Obrigações específicas do sector de Ourivesaria



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Transcrição:

Obrigações específicas do sector de Ourivesaria As normas que regem a actividade de ourivesaria estão consagradas no Regulamento das Contrastarias, aprovado pela Lei n.º 98/2015 de 18 de Agosto - https://dre.pt/application/conteudo/70042475, do qual se destacam: A. Obrigatoriedade de Marcação Nos termos do disposto nos artigos 8ºss do Regulamento das Contrastarias, a colocação no mercado do território nacional de artigos com metal precioso somente pode ser efectuada quando se encontrem os mesmos legalmente marcados (marca de contrastaria e marca de toque, quando aquela não inclua o toque. Sendo provenientes de algum Estado contratante de tratado ou acordo internacional em vigor de que o Estado português seja parte contratante, tenham apostas, nas precisas condições aí fixadas, a marca comum e outras que aqueles instrumentos considerem necessárias e suficientes à sua livre circulação nos países contratantes. Os provenientes de um Estado Membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu encontram -se marcados e podem ser colocados no mercado nacional sem necessidade de ensaio e de marcação pela Contrastaria, desde que: (a) tenham apostas a marca de responsabilidade, de fabrico ou equivalente, e a marca de contrastaria e marca de toque, quando aquela não inclua o toque; (b) depósito na Contrastaria do documento comprovativo do registo da respectiva marca de responsabilidade, de fabrico ou equivalente no país que efectuou o controlo e a garantia de qualidade; (c) reconhecimento pelo Instituto Português da Qualidade dos requisitos cumulativos elencados no artigo 11º do Regulamento das Contrastarias. B. Obrigatoriedade de Licença Nos termos dos artigos 41ºss do Regulamento das Contrastarias, os operadores económicos do sector da ourivesaria carecem de licença, por actividade e por estabelecimento. Passou a ser possível a venda cumulativa de artefactos revestidos ou chapeados, com cristais, acessórios de moda, artigos militares, papelaria, artesanato, entre outros. A licença é obtida através do Balcão do Empreendedor e é renovável obrigatoriamente de cinco em cinco anos (artigo 42º do Regulamento das Contrastarias). do Regulamento das Contrastarias As normas que regem as actividades de ensaiador fundidor e de avaliador oficial, estão consagradas nos artigos 44ºss do Regulamento das Contrastarias. Os agentes económicos que exerçam a actividade de compra e venda de artigos com metal precioso usado, incluindo aqueles que exerçam essa actividade ao abrigo de matrícula de retalhista de ourivesaria, devem requerer, até 18-01-2016, a licença de retalhista de compra e venda de artigos com metal precioso usado. C. Requisitos técnicos dos artigos com metais preciosos - Capítulo V

D. Condições de exposição dos artigos e de venda ao público Os artigos com metal precioso só podem ser expostos para venda ao público desde que se encontrem legalmente marcados. É permitida ao retalhista de compra e venda de artigos com metal precioso, a venda ao público de artigos com metal precioso colocados pela primeira vez no mercado do território nacional, a par da venda de artigos com metal precioso usados, no mesmo estabelecimento ou ponto de venda, desde que: a) Cada tipologia de artigos esteja exposta separadamente, em suportes físicos distintos e autónomos; b) Os artigos com metal precioso usado se encontrem etiquetados com essa menção visível e expressa. Quaisquer artigos com metal precioso expostos para venda ao público devem observar os seguintes requisitos: a) Conter etiquetas com a identificação dos respectivos metais preciosos e toques, bem como o peso do metal ou metais preciosos e tipo de materiais gemológicos presentes; b) Identificar o país que rege os toques de cada artigo à venda; c) Os artefactos compostos devem conter a indicação «composto por metal precioso e metal comum»; d) Os artefactos de prata totalmente dourada devem conter a indicação «prata dourada»; e) Os artefactos revestidos ou chapeados sobre metal comum devem conter a indicação «revestido/chapeado sobre metal comum»; f) As pulseiras e cadeias de metal comum para relógios devem conter a indicação de «metal comum»; g) Os artigos com metal precioso usados devem conter a indicação «usados». Os estabelecimentos, ou pontos de venda, de artigos com metais preciosos ao público estão obrigados a possuir uma lupa e uma balança, sujeita a controlo metrológico. Nos locais de venda ao público de artigos com metais preciosos, independentemente da sua dimensão, o responsável pelo estabelecimento está obrigado a: a) Disponibilizar a cotação diária do ouro, da prata, da platina e do paládio, fixada na London Bullion Market Association (LBMA), mecanismo de fixação de cotação destes metais preciosos, ou outro mecanismo de fixação que o venha a substituir, ou tratando -se de artigos com metais preciosos usados, afixar em local visível a cotação diária desses metais preciosos; b) Afixar de forma permanente, clara e visível, com caracteres facilmente legíveis, em local imediatamente acessível ao visitante, um exemplar do quadro de marcas de contrastaria de modelo oficial, emitido pela INCM, e actualizado sempre que esta divulgar essa indicação. No local de venda é, ainda, obrigatória a afixação, de forma permanente, bem visível e imediatamente acessível ao visitante, do título profissional do avaliador de artigos com metais preciosos e de materiais gemológicos ao serviço do estabelecimento ou ponto de venda ( cfr. artigos 62º e 63º do Regulamento das Contrastarias). E. -Compra e venda de artigos com metal precioso usados - artigo 66º do Regulamento das Contrastarias. Qualquer pagamento relativo a transacções de compra e venda de artigos com metal precioso usados de valor superior a 250 deve ser efectuado através de pagamento por meio electrónico, por transferência bancária ou por cheque, neste caso sempre com indicação do destinatário ( artigo 68º do Regulamento das Contrastarias ).

~ AFIXAÇÃO DE PREÇOS DE VENDA Estabelece o art. 1º n.º 1 do Dec. Lei n.º 138/90, de 26 de Abril, alterado pelo Dec. Lei n.º 162/99, de 13/05, a obrigatoriedade de todos os bens destinados à venda a retalho deverem exibir o respectivo preço de venda ao consumidor. A indicação dos preços de venda deve ser feita de modo inequívoco, fácil e legível, através da utilização de letreiros, etiquetas e listas. Só podem ser utilizadas listas quando for impossível o uso de letreiros ou etiquetas, ou como meio complementar de marcação dos preços (art. 5º). Os bens expostos em montras ou vitrines devem ter uma marcação complementar quando as etiquetas não sejam perfeitamente visíveis, tanto do interior como do exterior da loja. No que diz respeito aos preços apostos nos objectos de ourivesaria e relojoaria, além do disposto no decreto-lei supra referido, estabelece o Despacho Normativo n.º 215/78, de 6/9 que: Os artigos de pequenas dimensões deverão ser expostos com uma etiqueta; Os artigos de grandes dimensões deverão ser expostos com uma etiqueta ou letreiro afixado de forma acessível para o comprador. No caso dos artigos estarem expostos em montras ou vitrines que confinem com a via pública ou fiquem à entrada do estabelecimento e a exposição se faça em lotes do mesmo artigo ou de artigos diferentes mas com o mesmo preço, deve ser colocado, além das etiquetas, um letreiro com a indicação legível do preço de cada unidade. Sanções por incumprimento: coimas de 249,40 a 3 740,98 euros, no caso de pessoa singular e de 2 493,99 a 29 927,87 euros, no caso de pessoa colectiva. AFIXAÇÃO DO PERÍODO DE FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO Deve ser afixado ao público em lugar bem visível do exterior do estabelecimento. Para os conjuntos de estabelecimentos, instalados num único edifício, que pratiquem o mesmo horário de funcionamento, deve ser afixado um mapa de horário de funcionamento em local bem visível do exterior. A fiscalização compete às câmaras, GNR, PSP e ASAE, que poderão determinar o encerramento imediato do estabelecimento que se encontre a laborar fora do horário de funcionamento.

LIVRO DE RECLAMAÇÕES Em Janeiro de 2006, foi instituída a obrigatoriedade de existência e disponibilização do Livro de Reclamações em todos os estabelecimentos de fornecimento de bens ou de prestações de serviços que tenham contacto com o público, designadamente os constantes do Anexo I ao Dec. Lei nº 156/2005 de 15/09, na actual redacção dada pelo Dec. Lei nº 371/2007 de 06/11. O fornecedor de bens ou prestador de serviços é obrigado a: a) Possuir o livro de reclamações nos estabelecimentos a que respeita a actividade; b) Facultar imediata e gratuitamente ao utente o livro de reclamações sempre que por este tal lhe seja solicitado; c) Afixar no seu estabelecimento, em local bem visível e com caracteres facilmente legíveis pelo utente, um letreiro com a seguinte informação: «Este estabelecimento dispõe de livro de reclamações»; O Letreiro deve conter ainda, em caracteres facilmente legíveis pelo utente, a identificação completa e a morada da entidade junto da qual o utente deve apresentar a reclamação. d) Manter, por um período mínimo de três anos, um arquivo organizado dos livros de reclamações que tenha encerrado. (nº1); Em caso de reclamação: O fornecedor do bem ou o prestador de serviços tem a obrigação de: - Destacar do livro de reclamações o Original, que, no prazo de dez dias úteis, deve remeter à entidade fiscalizadora competente. A remessa do original da folha de reclamações pode ser acompanhada das alegações que o fornecedor de bens ou o prestador de serviços entendam prestar, bem como dos esclarecimentos dispensados ao reclamante em virtude da reclamação. - Entregar o Duplicado da reclamação ao Utente, conservando em seu poder o Triplicado, que faz parte integrante do livro de reclamações e dele não pode ser retirado. (nº2). INFORMAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA As informações sobre a natureza, características e garantias de bens ou serviços oferecidos em mercado nacional, quer as constantes de rótulos, embalagens, prospectos, catálogos, livros de instruções ou outros meios informativos, quer as facultadas nos locais de venda ou divulgadas por qualquer meio publicitário, devem ser prestadas em língua portuguesa. No caso de as informações escritas se encontrarem redigidas em língua ou línguas estrangeiras aquando da venda de bens ou serviços no mercado nacional é obrigatória a sua tradução integral para língua portuguesa (Dec Lei 238/86 de 19/08, alterado pelo Dec. Lei 42/88 de 06/02).

PROTECÇÃO CONTRA RISCOS DE INCÊNDIO Decreto-Lei n.º 220/08 de 12 de Novembro de 2008 (regime jurídico) Portaria n.º 250/08 de 29 de Dezembro de 2008 (regulamento técnico) O Decreto-Lei n.º 220/2008 procedeu à revogação de praticamente toda a legislação de segurança ao incêndio existente no País. No n.º 1 do seu Artigo 17.º (Operações urbanísticas) prevê que Os procedimentos administrativos respeitantes a operações urbanísticas são instruídos com um projecto de especialidade de SCIE. Como consequência do referido artigo qualquer intervenção num edifício, considerada como uma operação urbanística, implica a necessidade de elaborar um projecto de segurança ao incêndio de acordo com a actual legislação. Os edifícios e recintos abrangidos são distribuídos por 12 utilizações - tipo: poderão, em função do seu uso, ser classificados de utilização exclusiva ou de utilização mista. Entidades Responsáveis pelas condições de SCIE no caso de edifícios ou recintos: Em fase de projecto e construção são responsáveis pela aplicação e pela verificação das condições de SCIE: (a) Os autores de projectos e os coordenadores dos projectos de operações urbanísticas, no decurso da execução da obra; (b) A empresa responsável pela execução da obra; (c) O director de obra e o director de fiscalização de obra, quanto à conformidade da execução da obra com o projecto aprovado; A responsabilidade pela manutenção das condições de segurança contra risco de incêndio aprovadas e a execução das medidas de autoprotecção aplicáveis aos edifícios ou recintos é a seguinte: Edifícios habitacionais: é dos respectivos proprietários, com excepção das suas partes comuns na propriedade horizontal, que são da responsabilidade do administrador do condomínio. ii) demais edifícios ou recintos: é das seguintes entidades: a) Do proprietário, no caso do edifício ou recinto estar na sua posse; b) De quem detiver a exploração do edifício ou do recinto; c) Das entidades gestoras no caso de edifícios ou recintos que disponham de espaços comuns, espaços partilhados ou serviços colectivos, sendo a sua responsabilidade limitada aos mesmos. A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) é a entidade competente para assegurar o cumprimento do SCIE, em cujo Portal poderão ser encontradas informações necessárias à aplicação das obrigações em vigor: http://www.prociv.pt/segurancacontraincendios/pages/normatecnicas.aspx http://www.proteccaocivil.pt/segurancacontraincendios/pages/incendioemedificio.aspx http://www.proteccaocivil.pt/segurancacontraincendios/pages/perguntasfrequentes.aspx

APARELHOS DE REFRIGERAÇÃO, AR CONDICIONADO, SISTEMAS DE PROTECÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E EXTINTORES (Dec. Lei nº 152/05 de 31-08, alterado e republicado pelo Dec. Lei nº 35/08 de 27/08). Os proprietários e/ou detentores de equipamentos de refrigeração e de ar condicionado, bombas de calor, sistemas de protecção contra incêndios e extintores devem proceder à verificação anual dos respectivos equipamentos fixos com uma carga de fluido refrigerante superior a 3 Kg, recorrendo para o efeito a um técnico qualificado pela Agencia Portuguesa de Ambiente. (Consultar listagem Portal da APA) http://www.apambiente.pt/politicasambiente/camadaozono/certificadosemitidos/paginas/defa ult.aspx PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS Vídeo Vigilância Todos os tratamentos de dados através de vídeo - vigilância (captação e/ou gravação de imagens) têm de ser previamente notificados e autorizados pela CNPD, independentemente das licenças exigidas noutra legislação específica. A notificação tem de ser feita pelo responsável do tratamento de dados, que é quem decide instalar o sistema e define a sua finalidade. Para notificar um tratamento de dados de vídeo - vigilância, deverá ser preenchido o formulário específico disponível no site da CNPD em www.cnpd.pt, e enviados os seguintes documentos: Planta ou discriminação da localização das câmaras e locais abrangidos; Cópia do aviso informativo ao publico da existência de vídeo - vigilância; Descrição da actividade da entidade requerente; Parecer da Comissão de Trabalhadores ou declaração da sua inexistência, no caso de vídeo -vigilância no local de trabalho; É proibida a gravação de som salvo se previamente autorizada pela Comissão Nacional de Protecção de Dados As gravações de imagem obtidas pelos sistemas videovigilância são conservadas, em registo codificado, pelo prazo de 30 dias contados desde a respectiva captação, findo o qual são destruídas ( 90 dias, no caso de actividade de compra e venda de artigos com metal precioso usado ) A Lei n.º 34/2013 de 16 de Maio veio estabelecer o regime do exercício da actividade de segurança privada e as medidas de segurança a adoptar por entidades públicas ou privadas com vista a prevenir a prática de crimes. Por força da aplicação da referida Lei, foram impostas, para certas actividades, medidas de segurança obrigatórias. As empresas ou entidades industriais, comerciais ou de serviços que necessitem de efectuar o transporte de moeda, notas, fundos, títulos, metais preciosos ou obras de arte de valor são obrigadas a recorrer a entidades autorizadas a prestar serviços de segurança privada, quando o valor em causa seja superior a 15.000,00.

Introduziram-se, ainda, medidas de segurança específicas, que incluem a instalação de um sistema de videovigilância e de dispositivos de segurança e protecção, a serem aplicadas por entidades sujeitas a riscos específicos. È, designadamente, o caso de estabelecimentos onde se proceda à exibição, compra e venda de metais preciosos e obras de arte, entre outros (art. 8.º n.º 3 al. a) e b) da Lei n.º 34/2013 de 16 de Maio). Os requisitos técnicos mínimos desses sistemas foram regulamentados pela Portaria nº 273/2013 de 20 de Agosto ( arts. 97º e 98º, respectivamente ). Estas obrigações são exigíveis desde Setembro de 2014, para novos estabelecimentos. Quanto aos já existentes, a sua implementação deve ocorrer no prazo máximo de 5 anos ( até dia 1 de Setembro de 2018 ). Os operadores económicos em cujas instalações se proceda à exibição e à compra e venda de artigos com metais preciosos usados devem adoptar os sistemas de segurança obrigatórios definidos na Lei n.º 34/2013, de 16 de Maio, e na Portaria n.º 273/2013, de 20 de Agosto, alterada pela Portaria n.º 106/2015, de 13 de Abril, nomeadamente um sistema de videovigilância para controlo de entradas e de saídas, até dia 18 de Fevereiro de 2016 art. 5º do Regulamento das Contrastarias, aprovado pela Lei n.º 98/2015 de 18 de Agosto. Pese embora a lei preveja o carácter obrigatório de adopção de sistemas de segurança, prevê também a possibilidade de ser dispensada a sua instalação por despacho do MAI, tendo em conta as circunstâncias concretas do local a vigiar e a existência de outras medidas de segurança adequadas (art. 8.º n.º 6 da Lei nº 34/2013 de 16 de Maio). O Novo Regime Jurídico da Segurança Privada entrou em vigor em 15 de Junho de 2013. Todavia, as entidades obrigadas a adoptar as medidas de segurança supra identificadas, deveriam adaptar-se às condições impostas no prazo de um ano a contar da sua entrada em vigor - em 15 de Junho de 2014 (art. 68.º da Lei nº 34/2013 de 16 de Maio). Actualizado em Agosto de 2015 GAB. JURIDICO UACS