COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS SENADO FEDERAL
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- Amadeu Brandt Garrau
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1 Federação Nacional de Saúde Suplementar COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS SENADO FEDERAL Audiência Pública sobre a Mobilidade com Portabilidade (Consulta Pública ANS nº 29/2008) 19/11/08 Solange Beatriz Palheiro Mendes Diretora de Saúde Suplementar 1
2 Pontos de discussão referente ao tema Portabilidade de Carências Exposição de motivos...a ausência de um mecanismo de portabilidade torna o mercado menos dinâmico, acabando por inibir a concorrência no setor, gerando uma espécie de monopólio ex-post. 2
3 Há concorrência no mercado Tendência de queda nos índices de concentração Fonte: IESS Considerações sobre a Concorrência no Setor de Saúde Suplementar. Fev/08 3
4 Há mobilidade no mercado Alta rotatividade é prejudicial ao setor: a) custos de implantação, b) descontinuidade do atendimento médico 4
5 Definição do termo seleção adversa para o negócio de seguros e planos de saúde: Processo por meio do qual verifica-se maior adesão ou aceitação a determinado serviço ou cobertura justamente pelos indivíduos ou grupos mais propensos à sua utilização. 5
6 Seguro Negócio de natureza anti-seletiva Alguns mecanismos para redução do efeito negativo da seleção adversa : Faixas etárias Carências Adesão mínima ou obrigatória Declaração de saúde Período mínimo do contrato (odontológico) 6
7 Portabilidade apenas para os planos individuais pós-lei Não faz sentido incluir os planos coletivos, pois o processo de precificação é bem diferente, além de existirem diferenças de desenho de plano (co-participações e franquias) que dificultam a comparação. Para grupos maiores (em geral, acima de 10 a 20 vidas) já não existe a aplicação de carências. Não faz sentido incluir planos individuais anteriores à lei. Além de ferir o princípio da retroatividade (a ANS não regula estes planos), a comparação entre planos seria muito difícil, devidos às diferenças de cobertura e de faixas etárias, principalmente. 7
8 Requisitos para o exercício da portabilidade Estar adimplente Possuir prazo de permanência de pelo menos: 2 (dois) anos no produto de origem ou, 3 (três) anos nos casos em que o beneficiário tenha cumprido Cobertura Parcial Temporária (CPT) e nos casos de doenças e lesões conhecidas 8
9 Portabilidade só entre produtos de mesma classificação Trata-se do coração da regra, que será definida e atualizada por Instrução Normativa (IN), instrumento menos rígido que uma Resolução Normativa (RN) e cuja aprovação e manutenção pode ser feita por apenas uma diretoria da ANS em decisão monocrática. 9
10 A faixa de preço do produto de destino deve ser igual ou inferior à que se enquadra o seu produto de origem, observada a classificação dos produtos Complementa o ponto anterior, em importante esforço da norma para evitar a contaminação do benefício da mobilidade pelo processo de seleção adversa. O produto de destino não pode estar com seu registro na ANS com status: ativo com comercialização suspensa 10
11 A mobilidade deve ser exercida pelo beneficiário no período entre o mês de aniversário do contrato e o mês subseqüente. Importante no sentido de evitar congestionamento (se fosse concentrado em uma época do ano) assim como reduzir o efeito da seleção adversa. 11
12 Em produtos de contratação familiar, o direito à portabilidade poderá ser exercido individualmente por cada beneficiário ou por todo o grupo familiar. Há aqui um mecanismo de favorecimento ao processo de seleção adversa, na medida em que permite que apenas um integrante do grupo familiar mude de plano. Há ainda dificuldades com relação ao contrato. Como poderia o titular de um contrato decidir-se pela mudança de plano sem levar consigo seus dependentes? Como fica a questão da titularidade do plano familiar? 12
13 Para efeito da classificação de produtos, o Anuário a ser publicado pela a ANS levará em consideração: a abrangência geográfica a segmentação assistencial (ambulatório, hospitalar, etc) o tipo de contratação a faixa de preços outras variáveis 13
14 Reflexões Apesar de seu status de Consulta Pública, o teor da norma é equilibrado na medida em que demonstra preocupação com os impactos da seleção adversa Esperamos o mesmo equilíbrio e critérios técnicos na edição do Anuário com a classificação dos produtos 14
15 Premissas básicas para o modelo Preservação do sistema mutualista com repartição simples (SS não é capitalização); Garantia de equilíbrio e viabilidade econômico-financeira e atuarial (condição necessária para a existência do sistema e para a intensificação da concorrência); A portabilidade não deve agravar as falhas de mercado, em especial a seleção adversa; A portabilidade não deve estimular comportamentos oportunistas por parte dos agentes econômicos (operadoras, prestadores, beneficiários e intermediários); O consumidor deve ter informações suficientes para a escolha certa; A fim de atender as condições acima, apenas os produtos minimamente comparáveis devem ser objeto da normatização pela Diretoria Colegiada da Agência. 15
16 Quais são os produtos minimamente comparáveis? São mais de planos registrados Diferenciação entre operadoras Características Reembolso da carteira Grau de Cobertura Produto Condição de comercialização Qualidade Condições de acesso Estrutura e operação Rede Forma de contratação Formação das tarifas Diferenciação entre operadoras 16
17 Riscos da não observância das premissas Comprometer a viabilidade econômico-financeira-atuarial das operadoras; Frustração do consumidor; Novos riscos jurídicos; Desestímulo aos programas de prevenção de doenças e promoção de saúde caso estas operadoras sejam o pólo de atração de consumidores de alto risco; Piora das condições de concorrência e sustentabilidade do setor de saúde suplementar; Agravamento das falhas de mercado, seleção adversa e risco moral (falhas de governo); Desestímulo ao oferecimento de novos planos. 17
18 OBRIGADA! Tel
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