RELATÓRIO ANUAL DE SEGURANÇA INTERNA 2008. 1 O Sistema de Segurança Interna... 1 2 Opções estratégicas e actividade legislativa...



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Transcrição:

Índice 1 O Sistema de Segurança Interna... 1 2 Opções estratégicas e actividade legislativa... 4 Opções Estratégicas em 2008 Balanço... 4 Reforço do Efectivo Policial... 4 Programa de Formação e Treino das Forças de segurança... 5 Plano de Intervenção em Zonas Problemáticas... 5 Desenvolvimento do Programa Nacional de Videovigilância... 6 Desenvolvimento de Programas de Geo referenciação... 6 Reforma da Segurança Interna... 7 Reforma da Segurança Privada... 7 Reforma das Policias Municipais... 7 Realização de um Inquérito ao Sentimento de Segurança e à Vitimação... 8 Criação de um Observatório de Delinquência Juvenil... 8 Execução da Lei de Programação de Infra Estruturas e Equipamentos... 8 Celebração de Contratos Locais de Segurança... 8 Criação de Novos Postos Mistos de Fronteira... 9 Criação dos Conselhos Coordenadores de Segurança Rodoviária... 9 Criação da 2.ª Companhia de Canarinhos e de Equipas de Intervenção Permanente. 9 Legislação... 11 Opções estratégicas... 11 Reforma do Sistema de Segurança Interna... 12 Reforma da segurança privada... 13 Prevenção, segurança e ordem pública... 14 Investigação criminal... 15 Fronteiras e imigração... 17 Protecção civil e socorro... 18 3 Cooperação internacional... 20 A cooperação da União Europeia no Espaço de Liberdade, Segurança e Justiça... 20 Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna

Grupo do Futuro... 21 Terrorismo... 22 Cooperação Policial... 24 Arquitectura de segurança interna e princípio da convergência... 24 EUROPOL (Decisão do Conselho que cria o Serviço Europeu de Polícia)... 25 Acordo de Prüm... 26 PNR europeu... 27 Troca de informações... 27 Rede Europeia dos Serviços Tecnológicos de Polícia... 28 Rede Atlas... 28 Rede de Pontos de Contacto Anti corrupção... 28 Armas e munições... 28 Schengen... 29 SIS II (Sistema de Informação Schengen de segunda geração)... 29 Protecção Civil... 29 Imigração... 30 Pacto Europeu sobre a Imigração e o Asilo... 30 Migração Ilegal... 31 Fronteiras Externas... 31 Gestão integrada das fronteiras externas dos Estados membros da União Europeia... 31 FRONTEX (Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados membros da União Europeia)... 33 Rede de Patrulhas Europeias (European Patrol Network)... 36 4 Avaliação global dos resultados... 38 Introdução... 38 O sentido das transformações sociais em curso e que relevam para a segurança das populações... 41 Avaliação dos processos de mudança social em Portugal... 42 Desmistificar o sentimento de insegurança... 42 Mudanças sociais estruturais... 46 Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna

A alteração do ambiente externo... 50 Preocupações generalizadas... 50 Segurança privada: um sector em crescimento... 53 Um sector com crescente relevo... 53 2008: um ano marcado pela dinâmica de reformas... 54 Actividade operacional desenvolvida e resultados obtidos... 55 Mobilização dos recursos disponíveis... 57 Reforço das modalidades operacionais existentes e criação de novas respostas... 57 Actividade operacional orientada para problemas de criminalidade específica... 62 Actividade operacional orientada para o reforço da segurança nas fronteiras, o controlo dos fluxos migratórios na origem e o controlo da permanência de estrangeiros em território nacional... 68 A disponibilização de novos recursos... 70 Formação de recursos humanos... 70 Infra estruturas e equipamentos técnico policiais... 72 Cooperação internacional... 73 Quadro europeu... 73 Cooperação técnico policial... 74 Resultados operacionais... 77 Volume da actividade operacional e indicadores de desempenho... 77 5 Descrição e análise das participações registadas... 79 Introdução... 79 Total de participações registadas... 80 Criminalidade participada por grande categoria criminal... 81 Crimes contra as pessoas... 81 Crimes contra o património... 82 Crimes contra a vida em sociedade... 82 Crimes contra o Estado... 83 Crimes previstos em legislação penal avulsa... 83 Criminalidade violenta e grave... 84 Análise mais pormenorizada de alguns tipos de crimes que integram esta categoria.. 86 Análise da criminalidade participada por Distrito... 92 Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna

Tráfico de estupefacientes... 94 Drogas Apreendidas e Fluxos... 94 Análise de alguns tipos específicos de programas e iniciativas de combate à criminalidade... 101 Queixa electrónica... 101 Farmácia segura... 102 Escola segura... 103 Roubos a ourivesarias... 109 Postos de abastecimento de combustível... 109 Transporte de tabaco... 110 Projecto Polícia Automático... 110 Roubo de viaturas... 111 Violência doméstica... 111 Tráfico de seres humanos... 115 6 Caracterização da actividade operacional das Forças, Serviços e outras entidades... 119 Guarda Nacional Republicana... 119 Introdução... 119 Síntese... 119 Actividades desenvolvidas no âmbito das competências operacionais... 122 Programas específicos de policiamento ou de prevenção ou de acção especiais... 122 Acções/Operações externas... 125 Exercícios realizados tendo em vista a preparação para situações operacionais... 126 Acções conjuntas com outras entidades nacionais ou estrangeiras... 127 Participação em Grupos de Trabalho... 128 Resultados e consequências decorrentes da actividade operacional... 130 Militares com ferimentos ligeiros, graves, mortos e feridos sem necessidade de tratamento hospitalar... 130 Civis e/ou terceiros com ferimentos ligeiros, graves, mortos e feridos sem necessidade de tratamento hospitalar provocados por intervenções policiais... 130 Relatórios de acções operacionais e de informações policiais... 131 Análise quantitativa e qualitativa de dados relevantes no âmbito da Segurança Interna... 131 Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna

Relatórios de acções policiais de especial relevância no combate à criminalidade... 133 Missões Internacionais... 141 Número de militares integrados em missões internacionais... 141 Formação... 147 Número de militares que concluíram acções de formação internas e externas... 149 Número de militares que concluíram cursos de formação base para ingresso na Guarda... 149 Discriminação por áreas técnico policiais e outras... 149 Investimentos... 150 Aquisições e abates de equipamento técnico policial... 150 Aquisições e abates de equipamento auto... 151 Aquisições e abates de material informático... 152 Projectos existentes ou previstos para o desenvolvimento do funcionamento das condições operacionais e materiais existentes... 152 Recursos Humanos... 152 Entrada de militares e civis para os quadros... 152 Saída de militares e civis da Instituição... 153 Políticas e projectos existentes ou desenvolvidos na área de Recursos Humanos... 153 Conclusões... 155 Polícia de Segurança Pública... 157 Balanço da execução das medidas da estratégia de segurança 2008... 157 Actividades desenvolvidas no âmbito das competências operacionais... 159 Programas específicos de policiamento, de prevenção ou de acção especiais (objectivos, efectivo empenhado, custos envolvidos, resultados atingidos)... 159 Acções policiais de especial relevância no combate à criminalidade... 173 Acções/operações externas que pela sua dimensão, relevância ou resultados atingidos justifiquem o destaque no RASI... 174 Exercícios realizados tendo em vista a preparação para situações operacionais... 174 Acções conjuntas com outras entidades nacionais ou estrangeiras... 175 Participação em grupos de trabalho específicos e consequentes acções desenvolvidas/resultados atingidos... 178 Resultados e consequências decorrentes da actividade operacional... 181 Detenções, apreensões e outros... 181 Elementos policiais mortos ou com ferimentos... 188 Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna

Consequências das intervenções policiais em civis e/ou terceiros... 188 Quantificação dos danos materiais provocados (incluindo custos)... 188 Relatórios de acções operacionais e de informações policiais... 189 Relatórios de acções policiais de especial relevância no combate à criminalidade... 189 Missões Internacionais... 194 Número de elementos integrados em missões internacionais (funções desempenhadas e postos assegurados quando relevantes)... 194 Formação... 197 Número de elementos policiais que concluíram acções de formação internas e externas... 197 Número de elementos policiais que concluíram os cursos de formação de base para ingresso na carreira policial... 197 Descriminação por áreas técnico policiais e outras... 197 Investimentos... 200 Aquisições (descrição e custos) e abatimentos de equipamento técnico policial... 200 Aquisições (descrição e custos) e abatimentos de equipamento Auto... 201 Aquisições (descrição e custos) e abatimentos de material informático... 201 Outros investimentos de especial relevância... 201 Projectos existentes ou previstos para o desenvolvimento do funcionamento das condições operacionais e materiais existentes... 202 Recursos Humanos... 203 Entradas de elementos policiais e não policiais para os quadros (ou outros regimes) 203 Saídas de elementos policiais e não policiais da instituição (descriminado por causas)... 203 Políticas e projectos existentes ou desenvolvidos nesta área... 204 Polícia Judiciária... 206 Introdução... 206 Flexibilização das estruturas organizativas e dos procedimentos de actuação comuns e de reacção especial aos fenómenos criminosos... 206 Reforço da cooperação e intervenção inter institucional... 207 Reforço da interacção com as comunidades envolventes... 208 Descrição de alguns modos de intervenção e investigações mais relevantes... 209 Outros modos de intervenção específicos... 212 Criminalidade participada... 214 Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna

Criminalidade investigada... 214 Resultados e consequências decorrentes da actividade operacional... 218 Detenções/prisão preventiva... 218 Detenções Crime violento... 220 Detenções Crimes sexuais... 220 Detenções Criminalidade económico financeira... 220 Detenções incêndios... 221 Detenções Trafico de estupefacientes... 221 Apreensões... 222 A Informação Criminal... 223 Recursos Humanos... 224 Análise de alguns tipos de crimes em especial... 225 O homicídio... 226 Os crimes de abuso sexual de crianças, menores dependentes, pessoa internada e outros... 231 O roubo de veículos automóveis carjacking... 236 Serviço de Estrangeiros e Fronteiras... 238 Enquadramento... 238 Controlo de Fronteiras... 238 Fronteiras aéreas... 238 Fronteiras marítimas... 240 Recusas de entrada em Portugal e seus fundamentos... 243 Medidas Cautelares detectadas... 245 Vistos concedidos nos Postos de Fronteira... 246 Actuação em Território Nacional... 247 Fiscalização... 247 Investigação criminal... 248 Fraude Documental... 251 Afastamentos... 255 Processos de contra ordenação... 258 Regresso voluntário (OIM)... 259 Sistema de Informação Schengen (SIS)... 260 Aquisição de Nacionalidade... 260 Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna

Asilo... 261 Actuação Internacional... 261 União Europeia... 261 FRONTEX... 262 Cooperação internacional... 263 Oficiais de ligação... 265 Formação... 265 Investimentos... 266 Recursos Humanos... 266 Conclusões... 267 Serviço de Informações Estratégicas de Defesa... 273 Introdução... 273 Difusão do Islão radical... 273 Terrorismo de matriz islamista... 274 Crime Organizado... 274 Contra-proliferação... 275 Serviço de Informações de Segurança... 276 Introdução... 276 Contra-Criminalidade Organizada... 276 Extremismos Políticos... 277 Contraterrorismo... 278 Contra-espionagem e contraproliferação... 279 Autoridade Marítima Nacional... 280 Balanço da execução das medidas da estratégia de segurança 2008... 280 Distribuição racional de efectivos... 280 Formação do pessoal... 280 Policiamento de proximidade... 281 Patrulhamento... 282 Actividades desenvolvidas no âmbito das competências operacionais... 283 Programas Específicos de Policiamento... 283 Acções policiais de relevo no combate à criminalidade... 284 Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna

Operações Externas... 285 Exercícios de preparação para situações operacionais... 285 Acções policiais conjuntas no combate à criminalidade... 286 Participação em grupos de trabalho específicos... 287 Resultados e consequências decorrentes da actividade operacional... 287 Detenções e Apreensões... 287 Ferimentos de elementos policiais durante a actividade operacional... 288 Ferimentos de civis ou terceiros durante a actividade operacional... 288 Relatórios de acções operacionais e de informações policiais... 288 Análise quantitativa e quantitativa de dados âmbito Segurança Interna... 288 Relatórios de acções policiais de especial relevância... 293 Delinquência Juvenil e Grupal... 295 Formação... 296 Elementos policiais que concluíram acções de formação internas e externas... 296 Cursos de formação base para ingresso na carreira policial... 296 Discriminação por áreas técníco policiais... 296 Investimentos... 297 Aquisições e Abatimento de Equipamento Técnico Policial... 297 Aquisições e Abatimento de Equipamento Auto... 297 Aquisições e Abatimento de Material Informático... 298 Outros Investimentos... 298 Valor Total dos Investimentos... 298 Recursos Humanos... 299 Entradas/Saídas de elementos Civis... 299 Entradas/Saídas de elementos da Polícia Marítima... 299 Projectos na área dos Recursos Humanos... 299 Estratégias de Segurança para 2009... 299 Instituto Nacional de Aviação Civil... 304 Regulamentação... 304 Valores de tráfego controlado nos aeroportos nacionais... 305 Auditorias/inspecções/testes em território nacional... 308 Incidentes reportados... 308 Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna

Certificações / recertificações de pessoal de segurança da aviação civil. 313 Formação... 313 Outras actividades... 314 Serviços Prisionais... 315 Introdução... 315 Enquadramento... 315 Parque Prisional... 316 Recursos Humanos... 317 População prisional... 318 Medidas de flexibilização... 321 Evasões... 322 Outras... 322 Actividade operacional... 322 Apreensões... 322 Remoções... 323 Formação... 323 Cooperação Externa... 324 Investimentos... 324 Nota Final... 325 Autoridade Nacional de Protecção Civil... 326 Enquadramento... 326 Síntese das actividades - 2008... 326 Recursos de Protecção Civil:... 326 Planeamento de emergência:... 328 Sensibilização, informação e formação:... 328 Bombeiros:... 329 Operações de Protecção e Socorro:... 331 Passos futuros... 334 Direcção Geral de Infra Estruturas e Equipamento... 335 Lei de Programação de Instalações e Equipamentos das Forças de segurança... 335 Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna

Investimentos em instalações... 336 Obras de raiz concluídas... 336 Obras de remodelação concluídas... 336 Obras de raiz em curso... 337 Obras de remodelação em curso... 337 Equipamentos das Forças de segurança... 338 Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária... 339 Medidas adoptadas em 2008... 339 Legislação... 340 Acções de sensibilização pública... 340 Gerais... 340 Sinistralidade registada em 2008... 342 7 Orientações Estratégicas para o ano 2009... 343 Orientações Políticas... 343 Orientações... 343 Medidas... 345 Reforço do Efectivo Policial... 345 Valorização dos Recursos Humanos... 345 Investimento em Infra estruturas de Segurança e Protecção Civil... 346 Modernização de Equipamentos de Segurança e Protecção Civil... 346 Recurso às Novas Tecnologias... 346 Desenvolvimento do Policiamento de Proximidade... 347 Estabelecimento de Parcerias com as Autarquias... 348 Consolidação da Reforma da Segurança Interna... 348 Constituição de Equipas Conjuntas de Combate ao Crime... 348 Criação da Rede Nacional de Prevenção da Criminalidade... 349 Reforço do Controlo Fronteiriço... 349 Combate à Imigração Ilegal e ao Tráfico de Pessoas... 349 Aprovação da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária... 350 Aprovação da Directiva Operacional Permanente Multi riscos... 350 Expansão das Bases de Meios Aéreos do MAI... 350 Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna

Medidas e Actividades do Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna para 2009... 351 No âmbito das competências de direcção:... 351 No âmbito das competências de coordenação:... 352 No âmbito das competências de controlo e comando operacional:... 355 Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna

1 - O Sistema de Segurança Interna No Relatório Anual de Segurança Interna relativo ao ano de 2008 não poderia deixar de fazer se referência à importante alteração na arquitectura do Sistema de Segurança Interna, introduzida pela Lei nº 53/2008, de 29 de Agosto. O reconhecimento de que a estrutura de coordenação criada pela Lei nº 20/87, de 12 de Junho, era fruto de uma conjuntura internacional e interna ultrapassada, levou o Conselho de Ministros, através da Resolução nº 45/2007, a promover a aprovação de uma nova lei de segurança interna assente num conceito alargado de segurança que corresponda ao quadro das novas ameaças e riscos. É neste contexto que foi aprovada a actual Lei de Segurança Interna. Nela se parte de um conceito mais amplo de segurança, entendido como direito fundamental dos cidadãos, pressuposto da própria liberdade e responsabilidade essencial do Estado. A definição de segurança interna constante da anterior lei mantém se. Contudo, o novo diploma alarga as finalidades das medidas nele previstas, acrescentando às que tradicionalmente visam a vertente da segurança, outras que se destinam à prevenção e reacção a acidentes graves ou catástrofes, à defesa do ambiente e à preservação da saúde pública. No domínio, especialmente relevante, da prevenção e investigação criminal, a nova lei reforça os mecanismos de coordenação, visando uma melhoria da cooperação entre os diversos órgãos de polícia criminal e, procura garantir, através da interoperabilidade de sistemas, uma eficaz troca de informações subordinada a princípios de disponibilidade, competência e necessidade, num quadro em que se destaca a preocupação de efectiva optimização de recursos. O Sistema de Segurança Interna (SSI) continua a ter como órgão principal o Conselho Superior de Segurança Interna, cuja composição foi alterada. Este órgão passa a englobar dois deputados designados pela Assembleia da Republica, dele passando, também, a fazer parte o Secretário Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa, o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, o Responsável pelo Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro e o Director Geral dos Serviços Prisionais. São, igualmente, órgãos do Sistema de Segurança Interna, o Secretário Geral do SSI, cujo processo de nomeação, estatuto e competências foram profundamente alterados e o Gabinete Coordenador de Segurança, cuja composição e competências foram, também, objecto de significativas alterações. O Gabinete Nacional Sirene, estrutura Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna Página 1

operativa ligada ao Sistema de Informações Schengen, relevante para a cooperação policial, é integrado no Gabinete Coordenador de Segurança. Relativamente às competências do Secretário Geral do SSI, estas alargam se a novas áreas de coordenação das Forças e Serviços de segurança (FSS), de direcção e gestão de certos recursos comuns, de controlo de eventos de elevado risco ou de incidentes táctico policiais graves e, ainda, de comando operacional, competência que apenas ocorre em situações de gravidade absolutamente excepcional e está condicionada a uma decisão fundamentada do Primeiro Ministro, previamente comunicada ao Presidente da República. Salienta se, no desenho de toda a arquitectura do sistema, a preocupação de impedir que o exercício dos poderes do Secretário Geral possa contender com a organização hierárquica das Forças e Serviços de segurança que o integram. O SSI, através dos seus três Órgãos, passou a estar dotado de mecanismos e competências para uma melhor interacção com os outros sistemas ou subsistemas nacionais, nomeadamente: o sistema de informações, a segurança aeronáutica e marítima, a segurança rodoviária e transportes, a segurança alimentar e económica e a segurança ambiental, o sistema criminal e a defesa nacional. Ainda no que respeita à arquitectura do sistema e ao nível da coordenação local, mantiveram se os gabinetes coordenadores de segurança distritais, acrescentando se a criação de gabinetes coordenadores nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Por último, a nova lei de segurança interna, visando uma mais eficaz actuação policial, acrescentou ao quadro antes existente um conjunto de medidas de polícia e medidas especiais de polícia que, no respeito integral pelos direitos, liberdades e garantias, possibilitam uma melhor segurança e protecção de pessoas e bens. As alterações introduzidas, no ano de 2008, no Sistema de Segurança Interna não se reduzem, no entanto, ao novo quadro resultante da Lei nº 53/2008. Na verdade, foi, também, aprovada pela Assembleia da Republica a Lei nº 49/2008, de 27 de Agosto, que regula a Organização da Investigação Criminal. Este diploma, visando igualmente uma melhor coordenação e cooperação entre os diversos actores da investigação criminal, consagra o papel do Secretário Geral do SSI como o garante do sistema de coordenação entre os órgãos de polícia criminal, atribuindo lhe, inclusive, competências ao nível da preparação e condução das reuniões do Conselho Coordenador dos Órgãos de Polícia Criminal. Durante o ano 2008, o Gabinete do Secretário Geral do SSI, com o envolvimento do Secretariado Permanente do Gabinete Coordenador de Segurança, interveio num conjunto extremamente diversificado de áreas da segurança interna. Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna Página 2

No quadro das competências de direcção, controlo e coordenação do Secretário Geral, o Gabinete exerceu um conjunto vasto de atribuições, tanto a nível nacional como internacional, envolvendo, designadamente, a elaboração de projectos, estudos e pareceres; a articulação com outros organismos públicos e entidades privadas; a coordenação das fases de planeamento transversal e de pré execução de dispositivos de segurança que implicaram a actuação concertada de mais do que uma FSS; e a participação em seminários, comissões, estruturas colegiais e grupos de trabalho. No âmbito das competências ao nível de coordenação, destaca se a organização do I Curso Nacional Multidisciplinar em matéria de fraude e roubo de identidade, logística do crime organizado, que teve lugar de 24 a 28 de Novembro de 2008. Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna Página 3

2 - Opções estratégicas e actividade legislativa Nas sociedades contemporâneas, a segurança direito fundamental dos cidadãos e, em simultâneo, obrigação essencial do Estado é um parâmetro obrigatório de avaliação da qualidade de vida democrática. A modernização, o desenvolvimento social e económico, os direitos, liberdades e garantias e o exercício da cidadania plena só são possíveis com segurança para todos. A sociedade democrática, aberta e global em que vivemos é, por natureza, uma sociedade de risco. As situações de perigo adquirem hoje novas dimensões. Um quadro de ameaças emergentes impõe uma estratégia de resposta igualmente inovadora. Também na área da Administração Interna, o Governo está a respeitar o compromisso que assumiu perante os portugueses. A segurança interna, a paz pública e a prevenção da criminalidade são missões absolutamente prioritárias. Eliminar os factores de insegurança, prevenir o crime e perseguir os seus autores são tarefas impostergáveis tarefas da comunidade e para a comunidade, que a todos dizem respeito, a todos beneficiam e requerem uma perspectiva integrada. No Relatório Anual de Segurança Interna de 2007 foi apresentada, pela primeira vez, uma estratégia de segurança que assentou na ideia de segurança comunitária, apostando no policiamento de proximidade, em programas especiais de protecção de jovens, idosos e outras pessoas particularmente vulneráveis, em acções sistemáticas de controlo das fontes de perigo, bem como no aproveitamento das novas tecnologias. Neste contexto, este capítulo apresenta, de forma muito breve, o balanço dessa Estratégia. Cumpre se, desta forma, um dever essencial em democracia: dar conta do trabalho desenvolvido e dos respectivos resultados, o que constitui um pressuposto obrigatório de uma programação rigorosa do trabalho futuro. Opções Estratégicas em 2008 - Balanço Reforço do Efectivo Policial Actualmente, as Forças de segurança dispõem de um efectivo global superior a 46.000 elementos, tendo beneficiado, no ano de 2008, da incorporação de cerca de 2.000 novos elementos na Guarda Nacional Republicana e na Polícia de Segurança Pública. Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna Página 4

Os concursos de selecção dos referidos 2.000 candidatos encontram se concluídos, iniciando se a fase de formação no dia 5 de Janeiro de 2009, na PSP, e no dia 14 de Abril de 2009, na GNR. Prevê se que a formação se conclua durante o próximo mês de Outubro. Programa de Formação e Treino das Forças de segurança No âmbito da formação inicial e contínua das Forças de segurança, foi dado particular relevo à renovação em curso de armas e equipamentos. Assim, foram criados programas especiais de formação e treino na utilização de armas de fogo e na resolução de incidentes táctico policiais. Neste sentido, foram construídas, no ano de 2008, 7 novas carreira de tiro nos seguintes municípios: Águeda, Castelo Branco, Évora, Guarda, Macedo de Cavaleiros, Ponte de Lima e Portalegre. Em simultâneo, foi iniciado um programa de formação dos membros das Forças de segurança em matéria de legislação e boas práticas policiais. No dia 24 de Novembro de 2008 realizou se, na Faculdade de Direito de Lisboa, o Seminário Acção Policial e Reforma Penal, que contou com a presença de 200 elementos da Guarda Nacional Republicana, da Polícia de Segurança Pública e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, ligados às áreas de investigação criminal destas instituições. De igual modo, o Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna realizou, em 2008, um ciclo de conferências dedicado ao tema Reforma Penal e Processual Penal. As conferências realizaram se em Faro, Leiria, Viseu e Lisboa. Plano de Intervenção em Zonas Problemáticas Uma vez que a criminalidade não tem uma distribuição geográfica uniforme, apresentando uma maior incidência em certas zonas, que carecem de medidas especiais, o ano de 2008 assistiu ao intensificar do patrulhamento em zonas problemáticas, através dos contingentes de reserva da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública. As forças de segurança estão, também, a efectuar, com regularidade, operações especiais de prevenção no âmbito da Lei das Armas. Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna Página 5

Desenvolvimento do Programa Nacional de Videovigilância Durante o ano de 2008 foi aprovada a utilização de sistemas de videovigilância nos seguintes locais: Zona Histórica do Porto o projecto encontra se em fase de instalação e desenvolvimento; Praia da Rocha a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) apenas autorizou a parte do projecto relativa aos parques de estacionamento; Centro Histórico de Coimbra o projecto foi autorizado no dia 19 de Dezembro; e o Santuário de Fátima. Os municípios de Bragança (projecto para a Zona Industrial das Cantarias), Amadora e Estarreja já formalizaram os respectivos pedidos, que estão a ser apreciados pela CNPD. Os processos relativos à Freguesia de São Nicolau (Baixa de Lisboa) e ao Bairro Alto encontram se em fase de instrução. Os concelhos de Faro, Loulé, Albufeira, Almeirim, Viseu, Meda, Loures e Odivelas, e a Área Metropolitana de Leiria solicitaram esclarecimentos com vista à formulação de pedidos. Desenvolvimento de Programas de Geo referenciação Actualmente, o Projecto Táxi Seguro funciona em 24 Concelhos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto. Já existem cerca de 1.600 táxis equipados com este sistema e foi dada formação a 1.800 profissionais do sector. O Programa Abastecimento Seguro funciona em 168 postos de abastecimento de combustível. Foi celebrado um protocolo com as empresas de segurança privada, com o objectivo de ligar as centrais de alarme privadas, que tenham associados postos de combustíveis, à central das forças de segurança. No âmbito do combate ao carjacking, está a ser desenvolvido um Projecto piloto de leitura automática de matrículas nas zonas de Lisboa e do Porto. Ainda neste domínio, em 17 de Julho de 2008 e em 23 de Janeiro de 2009 foram celebrados dois protocolos de cooperação com a Associação Portuguesa de Seguradores e, também em 23 de Janeiro último (na decorrência de trabalho efectuado ainda em 2008), foram celebrados protocolos com diferentes empresas seguradoras com vista à doação de equipamentos para o Projecto piloto. Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna Página 6

Reforma da Segurança Interna Com o propósito de criar um sistema que responda aos riscos típicos do actual ciclo histórico criminalidade de massa, criminalidade grave e violenta, criminalidade organizada e transnacional (incluindo os vários tráficos de pessoas, drogas e armas), terrorismo e, também, catástrofes naturais e grandes desastres foram publicadas, em Agosto de 2008, a Lei de Organização da Investigação Criminal (Lei n.º 49/2008, de 27 de Agosto) e a Lei de Segurança Interna (Lei n.º 53/2008, de 29 de Agosto). Na sequência da entrada em vigor dos supracitados diplomas legais, tomou posse o novo Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna. Reforma da Segurança Privada No domínio da segurança privada, foi publicada a Lei n.º 38/2008, de 8 de Agosto, que altera o regime jurídico do exercício daquela actividade. A existência de pórtico para fiscalização de armas passou a ser exigida nos estabelecimentos com lotação para mais de 100 pessoas por via da publicação do Decreto Lei n.º 101/2008, de 16 de Junho, que estabelece o regime jurídico dos sistemas de segurança privada dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas e revoga o Decreto Lei n.º 263/2001, de 28 de Setembro. As condições aplicáveis ao transporte, guarda, tratamento e distribuição de valores, por parte de entidades de segurança privada, foram reguladas através da Portaria n.º 247/2008, de 27 de Março. Reforma das Policias Municipais Para reforçar a capacidade de intervenção das polícias municipais e aumentar o seu papel complementar quanto às forças de segurança, foram aprovadas regras para tornar mais fácil a sua criação com a publicação do Decreto Lei n.º 197/2008, de 7 de Outubro, que regulamenta a Lei n.º 19/2004, de 20 de Maio, estabelecendo as regras a observar na deliberação da assembleia municipal que crie, para o respectivo município, a polícia municipal, e regulando, nesse âmbito, as relações entre a administração central e os municípios. No âmbito da identificação de suspeitos e da detenção em flagrante delito foi homologado o Parecer emitido pelo Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República sobre as competências das Polícias Municipais. Gabinete do Secretário Geral do Sistema de Segurança Interna Página 7