrecadação direta de Taxa de saúde Suplementar. 4.2.3 - Finalidade: Sua finalidade é regular os mercados de saúde suplementar, nos termos da Lei 9656/98 (atualmente na forma da MP 2,177-44), vinculada ao Ministério da Saúde e com Contrato de Gestão assinado o qual repercute na atuação da Diretoria Colegiada, por apresentar cláusula de exoneração. coincidentes. Sua diretoria é composta por até cinco diretores com mandatos não O diretor-presidente é escolhido dentre os membros da Diretoria Colegiada, pelo Presidente da República e acumula as funções de direçãogeral da ANS, de presidente do colegiado de diretores, presidente da câmara de Saúde Suplementar e Secretário Executivo do Conselho de Saúde Suplementar. A ANS dispõe de Procuradoria-Geral, Corregedoria, Ouvidoria e de um órgão consultivo permanente, a Câmara de Saúde Suplementar (CSS), cujos assentos são previstos na Lei 9656/98, assegurando representantes do executivo, de entidades representativas no setor de saúde e no mercado setorial e do Conselho Nacional de Saúde, que proporciona à ANS grande interface societária.